terça-feira, 6 de março de 2012

Dança do Ventre: Muito mais que arte, é sedução

Em nosso país a dança adquiriu personalidade própria e ganhou tom ousado, comunicativo, bem-humorado e rico, bem “do jeitinho brasileiro”.

Ayda Rodrigues - ayda.rodrigues@portalamazonia.com
Foto: Shutterstock
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Brasileiras gostam de malhar, dançar e amar. Às vezes, com a correria do dia-a-dia, fica difícil achar tempo para poder fazer tudo isso. Mas, já pensou em uma forma de poder unir o útil ao agradável?
A Dança do Ventre pode proporcionar tudo isso, pois seus movimentos tonificam e diminuem a flacidez dos braços, abdômen, coxas e panturrilha. Você pode assumir uma personalidade Shakira ou Beyoncé dançando e depois se entregar nos braços do amor.
O estilo chegou ao Brasil por volta de 1880 com os primeiros imigrantes, mas somente com a bailarina palestina, Sharahzad Shahid Sharkey, na década de 50, essa expressão corporal ganhou identidade.
Autora de vários livros em  1998 publicou o intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”. A última edição da obra foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo. A dedicação da artista, que antes era cabeleireira, incluiu a luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização.
“Uma bailarina não deve aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração”, sempre falava em seus comentários.
Os movimentos dos braços, combinados a leveza do quadril, dão a sensualidade a dança. Foto: Shutterstock
Os movimentos dos braços, combinados a leveza do quadril, dão a sensualidade a dança. Foto: Shutterstock
Com movimentos de serpente, o principal objetivo da arte é de melhorar o trabalho de parto, justamente pelos inúmeros movimentos pélvicos e abdominais.
Enquanto em alguns países a dança do ventre ficou proibida durante certo tempo pela sensualidade apresentada em suas performances, na década de 90, o número de adeptos no Brasil começou a aumentar.
A autoestima e o relacionamento com o parceiro ganham novos ares. A segurança emocional começa a ser uma realidade e o sexo abraça toda liberdade de expressão e descoberta de novos prazeres, que é o quê deve existir entre os casais.
“As mulheres começam a viver uma vida mais harmoniosa consigo mesma e passam adiante o brilho da sensualidade sem exageros. É mais ou menos como educar uma Gueixa”, revela Mia. Foto: Shutterstock
“As mulheres começam a viver uma vida mais harmoniosa consigo mesma e passam adiante o brilho da sensualidade sem exageros. É mais ou menos como educar uma Gueixa”, revela Mia. Foto: Shutterstock
Direto de Florianópolis para Manaus, em uma entrevista exclusiva, o portalamazonia.com conversou com a professora de Artes Sensuais e embaixatriz do Pole Dance no Brasil, Mia Santos.
“As danças sensuais agem como remédio caseiro que aumenta o desejo sexual. O desenvolvimento postural de uma mulher mais sexy, atraente, autêntica vem ao longo das aulas. As alunas descobrem que podem ter o controle na hora da satisfação sexual e aprendem a dosá-lo, melhorando seu próprio prazer e o prazer do amante”, revela Mia.
A professora, que descobriu seu dom em uma brincadeira, passou por várias situações emocionais e hoje é uma mulher completa pela segurança que as artes sensuais e suas experiências particulares lhe trouxeram.
“Foi um relacionamento antigo que me levou a continuar na dança e aprofundar meus conhecimentos na sexualidade feminina. Sou uma amante fiel da arte do movimento, mas o que é gostoso mesmo são os resultados. Não só a autoestima, que fica turbinada, mas os glúteos e abdômem também”, enfatiza Mia.
"Quando uma mulher caminha em linha reta olhando para frente, homens e mulheres param para admirar a sua inexplicável essência", Mia Santos. Foto: Shutterstock
"Quando uma mulher caminha em linha reta olhando para frente, homens e mulheres param para admirar a sua inexplicável essência", Mia Santos. Foto: Shutterstock
Estilos da Dança do ventre
Atualmente, existem estilos que são estudados nas escolas, como:
Egípcia - manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;
Norte-americana – manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados;
Libanesa - com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados;
Para realizar a dança manuseando espadas é necessário cautela, pois elas ficam equilibradas no corpo. Foto: Shutterstock
Para realizar a dança manuseando espadas é necessário cautela, pois elas ficam equilibradas no corpo. Foto: Shutterstock
Em nosso país a dança do ventre adquiriu personalidade própria e ganhou um tom ousado, comunicativo, bem-humorado e rico, bem conforme o dito popular “do jeitinho brasileiro”.
Além de todos os movimentos e vibrações que o corpo faz junto seguindo a melodia da música escolhida, acessórios também podem fazer parte da apresentação: como espada, punhal e véus.
Vantagens
Afina cintura, enrijece e define a musculatura, facilita a flexibilidade do corpo, trabalha a respiração, melhorar condicionamento físico e postura, proporcionar bem-estar físico e mental, eleva auto-estima, ajudar a diminuir cólicas menstruais e prisão de ventre, alivia o estresse, resgata a feminilidade e tonifica e diminui a flacidez dos braços, abdômen, coxas e panturrilha.

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