A série “Bem Viver Indica” apresentará lugares importantes para a cultura local e que são ótimas alternativas de passeio
Época de férias, de renovar energias, de curtir a criançada e, claro, “bater perna” por aí. Para ajudar os leitores
de A CRÍTICA na árdua missão de selecionar um bom passeio cultural por
Manaus, é lançada a série dominical “Bem Viver Indica”, que será
composta por três reportagens neste mês nas quais os próprios repórteres
serão visitantes de alguns espaços de suma importância para a cultura
da cidade.
Na edição deste domingo (12), o local “desvendado” é o Paço Municipal, cuja denominação oficial é Paço da Liberdade, localizado no Centro Histórico. O prédio neoclássico do século 19, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), chama bastante atenção e aguça a curiosidade dos visitantes.
Ao subir os degraus de mármore e adentrar o prédio, o olhar se depara com a obra instigante Mater Dolorosa I, de autoria de Roberto Evangelista, premiado em diversões salões de arte do País e do mundo. A peça, composta em síntese por areia e carvão, transmite certa tristeza por ser uma representação simbólica da devastação e degradação das formas de vida existentes no ecossistema.
“Aqui, nós não estamos cultuando a morte. Não se trata disso, mas estamos mostrando que o Roberto está evidenciando uma profunda tristeza por todo o carvão para consumo de fogo em que essas civilizações, que estavam aqui, se transformaram”, explicou o artista visual Óscar Ramos, coordenador da Unidade Executora de Projetos (UEP) da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
“Nós achamos que causaria um grande impacto colocá-la (o carvão) nesse espaço. É um contraste muito forte, ao mesmo tempo em que estabelece um ponto de vista quanto aos objetivos deste museu”, ressaltou Ramos.
Para compreender mais claramente o trabalho de Evangelista, o público é direcionado à sala de videoarte – durante o percurso a visão pode contemplar alguns móveis antigos, também são reveladas informações adicionais sobre o prédio.
Já na sala, na exibição do registro audiovisual, o visitante olha como Evangelista se utiliza das águas do Rio Negro como suporte para sua arte abstrata, retratando o poder da natureza sobre o comportamento humano e contemplando a cultura indígena Amazônica, dando forma à obra Mater Dolorosa II.
Descobertas
Na restauração do Paço da Liberdade foi realizado um trabalho apurado e rigoroso por parte de Ana Lúcia Abrahim e pelo IPHAN. O setor que mostra peças arqueológicas encontradas durante a restauração é surpreendente.
“Durante a reforma foi encontrada uma camada mais primitiva, que representa os povos que viviam neste lugar, e outra que é da época dos portugueses”, explicou Ramos, guia deste passeio, ao olhar algumas dessas camadas (com algumas urnas) sob o vidro no chão. Na parte externa do prédio histórico, há ainda um laboratório de arqueologia.
Pinacoteca
Os amantes das artes plásticas ainda podem se deslumbrar com a Coleção Thiago de Mello, talvez o grande destaque dentre os materiais expostos. O poeta amazonense doou à Prefeitura 30 obras de seu acervo particular. Essas telas são presentes dos próprios criadores a Mello. “São de uma época em que a América Latina estava toda coberta por aquela nuvem negra da Ditadura Militar”, acrescentou o coordenador.
Ao lado da sala da coleção há a Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal, uma espécie de mostruário do que existe do acervo de pintura local, com trabalhos de artistas como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Manaus Macaco, Rui Machado, entre outros, e também do que será a futura Pinacoteca Municipal, a ser instalada no edifício onde funcionou o Museu do Homem do Norte.
Visita
Ponto fundamental do passeio também é o Salão Nobre, onde fica a foto e os nomes de todos os prefeitos de Manaus. É uma verdadeira viagem pela história da cidade. Na Coleção Thiago de Mello, com peças do acervo pessoal do poeta, o visitante consegue ver a importância destas obras para o artista amazonense. E outro ponto importante é que, durante o passeio, o visitante percebe que a história do Paço Municipal começou bem antes de sua construção
Grandes
A Coleção Thiago de Mello conta com peças de artistas como Roger Bru (Chile), Juan Miró (Catalunha), Rubens Gerchman (Rio de Janeiro), Rita Loureiro, Bernadete Andrade, Manduka – todos amazonenses –, entre outros. O Paço da Liberdade funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, para visitação. A entrada é franca.
Ao subir os degraus de mármore e adentrar o prédio, o olhar se depara com a obra instigante Mater Dolorosa I, de autoria de Roberto Evangelista, premiado em diversões salões de arte do País e do mundo. A peça, composta em síntese por areia e carvão, transmite certa tristeza por ser uma representação simbólica da devastação e degradação das formas de vida existentes no ecossistema.
“Aqui, nós não estamos cultuando a morte. Não se trata disso, mas estamos mostrando que o Roberto está evidenciando uma profunda tristeza por todo o carvão para consumo de fogo em que essas civilizações, que estavam aqui, se transformaram”, explicou o artista visual Óscar Ramos, coordenador da Unidade Executora de Projetos (UEP) da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
“Nós achamos que causaria um grande impacto colocá-la (o carvão) nesse espaço. É um contraste muito forte, ao mesmo tempo em que estabelece um ponto de vista quanto aos objetivos deste museu”, ressaltou Ramos.
Para compreender mais claramente o trabalho de Evangelista, o público é direcionado à sala de videoarte – durante o percurso a visão pode contemplar alguns móveis antigos, também são reveladas informações adicionais sobre o prédio.
Já na sala, na exibição do registro audiovisual, o visitante olha como Evangelista se utiliza das águas do Rio Negro como suporte para sua arte abstrata, retratando o poder da natureza sobre o comportamento humano e contemplando a cultura indígena Amazônica, dando forma à obra Mater Dolorosa II.
Descobertas
Na restauração do Paço da Liberdade foi realizado um trabalho apurado e rigoroso por parte de Ana Lúcia Abrahim e pelo IPHAN. O setor que mostra peças arqueológicas encontradas durante a restauração é surpreendente.
“Durante a reforma foi encontrada uma camada mais primitiva, que representa os povos que viviam neste lugar, e outra que é da época dos portugueses”, explicou Ramos, guia deste passeio, ao olhar algumas dessas camadas (com algumas urnas) sob o vidro no chão. Na parte externa do prédio histórico, há ainda um laboratório de arqueologia.
Pinacoteca
Os amantes das artes plásticas ainda podem se deslumbrar com a Coleção Thiago de Mello, talvez o grande destaque dentre os materiais expostos. O poeta amazonense doou à Prefeitura 30 obras de seu acervo particular. Essas telas são presentes dos próprios criadores a Mello. “São de uma época em que a América Latina estava toda coberta por aquela nuvem negra da Ditadura Militar”, acrescentou o coordenador.
Ao lado da sala da coleção há a Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal, uma espécie de mostruário do que existe do acervo de pintura local, com trabalhos de artistas como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Manaus Macaco, Rui Machado, entre outros, e também do que será a futura Pinacoteca Municipal, a ser instalada no edifício onde funcionou o Museu do Homem do Norte.
Visita
Ponto fundamental do passeio também é o Salão Nobre, onde fica a foto e os nomes de todos os prefeitos de Manaus. É uma verdadeira viagem pela história da cidade. Na Coleção Thiago de Mello, com peças do acervo pessoal do poeta, o visitante consegue ver a importância destas obras para o artista amazonense. E outro ponto importante é que, durante o passeio, o visitante percebe que a história do Paço Municipal começou bem antes de sua construção
Grandes
A Coleção Thiago de Mello conta com peças de artistas como Roger Bru (Chile), Juan Miró (Catalunha), Rubens Gerchman (Rio de Janeiro), Rita Loureiro, Bernadete Andrade, Manduka – todos amazonenses –, entre outros. O Paço da Liberdade funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, para visitação. A entrada é franca.
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