quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

No Amazonas, licitação de Cidade Universitária da UEA pode ser cancelada

Ministério Público Federal recomenda que processo licitatório seja suspenso até realização de estudos de impacto ambiental.

Cidade Universitária da UEA será erguida na cidade de Iranbuda, no interior do Amazonas. Foto: Divulgação.
Cidade Universitária da UEA será erguida na cidade de Iranbuda, no interior do Amazonas. Foto: Divulgação.

MANAUS – O Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) recomendou ao Governo do Estado que não inicie a licitação para contratação das obras da primeira etapa da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), antes de realizar uma terceira audiência pública sobre o assunto e obter aprovação de órgãos ambientais.
A informação foi divulgada, nesta terça-feira (19), pelo MPF que adiantou, ainda, a necessidade de o projeto básico ser analisado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no Amazonas (IAB-AM). A publicação de convocação para licitação está prevista para quarta-feira (20).
O Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) será realizado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que servirá de base para a realização da terceira audiência pública e pode alterar o projeto básico da obra.

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Segundo o ministério, o Governo no Estado tem 10 dias para informar ao MPF/AM as providências adotadas em relação ao cumprimento da recomendação, já que os pareceres do Crea/AM e do IAB/AM, bem como o resultado do estudo ambiental, podem resultar em mudanças significativas em todo o projeto da Cidade Universitária.
O processo de licenciamento ambiental da construção é acompanhado pelo MPF/AM desde o ano passado, por meio do Inquérito Civil Público nº 1.13.000.001075/2012-46.

Cidade Universitária
O projeto inicial do obra prevê área construída de 13 milhões de metros quadrados, no município de Iranduba (a 27 km de Manaus). A construção está orçada em R$ 300 milhões e, além de comportar os cursos e residências da instituição, terá infraestrutura com espaços de lazer, cultura e áreas verdes.

Projetada para abrigar, no primeiro momento, o campus da UEA, a nova cidade foi concebida para possuir espaços residenciais, comércio, serviços públicos, eixos viários, áreas de lazer e de turismo, entre outros elementos.
Outro lado
A Agência de Comunicação do governo informou que a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) vai atender as recomendações do MPF relacionadas à realização da licitação da primeira etapa das obras. De acordo com a titular da Seinfra, Waldívia Alencar, não há ainda data para o início do processo licitatório. Ela explicou que, após a realização da audiência pública do último dia 5 de fevereiro, a Seinfra já estaria no prazo legal, conforme prevê a Lei nº. 8.666/93 (Lei de Licitações), para iniciar o processo de licitação, a partir do dia 21 de fevereiro.

No entanto, a secretária explicou que ainda está sendo definida a realização de uma terceira audiência pública para apresentar mais uma vez os estudos relacionados à questão ambiental. Foram realizadas, ao todo, três audiências públicas, duas para apresentar o EIA-Rima em Manaus e em Iranduba, e uma para apresentar o projeto das obras da primeira etapa, também na capital. Segundo Waldívia, o governo tem cumprido com todas as exigências legais, tanto ambiental quanto do patrimônio histórico e arqueológico, para implantação do empreendimento.

Redação - jornalismo@portalamazonia.com

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