sábado, 28 de março de 2015

O IMPRIMATO DA ESQUERTA E A CORRUPÇÃO PETISTA


No passado recente falava-se de partido de direita, esquerda e centro na tentativa de se definir um posicionamento ideológico e pragmático quanto às decisões de governo e seus encaminhamentos de luta. A definição desses posicionamentos ideológicos é relativo às estruturas de Estado, Sociedade e Mercado, além dos fatos políticos específicos tais como: Guerra, Reformas, Políticas Sociais, Combate a desigualdade social, liberdade de imprensa, entre outras questões sociais que repercutem diretamente na vida política de uma Nação.
Nesse percurso temos o registro de alguns fenômenos históricos que marcaram profundamente o reordenamento político do mundo. Em destaque, o processo emancipatório colonial contra os países do Eixo Europeu advindo da África, das Américas, da Ásia e do próprio Oriente. A luta pela liberdade, a partir do século XVII dar-se-á sustentada na fundação do Estado Moderno, como estrutura de poder conceituada por sua forma de governo, quase sempre impondo a Sociedade o controle e o mando do Estado apropriado por uma determinada classe ou grupo dominante que detinha a força material e ideológica. Este processo emancipatório abortou a transferência de riquezas desses povos conquistas a ferro e fogo para as metrópoles, o que representa um forte golpe na economia pública e privada dos países colonizadores.
Mais outros marcos históricos merecem a nossa atenção para melhor explicar a compreensão e definição dos partidos no universos das lutas sociais, destacando-se no curso da história ocidental a Revolução Francesa, no século XVIII e a Revolução Russa, no início do século XX. Ambas inauguram novas práticas políticas dando cabo das estruturas Aristocrática, respeitando a especificidade de cada contexto, bem como sua correlação de força, quando não, de forma anacrônica determinadas lideranças tentam reordenar o presente tomando como referência o passado.
Somando-se a esses fatos, ainda no século XVIII, registra-se também a Revolução Industrial, que fomentou novas leituras a partir da elaboração de matrizes e paradigmas pautadas em novas metodologias, que sustentaram a formação de novas teorias no campo das ciências sociais com ênfase na sociologia, economia política, história, economia, entre outras. Antes dos socialistas utópicos franceses são relevante os trabalhos de Kant, Rousseau e posteriormente as leituras de Durkheim, Adam Smith Stuart Mill, Ricardo, bem como Hegel e, sobretudo, Marx e Engels por provocarem uma revolução na história, rompendo com a tradição idealista alemã e inaugurando o método qualificado como materialismo histórico referenciado no Manifesto Comunista e na publicação de O Capital, com críticas voraz contra o Capitalismo, mobilizando para a formação da classe operário e o definhamento do Estado.
Quem fará a mediação entre o século XIX e XX é o Lenin que mobilizou força para a realização da Revolução Russa o que provocou mudanças radicais nas estruturas de poder e nesta jornada de lutas os partidos que somaram esforças foram se classificando como de Esquerda, formatando práticas socialistas, mais igualitárias, chegando ao pondo do controle de Estado, o que se deu na antiga União Soviética sob a mão de ferro do Stálin.
O recorte desta narrativa histórica faz-se necessário para situar o leitor menos atento a esta literatura específica. O Partido, por sua vez, historicamente é criado e formato para o enfrentamento de determinadas questões e muitas vezes não tem em suas fileiras quadros para operar a maquina do poder de Estado quando a consegue conquistar e dominar. No Brasil o Partido Comunista exerceu esta função de enfrentamento contra o estado autoritário desde Getúlio até contra Golpe de 64, mas nunca controlou a máquina do Estado. O PT nasceu no ABC contra a classe patronal, mobilizando o operariado paulista para conquistar ganhos em seus salários e depois foi se espraiando para as disputas eleitorais com severas criticas ao governo ditatorial. Neste processo imprimiu uma liderança de esquerda – relativo ao Golpe de 64 -, no entanto, quando chega ao governo o ideal igualitário fica reduzido ao Bolsa Família, não oferecendo condições materiais para que as famílias se desenvolvessem, rompendo com a política compensatória que fora instalada pelo governo Lula.
Em suma, frente ao “mensalão” e o “petrolão” o PT é a mais pura direita do jogo político instituído no Brasil, chegando a ser pior do que as oligarquias corruptas da velha república porque no Estado Moderno e no Estado de Direito, o poder executivo não pode tudo deve obediência a Carta Política da Nação, aos códigos e pactos instituídos por força do Direito. Violá-los é confrontar-se com a Nação, é reduzir o público ao privado, aparelhando o Estado para os seus comparsas como vimos no “mensalão” e no “petrolão” da Petrobras, podendo até ser acusado no Congresso e a na Corte de Justiça por crime de responsabilidade. Pondera-se, contudo, considerando que a corrupção não nasceu com PT porque, segundo a presidente Dilma Rousseff “trata-se uma velha senhora”, mas no presente com 12 anos esta criança petista é muito traquina dotada de maracutaias e achaques.

Professor Ademir Ramos

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