quarta-feira, 27 de junho de 2012

Desenvolvimento do Amazonas continua refém de políticas de governo cíclicas e Itacoatiara e as demais cidades do interior são meras coadjuvantes desse processo!

Ciclos de Desenvolvimento do Amazonas: 1o Borracha (Eduardo Ribeiro), 2o Zona Franca (Danilo Areosa), 3o Investimento no setor primário, implantação do porto graneleiro de Itacoatiara (Amazonino Mendes), 4o Zona Franca Verde (Eduardo Braga)

Sai Zona Franca Verde e entra novo processo de desenvolvimento no interior, a idéia ciclica ainda continua, só falta o Estado de fato efetuar a desconcentração de renda estabelecida na capital. Depois da industrialização do cerrado com Mestrinho, terceiro ciclo com Amazonino e Zona Franca Verde com Braga, o Amazonas vai conhecer um novo processo de desenvolvimento "do campo", ou seja, do setor primário, a partir desta quarta-feira (27). Nessa data, o governador Omar Aziz e o secretário de Agricultura Eron Bezerra, vão lançar o novo programa. Não se sabe ainda se terá mais propaganda na TV do que sementes, adubos e assistência técnica como os anteriores. Mas, já há um diferencial essencial que se materializado, poderá aumentar, substancialmente, a produção de alimentos: O investimento apenas no primeiro ano de sua realização de R$ 1 bilhão. Coincidência ou não, o programa será lançado no ano da maior cheia de todos os tempos, o que significa que uma área ainda muito maior foi fertilizada pela grande enchente. E, se realmente sementes e apoio chegarem a todos os beiradões, onde estão as terras mais férteis do mundo, teremos uma expansão formidável na lavoura e já, em poucos meses, por conta das culturas de duração curta como melancias, feijão de corda, cará, batata, jerimum, tomate, pimentão, dentre muitos outros. (Blog da Floresta)


Comentários:

TUDO COMO DANTES...
"DMARUES" tem razão,estes programas consistem basicamente no fornecimento de semente e implementos agrícolas,prática que já vem sendo realizada há décadas.Na realidade não agrega muita coisa, pois sem uma política de estruturação do setor primário, o produtor, principalmente o pequeno, continuará produzindo em quantidades que dê para comer e colocar na cabeça para levar para vender. (Cidadão consciente 25-06-2012 20:39 )


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU COMODIES
Sr. Governador as nossas grandes área de várzeas, eram ricas zonas cacaueiras, foram transformadas em grandes áreas de pasto para criação de gado e isso prejudicou seriamente as exportações desse produto e a economia do interior que tinha nesse produto bem como: a castanha e a borracha entre outros a grande alavanca da economia do interior.
É importante frisar que o cacau nativo possui uma liga que misturado com o cacau produzido no sul do País torna o nosso produto o melhor chocolate do mundo. Perdemos também a indústria de manufatura de sacaria (juta), ou seja, a desindustrialização desse e outros produtos: industria de beneficiamento de castanha Rio Negro - Itacoatiara, industria de beneficiamento da borracha Chibly Callil Abrahin- Itacoatiara, Usina de beneficiamento do óleo de Pau-Rosa entre outras fabricas de exportações que Itacoatiara perdeu pela falta de uma atenção maior a política de exportações de nossos produtos a industrialização do interior sem duvida Itacoatiara é a referência para o senhor da o ponta- pé nessa política desenvolvimentista ate porque a logística sempre nos favoreceu o nome da Velha Serpa continua ser muito forte nas câmaras de exportações do Exterior, por tanto sabemos que os alimentos é a base da riqueza e independência de qualquer País, produzir é bom mais industrializar gera emprego e renda para sede do município. (Fernando N. 24-06-2012 17:30)

Os governos se revezam no Poder e a questão do desenvolvimento do Estado do Amazonas, continua circunscrito somente a capital. Onde acumula a maior concentração de renda do estado, em detrimento da letargia socioeconômica do interior do Amazonas.
Há supostamente interesses do setor privado, no que tange ao melhoramento da estrutura portuária de Itacoatiara, e pra completar, interesses políticos também travam o desenvolvimento do interior do Estado, principalmente em Itacoatiara, que tem historicamente vocação portuária. Pois desde o século XIX o porto da Velha Serpa vem operando com exportação de produtos do setor primário como: madeira, castanha, borracha, cacau, peixe e outros produtos do gênero. Isto fez do porto de Itacoatiara um dos principais portos da região norte. 
Na atualidade o porto graneleiro se destaca no cenário das comodites internacionais, apesar de dar sua notável contribuição para a receita municipal, mas trata-se de um porto privado com estrutura voltada somente para atender o setor específico. Enquanto isso, o nosso velho porto se encontra interditado, por conta de uma reforma mal feita. Alem disso, tem o projeto do novo porto da cidade que não consegui sair do mundo das idéias. Entra governo e sai governo, são criados planos de governo mirabolantes, que não apresentam consistência orgânica e operacional, a médio e longo prazo. Os planos econômicos criados pelos sucessivos governos nos últimos anos, tem sido criado a partir do olhar da metrópole para o interior, desconsiderando as potencialidades regionais, e sem a mínima assistência a logística de transporte. Fatores antes superados pelos governos do Estado do Amazonas, que distribuíam as políticas de desenvolvimento de forma mais equânime. Para tanto, publicamos trechos da Revista da Associação Comercial do Amazonas – ACA, e ditada em 1929. A qual descreve com detalhes a atividade e a importância do Porto de Itacoatiara para o contexto da economia regional, principalmente para promover o desenvolvimento de Itacoatiara. Portanto publico o trecho da revista histórica para seu deleite a seguir. (Frank Chaves)

O porto de Itacoatiara é de fácil accesso a vapo­res de qualquer tonelagem e nelle atracam, durante todo ano, os paquetes do " Lloyd Brasileiro " que fazem a linha Montevideo-Manaus e inumeros pa­quetes(navios a vapor) inglezes das companhias Booth & Co. e Lamport &Holt. Aquelles de­sembarcando mer­cadorias das praças do Sul e carregando madeira para as mes­mas praças. Estes carregando castan h a, cacau, óleos, couros, etc., para os portos de New-York  e Liverpool.
Em seu porto atracam, invariavel­mente, todos os vapores fluviaes da frota da Amazon River e todas as outras embarcações fluviaes que trafe­gam no Amazonas.
A cidade de Itacoatiara é provida de serviço postal irrepreensível, estação telegraphica da «Amazon Telegraph  Co. Ltd.», Mesa de Rendas do Estado e um Posto Fiscal Federal.

As communicações fluviaes de Itacoatiara e Ma­náos, são quase que diariamente feitas pelos vapores que saem do porto de Belém em dire  ção aos altos rios e vice-versa, sem falar nos paquetes do Lloyd, os quais são obrigados a escalar no seu porto, podendo-se dizer que esses paquetes, semanalmente, visitam o porto da linda Capital do Baixo-Amazonas.
Presentemente cogita o Governo do Estado da construção de uma estrada de rodagem ligando as duas cidades:Manáos-ltacoatiara, cuja estrada terá um percurso de 120 kilometros, mais ou menos”. (Revista da Associação Comercial do Amazonas- 1928)

Nenhum comentário:

Consulta de opinão

ALBUM DE ITACOATIARA