Após se entregar em município de Urucurituba (a 208 quilômetros da capital), Pedro Marks Brito Filho, 26, que forjou o próprio sequestro e furtou pouco mais de R$ 80 mil da Cachaçaria do Dedé, afirmou em depoimento que cometeu o crime “em um momento de fraqueza, coisa de momento, sem planejamento prévio”. Os detalhes da declaração do rapaz foram passadas pela delegada Titular do 12º Distrito Integrado de Policia (DIP), Fabiola Queiroz, em coletiva a imprensa nesta segunda-feira (5).
A delegada afirmou que, durante depoimento em Urucurituba (a 208 quilômetros da capital), o rapaz relatou os detalhes do furto. “Ele contou que, por volta das 18h, do dia 31 de dezembro, ele foi responsável por finalizar os trabalhos no estabelecimento. Verificar o se o gás estava desligado, se as portas estavam fechadas e se as câmeras estavam funcionando. Quando ele viu que estava tudo devidamente organizado, iniciou a conduta delituosa. Ele disse que desligou as câmeras e se dirigiu ao cofre que fica no balcão do caixa. O sistema lá é ‘boca de lobo’, ele forçou a parte superior e retirou onde fica a boca de lobo e começou a fazer a retirada de uma forma aleatória, não sabendo inicialmente o valor que tinha tirado”.
Ainda conforme a delegada, o rapaz contou que, por volta das 19h15, foi para casa de uma irmã, no bairro Eldorado, confraternizou com os familiares, não demorou muito, e em seguida foi para rodoviária tentar pegar uma condução para Itacoatiara, onde residem outros familiares.
Como não tinha transporte, ele dormiu em um hotel próximo à rodoviária e no dia 1º de janeiro, por volta das 10h, ele pegou um táxi e se dirigiu ao município. Chegando lá, por volta das 15h, pegou uma lancha e se dirigiu a Urucurituba, onde se encontra no momento.
Por volta das 16h, ele chegou ao município, não procurou os familiares e se hospedou em uma pousada. Somente na manhã do dia 2 de janeiro ele procurou a família.
“Nesse contato é que a ficha dele caiu. A família conversou com Pedro para que ele fizesse a devolução do dinheiro e se entregasse. Nós tivemos uma grande ajuda dos familiares nas investigações, tanto de Manaus, quantos dos municípios do interior, mas ele estava com medo porque estava sendo procurado em todo o Estado”, disse Fabiola Queiroz.
Pedro afirmou ainda em depoimento que só teria furtado o valor de R$81.900. No sábado foram devolvidos R$80.900 na delegacia de Itacoatiara e que ele só teria gasto mil reais em despesas e para entrega do dinheiro.
Ainda de acordo com a titular do 12º DIP, o rapaz se apresentou espontaneamente na noite de domingo (4) e foi interrogado. O inquérito foi enviado à justiça e agora ele será indiciado por furto qualificado, mas, por enquanto, vai responder em liberdade.
A advogada da Cachaçaria do Dedé, Danielle Dias, informou que vai tentar um acordo judicial com Pedro para reaver o valor gasto pelo rapaz. “Nós vamos tentar um acordo judicial, a família está disposta a pagar esse valor, já que ele ainda tem salário a receber uma parte já pode ser abatida. Caso esse procedimento não ocorra nós vamos entrar com as medidas cabíveis, que é ação de cobrança no valor de R$ 3.470”.
A advogada ainda acrescentou que o caso só conseguiu ser solucionado graças à ajuda da família. “Junto com a família nós conseguimos pressionar para que ele se entregasse. O Pedro era um excelente funcionário, o André confiava nele tanto que ele era gerente. Foi uma decepção muito grande, mas conseguimos reaver quase o valor total. Agora ele será demitido por justa causa e a prisão é procedimento judicial. O André só queria que resolvesse isso, porque de inicio acabou expondo o estabelecimento de forma errônea”, concluiu.
Kattiúcia Silveira
(Especial EM TEMPO Online)
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