Moradores de áreas de várzea, na zona rural, começam a mudança; na zona urbana, réguana Cidade Garantido ‘dá o alerta’
Regiões do Paraná do Limão, do Espírito Santo, de Parintins e
Itaborai são as regiões que apresentam os primeiros impactos; Defesa
Civil vai sugerir ‘emergência’
O
Município de Parintins se depara com a grande cheia anunciada. A
elevação das águas do rio Amazonas já é supera em seis centímetros a
cota de 2009, conforme aferição da régua fluviométrica da Capitania dos
Portos, registrada na última sexta-feira (23). A Defesa Civil do
Município deverá apresentar, esta semana, um relatório ao prefeito Bi
Garcia (PSDB) e sugerir que Parintins decrete situação de emergência.
Na
grande enchente de 2009, o novo porto da Ilha Tupinambarana alagou e a
Cidade Garantido também foi inundada, obrigando os artistas a terminarem
as alegorias para o Festival Folclórico, na área de concentração do
Bumbódromo. No dia 23 de março de 2009, o nível do rio marcava 8 metros e
na última sexta-feira alcançou a marca de 8,06 metros, de acordo com os
dados fornecidos pela Defesa Civil Municipal.
No início deste mês, a equipe de Defesa Civil
passou uma semana na zona rural de Parintins e visitou 28 comunidades.
As regiões do Paraná do Limão, Paraná do Espírito Santo, Itaborai e
Paraná de Parintins são as localidades de várzea que sofrem os primeiros
impactos da cheia. “No Paraná do Limão, que é uma das primeiras regiões
atingidas pela cheia do rio, as famílias começam a fazer a mudança para
as áreas de terra firme”, disse o coordenador da Defesa Civil,
Sebastião Teixeira.
“Estamos
nos mudando porque a marca daquela grande enchente já chegou e não
vamos ficar esperando alagar tudo. Temos vizinhos que já fizeram até
assoalho. Lamentamos é que vamos perder toda a nossa plantação”, disse o
pescador José Alfaia, de 49 anos.
Cidade Garantido
Em
2011, a régua media 6,33 metros e em 2010 assinalava um dado mais baixo
ainda: 5,60 metros. Ainda no ano de 2011, o último registro do volume
de subida das águas do rio Amazonas foi marcado no dia 2 de junho,
quando a régua marcou 8,50 metros.
O
instrumento de medição da Capitania dos Portos está instalada no porto
da Cidade Garantido, que alagou em 2009 e já começa a vivenciar o mesmo
processo este ano. Se tiver que se mudar para o Bumbódromo novamente, a
diretoria pretende fazer a transferência com planejamento, bem antes de a
água chegar aos galpões da agremiação.
Preparação
Na sede, os bairros que ficam na margem dos lagos da Ilha também estão
sendo invadidos pelas águas. “Estamos precisando de uma ponte de madeira
nova aqui no nosso beco”, relatou a dona de casa Maria das Graças
Silva, 58, moradora do bairro Itaguatinga.
“Fazemos
o monitoramento de todas essas áreas e contamos com a ajuda dos agentes
municipais de saúde. Já conversamos com esses moradores e estamos nos
preparando para enchente. Vamos contar com a ajuda da Prefeitura e do
Governo do Estado para realizar esse trabalho de prevenção e
preparação”, disse Teixeira.
Prejudicados
O
balanço da segunda fase de previsão de impacto da cheia elaborado com
dados da Defesa Civil Estadual mostra que os municípios de Anamã, Anori,
Autazes, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro,
Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru,
Manaquiri, Manaus, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão,
Novo Aripuanã, Parintins, Urucará e Urucurituba serão prejudicados. Em
Parintins a previsão é de que 10.852 famílias sejam atingidas.
Um comentário:
Você sabe qual é uma das principais diferenças entre Itacoatiara e Parintins!
A diferença é o fato de que Parintins está sempre se antecipando aos fatos e Itacoatiara sempre está correndo atrás do prejuizo!
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