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sábado, 3 de maio de 2014
Que Pena! Que Retrocesso! Os trabalhadores do Brasil não merecem isso
O que aconteceu – e isso só não vê quem é cego – é que o PT, ao contrário do rei Midas da mitologia grega, aquele que transformava em ouro o que tocava, corrompe e transforma em esterco tudo que vai encontrando pela frente.
1º de Maio, no mundo inteiro, é o dia consagrado ao trabalhador. Nessa data, os trabalhadores, sob a liderança dos seus sindicatos promovem manifestações com o objetivo de discutir questões do interesse da classe como, por exemplo, reduzir a atual jornada de trabalho para 40 horas, melhoria salarial, reivindicar segurança no trabalho, entre outras reivindicações justas.
Em todas as cidades do mundo, a exemplo de Paris, Roma e Nova Iorque, os trabalhadores se reúnem em praças ou no âmbito do seu sindicato para discutir a forma de luta a ser enfrentada pela melhoria da classe. No Brasil era assim até coisa de 12 anos, quando o PT chegou ao poder com a eleição de Lula para presidente da República. Daí em diante as coisas mudaram de feição e tomaram rumo absolutamente diferente do que acontecia antes em nosso País.
Aqui, tais reuniões reivindicatórias deixaram de existir. O sindicalismo, tão presente no passado na luta dos trabalhadores terminou, via federações sindicais, sustentadas nababescamente por força de generosos repasses dos milhões pagos pela massa trabalhadora, em razão da contribuição que obriga todo trabalhador a recolher na conta das federações e sindicatos, o equivalente a um dia de trabalho por ano. Graças a isso, a classe trabalhadora perdeu a sua independência e passou a ser controlada, até parecendo uma massa de zumbis, sem nada a ver com o exército de operários que no passado, mesmo no período da ditadura militar, se fazia ouvir e respeitar.
São Bernardo do Campo, em São Paulo, cidade onde surgiu o movimento metalúrgico melhor organizado no País, fato ocorrido na época dos governantes militares, deixou para trás a tradição de transformar o 1º de Maio em dia de reflexão e de muitas reuniões e discursos reivindicatórios, para mergulhar em festas bilionárias promovidas pelas respectivas federações sindicais, ao som de muitas bandas, com a distribuição de centenas de quilos de churrasco e cervejada à vontade até onde a barriga aguentar.
Tal fato me lembra do famoso filme “A Classe Operária vai ao Paraíso”, um inesquecível clássico do cinema italiano, produzido na década de 70. Ora, vendo tudo isso, me vem à cabeça uma pergunta que não quer calar: será que os sindicatos operários deixaram de se reunir nesta grande data – própria para uma reflexão e tomada de atitude na defesa dos trabalhadores – porque, aqui, a exemplo do filme ora citado, a classe operária chegou ao paraíso?
O que aconteceu – e isso só não vê quem é cego – é que o PT, ao contrário do rei Midas da mitologia grega, aquele que transformava em ouro o que tocava, corrompe e transforma em esterco tudo que vai encontrando pela frente. Em relação à classe operária é uma pena, pois que tão brava e aguerrida no passado, hoje, sobre o comando do governo lulapetista está cabisbaixa, humilhada, pois que foi transformada em massa por pelegos manipulados pelas Cut da vida. Que pena! Que retrocesso! Os milhões de trabalhadores do Brasil não merecem isso
(Vereador Mário Frota – Líder do PSDB na CMM / Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM).
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