Prefeitura retira entulho dos antigos bares na Praça do Relógio Municipal |
O tempo não para, ele vai chegando, passando, mas nunca envelhece. O
Relógio da Praça da Matriz marcou todas as horas, viu o tempo passar e o
seu tempo chegar. Agora, ele está ali, bem mais visível, e parece que
vai ser pra sempre. Sobre os escombros de uma desorganização epidêmica,
que assola o centro de Manaus, desde o nascimento de uma senhora chama
de Zona Franca, ele vai continuar marcando as horas, mas, em um novo
tempo. Para quem não conheceu, conheça uma
outra senhora, chamada de Belle
Époque, um tempo vivido sobre o apogeu
da produção de borracha, que tinha como matéria prima o látex da
seringueira. Nesse tempo, Manaus era um símbolo de riqueza, que deixou
suas marcas, muita coisa se apagou com o tempo, mas o Relógio que marca o
tempo foi poupado, e, junto com ele, muita coisa resistiu ao tempo.
A Prefeitura de Manaus começa um trabalho que já deveria ter começado há
muito tempo: a limpeza do centro da nossa cidade.
Mostrar a cara de
Manaus como realmente ela é; livre dos toldos feitos de lona e papelão;
livre das Bancas e barracas, dos carrinhos de mão, que se apropriaram
das ruas, calçadas e calçadões e impedem a passagem de pedestres. O
Centro de Manaus mais parece uma grande feira a céu aberto, e a
desorganização é geral, as vendas se proliferam com uma rapidez
incrível, todo dia tem uma barraca nova em algum espaço, tem até
restaurante no meio da rua, nas esquinas, lanchonetes com freezers,
geladeiras. Agora, quem liberou isso não sabemos.
Há muito o que fazer por essa cidade, só assim mostramos que temos
respeito por ela, porque, com dizia os versos da musica do nosso saudoso
Poeta Anibal Beça: “ (…) pois em vez de morar nela/ela é que mora na
gente”.
Blog da Floresta / David Almeida – Texto e foto
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