sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Polícia Federal desmantela esquema de fraude do Bolsa Família - Será que "as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá"

PF desmantela esquema de fraude do Bolsa Família no interior do Amazonas

50 pessoas na cidade de Boca do Acre foram acusadas de receber o benefício do programa Bolsa Família de maneira ilegal. Todos foram indiciados pela Polícia Federal.
Operação de combate a fraude no Bolsa Família se concentrou no município de Boca do Acre.
Foto: Divulgação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operação de combate a fraude no Bolsa Família se concentrou no município de Boca do Acre.
Manaus - A Superintendência da Polícia Federal do Acre (PF-AC) investiga, no munícipio de Boca do Acre, 50 casos de  fraudes em documentos utilizados para cadastro no programa Programa Bolsa Família. A PF estima que o esquema tenha retirado, ilegalmente, mais de R$ 120 mil por ano dos cofres públicos.
Mandados se busca e apreensão cumpridos durante a operação deram conta que servidores estaduais, municipais, empresários locais, fazendeiros, comerciantes e gestores responsáveis pela concessão do benefício na cidade integravam a lista do programa. Em um dos casos, segundo a PF, o indiciado tinha renda média mensal de mais de R$ 30 mil.
De acordo com informações da assessoria da PF, a investigações partiram de uma denúncia anônima e se desdobrou na descoberta de 50 pessoas com  renda superior ao permitido no programa (R$ 140 mil) simulando, por meio de documentos forjados, a inclusão de falsos familiares e dependentes que nem sequer residiam em suas casas. Nomes de crianças e adolescentes falecidos também estavam incluídos no cadastro de alguns beneficiários.  
Parte dos indiciados já foram ouvidos e negaram a autoria do delito, alegando desconhecimento da Lei”.
Ainda segundo informações da assessoria, até o final da próxima semana a PF deve encaminhar os depoimentos para o Ministério Público do Amazonas (MP-AM).

De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social o benefício varia entre R$ 32 a R$ 306.
Questionado sobre a irregularidade, a prefeita da cidade, Maria das Dores Munoz (PR) disse ao DIÁRIO que estava em uma reunião e não poderia comentar o caso. Ela pediu que a ligação fosse retornada, mas não atendeu as chamadas.

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