A semana que encerra, precisamente dia 23 de maio, o Amazonas lembra da figura de Jefferson Péres, o senador da ética. Naquela manhã de 2007, um infarto agudo, levou o parlamentar de 76 anos e de maior destaque no Brasil, no momento, que combatia a corrupção e era um dos poucos reconhecidos dentro do Senado Federal com moral para tocar em temas específicos sobre a ética.
Talvez se estivesse vivo, Péres estaria contente em observar a revitalização do Centro Histórico de Manaus, desejo que o obsecava nos últimos anos. Ou talvez não fosse mais senador, tamanha sua decepção com a “dilapidação do capital ético do país”, como o próprio, afirmou num discurso e 30 de agosto de 2006, quando anuncia não pretender mais concorrer à reeleição em 2010 no Senador. “ Volto a essa tribuna para manifestar o meu desalento com a vida pública desse país.
Não vou silenciar, me curvo a vontade popular. Mas não sem o sentimento de profunda indignação. A classe política nem se fala já se apodreceu faz tempo. Esse congresso que está aqui é o pior já participei. Nunca vi um congresso tão medíocre, claro um minoria respeitável, mas a maioria infelizmente tão medíocre e o nível intelectual e moral tão baixo que nunca vi. Parte da população compacta com isso, porque são iguais ou senão piores.
Depois de 2010 vou sair, podem chamar até o Ferandinho Beira Mar, falo o que penso, perco ou não voto. Encerro a vida pública profundamente desencantado”, falou na época.
Apesar da grandiosidade desse cidadão que saiu direto da Câmara de Manaus para o senador Federal pouco ou quase nada se lembrou dele nesta semana. Um monumento de bronze entregue em 2013 e o parque Jefferson Peres inaugurado 2009 eternizam o ex-senador que há sete anos deixou o Amazonas órfão. //( Hudson Lima). (
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