segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do AM

União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do Amazonas - divulgação
União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do Amazonas - divulgação
O governo federal assumiu os prejuízos das famílias dos três homens desaparecidos na rodovia BR-230 (Transamazônica), que liga os municípios de Humaitá e Apuí, distantes 590 e 453 quilômetros de Manaus.

A informação foi repassada em uma reunião realizada ontem (12) no 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, com a presença de todas as autoridades envolvidas na investigação do caso.

Na ocasião foi acertado o fim do pedágio cobrado pela etnia Tenharim, em cuja reserva aconteceu o desaparecimento, em troca de mais investimentos nas áreas de saúde e alimentação para aquela população.

Estiveram presentes na reunião o governador em exercício, José Melo, o comandante militar da Amazônia, general Vilas Boas, o comandante da 17ª Brigada de Infantaria, general Poty, o superintendente da Polícia Federal, Carlos Gaya, o prefeito do município de Humaitá, representantes do Ministério Público, da Fundação Nacional do Índio (Funai), vereadores e outras autoridades.
 
O principal assunto debatido na reunião foi a tensão vivida naquela região desde o desaparecimentos do representante comercial Luciano Ferreira Freire, do professor Stef Pinheiro de Souza e do funcionário da empresa Eletrobras Amazonas Energia do Distrito de Santo Antônio do Matupi, Aldeney Ribeiro Salvador.

Os três foram vistos pela última vez no dia 16 de dezembro do ano passado na rodovia BR-230.

A União vai assumir para si os prejuízos por se tratar de ocorrência em área federal. O delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações, Alexandre Alves, informou que até o fim desta semana deve concluir o inquérito e realizar a prisão dos supostos envolvidos.
 
Tropas
A permanência da Força Nacional foi confirmada por tempo indeterminado, até que a paz retorne no município.

Foi anunciada a implantação de dois postos da Polícia Federal - um em Humaitá e outro no quilômetro 150 da BR-230 - e mais dois postos da Polícia Rodoviária Federal.

Para os próximos dias, está prevista a chegada de mais 200 homens do Exército brasileiro para colaborar nas buscas aos três homens. A partir desta segunda-feira (13), será definida uma assessoria especial que deve repassar informações diárias sobre quaisquer novidades do caso.
* Colaborou Chaguinha de Humaitá

Um comentário:

Frank Chaves disse...

Já era sem tempo do governo federal tomar uma atitude em relação a esse problema. Afinal os índios estão sob a tutela da união. E o governo federal estava deixando os índios abandonados sem nenhuma assistência. Deveria cadastra-los no Programa assistencial Bolsa Família, para evitar que os mesmos cobrassem pedágio, que é um ato ilegal. Da mesma forma em relação a família. Pois estavam em área federal, é lógico que tinham que arcar com a responsabilidade junto as famílias das três vítimas. Aliás vítimas juntamente como os próprios índios pelo abandono de políticas públicas e ações efetivas do estado na região de Humaitá e Apuí, que vão desde o próprio abandono da estrada federal a mais de 40 anos. A completa ausência do estado no local em questão é o motivo da crise entre índios e não índios. Se a União é responsável pela estrada e pela tutela dos índios, já deveriam a muito tempo ter resolvido o problema. A final criaram a FUNAI, só pra fazer média com a comunidade internacional, e para abrigar reacionários de ong's para perseguir agricultores e tirar proveito próprio da situação, e que não trazem o mínimo de decência para os índios tal qual a manutenção de seus escritórios, onde é perceptível a inoperância. E que por muitas vezes, gera atitudes que em vez de resolver problemas étnicos, aumentam cada vez mais animosidade entre índios e brancos, ou não índios. O governo Federal tem que para de fazer essa política do faz de contas. Pois nesse cenário caótico nacional de problemas étnicos. O governo finge que administra a situação e os grupos étnicos e o povo fingem que acreditam. Resolvem pontualmente um problema aqui outro acolá, e o "status quo" vigente não muda, isso é uma vergonha!

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