A intenção do secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, é dar regularidade ao trabalho de manutenção, através da contratação de uma empresa especializada.
Assim está a nossa Avenida Parque, as nossas castanholeiras e a nossa última mangueira da Orla de Itacoatiara, além da erva de passarinho, tem imensas casa de cupim que estão corroendo o tronco das árvores que compõe o sombreamento arbóreo de nossa cidade. Quando que os nossos órgãos municipais afins vão tomar atitudes dessa natureza. Talvez quando todas arvores que ornamentam e fornecem sombreamento em nossos logradouros públicos tiverem morrido.(Frank Chaves)
Ervas-de-passarinho começam a ser combatidas em árvores do Centro de Manaus
Depois
de realizar um levantamento minucioso sobre os locais de maior
ocorrência de infestação da erva-de passarinho, a Prefeitura de Manaus
deu início na manhã do último sábado (16) ao trabalho de manejo da praga
na arborização do Centro. A operação começou com a retirada dos galhos
das árvores centenárias atingidas pelo problema na Rua Costa Azevedo, no
trecho entre as ruas Saldanha Marinho e 24 de Maio.
O
trabalho foi supervisionado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semmas), responsável pelo levantamento, e executado
pela Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e Amazonas
Energia, com apoio do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização
de Trânsito (Manaustrans), que interditou a via.
A
intenção do secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade,
Marcelo Dutra, é dar regularidade ao trabalho de manutenção, através da
contratação de uma empresa especializada. Ele ressalta que, além de
plantar novas árvores, com esta ação a prefeitura demonstra o cuidado
com o patrimônio arbóreo já existente. A ação de retirada das
ervas-de-passarinho teve início por volta das 8h e se estendeu até o
meio-dia, com equipamentos como motopodas, motosserras e um
caminhão-munck com cestos aéreos.
Bastante
comprometidas, algumas das árvores tiveram que passar por uma poda mais
severa para que ficassem totalmente livres do parasita, que pode levar a
planta à morte. O diretor de Arborização da Semmas, Heitor Liberato,
explica que o combate à praga só tem êxito se for feito de forma técnica
e com equipamentos específicos e pessoal preparado.
É importante também, segundo ele, que seja feita uma manutenção regular
para evitar que o problema volte a ocorrer. A erva-de-passarinho é um
parasita que se alimenta da seiva da árvore, tirando dela todos os
nutrientes de que precisa para sobreviver. Sua disseminação é feita
pelos pássaros que se alimentam do fruto e espalham a sementes através
das fezes. De acordo com o levantamento feito pela Semmas, 49 árvores do
Centro estão infestadas pela erva-de-passarinho.
O
engenheiro florestal Moacir Muniz, da Semmas, explica que as aves são
atraídas pela cor avermelhada dos frutos. “Ele (os pássaros) comem o
fruto que tem uma substância purgante e logo sentem necessidade de
defecar, basta apenas que pousem em outra árvore para que a
erva-de-passarinho se dissemine. O ideal é que haja o manejo uma vez por
mês para evitar podas mais drásticas, quando as plantas sofrem ataques
severos”, afirmou. A erva-de-passarinho chega a cobrir totalmente as
copas das árvores impedindo o contato das folhas com o sol. Elas possuem
raízes que se fixam na casca da planta, retirando a seiva das árvores.
A
operação foi acompanhada pelos moradores da área que ficaram
satisfeitos com a ação da prefeitura. A dona de casa Márcia Maria
Oliveira, 47, se disse preocupada com a situação das mangueiras que
conheceu ainda menina.
“As ervas de
passarinho estavam matando as mangueiras e nossa esperança é que elas
consigam sobreviver e, quem sabe, até dar mangas novamente”, comentou.
Já a vizinha, Ana Maria Bastos, 66, que mora há 49 anos na Costa
Azevedo, afirmou que era muito triste ver as árvores sofrendo com o
ataque das ervas que chegavam a cobrir toda a copa sem poder fazer nada.
“Há 12 anos que solicitamos o apoio da prefeitura e agora estamos sendo
atendidos”, declarou. Moacir Muniz explica que a mangueira tem boa
resistência para a poda e em aproximadamente três semanas devem começar a
brotar novamente. O engenheiro não descarta a possibilidade delas virem
a dar mangas, apesar do ambiente hostil. Ele explica que, além das
ervas-de-passarinho, aquelas árvores da área central da cidade sofrem
por estarem cercadas de asfalto. “As árvores frutíferas tiram nutrientes
do solo e precisam de água, adubação e nas condições em que se
encontram elas enfrentam dificuldades para dar frutos”, afirmou.
O
trabalho de retirada da erva-de-passarinho continuará sendo realizado
no Centro por aproximadamente dois meses, sempre nos finais de semana,
em função de fatores limitantes como o trânsito na área nos dias úteis e
a necessidade de interdição por medida de segurança. As árvores já
identificadas com o problema estão localizadas entre 10 avenidas e ruas
da área do centro de Manaus. Os técnicos da Semmas constataram a
infestação nas espécies Mangueira (Mangifera indica), Apui (Parkia
pendula) e Castanholeira (Terminalia catappa). A próxima área a ser
mapeada será a Cachoeirinha, onde é grande o número de árvores atacadas
pela praga.
LEVANTAMENTO CENTRO
Avenida Constantino Nery 12 mangueiras
Praça da Saudade 01 mangueira
Avenida Luiz Antony 13 mangueiras
Avenida Eduardo Ribeiro 02 apuizeiros
Rua Ferreira Pena 03 castanholeiras
Avenida. Boulevard Álvaro Maia Não possui árvores com infestaçao
Rua 10 de julho 03 mangueiras
Rua Costa Azevedo 08 mangueiras
Rua 24 de maio 01 mangueira
Rua Saldanha Marinho 03 castanholeiras
Avenida Getúlio Vargas (próximo ao Sesi) 03 castanholeiras
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