domingo, 14 de setembro de 2014

Porto de Lenha é a cara de Manaus!

http://visitbrasil.com/visitbrasil/export/sites/default/portalembratur/.content/images/AM_MANAUS_ARQUITETURA/AM_Manaus_ImgHeaderArquitetura.jpg

PORTO DE LENHA
Letra: Aldísio Filgueiras
Música: Torrinho

Porto de lenha
Tu nunca serás Liverpool
Com uma cara sardenta
E olhos azuis
Um quarto de flauta
Do alto Rio Negro
Pra cada sambista
Para-quedista
Que sonha o sucesso
Sucesso sulista
Em cada navio, em cada cruzeiro

Das quadrilhas de turista


'Porto de Lenha' é a cara de Manaus!
Esta foi a manchete do caderno Bem Viver do Jornal A Crítica, de 24 de outubro de 2012. O jornal fez uma enquete, durante uma semana, para escolher a música que melhor representasse a cidade de Manaus, a partir de uma lista de 10 músicas indicadas por artistas e personalidades ligadas à cultura na cidade de Manaus. Ao todo foram 1.200 votos e o resultado final foi o seguinte:

1. 41,2% - Porto de Lenha..Torrinho e Aldísio Filgueiras ... 495 votos
2. 14,7% - Deixa meu sax entrar ...... Teixeira de Manaus .................. 176 votos
3. 10,9% - Amazonas moreno ......... Osmar Gomes e Cedo Braga .... 130 votos
4.  8,75 - Marapatá ...................... Aníbal Beça e Armando de Paula.. 104 votos
5.  8%   - Domingo de Manaus ......... Chico da Silva .........................   97 votos
6.  5,1%- Argumento(Não mate a mata) ... Adelson Santos ...............   62 votos
7.  4,85 - Canção de Manaus ..........  Áureo Nonato .........................   57 votos
8.  3,3% - Subindo pelas paredes ...... Nunes Filho .............................   40 votos
9.  1,7% - Rodar na Bica ................... Alaídenegão ............................   20 votos
10. 1,6% - Churrasco de gato ............ Os Tucumanus ........................   19 votos

Trechos do jornal:

"O poeta e compositor Aldísio Filgueiras ficou feliz com o resultado e até hoje acha difícil explicar a empatia que as pessoas nutrem por "Porto de lenha". "Talvez seja porque ela vai direto ao assunto, não apela muito para sentimentos. É muito bom saber que as pessoas têm muito respeito por esse trabalho", declarou."

"Porto de Lenha" se tornou um sucesso estrondoso já no fim dos anos 1970, quando fez parte da peça "Tem piranha no pirarucu", que Márcio Souza dirigiu no palco do Teatrinho do Sesc."

"Teve uma época em que me enchia o saco entrar num barzinho e ouvir "Porto de lenha". Hoje, a reação é outra. Para os padrões de Manaus, é interessante que uma música continue consumida depois de todo esse tempo", afirmou Aldísio Filgueiras."

Notas pessoais:
Essa declaração final do poeta Aldísio Filgueiras me fez lembrar da música do Zeca Baleiro "Toca Raul", que conta exatamente uma história assim: de tanto não suportar mais ouvir pedir "Toca Raul", não lutou mais contra, aceitou o sucesso que continua passando de geração em geração. Penso que essa música tem isso. É nossa consciência do que nunca seremos... Pois, como diz o poeta, ela vai direto ao ponto: "Porto de lenha tu nunca serás Liverpool, com uma cara sardenta e olhos azuis". É isso!

fonte:
http://acritica.uol.com.br/vida/Manaus-Amazonas-Amazonia-cotidiano-cultura-Porto_de_Lenha-Aniversario_Manaus-musica-enquete-resultado_0_797920209.html

sábado, 13 de setembro de 2014

PAULO ROBERTO COSTA APONTA OUTROS DE POLÍTICOS E DENUNCIA SUAS PARTICIPAÇÕES NO ESCÂNDALO DA PETROBRÁS

pr 
A Revista Isto É desta semana bota mais  lenha na fogueira do escândalo da Petrobrás e revela que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa continua apontando o dedo para mais parlamentares que teriam se beneficiado com dinheiro de corrupção nas obras da companhia. A revista que circulou neste sábado envolve os nomes do governador Cid Gomes, do Ceará, dos Senadores  Francisco Dornelles e Delcídio Amaral, e do deputado Eduardo Cunha. A revista revela que a informação Paulo Roberta Costa apontou esses nomes em depoimento à Polícia Federal e a procuradores federais do Paraná.
A PF, no entanto, apura a origem dos recursos doados e se, além dos repasses oficiais, houve remessas ilegais. Suspeita-se que as doações eleitorais sejam usadas para lavar e internalizar o dinheiro depositado no exterior. A Justiça da Suíça vai colaborar para apurar todas as informações. Os indícios são de que é lá que  circularam as receitas provenientes de superfaturamento dos contratos da Petrobrás.
A revista revela que no fim de agosto deste ano  um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa apareceu no caixa controlado pelo Senador  Renan Calheiros. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos. O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobrás.
Em seu depoimento à PF, Paulo Roberto Costa revelou que as empreiteiras contratadas pela Petrobras eram obrigadas a fazer doações para um caixa paralelo de partidos e políticos integrantes da base de sustentação de Dilma. Seguindo o rastro do dinheiro, a investigação mostra que, até agora, as empresas contratadas pela Petrobrás engordaram o caixa do PMDB em R$ 15,5 milhões. Enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.
Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC.
Outros três políticos que aparecem no escândalo receberam, direta ou indiretamente, dinheiro das empreiteiras acusadas de irregularidades nos contratos com a Petrobrás. O deputado Cândido Vaccarezza recebeu com R$ 150 mil da UTC. O senador Francisco Dornelles (PP) obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão. Dornelles admitiu que conhece Paulo Roberto Costa, mas, segundo o senador, não houve qualquer participação dele nessas doações. Ainda não há maiores informações sobre as participações do Senador Delcidio Amaral, do governador Cid Gomes e do Deputado Eduardo Cunha. Segundo as denúncias da revista, eles tabém teriam sido beneficiados com o dinheiro da corrupção de obras da Petrobrás.

fonte:
http://www.petronoticias.com.br/archives/57009

Aninga - planta aquática de auto poder de absorção de poluição aquática e de outros fins medicinais!

 
A aninga (Montrichardia linifera) é uma planta herbácea macrófita aquática da família das aráceas que tem cerca de 4 m.

Etimologia

"Aninga" é oriundo do tupi a'ninga1 .

Descrição

A aninga é uma planta pioneira na formação de ilhas aluviais dos rios amazônicos e no estreitamento de canais dos furos do arquipélago do Marajó, formando grandes populações. Está distribuída na América do Sul tropical e nos seguintes estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo, principalmente às margens dos rios e igarapés amazônicos. É uma macrófita aquática, planta herbácea que cresce na água, em solos cobertos por água ou em solos saturados com água.
Esta planta tem a capacidade de absorver grandes quantidades de minerais presentes no solo, o que foi evidenciado pelos elevados níveis dos macronutrientes cálcio (Ca) e magnésio (Mg). Além desses, as concentrações de manganês (Mn) obtidas também foram consideradas tóxicas, ultrapassando significativamente o limite máximo tolerável para búfalos e gado.
A planta contém substâncias biologicamente ativas que justificam o uso tradicional empregado empiricamente pelo caboclo amazônico, denotando que a espécie tem um importante potencial fitoterápico que merece ser investigado em estudos químicos, farmacológicos e toxicológicos.




 


A atividade antiplasmódica relativa à ação contra o parasita causador da malária também foi investigada. Nesse caso, alguns extratos da folha da aninga inibiram em mais de 80% o crescimento do parasita, apresentando alto potencial antimalárico.
Já na folha e no fruto foram realizados estudos de teores de umidade, lipídios, proteínas, resíduo mineral fixo (cinzas), nível de carboidratos e valor calórico, e os resultados mostraram que tanto a folha como o fruto têm baixo valor protéico. Nesse contexto, vale ressaltar que a fruta da aninga é uma infrutescência, já que, apesar da aparência externa coesa, ela é formada por um conjunto compacto de frutos, onde cada um encontra-se aderido ao outro, de forma que o conjunto se assemelha a um grande fruto. Essa infrutescência apresentou baixo valor nutricional tanto para os peixes quanto para os quelônios e também aos grandes herbívoros como o boi e o búfalo, principalmente pelo seu pobre teor de proteína.

Usos

É muito utilizada pelos ribeirinhos como cicatrizante, mas pouco se conhece ainda sobre as propriedades químicas, terapêuticas e as atividades biológicas desta planta.
Além de seu uso como cicatrizante de cortes profundos, a seiva da aninga também é usada contra picadas de cobra e ferrada de arraia, entre outras aplicações etnomedicinais. Dentre essas aplicações, também é comum a utilização das folhas amarelas da aninga na forma de chá para o tratamento de doenças do fígado, além dos relatos de ribeirinhos de que as folhas e o fruto dessa planta fazem parte da dieta alimentar de peixes, tartarugas, peixes-boi, capivaras, bois e búfalos. Mesmo assim, os próprios ribeirinhos também a classificam como uma planta venenosa, já que a sua seiva é urticante e causa queimaduras na pele e, em contato com os olhos, pode causar a cegueira.

Sinonímia


O Jauari, a Prainha, a Colônia e a Poranga estão em cima da riqueza e não sabem!  (Frank Chaves)

 

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.124
  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Aninga-a%C3%A7u

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A Economia da Borracha no Pará

No fim da década de 1840-1850, a população do Pará estava ainda sofrendo os efeitos da Cabanagem e da repressão anticabana. O período que segue é caracterizado pelo ciclo da borracha: a antiga “droga do sertão” se tornou a matéria-prima da nova industria automobilística. A Amazônia era, então, a única região produtora de borracha no mundo. O período de exploração da borracha na região amazônica pode ser dividida em cinco fases:

1) No começo da produção da borracha a atividade estava entregue a aventureiros desorganizados e escravizadores de índios, a produtividade não chegava a 90 quilos por homem ao ano, ou seja, 1/3 da produção do século XX. Durante a fase de elevação inicial moderada, de 1830 a 1850, a produção ocorria em um mundo selvagem e atrasado em que a maior parte da mão-de-obra era de índios e tapuios.

2) A fase de melhoria do tirocínio (aprendizado ou exercício), permitiu um desenvolvimento acelerado da produtividade, de 1850 a 1870; algumas técnicas novas foram empregadas; havia certas divisões de tarefas operacionais; o emprego da navegação a vapor, que permitiu a descoberta de seringais virgens; este momento permitia uma produção de uns 200 quilos por seringueiro ao ano.

3) A “fase de adestramento nordestino”, de 1870 a 1890, com modesta elevação; ocorreu um grande contingente de imigrações originários do Nordeste, no entanto, tornava-se necessário uma nova aprendizagem pois os nordestinos não tinham experiências com a floresta amazônica.

4) A fase acreana, de 1890 a 1910; o aproveitamento em larga escala dos seringais do Acre impulsionou a produção, permitindo uma produção que subiu de 210 para 230 quilos média por homem.

5) No período mais recente, por ocasião da Segunda Guerra Mundial e nas décadas seguintes, a melhoria das condições de saúde, e a assistência governamental via Banco da Borracha, mais tarde a SUDHEVA, etc., permitiu que a produtividade se desenvolvesse mais que no passado.


A borracha

A Borracha é uma substância natural ou sintética que se caracteriza por sua elasticidade, repelência à água e resistência elétrica. A borracha natural é obtida de um líquido leitoso de cor branca chamado látex, encontrado em numerosas plantas. A borracha sintética é preparada a partir de hidrocarbonetos insaturados. Uma das árvores produtoras de borracha é a seringueira Hevea brasiliensis, da família das Euforbiáceas, originária do Amazonas. Outra planta produtora é a árvore-de-goma, Castilloa elastica, originária do México.



A seringueira ou Hevea brasiliensis




A borracha bruta é branca ou incolor. Através de um corte inicial e da remoção seletiva da casca, uma seringueira produz em média 1,8 kg de borracha bruta anualmente.



Em estado natural, a borracha bruta é um hidrocarboneto branco ou incolor. À temperatura do ar líquido, cerca de 195 ºC, a borracha pura é um sólido duro e transparente. De 0 a 10 ºC, é frágil e opaca e, acima de 20 ºC, torna-se mole, flexível e translúcida. Ao ser amassada mecanicamente ou aquecida em temperatura acima dos 50 ºC, a borracha adquire uma textura de plástico pegajosa. A borracha pura é insolúvel em água, álcali ou ácidos fracos e solúvel em benzeno, petróleo, hidrocarbonetos clorados e dissulfureto de carbono. Na fabricação atual de artigos de borracha natural, esta é tratada em máquinas com outras substâncias. A mistura é processada mecanicamente sobre uma base ou moldada, sendo logo colocada em moldes para posterior vulcanização.


A descoberta dos europeus da borracha (séc. XVIII)

Quando os portugueses descobriram a borracha, chamaram-na assim porque o produto permitia apagar a tinta no papel em que se havia escrito. Os portugueses do Pará aprenderam com os omáguas (tribo do Médio Amazonas) a fazer com essa substância umas bolas de seringa. Logo, a palavra seringa serviu para designar a própria árvore, como se pode perceber no relato do viajante português Alexandre Rodrigues Ferreira, em 1783:

A seringueira, nome comum de cerca de 10 espécies de um gênero de árvores produtoras de látex, nativas da Amazônia. É a célebre “árvore da borracha”. A espécie mais explorada, por dar o látex de melhor qualidade, distribui-se de forma espontânea por toda a região compreendida entre a bacia do rio Ucaiali e o Xingu, ao sul, e o estuário do rio Amazonas ao norte. Mede entre 20 e 30 m de altura, podendo chegar a 50 metros.




Do uso artesanal até a grande industria

Sérios problemas técnicos existiam, dificultando uma boa utilização da borracha: ela se tornava pegajosa com o calor da região e ficava dura nos países com estação fria. A solução foi a invenção da vulcanização, um processo que torna elástica, resistente, insolúvel, a borracha natural. Tal descoberta foi feita por Goodyear, nos Estados Unidos, em 1839. A vulcanização é um processo pelo qual a borracha, cozida com enxofre, perde suas propriedades não desejáveis (pegajosidade).



Logomarca da Companhia de Pneus Goodyear, fundada em 1898 por Frank Seiberling. O nome da fabrica foi em homenagem de Charles Goodyear. Goodyear inventou a vulcanização em 1839.




Em 1898, fabrica da Goodyear em Akron, Ohio, EUA. Foto da Biblioteca do Congresso Americano, EUA.





Pneu Goodyear, hoje.
Comparada com a borracha vulcanizada, a não tratada apresenta muito poucas aplicações. É usada em cimentos, fitas isolantes, fitas adesivas e como isolante para mantas e sapatos. A borracha vulcanizada é empregada nas correias transportadoras, para fabricar mangueiras, pneus e rolos para uma ampla variedade de máquinas, para fabricar roupa impermeável, em materiais isolantes e em muitas outras aplicações. É possível chamar borracha sintética a toda substância elaborada artificialmente que se pareça com a borracha natural. Obtém-se por reações químicas, conhecidas como condensação ou polimerização, a partir de determinados hidrocarbonetos insaturados. Produzem-se vários tipos de borracha sintética: neoprene, buna, borracha fria e outras borrachas especiais.


Com a vulcanização, a demanda do novo produto se intensificou. Por exemplo, a Grã-Bretanha importou 200 quilos de borracha em 1830, 10.000, em 1857 e 58.000, em 1874. Mas o salto decisivo foi com a invenção da roda pneumática. O inventor foi Dunlop, que aplicou à bicicleta de seu filho, em 1888. A invenção e a produção do automóvel com o emprego de rodas pneumáticas tornaram, definitivamente, a industria contemporânea dependente da borracha. O pessoal empregado na industria da borracha nos Estados Unidos passou de 2.600, em 1850, para 50.000, em 1910.




Da “droga do sertão” à borracha industrial: o Pará é transformado.


Precedida de um conhecimento científico que se desenvolvia desde 1736, a descoberta da vulcanização da borracha nos Estados Unidos e Inglaterra, cerca de um século após, criara novas oportunidades para a combalida economia da Amazônia. A procura externa do produto foi um fator para suscitar uma atmosfera propicia para os negócios regionais, justificando a importação de tecnologia então moderna. A oferta regional, de início limitada a artigos rudimentares de borracha, expandiu-se até 1875, fazendo forte apelo a uma organização produtiva escravista, da qual o índio foi primeiro e principal sustentáculo. No entanto, a nova atividade necessitava de muitos braços o que gerou grande mobilidade intra-setorial e espacial da população ativa. De 1825 a 1850, a produção comercial de borracha restringia-se principalmente a Belém e às ilhas, mas logo se expandira até o Xingu e o Tapajós, no Pará. Entre 1850 e 1870, as imigrações transpõe a fronteira do Amazonas e se dirigem aos seringais dos rios Madeira e Purus. É nesse período que a população da Província do Amazonas começa a ter expressão maior. Ao aproximar-se o fim da década de setenta, o problema da escassez de mão-de-obra assumiu feição mais grave. A borracha destronara o cacau.

Desta forma, em meados do século XIX, a economia tradicional, baseada nas “drogas do sertão” privilegiou uma delas, a borracha. Com efeito, à época, a Amazônia era o único fornecedor mundial da borracha; em conseqüência, ela se beneficiou do aumento da demanda estrangeira. A partir de 1857, a borracha tornou-se o produto mais exportado (mais de 30% do total). Seis anos depois, já ultrapassava com mais de 43% das exportações. O aumento da produção foi cada vez mais rápido e se estendeu do Pará ao resto da Amazônia, a partir de 1890. A partir dos anos 80, o Pará, primeiro, a Amazônia toda, em seguida, entram no período de auge da produção da borracha, crescendo até a década de 1900-1910. A produção passa de 8.500 ton., em 1880, para mais de 40.000 ton., em 1910.

Havia um aspecto original e único, também: uma grande industria, a industria automobilística, começou a se desenvolver a partir de um produto (látex) extraído da mata amazônica, graças ao trabalho manual do seringueiro, seguindo a experiência dos índios.


O seringueiro era (e é) um homem que trabalha na mata, vivendo da extração do látex da seringa (ou seringueira) trabalhando diariamente na “estrada”, usando como principais instrumentos o facão do mato ou machadinha, o terçado, a tigelinha e um balde (para até 6 ou 10 litros de látex).



Seringueiro da Amazônia extrai o látex da Hevea brasiliensis, a mais explorada das 10 espécies de seringueira.



Após sangrar a árvore, o seringueiro coloca a tigelinha, que deve receber o látex, escorrendo das incisões feitas. Uma árvore suporta em média 4 tigelinhas. Volta mais tarde para recolhê-las. Então entrega-se a defumação do látex. Despeja o leite numa bacia, acende o fogo, empregando a madeira resinosa de que dispõe, o que provoca a fumaça necessária e apropriada à coagulação do látex na forma comercial. O seringueiro derrama um pouco do látex na extremidade de um pau chato, com a forma de espátula. O pau é virado com as mãos, devagar, na fumaça e o látex se coagula pela ação do ácido carbônico contido na fumaça. Depois de feitas grandes bolas de borracha, o pau é suspenso a um gancho, ou girado em barras paralelas, em quanto elas são colocadas de modo a permitir a ação de rolar para diante e para trás, na fumaça. As bolas feitas por esse modo variam de 5 e 10 kg (cada bola).


Ferramentas do seringueiro - a) facão ou machadinha, b) terçado, c) tigelinha, d) balde.


Seringueiro incisando.



A coagulação do látex.








O Sistema de Aviamento



O seringueiro não era um trabalhador assalariado. Embora não tendo um patrão, como um assalariado, o seringueiro era dependente do dono do barracão (o aviador). Vendia sua produção para ele; comprava dele o que precisava para viver no meio da mata.






Seringueiro no barracao com as bolas de borracha.


Inicialmente foi utilizado para o trabalho da exploração da borracha a mão-de-obra indígena, os brancos tentaram engajar índios de algumas tribos na produção. Contudo, foram os trabalhadores nordestinos que sustentaram a força de trabalho da borracha. Nascidos no meio dos sertões secos, a chegada no mundo amazônico foi um grande desafio. Os trabalhadores nordestinos desconheciam as técnicas de trabalho, os segredos da mata, ele é um estranho ao meio físico e ao meio sócio-econômico da região. Nos primeiros momentos do uso da mão-de-obra de nordestinos cometeu-se diversos erros e grandes imprudências na exploração da borracha. Desta forma, os trabalhadores nordestinos tiveram que ser adestrados para a nova função. No final do século XIX, os nordestinos constituíam quase que a totalidade dos seringueiros na região amazônica.

A extração do látex para a borracha se fazia no seringal, parte da mata com muitas seringueiras. Antes de poder extrair o látex, o mateiro devia descobrir e delimitar um seringal dentro da mata. Depois abriam-se as “estradas” de seringa. A produção da borracha dependia de uma rede de comercialização.


O seringueiro dependia do aviador do barracão, aquele que “aviava”. Mas, o aviador, dependia também do seringueiro, da sua entrega esperada da borracha. Desta forma, os dois eram ligados mutuamente. No entanto, nas relações entre aviador e seringueiro não havia igualdade: o segundo dependia, até para a manutenção de sua vida, do primeiro, vivendo isolado no seringal. O aviador aproveitava-se dessa situação, impondo os preços dos produtos, consumidos pelos seringueiros, que vinham de Belém. Em Belém, meia dúzia de grandes firmas estrangeiras, com matrizes na Inglaterra, Alemanha e nos Estados Unidos, reuniam toda a produção regional, monopolizando a comercialização da borracha. Assim era o sistema de “aviamento”: o seringueiro era “aviado” pelo barracão; o barracão era “aviado” por casas exportadoras; as casas exportadoras eram financiadas por bancos estrangeiros.







Barracao de um aviador a beira do rio no Pará.


A decadência do ciclo da borracha

Uma mudança ocorreu na produção da borracha e que veio a modificar a produção paraense. Na Ásia passou-se a plantar a hévea e a se produzir a borracha. Ao invés de ser extrair o látex de árvores que crescem espontaneamente, como se faz dentro da mata, na Ásia planta-se a hévea em locais determinados. Era a heveicultura, o plantio da hévea. Essa nova produção foi lançada pelos ingleses em suas colônias da Ásia, onde o clima é semelhante ao clima tropical úmido da Amazônia. Em 1876, o botânico inglês Wickman transportou, às escondidas, sementes de hévea da Amazônia para Londres. Pouco depois, 7. 000 mudas de hévea foram transportadas para o Ceilão no sul da Índia. Na década de 1890, já se tinha certeza de que a hévea havia se adaptado ao meio natural da Ásia. Em 1900, as plantações se estendiam às colônias inglesas (Ceilão, Malásia e Birmânia) e holandesas (Indonésia). Os resultados foram espetaculares: 3 ton. de borracha, em 1900 e 16.000, em 1910. Foi um sucesso agronômico e econômico, depois de 25 anos dedicados à pesquisa experimental.

Além disto, ocorreu a aparição de fungos nas árvores plantadas na Amazônia, assim como nas plantações das Guianas – era o “mal das folhas”. No Brasil os pesquisadores não se interessaram muito pelo combate do fungo, somente o botânico Jacques Huber, diretor do Museu Emilio Goeldi, pesquisou sobre a questão. Desta forma, após o botânico falecer, a problema do fungo, inexistente na Ásia, permaneceu na região amazônica.

O efeito do "mal das folhas".


Também o preço mundial da borracha caiu brutalmente, a partir do mês de maio de 1910, pela entrada da produção asiática, suprindo a demanda. Este fato acabou sendo o começo da decadência da produção da borracha. Como conseqüência, as importações da região diminuíram em até 50%: não havia mais dinheiro para importar. E a queda dos impostos (sobre as exportações) impediram que o governo terminasse obras públicas que beneficiariam a economia. A crise afetou todos os setores da economia da borracha: no “centro” do seringal, onde o seringueiro desenvolvia suas atividades; na “beira”, onde o seringalista fazia seus negócios; no rio, onde o barqueiro transportava borracha e alimentos e, na cidade, pequena ou grande, onde o aviador e o exportador faziam as suas transações.



Borracha: novas tentativas
Na região amazônica, houve duas novas tentativas para se produzir, de novo, o látex em quantidade, pelo cultivo e pela coleta silvestre. Entre 1934 e 1945 houve uma tentativa da Companhia Ford. A economia dos Estados Unidos era muito dinâmica nos anos 20: o número de carros em circulação aumentou significativamente entre 1920 e 1930. O país era o maior produtor mundial de carros. A borracha cultivada respondia a demanda para fabricar pneumáticos. Mas 90% desta produção dependiam das colônias européias da Ásia. A Companhia Ford, que utilizava um quarto da borracha produzida no mundo, teve a idéia de produzir, ela mesma, a borracha necessária para suas usinas. Henry Ford escolheu o Brasil, que dava vantagens aos que queriam fazer plantações de hévea. Importou da Ásia mudas da planta e, em 1934, plantou-as em Fordlândia, ao sul de Santarém. A doença das folhas manifestou-se logo. Em 1935, foi aberta uma nova plantação (em Belterra), a sudeste de Santarém, como campo de experimentação. Contudo, depois de 10 anos a demanda não foi suficiente, assim, a plantação encerrou suas atividades em 1945.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os países da Ásia com plantações da hévea foram ocupados pelo exército do Japão que, nessa conflagração, era inimigo dos Estados Unidos. O EUA ficaram com dificuldades em obter borracha para a produção de pneus e outros produtos. Desta forma, o governo deste país, firmou um acordo com o governo brasileiro para a produção da borracha. Houve ajuda financeira com a criação do Banco de Crédito da Borracha. Na época 32.000 nordestinos foram trazidos para trabalhar na Amazônia. No entanto, os resultados não foram os esperados. Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a nova concorrência da borracha sintética, a exportação da borracha amazônica voltou a entrar em decadência.



Agricultura X Extrativismo
O desenvolvimento da agricultura na Amazônia foi comumente associado ao início de um processo civilizador da região. Neste sentido, a formação do território amazônico a partir da fixação da população em áreas nas quais praticassem a atividade agrícola foi vista por muitos pensadores, políticos e pessoas influentes da região amazônica como uma promessa de transformação econômica e social a qual transformaria a Amazônia de um deserto em um “celeiro do mundo”. Contudo, neste contexto, muitos membros ilustres pertencentes às principais capitais da região amazônica são unânimes em responsabilizar a valorização da borracha pelo extermínio das atividades agrícolas na Amazônia. Nesta discussão surge a problemática do conflito existente entre agricultura x extração. Esta problemática encontra seu momento máximo exatamente no período que corresponde ao surgimento da borracha como um dos principais produtos na pauta da exportação das províncias do extremo-norte (entre as décadas de 1850 e início da década de 1860).

A discussão sobre a problemática agricultura x extração esclarece muito sobre as próprias ações políticas e econômicas das elites da região amazônica em relação ao desenvolvimento regional. De fato, a busca pelo estabelecimento de uma política de colonização agrícola na região amazônica estava intimamente ligada a revitalização da agricultura regional na medida em que a valorização da borracha vai sendo vista como a responsável por um progressivo escasseamento de gêneros agrícolas, em especial os alimentícios, os quais passaram a ser obtidos principalmente através da importação de outras regiões, a preços mais elevados.

Desta forma, percebemos como as discussões críticas sobre a economia gomífera era orientada no sentido de se pensar a atividade extrativa da borracha como promotora e intensificadora dos problemas sócio-econômicos da região. É neste contexto que surge o ideal do estabelecimento de uma política de colonização agrícola, especialmente implantada a partir da imigração européia, com a finalidade de amenizar na Província, segundo muitos paraenses acreditavam, seus problemas crônicos, principalmente a escassez de produtos alimentícios e de mão-de-obra, assim como seria também um elemento fundamental para dar origem a uma forma mais duradoura de desenvolvimento regional. Contudo, os projetos de colonização agrícola não seriam bem-sucedidos senão contasse como apoio do governo central; isto surgia como um grande obstáculo para o desenvolvimento agrícola da região pois a Corte demonstrava muito mais interesse em financiar assentamentos de imigrantes no Extremo-Sul do Brasil.

É exatamente sob esse contexto que surge a idéia da formação da Amazônia como “celeiro do mundo”. Percebemos como desde o governo de Lauro Sodré há toda uma preocupação pelo fato de a Amazônia ter se tornando cada vez mais dependente do negócio da extração da borracha para sua sobrevivência econômica e o seu desenvolvimento social. Neste sentido, basicamente se pensava em se estabelecer uma colonização agrícola, baseada na pequena propriedade e na imigração de estrangeiros (os quais teriam supostamente uma maior qualificação profissional). De fato, a inspiração para tal projeto já vinha da Lei n.º 601, de 18-09-1850 (conhecida como a “lei de terras”).

Contudo, foi durante o governo de Paes de Carvalho (1897-1901) em que houve um maior apoio às políticas de colonização e povoamento na região amazônica, especialmente o Pará no qual houveram patrocínios destinados a transformar algumas regiões em um verdadeiro “celeiro do mundo”. Neste sentido, a região litorânea e a Bragantina, quase que desabitadas antes dos projetos de colonização, tornaram-se um dos maiores centros populacionais da Amazônia. Além disto, em 1897, Vigia e Bragança, eram os dois municípios mais populosos do Pará.



Referência Bibliográfica
DEAN, Warren. A luta pela borracha no Brasil. São Paulo: Nobel, 1989.

PROST, Gérard. História do Pará: do período da borracha aos dias atuais. Volume II. Belém: Secretaria de Estado de Educação, 1998.

REIS, Artur C. Ferreira. O seringal e o seringueiro. Rio de Janeiro: Serviço de Informação Agric. 1953.

SANTOS, Roberto. História Econômica da Amazônia (1800-1920). São Paulo: T. A. Queiroz, 1980.

WEINSTEIN, Bárbara. A borracha na Amazônia: expansão e decadência (1850-1920). São Paulo: HUCITEC, 1993.

Por:
Prof. Leonardo Castro - 16 de fevereiro de 2009

domingo, 7 de setembro de 2014

Povos indígenas são excluídos das políticas públicas

A maioria dos planos de governos dos candidatos majoritários no Amazonas não faz alusão a projetos e muito menos a programas voltados para o direito à terra e causas sociais dos povos indígenas no Estado

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), atualmente 183.514 índios vivem no Amazonas, o que representa 5,27% da população do Estado
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), atualmente 183.514 índios vivem no Amazonas, o que representa 5,27% da população do Estado (Arquivo A Crítica )

Ausentes nas propostas apresentadas na propaganda eleitoral na TV e no rádio, os povos indígenas estão praticamente invisíveis também nos planos de governo dos postulantes a governar o Estado a partir de 2015. Dos sete candidatos, apenas dois, e de forma tímida, falam em políticas públicas voltadas para os indígenas.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), atualmente 183.514 índios vivem no Amazonas, o que representa 5,27% da população do Estado.

Dos sete candidatos ao Governo do Amazonas, apenas Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (Pros) esboçam planos para os povos indígenas. Candidato pela coligação “Renovação e Experiência”, Braga trata dos povos indígenas ao falar das propostas dele para a “educação e geração de emprego”.
Entre as diretrizes de governo do peemedebista estão: a implantação de Programa de Merenda Escolar Regional Diferenciada para escolas indígenas, criação do Centro de Educação Superior Indígena, no Alto Solimões, e a geração de emprego e renda, com projetos econômicos agroflorestais, de artesanato, de pesca e piscicultura.

O governador José Melo, candidato à reeleição pela coligação “Fazendo Mais por Nossa Gente”, pretende estruturar o “Programa de Agricultura Indígena” e desenvolver propostas pedagógicas direcionada à educação indígena, valorizando práticas sócioculturais.

Ainda assim, os Planos de Governo estão longe de ser suficiente. Para o coordenador da Central Intercultural de Etnodesenvolvimento do Amazonas (Rapu), Aldenor Tikuna, é de causar indignação, com todo o histórico que tem Manaus, por ficar num Estado onde há a maior concentração da população indígena no Brasil (15,45%), que ainda não se tenha implementado programas que atendam as necessidades básicas desta população, como direito à terra e causas sociais, que seguem esquecidas pelas autoridades locais.

As lideranças chegaram a formular uma proposta de políticas públicas – englobando uma série de tópicos, como cultura, educação, saúde, entre outros – e apresentaram na Assembleia Legislativa (Aleam). Mas, segundo Aldenor, as propostas não contaram com o apoio do Poder Público local. “O movimento está enfraquecido, não fomos chamados pelos governos para tratar de propostas e o que existe são “falsos” programas de governo”, disse Aldenor, que também é mestre em Sociedade e Cultura.

Mudanças sociais
Segundo um dos representantes da Terra Indígena Vale do Javari, no Alto Solimões, e candidato a deputado estadual Eliésio Marubo (PV), o movimento indígena nos moldes atuais já não cumpre com sua prerrogativa de representação política entre os povos indígenas no Brasil, “em face das mudanças políticas e sociais ocorridas nas últimas décadas na sociedade não-indígena e da política partidária, fonte de consolidação da política indígena nos centros urbanos”.
Para Eliésio, o modelo atual, além de frágil e desalinhado com as demandas das comunidades e povos locais, abre espaço para a auto promoção de “representantes ou lideranças” estranhas aos interesses teleológicos da verdadeira causa indígena.

Governo investiu R$ 10 milhões
Nos dois últimos anos, mais de R$ 10 milhões foram aplicados pelo Governo Estadual em ações direcionadas aos mais de 150 mil indígenas do Amazonas, segundo balanço divulgado pela Secretaria para os Povos Indígenas (Seind).
Os recursos são partilhados com o Governo Federal. Desde 2011, as ações são desenvolvidas através de um comitê gestor que envolve todas as secretarias de Estado, o que amplia o volume e a capacidade de investimentos para o setor.
De acordo com o secretário da Seind, Bonifácio Baniwa, entre os principais avanços está o fomento às atividades sustentáveis, com exploração de produtos naturais com forte aceitação no mercado como a castanha e o peixe.
Para a gestão territorial das terras indígenas, a Seind está negociando um projeto com o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Amazônia, para trabalhar a gestão da terra em 15 municípios do Sul do Estado. A CRÍTICA tentou entrar em contato com a Funai e a Coiab para tratar do assunto, mas não obteve resposta.

Conquista
Uma das últimas conquistas da população indígena na política foi a criação, em 2006, da CNPI – Comissão Nacional de Política Indigenista, que instituiu um foro de discussão, com os próprios índios, a respeito da elaboração de políticas públicas federais para a classe indígena. Da época para cá, nenhum projeto avançou.

Blog: Ademir Ramos, antropólogo e professor da Ufam
“A saúde é um dos maiores problemas dos povos indígenas. Criou-se a Sesai e, posteriormente, uma Ong que não age e agora estão tentando criar um Instituto para tentar amenizar o problema que se tornou um caos nas aldeias e, detalhe, sem ouvir os representantes indígenas. Ninguém monitora as terras e cria projetos. Os indígenas vêm perdendo cada vez mais espaço, está na hora de os governantes chamarem para si a responsabilidade e aplicar políticas públicas para os indígenas. Chegamos ao ponto de os Ticunas, no Alto Solimões, cultivarem “folha de coca” para chamarem atenção das autoridades, e na oportunidade reivindicarem melhorias para a comunidade. Estes povos só querem ter o direito que assiste a todos”.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

LE BON MARCHÉ RIVE GAUCHE


Paris é uma cidade mágica. A Torre Eiffel, o museu do Louvre, a Avenida Champs-Élysées, o Arco do Triunfo, a estonteante Catedral de Notre Dame e muitas outras atrações, capaz de entreter os mais exigentes dos turistas. Acrescente a esta lista o LE BON MARCHÉ RIVE GAUCHE, a loja de departamento mais chique e sofisticada da cidade, um templo do consumo de bom gosto capaz de seduzir e deslumbrar até os menos consumistas. Afinal não é difícil sair de lá com uma gravata Gucci, uma bolsa Balenciaga ou delicioso sushi para comer em casa. 

A história 
Tudo começou em 1852 na cidade de Paris quando Aristide Boucicaut, filho de um fabricante de chapéus, resolveu transformar seu modesto comércio de rua às margens do rio Sena, em sociedade com os irmãos Paul e Justin Videau, em uma loja de departamento onde imperava a variedade de produtos, marcas e serviços e por onde se podia passear sem ser incomodado. Juntamente com os irmãos e com a ajuda do arquiteto Louis-Charles Boileau, responsável pela construção do prédio, ele criou o AU BON MARCHÉ (que significa algo como “um bom negócio”), um lugar perfeito para acompanhar assiduamente a vida cotidiana dos parisienses, com a elegância e o estilo que lhes é peculiar. Com uma diversificada seleção de objetos de design, elementos de gastronomia, artigos de beleza e o que havia de melhor na moda, Boucicaut conseguiu reunir as francesas e, por que não, os franceses, que não queriam mais andar pela cidade em busca de suas compras, em um novo local onde podiam experimentar, comprar ou apenas olhar as maravilhas e novidades do século.


Sua visão comercial apurada e psicologia do consumo lhe permitiu revolucionar um segmento no qual, a partir daquele momento, os produtos se apresentariam com rótulos que fixavam seu preço ou se ofereceria a possibilidade de mudar ou reembolsar um item se este “não agradasse” a seu comprador. Técnicas que atualmente parecem indispensáveis, e inclusive banais, para o comércio de uma forma geral, mas que naquela época era um desafio para o vendedor e uma tentação constante para os clientes. Outro ponto importante (e então inédito) foi instalar na loja um banheiro feminino. Para os homens, um departamento especial, uma espécie de lounge para que eles confortavelmente relaxassem e, na medida do possível, não reclamassem da demora das esposas. Também havia um espaço para roupas masculinas, serviços de barbeiro e de engraxate.


O fundador, segundo se vangloria a loja de departamento, foi também responsável por instaurar os primeiros descontos (liquidações) da história, quando lhe ocorreu a ideia de reduzir o preço das roupas para se livrar dos estoques altos. A esta prática ele batizou de “O mês branco de janeiro” e devido ao enorme sucesso, ele se arriscou também a estabelecer um calendário anual onde se sucedessem vendas, publicidade e descontos. Em relação á propaganda, artistas, desenhistas e cartunistas idealizavam fantásticos cartões-postais, cartazes e agendas, que serviam como anúncios publicitários. Em 1867, mais uma vez ele se revelou um inovador nas técnicas de vendas, possibilitando a todos os franceses, parisienses ou não, de figurar entre seus clientes, com o envio de 500 mil catálogos com mostras de tecidos e inaugurando assim a venda por correspondência.


A mesma obstinação que possuía esse visionário para vender a seus clientes tinha sua mulher, Marguerite, para melhorar as condições profissionais e pessoais de sua força de trabalho. Ela foi a responsável por uma obra social sem precedentes naquela época. Estabeleceu uma jornada de trabalho de 12 horas em vez de 16, aprovou as férias anuais e as permissões de maternidade, além de instaurar um plano de pensões. Em 1875 foi inaugurada uma galeria de arte, onde artistas podiam expor e vender suas obras para os clientes da loja. Em 1887, entre 15 mil e 18 mil mulheres, já que a clientela era essencialmente feminina, atravessavam as portas da loja de departamento, onde eram convidadas a entrar e experimentar os produtos dispostos deliberadamente sobre numerosas prateleiras. O histórico edifício da loja foi ampliado em 1896, com a supervisão do engenheiro Gustave Eiffel, que havia projetado a famosa torre que leva seu sobrenome.


Em 1984, o conglomerado de luxo francês LVMH comprou a loja de departamento mais antiga de Paris, acrescentou a seu nome o termo “Rive Gauche”, e deu prosseguimento a obra iniciada pelo casal Boucicault, que tinha assentado as bases do comércio e do consumo de massas. Uma nova e renovada gestão empresarial optou em 1988 por uma reestruturação dos 32.000m² do local. Os diferentes espaços passaram a ser concebidos como se fossem “formas de vida”, das quais surgiu, por exemplo, um “cinema da beleza” dedicado aos cosméticos, um “apartamento de moda” para as roupas femininas, uma intimista e imensa seção somente para lingeries, e até uma livraria e uma seção de móveis. Tud com conforto e bom gosto para oferecer mais de 30 mil produtos pensados para “todas as necessidades”.


Além disso, a loja de departamento mantém um fantástico espaço de 3.000m², conhecido como La Grande Épicerie de Paris, localizado do outro lado da rua, que oferece mais de 15.000 produtos diferentes entre alimentos e bebidas, selecionados nos quatro cantos do mundo. Os produtos são comprados todos os dias: mais de 200 tipos de queijos, peixes frescos, frangos, verduras, legumes, tudo diretamente do produtor. Isto sem contar iguarias raras e caras, geléias de champagne, biscoitos com sabores e formatos originais, seções inteiras dedicadas ao salmão, ao foie gras, ao caviar, chocolates, sorvetes, temperos e condimentos, e cortes de carnes (cujos preços fariam muitos adotarem uma alimentação vegetariana). Além de uma seleção de vinhos que está entre as melhores da Europa. Mais de 80 talentosos padeiros, confeiteiros e chefes de cozinha trabalham arduamente para deleitar os mais exigentes paladares, incluindo deliciosos macarons, que estão entre os melhores de Paris. É realmente um passeio gastronômico imperdível.


Localizada na fronteira entre o distrito 6 e 7 de Paris, a um passo da prestigiada Universidade da Sorbonne e da igreja de Saint-Germain-des-Près, a loja de departamento LE BON MARCHÉ RIVE GUACHE continua sendo ícone da elegância francesa, mais de 160 anos após sua fundação. Prova disto é que, para quem deseja pesquisar as tendências da moda, não há lugar melhor em Paris, afinal praticamente todos os estilistas renomados e marcas luxuosas desfilam seus produtos por suas prateleiras.


Para agradar aos brasileiros 
Em abril de 2013, para agradar os clientes brasileiros que cada vez mais desembarcam em Paris, a centenária loja de departamento de luxo criou uma exposição que celebrava a cultura do país através da moda, arte, gastronomia e design. Para realizar a exposição, LE BON MARCHÉ adquiriu US$ 2.25 milhões em produtos de empresas brasileiras para serem divulgados e comercializados. Batizada de “Le Brésil Rive Gauche”, a exposição oferecia alguns produtos bem conhecidos dos brasileiros. Por exemplo, uma sandália Havaianas era comercializado por €26. Já uma sandália da Melissa era vendida por €59.


A evolução visual 
Até 1989 a tradicional loja de departamento era conhecida como AU BON MARCHÉ. A partir deste ano, além de mudar seu nome para LE BON MARCHÉ e acrescentar a expressão “RIVE GAUCHE”, a marca apresentou uma nova identidade visual.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1852 
● Fundador: Aristide Boucicaut, Paul e Justin Videau 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Patrice Wagner 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 1 
● Presença global: Não (presente somente na França) 
● Funcionários: 2.200 
● Segmento: Varejo (loja de departamento) 
● Principais produtos: Roupas, acessórios, calçados, cosméticos e alimentos 
● Concorrentes diretos: Galaries Lafayettes e Printemps 
 ● Ícones: O prédio onde a loja está instalada 
● Website: www.lebonmarche.com 

A marca na França
Hoje em dia a icônica LE BON MARCHÉ RIVE GAUCHE através de mais de 30.000m² oferece milhões de produtos de 1.400 marcas, incluindo Louis Vuitton, Dior, Chanel, entre outras, que se esparramam pelas araras e prateleiras da loja. Devido às festas de final de ano, os meses de novembro e dezembro correspondem a 40% das vendas da LE BON MARCHÉ. E quase metade de seu faturamento está atrelado aos clientes estrangeiros. 

Você sabia? 
Os dias preferidos dos turistas para visitar LE BON MARCHÉ são segunda, terça e quinta-feira. Para fugir das multidões e filas, evite essas datas e opte por quarta e sexta-feira ou pelo fim de semana. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Portal de Branding), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

fonte: 
http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2013/10/le-bon-marche-rive-gauche.html
Última atualização em 22/10/2013

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Manauscult vai lançar série com dicas de roteiros turísticos da cidade

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Em comemoração ao Dia Internacional do Turismo (27 de setembro), a Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), lançará, a partir de quinta-feira (04), uma série com dicas turísticas da capital amazonense. A ação, denominada ‘Conheça Manaus’, visa mostrar aos moradores da cidade e aos visitantes os espaços históricos, arquitetônicos e naturais locais. 

O material vai conter dicas de locais e roteiros turísticos. “Queremos que todos tenham a oportunidade de conhecer melhor a cidade, de forma acessível e segura. Temos diversos espaços que contam muito da nossa história. São espaços que possuem grande valor cultural e natural”, explicou o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula.

A ação também contará com o apoio do público por meio de votações na página oficial do Facebook da fundação. A ideia é fazer com que as pessoas participem dando dicas de locais e outros espaços não muito populares, mas que sejam ótimas opções de lazer na cidade.

“Conheça Manaus é uma campanha que a Manauscult já faz há algum tempo. Vamos reforçar, ampliar a oferta e dar oportunidade para que os internautas deem dicas. Poucos manauaras conhecem a própria cidade, especialmente os pontos turísticos e quando eles passam a vivenciar as experiências, é mais fácil ter propriedade para falar do espaço em que vivem e propagar isso aos outros”, comentou o diretor-presidente.

Monteiro de Paula destacou que após o sucesso da Copa do Mundo, sabe-se que Manaus tem ainda mais a ganhar. “Fizemos uma pesquisa com o público que foi à Fan Fest e 78% disse que gostaria de voltar à cidade com mais tempo. Por isso, várias ações serão feitas para fazer com que estes turistas voltem e tragam mais pessoas. Queremos fazer de Manaus um grande destino turístico e temos potencial para que isso ocorra”, conclui.

A data
O Dia Mundial do Turismo foi instituído em 1979 pela Organização Mundial do Turismo (OMT), órgão membro da Organização das Nações Unidas (ONU), em homenagem à criação do estatuto da entidade, e tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância do turismo como valorização dos aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais que o setor proporciona a um determinado local.

Dica para entender como funciona o novo Complexo 28 de Março (Entrada do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes)

Grupo I.Menezes inaugura seu no empreendimento - DM Supermercado



PARABÉNS AO GRUPO I. MENEZES
PELO EMPREENDIMENTO!

Cerca de 1,6 milhões de pessoas ficarão sem água em 121 bairros e conjuntos de Manaus nesta terça

Manutenção na rede elétrica suspende serviço em 80% da cidade nesta terça-feira (2), informou a concessionária Manaus Ambiental

População começou a se reservar água nessa segunda-feira (1º)
População começou a se reservar água nessa segunda-feira (1º) (Antônio Lima)
Mais de um milhão e seiscentas mil pessoas ficarão sem água hoje. A interrupção no fornecimento, a partir das 6h, vai atingir 121 bairros e conjuntos residenciais de Manaus, localizados nas zonas Norte, Sul e Centro-Oeste, representando 80% da cidade. A normalização total do abastecimento, segundo a Manaus Ambiental, ocorrerá em até 12 horas após o restabelecimento do serviço de energia elétrica na Ponta do Ismael.
Bairros populosos como o Centro, Compensa, Alvorada, Cidade Nova e Santa Etelvina estão na lista dos que ficarão sem água hoje.
O motivo da interrupção é que a Eletrobras Amazonas Energia desligará a linha 69 kv (subestação de energia da Ponta Negra), que atende a Manaus Ambiental, para manutenção elétrica preventiva da rede de proteção do circuito. Esta subestação atende o Complexo de Produção da Ponta do Ismael, responsável pelo abastecimento de água de praticamente toda a cidade.
De acordo com a Eletrobras Amazonas Energia, ocorreram reuniões com a concessionária para definição de data e horário do desligamento.
A previsão da Manaus Ambiental é que, depois das 10h de hoje, o fornecimento de água comece a ser normalizado. “Após o término dos serviços da Eletrobrás, a energia será restabelecida automaticamente no Complexo da Ponta do Ismael, juntamente com o sistema de abastecimento de água. A normalização total do abastecimento ocorrerá em até 12 horas após o restabelecimento do serviço”, informou a concessionária, em nota.
Prevenção
Ontem, muitas famílias encheram baldes, bacias e camburões para enfrentar este dia sem água nas torneiras.  Com previsão de sol e temperatura variando entre 23°C e 34°C, para esta terça-feira, a interrupção do abastecimento de água vai agravar o forte calor, típico desta época do ano. A saída foi estocar água para as necessidades básicas e amenizar o calor.
 “A minha sobrinha falou que ia faltar água na terça-feira, por isso já estou com todas as minhas vasilhas prontas para encher no início da noite, e não ficar agoniada amanhã”, comentou, ontem, a aposentada Benedita Gomes de Oliveira.
Dois camburões, com capacidade para 200 litros cada, e uma bacia grande. Esta é a arma da costureira Maria Aparecida de Souza Mello, 61, para enfrentar a terça sem água. Moradora da rua Santa Luzia, no São Geraldo, ela também ajuda os vizinhos em situações como essa.
Sônia de Oliveira Matos, 57, também costureira, procurou adiantar vários serviços domésticos ainda na segunda-feira. “Lavei toda a roupa hoje (ontem), adiantei tudo o que podia fazer, até o almoço de terça-feira, porque eu não tenho caixa d’água na minha casa”, explicou dona Sônia, moradora da rua Danilo Matos Areosa, na Compensa 1, Zona Oeste. “Só espero que não demore muito essa falta d’água”, acrescentou.
Marcelo Rodrigues de Oliveira, morador da rua Gurupi, no Bairro da Paz, questionou “como estocar se o bairro está sem água desde domingo à tarde?”. Ele ligou para Manaus Ambiental mas “até 18h, nada foi resolvido”, disse.
A população pode tirar dúvidas sobre o serviço nos telefones 08000-920-195 (local); SAC (demais localidades): (92) 3627-8360; e no e-mail faleconosco@manausambiental.com.br.
Busca rápida
121 bairros das zonas Norte, Sul e Centro-Oeste devem ser afetados  pela suspensão no abastecimento de água, hoje, de acordo com a Manaus Ambiental. Segundo a empresa, a paralisação do serviço deve afetar, aproximadamente, 1,6 milhão de pessoas, 80% da cidade.

Confira a listagem
1 Cachoeirinha
2 Raiz
3 São Francisco
4 Praça 14
5 São Geraldo
6 Parque 10
7 Bairro da União
8 Shangrilá
9 Artur Reis
10 Educandos
11 Japiim I
12 Japiim II
13 São Raimundo
14 São Jorge
15 Vila da Prata
16 Gloria
17 Aparecida
18 Centro
19 Morro da Liberdade
20 Lagoa Verde
21 Petrópolis
22 Crespo
23 São Lazaro
24 Betânia
25 Matinha
26 Nossa Senhora das Graças
27 Vieiralves
28 Adrianópolis
29 Aleixo
30 Coroado I
31 Coroado III
32 Colina do Aleixo
33 Carijó
34 Tiradentes
35 Vila da Gaia
36 Conj. Petros e adjacências
37 Conjunto João Bosco II
38 Conjunto Acariquara
39 Ouro Verde
40 Bairro da Paz
41 Santos Dumont
42 Riacho Doce I
43 Riacho Doce II
44 Augusto Montenegro
45 Conjunto Ajuricaba
46 Conj. João Bosco
47 Conj. Canaã
48 Vila Verde I
49 Vila Verde II
50 Conjunto Tabaú
51 Monte Sinai
52 Parque Florestal
53 Jardim Primavera
54 Osvaldo Frota
55 Sergio Pessoa Neto
56 Parque Eduardo Braga
57 Nossa Senhora do Perpetuo Socorro
58 Campo Dourado I
59 Campo Dourado II
60 Beija-Flor I
61 Beija-Flor II
62 Loteamento Santa Cruz
63 Conj. Rio Maracanã
64 Conj. Sub Tenente
65 Rio Piorini
66 Ribeiro Junior
67 Loteamento Jesus Me Deu
68 Loteamento Santa Marta
69 Loteamento América do Sul
70 Conj. Alegro
71 Compensa
72 Ponta Negra
73 Santo Agostinho
74 Conj. Ayapuá
75 Conj. Aruanã
76 Conj. Débora
77 Conjunto Kíssia
78 Campos Elíseos
79 Alvorada I
80 Alvorada II
81 Alvorada III
82 Promorar
83 D. Pedro
84 Flamanal
85 Ajuricaba
86 Versalles
87 Belvedere
88 Vista Bela
89 Eduardo Gomes
90 Hiléia
91 Redenção
92 Santa Bárbara
93 Novo Esperança
94 Lírio do Vale
95 Planalto
96 Flores
97 Mundo Novo
98 Osias Monteiro
99 Omar Aziz
100 Manôa
101 Colônia Santo Antônio
102 José Bonifácio
103 Monte Sião
104 Monte Pascoal
105 Monte das Oliveiras
106 Novo Israel
107 Cidade Nova
108 Nova Cidade
109 Terra Nova II
110 terra Nova III
111 Renato Souza Pinto II
112 Francisca Mendes
113 Américo Medeiros
114 Conjunto Cidadão VII
115 Conjunto Cidadão VIII
116 Conjunto Cidadão IV
117 Conjunto Cidadão X
118 Conjunto Cidadão XII
119 Santa Etelvina
120 Parque Santa Etelvina
121 Conj. Canaranas




Fonte: Manaus Ambiental

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