segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

35 ANOS DO PT: LUTA E AGONIA

 
O mar de lama que o PT vem espalhando pelo Brasil provoca em todas as classes e segmentos sociais responsáveis um total descontentamento com indignação e revolta. A corrupção campeia, a imoralidade reina com graves perdas na política institucional e nos processo democráticos com ênfase no fortalecimento dos movimentos sociais. É nesta conjuntura que o PT de Lula e Dilma completa 35 anos de luta e agonia, mais agonia que luta.
Por esta razão alguns dirigentes do partido propuseram fazer um registro com pouco alarde, mais reflexivo, com foco no resgate da política e na valorização das instituições democráticas numa perspectiva do reordenamento do partido. Proposta esta vencida pelo lulismo que definiu a favor do foguetório da mídia, incentivando manifestações de massa por todo o país, visando à defesa do governo Dilma Rousseff e do PT como pai do Bolsa família.
E assim fizeram na sexta-feira (6), nas Minas Gerais, na capital do Estado, quando iniciaram as comemorações dos 35 anos do PT sob a batuta do Lula, da Dilma e dos governadores do partido embalados pelos militantes acríticos a gritar lula lá. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em sua fala lembrou a época em que ficou preso, junto com Rui Falcão, na prisão da Ilha das Pedras Brancas, no Lago Guaíba, no Rio Grande do Sul, durante a ditadura militar. E disse que a história do PT foi sempre uma história de luta e agonia, agora não é diferente. Não satisfeito, o governador Pimentel, na busca de garantir certa unidade, afirmou que a oposição a Dilma e ao PT querem a volta da ditadura:
“Nós somos o partido que nunca temeu. Mas não aceitamos os pré-julgamentos. O que eles querem é o retrocesso político. Dormem e sonham com a volta da ditadura. Isso não aceitamos”.
O discurso apologético do governador de Minas fez lembrar o trabalho da pesquisadora Margaret E. Keck, Ph. D. da Columbia University, publicado no Brasil em 1991, pela Ática, sob o titulo: PT a lógica da diferença. Neste trabalho de fundo pautado em entrevistas, documentos originários do partido e outras fontes, a autora definiu com todas as letras a importância do PT como fato novo entre as instituições políticas brasileiras e passa a enumerar as razões, que historicamente se justificam, vejamos:
“Primeira, porque ele se propõe a ser um partido que expressava os interesses dos trabalhadores e dos pobres na esfera política; segunda, porque procurou ser um partido internamente democrático; e por fim, porque queria representar todos os seus membros e responsabilizar-se perante eles pelos seus atos” (p.271). Os fatos presentes refutam as motivações originárias.
Que o PT faça aniversário tudo bem, mas que venha festejar em praça pública não deixa de ser um “tapa na cara” daqueles que confiaram o presente e o futuro do Brasil a este partido hoje marcado pela corrupção, desmando e malversação de verba pública.

Ademir Ramos

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