sábado, 31 de maio de 2014

Amazonino acusa ex governadores Omar Aziz e Eduardo Braga de incompetentes


Ver. Mário Frota
Ver. Mário Frota

Ao ler o jornal A Crítica, na coluna Sim e Não, tomei-me de espanto com as declarações do ex-governador Amazonino Mendes, desancando o pau nos ex governadores Eduardo Braga e Omar Aziz, responsabilizando-os pelo caos administrativo que atinge o Estado, com enfoque maior na saúde e na educação. E tome cacete nos costados dos filhotes e protegidos de ontem.
Sobre o Senado, afirmou com todas as letas do alfabeto que, nesses últimos 50 anos, somente dois senadores defenderam o Amazonas: Álvaro Maia e Jefferson Peres. Inexplicavelmente, esqueceu de citar nomes como o  Arthur Neto, Fábio Lucena, o Leopoldo Peres, Bernardo Cabral e o Gilberto Mestrinho, este último o seu inventor político nos idos dos anos 80. No afã de crescer politicamente, já que nesse tempo era um zero a esquerda, adulava e bajulava o Boto, afirmando, de público, que Mestrinho, o seu papai político, era o melhor governador do Brasil.
Agora, que o Boto está morto e enterrado, nem mesmo o cita, preferindo lançá-lo no precipício do esquecimento. É como naquela velha história: rei morto, rei posto.
O Arthur Virgílio Neto, embora reconhecido nacionalmente como um dos melhores senadores desses últimos 30 anos da República, não mereceu qualquer citação. Alguém pode entender o silêncio de Amazonino em relação ao Arthur? Das duas uma: ou não o citou por inveja ao competente trabalho que ora faz pela nossa Manaus, ou simplesmente está acometido por amnésia, provocada pela esclerose que chega e começa a fazer estragos na cabeça do Negão.
Agora vejamos se o Amazonino tem algum tipo de moral para afirmar quem foi bom ou ruim senador pelo Amazonas. Eleito senador pelo Amazonas, em 1990, um ano e meio depois renunciou para enfrentar uma eleição para prefeito de Manaus. No seu lugar, na condição de primeiro suplente, assumiu um paulista aventureiro, um tal  Gilberto Miranda  Batista que, das mãos do Amazonino, recebeu, de presente, um mandato de senador de seis  anos e meio.
O mérito desse Gilberto Miranda Batista -  se isso  pode ser considerado como tal – é que se tratava de um sujeito endinheirado, uma espécie de trem pagador da campanha de Carlos Alberto de Carli e Amazonino. Aqui era um desconhecido em termos absoluto das massas.  O que se comentava à época, é que foi escolhido para a primeira  suplência do Negão  porque irrigou a  planta com dois milhões de dólares, dinheiro na mão. Resultado: Amazonino ganha a eleição para prefeito e ele, Gilberto Miranda Batista, assumiu o Senado da República, de onde uma eternidade depois saiu sem apresentar um único projeto de lei em defesa do Amazonas, ou pronunciar qualquer discurso.
Pois é, foi esse tremendo cara de pau que, ontem, se encheu de moral para, num pronunciamento na Associação dos Médicos do Amazonas, falar mal dos dois ex-governadores, ambos suas crias políticas, e malhar os senadores que, segundo ele, nos últimos 50 anos, com exceção de Jefferson Peres e Álvaro Maia,  nada  fizeram de relevante pelo nosso Estado.

* Mário Frota
Advogado;
Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
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Um comentário:

Frank Chaves disse...

A ESCLEROSE SE JUNTA A VONTADE DE SER SENADOR. TODAVIA, QUANDO FOI ELEITO SENADOR FEZ UM MANDATO CURTO E APÁTICO, COMO PREFEITO FOI PIOR QUE O SERAFIM, QUE TANTO CRITICOU. JÁ ERA AMAZONINO, SEU TEMPO JÁ PASSOU. DEIXA A VEZ PARA OS OUTROS, PARA AS NOVAS LIDERANÇAS POLÍTICAS, AFINAL O AMAZONAS NÃO TEM DONO, E O POVO MERECE RENOVAR OS SEUS QUADROS POLÍTICOS E SAIR DESSA MESMICE !

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