No momento em que se comemora a instalação de uma comissão
especial no Congresso Nacional para tratar da prorrogação dos
benefícios da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos é preciso que os
governantes e autoridades envolvidas no processo façam uma avaliação do
Modelo implantado há 46 anos no nosso Estado para que os rumos desses
próximos 50 anos sejam redirecionados, principalmente para o interior.
Já passou da hora de o homem ribeirinho também colher os frutos de um
projeto vitorioso em vários aspectos, mas que ainda não conseguiu saldar
uma dívida social para com o povo, mais especificamente o hinterland.
Vamos lutar pela prorrogação, mas temos que fortalecer ainda mais a luta
pela interiorização. Não é mais possível ver um Estado tão rico com um
povo tão pobre. Um Estado de dimensões continentais e uma enorme
desigualdade na distribuição das riquezas. Um Estado que pode abastecer o
Brasil na produção de alimentos com o aproveitamento das várzeas e do
pescado, no setor mineral, na produção dos fármacos e mais uma
infinidade de recursos podem ser explorados, levando-se em consideração
todo o processo sustentável e a utilização de novas tecnologias. Esse
mesmo potencial, nos mostra o quanto podemos ser auto suficientes e
deixarmos de sermos mendigos de luxo, batendo às portas de Brasília
todas as vezes que o modelo for ameaçado por uma autoridade paulista. O
que nos falta é a criação de políticas públicas para que o ribeirinho
tenha no próximo meio século uma vida melhor, bem melhor do que foi até
agora.
Por JORNAL DO COMERCIO
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