Até a próxima segunda-feira, 17, a Praça Tenreiro Aranha, no Centro, estará cercada de tapumes para o começo das obras de requalificação dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Cidades Históricas 2, que vai contemplar o total de dez projetos em Manaus. A proposta é devolver ao espaço aspectos de seu projeto original para que receba de volta manifestações culturais, espetáculos de rua e feiras temporárias.
O projeto da Praça Tenreiro Aranha está orçado em R$ 2.015.815,46 e urbanisticamente visa resgatar o traçado do espaço como na década de 1920, com a recriação de parte dos jardins, abertura da via central e a transposição do Pavilhão Universal para a Praça Adalberto Valle – também contemplada no PAC.
Composto de dois canteiros triangulares, o espaço, mais arborizado, contará com o plantio de espécies tropicais, enquanto o outro lado terá o desenho dos antigos jardins resgatados na paginação de pedras portuguesas brancas e pretas, com árvores no perímetro. As ruas laterais serão resgatadas com paralelepípedos e a pavimentação será do tipo paver – peças pré-moldadas de concreto. As ruas serão, de fato, para pedestres, recebendo balizadores também em concreto.
No projeto da praça há ainda um ‘tapete’ de pedras portuguesas, tendo na sua outra metade um jardim extremamente adensado, tropical, com árvores como açaizeiros e benjamins. A praça é a mais recente empreitada do PAC Cidades Históricas em andamento e está localizada ao lado da Praça Adalberto Valle, que já está com tapumes e em fase de desmontagem do mobiliário urbano.
Conectada a Tenreiro Aranha, a Praça Adalberto Valle está num ponto de grande visibilidade, ganhando o Pavilhão restaurado, com entorno contendo jardins baixos e bancos. Na via lateral será feito o resgate de pavimentação e paralelepípedos. Uma nova via será criada do lado Oeste da praça para o resgate do fluxo de trânsito como nos anos 20.
Além destas, o PAC Cidades históricas contempla ainda a reforma de outra praça: a XV de novembro, mais conhecida como Praça da Matriz, em andamento. O presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano, Roberto Moita, acrescenta que todas estas praças contempladas no programa serão adequadas quanto às normas de acessibilidade, instalações de novos sistemas de iluminação pública, sinalização, mobiliário urbano e paisagismo. “Estamos requalificando o patrimônio para uso no dia a dia da cidade, para dar o fôlego necessário ao Centro, para que volte a ser orgulho da sua população, além de pontos turísticos”, explicou.
A Praça Tenreiro Aranha teve suas obras lançadas no último dia 11, junto às obras do entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, ambas no Centro. Com eles, agora são quatro projetos em andamento.
Dentro do PAC Cidades Históricas, Manaus está conseguindo atingir o equilíbrio entre requalificação e revitalização de monumentos, edificações e espaços públicos, apresentando várias condições urbanas que pontuam o percurso em direção a estruturas que são símbolos da cidade, como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e a Matriz.
Nesta linha, em breve, será lançado o projeto de revitalização das calçadas da avenida Eduardo Ribeiro, com recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (FMDU), gerido pelo Implurb. A obra vai agregar mais passeios arborizados que conectam o teatro ao mercado. Os projetos arquitetônicos têm desenho das equipes de arquitetos, engenheiros e paisagistas do órgão municipal, com acompanhamento e aprovação junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O PAC Cidade Históricas já destinou cerca de R$ 15 milhões a Manaus, dos R$ 33,7 milhões previstos, para projetos de recuperação de áreas tombadas no Centro Histórico. Ainda estão em análise no Iphan as propostas para o antigo Hotel Cassina, Biblioteca Municipal, a Praça Dom Pedro II, a antiga Câmara Municipal e o prédio do Corpo de Bombeiros.
fonte: Blog da floresta
BY ROBERTO BRASIL - AGOSTO, 14TH 2015
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