Dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti.
Município de Japurá está em situação de risco, segundo estudo divulgado.
Campanha contra a doença será lançada na
segunda-feira(Foto: Divulgação/Sesma)
segunda-feira(Foto: Divulgação/Sesma)
Quinze municípios do Amazonas, incluindo Manaus, estão em estado de
alerta contra a dengue, de acordo com o mapeamento da doença divulgado
pelo Ministério da Saúde nesta semana. O município de Japurá, situado a
744 km da capital, está em situação de risco. Para ações de combate e
controle da doença, o Ministério vai enviar ao estado mais de R$ 12
milhões. Dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (LIRAa). O objetivo é identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor da doença. (Veja a classificação de cada cidade)
Além da capital amazonense, Barcelos, Boca do Acre, Borba, Coari, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, São Gabriel da Cachoeira e Tefé
apresentam foco entre 1% e 3,9% e, por isso, são considerados em estado
de alerta. Já no município de Japurá foram encontrados focos de dengue
em mais de 4% das residências visitadas e a cidade é considerada em
situação de risco.
O diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM), Bernardino Albuquerque, informou ao G1
que funcionários da FVS realizam o LIRAa a cada três meses e que a
verificação do mês de outubro é a mais importante porque "marca o
período de chuvas, época propícia à reprodução do mosquito, principal
vetor da infestação da doença".
Segundo Albuquerque, além do LIRAa, a Fundação utiliza outros
indicadores para as ações de vigilância, como a verificação da
ocorrência de casos de dengue no período anterior à coleta de dados.
"Em 2013, Manaus teve ocorrências importantes de casos. Se sabemos que o
vetor está circulando nessa área, e se a população for elevada, há
maior probabilidade na classificação de risco", explicou o diretor da
FVS, que relatou.
O principal foco de reprodução do mosquito da dengue no Amazonas,
segundo a FVS-AM, é o modo como a população armazena água. "A alocação
da água ainda é a nossa principal preocupação. É exatamente naquelas
localidades onde a população não tem água canalizada, onde se faz a
necessidade do armazenamento, onde temos os principais casos", disse
Bernardino.
O perfil dos criadouros também é destacado no LIRAa e mudam conforme
cada região brasileira. Enquanto no Norte e Nordeste o armazenamento de
água é a principal fonte de preocupação, com índice de 75,9% e 37,5%,
respectivamente, no Sul, o armazenamento de lixo o principal desafio,
com taxa de 81,2%.
Na próxima quarta-feira (27), será lançada a campanha de intensificação no combate e controle da dengue o estaso. "É uma das frentes de ação que temos nesse trabalho. Assim, eliminamos o mosquito seja na forma adulta, ou larvária", disse.
Na próxima quarta-feira (27), será lançada a campanha de intensificação no combate e controle da dengue o estaso. "É uma das frentes de ação que temos nesse trabalho. Assim, eliminamos o mosquito seja na forma adulta, ou larvária", disse.
Alburqueque ressaltou a importância dos profissionais de saúde se
manterem atualizados acerca do tema e, por isso, a FVS também vai
realizar nos dias 26 e 27, deste mês, um treinamento, dispondo de 400
vagas. "Os profissionais da área devem se manter atualizados e isso
também é um ponto importante no controle da dengue. Os resultados depois
são a diminuição do número de casos e de óbitos".
Investimento
O Amazonas irá receber do Ministério da Saúde, no próximo ano, R$ 12.505.060,38 para intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue. Em todo Brasil, o investimento será de R$ 363,4 milhões para 157 municípios que estão em situação de risco e 525, em estado de alerta.
Em contrapartida, os municípios precisam cumprir metas como assegurar a quantidade adequada de agentes de controle de endemias, garantir a cobertura das visitas domiciliares pelos agentes e realizar o LIRAa.
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