domingo, 7 de abril de 2013

Políticos do Amazonas de olho nas vagas de 2014

Políticos experientes e novatos se movem para desbancar ocupantes dos cargos que serão colocados em disputa no próximo ano

Arte
Políticos experientes na mira da eleição de 2014 (Arte/Romas)

A disputa pelas vagas proporcionais em 2014 começa a se desenhar como uma das mais acirradas dos últimos pleitos. Além dos 33 candidatos naturais à reeleição, outras figuras políticas ganham cada vez mais visibilidade no Estado e estão sendo preparadas para entrar no mata-mata das urnas eleitorais.
No pleito do ano que vem, estarão em disputa 24 vagas de deputados estaduais, oito de deputados federais e uma de senador da República. Para se segurarem nos mandatos os atuais donos das vagas terão que rebolar para se desviar dos “novatos”. E os “novatos”, antes mesmo do pleito, vão ser colocados numa criteriosa peneira que passa pelo crivo dos atuais parlamentares.
Os obstáculos que os “novatos” colocarão no caminho da reeleição dos parlamentares são fartos. Partidos nanicos, por exemplo, como o PTN, que a cada pleito conquista mais espaços nos parlamentos, a um ano e meio das eleições de 2014, estão em plena articulação para a disputa. O PTN quer uma das oito vagas na Câmara Federal e quatro na ALE-AM. Atualmente, a legenda tem três deputados estaduais e nenhum deputado federal.
Ex-secretários e os atuais devem entrar na guerra eleitoral por vagas no parlamento. É o caso do ex-secretário de Estado de Educação Gedeão Amorim (PMDB), que foi alijado da disputa em 2010. “Sem falsa modéstia, sou um bom quadro. Tenho uma amplitude muito grande em todos os municípios. Acho que isso me faz merecedor da atenção do partido”, disse.

PMDB sem vaga
Com a saída de Átila Lins (hoje PSD) do PMDB em 2011, a sigla não tem nenhum deputado pelo Amazonas em Brasília. E, nos bastidores, um dos motivos para Gedeão não entrar na disputa em 2010 foi o risco que ele representava para a reeleição de Átila. Sobra para Gedeão encarar os quatro deputados estaduais do PMDB que podem se animar em dar vôos mais altos em 2014 como Marcos Rotta, Wanderley Dallas e Vicente Lopes. Belarmino Lins fica fora da conta por ser irmão de Átila. Sem contar o vereador Marcel Alexandre, que disputou a vaga em 2010 e ficou na 3ª suplência.
Há os rostos “novos”  que estão sendo moldados dentro dos partidos para serem testados nas urnas como, por exemplo, o da secretária de Estado de Esportes, Alessandra Campêlo (PCdoB). Por indicação da sigla, Alessandra está há cerca de um ano na pasta e ganhou generoso espaço na propaganda partidária comunista exibida esta semana.
Outro páreo duro para os deputados federais deve ser o ex-prefeito de Manaus, Serafim Corrêa (PSB), cuja candidatura é cogitada pelo PSB desde o ano passado. O economista, que é um estudioso do modelo econômico que sustenta o Estado, já começa a mirar os alvos. Acompanha de perto o desempenho dos oito deputados federais e, sem rodeios, tem dado declarações que o Amazonas está mal representado em Brasília quando a questão é defesa da Zona Franca de Manaus.

“Muita coisa pode mudar”
Para o analista político e presidente da Action Pesquisas de Mercado, Afrânio Soares, os postulantes a vagas proporcionais em 2014 ainda têm um ano e meio para avaliar os prós e contras de se lançarem a determinados cargos.  “Isso porque o interessante está bem distante do que é provável”, declarou.
Ele disse que questões como quais os adversários, riscos de ficar sem mandato, tipos de coligações são determinantes para uma candidatura vitoriosa e para manter o crescimento político. Ao analisar as possibilidades da deputada licenciada e secretária de Estado de Governo, Rebecca Garcia (PP), Afrânio afirmou que, na opinião dele, a parlamentar agregaria mais valor numa chapa como vice de um bom nome do que como cabeça. “Tem ainda os riscos de, não saindo como candidata à deputada federal, ficar sem mandato por dois anos. Mas isso é o cenário atual. Muita coisa pode mudar”, declarou.
Sobre as chances de Gedeão Amorim e Serafim Corrêa, Afrânio Soares disse que os dois podem ser bons nomes, mas que não terão garantias de vitória. Isso porque Gedeão nunca foi testado nas urnas. Já Serafim é bom de voto, mas em disputas por cargo executivo em Manaus que tem característica completamente diferente da disputa pela Câmara Federal.


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