Dragagem e sinalização dos rios e modernização de portos são algumas mudanças
Todos os anos 13,6 milhões de pessoas, ou mais da metade dos 26,2
milhões de habitantes da amazônia brasileira, usam embarcações como meio
de transporte na região. A falta de estradas normais, em terra, leva a
população a recorrer às hidrovias e fazer do transporte fluvial tão
concorrido quanto o rodoviário, devido ao elevado número de rios na
bacia hidrográfica da Amazônia. Para melhorar o transporte hidroviário
no interior da região e do restante do País, o Ministério dos Transportes criou o Plano Hidroviário Estratégico (PHE) cujo investimento previsto de R$ 26 bilhões promete desenvolver o transporte em embarcações durante os próximos 16 anos.
As melhorias prometidas no PHE serão realizadas por meio de dragagem, sinalização e balizamento nos rios,
além de investimentos em portos, terminais e embarcações. Este último
item compreende a renovação da frota de barcos e aquisição de
tecnologias para facilitar a navegabilidade na Amazônia. Os
investimentos serão feitos pelo Governo Federal (R$ 17 milhões) e
iniciativa privada (R$ 9 milhões), em uma possível parceria
público-privada ainda não definida pelo ministério.
Segundo o coordenador do plano, Luiz Ribeiro, os investimentos na Amazônia poderão
partir dos donos de todos os tipos de embarcações, transportadoras,
estaleiros e empresários de seguimentos interessados no uso das
hidrovias para transporte de commodities e minérios. “Além
dessas [melhorias] serão somadas outras medidas que ainda serão
identificadas”, revelou. “Esperamos que as mudanças comecem a ocorrer a
partir de 2014”.
O Ministério dos Transportes divide a Região Hidrográfica do Amazonas em
três sistemas hidroviários: sistema rio Amazonas, sistema do rio
Madeira e sistema do rio Tapajós. O maior deles é o Sistema Hidroviário
do Amazonas com 14 hidrovias que abrangem 11.968 quilômetros. Segundo
dados do PHE, uma das principais vantagens do investimento em hidrovias
para a Amazônia, em comparação com rodovias e ferrovias, é o baixo
impacto ambiental. O modal de transporte fluvial também aumentaria a
contribuição para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira.
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