Longevidade da população de um dos municípios do interior do Amazonas inspirou dois especialistas a estudarem a alimentação dos habitantes. O resultado pode ser conferido em um livro
Uma obra que reúne, através de conhecimentos científicos e populares, os segredos da saúde e longevidade de um povo tem tudo para se tornar leitura obrigatória em qualquer parte do mundo.
Pois bem, é com esse propósito que a Editora Cultural da Amazônia, pertencente à Rede Calderaro de Comunicação (RCC), brindará os leitores a partir da próxima quarta-feira (8), com o livro “Dieta Amazônica”.
A publicação que será lançada é o resultado de dois anos de pesquisa feita pelo médico geriatra Euler Ribeiro e a médica geneticista Ivana Cruz para descobrir quais os fatores contribuintes para a longevidade da população de Maués, a 267 quilômetros de Manaus. O município, de acordo com o IBGE, possui 1% da população com 80 anos, quando a média nacional nessa faixa é de 0,5%.
“Tudo começou com a divulgação pelo IBGE dos dados que apontaram ser Maués o município com o maior contigente populacional com 80 anos de idade. Formei, então, um grupo para estudarmos o envelhecimento do homem na floresta, e convidei a doutora em Genética Humana Ivana Cruz, conhecida pelas pesquisas sobre o envelhecimento celular, para integrar o trabalho”, explicou Euler Ribeiro. O objetivo era o de avaliar quais os motivos do envelhecimento saudável da população, levando-se em conta os aspectos da nutrição à base de produtos da floresta e a da rotina de atividades desenvolvidas por eles ao longo da vida.
Ideia
A ideia do livro nasceu de uma conversa entre a vice-presidente da RCC, Cristina Calderaro, e o médico Euler Ribeiro. “Foi ela que teve a ideia de lançar o livro ‘Dieta Amazônica’, ao tomar conhecimento das conclusões da pesquisa”, informa o diretor jurídico da RCC e escritor Júlio Antonio Lopes, que integra o Conselho Editorial da Cultural da Amazônia.
O livro é o sexto lançado pela editora, em pouco mais de um ano de atividades. “Trata-se de mais um lançamento e estima-se que deva ser um best seller”, preconiza Lopes. Com 152 páginas, o livro é todo colorido e traz belas imagens do povo interiorano e o seu modo de vida. Dividido em três capítulos, a obra trata primeiro sobre “O papel da dieta na saúde e longevidade humana”; em seguida a “Amazônia e seus frutos”, e por último “Peixes, a farinha e a culinária”.
As pesquisas concluíram que a longevidade se deve à alimentação das pessoas, à base de frutas, peixe e mandioca. “Esse é um trabalho que tem um viés científico e um viés popular, porque os autores procuraram modular as linguagens e encontrar a fundamentação científica para tudo que foram estudando”, comenta Júlio Antonio Lopes. A nutrição é, sem dúvida, um fator preponderante. Na sua dieta, o homem da floresta come peixes, derivados da mandioca e muitas frutas. Agora, como esses alimentos agem no organismo, só lendo o livro para descobrir.
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