sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Professor da Ufam tem projeto de biodefensivo agrícola natural aprovado pelo CNPq

Ideia busca combater praga que afeta açaizeiros e valor do projeto é de R$ 1 milhão e setenta mil reais. Segundo a Ufam, este é o maior plano que um professor do Departamento de Física já aprovou junto às agências de fomento

Projeto busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro
Projeto busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro (Divulgação/UFAM)
O professor Edgar Sanchez, do Departamento de Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), aprovou um projeto junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 1 milhão e setenta mil reais. Segundo a instituição, este é o maior projeto que um professor do Departamento de Física já aprovou junto às agências de fomento, com forte apelo regional.
O projeto, que tem por título “Biodefensivos Agrícolas Nanoestruturados Baseados no Carreamento de Óleos Essenciais de Espécies Amazônicas”, busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural, utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro, maior ameaça à planta. O processo busca aliar o emprego de óleos essenciais de espécies da flora amazônica e uma tecnologia inovadora que consiste em encapsular esse material no compartimento de uma membrana constituída por um polímero degradável.
“O controle da praga é difícil, e o mais utilizado ainda é a retirada manual do pulgão da planta, e atualmente não há disponibilidade de inseticidas de controle em campo”, informa o professor.
O professor Edgar Sanchez atuará como coordenador do projeto que resulta da parceria entre o Departamento de Física da Ufam, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos da Amazônia (ENGRAM/UFAM) e a empresa NANOMED Inovação em Nanotecnologia.
A Ufam será a instituição executora do projeto, as demais instituições serão colaboradoras, ou seja, fornecerão alguns equipamentos auxiliares para o desenvolvimento da pesquisa. “Com o recurso, será implantado o Laboratório de Nanotecnologia em Produtos Naturais (NanoNat) no Departamento de Física da Universidade, além da implementação de quatro bolsas para pesquisadores”, revela o professor Sanchez.
Óleos
Na natureza, os óleos essenciais desempenham papéis importantes, tais como agentes antibacterianos, antivirais, antifúngicos, inseticidas, sedativo, anti-inflamatório, ação larvicida, repelente, dentre outras.

“A ideia de utilizar o óleo essencial de algumas espécies amazônicas, como a Licaria puchury-major (Puxuri), a Lippia grandis Schauer (Erva-do-Marajó) e a Piper hispidinervum (Pimenta Longa) para o desenvolvimento de um biodefensivo natural partiu daí”, disse o coordenador do projeto.
Estudos preliminares, inclusive um do próprio professor Sanchez, determinam a presença de 60% do componente safrol no óleo essencial do puxuri, um componente bastante conhecido pela sua ação inseticida. “Dessa forma, esta seleção de plantas dará um suporte importante na eficácia do biodefensivo”, declara o professor.

*Com informações da assessoria

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