Maldito é povo que se torna verme porque não pode reclamar por ser pisado. A luta pelo Direito é uma ação subversiva porque pela radicalidade de suas ações é capaz de transformar o mundo e as pessoas, visando à formação de uma cultura qualificada historicamente. Foi assim e tem sido em todas as batalhas, a luta social transforma o mundo e mobilizam as pessoas a cerrarem fileiras para fazer valer a liberdade, a igualdade e a Justiça Social, não só como valor, mas, sobretudo, em se tratando da luta pela superação das desigualdades sociais, busca-se inaugurar novos processos sociais e políticos centrados na produção e distribuição de riqueza.
A forma mais qualificada para se edificar este empreendimento social tem sido a Democracia, que entre as piores é a melhor, porque está centrada na soberania popular, que embora organizada em estruturas sociais diferenciadas funda-se em princípios que comprometem a todos quanto à responsabilidade com a coisa pública. Fala-se da gestão do Estado moderno, que prima pela impessoalidade o que dá relevância a força do Direito Positivo em atenção à cidadania, quebrando com as relações pessoais das lideranças carismáticas como também da cultura de massa do populismo corporativo tão arraigado no Brasil e no continente Latino Americano.
A conjuntura brasileira queira ou não estamos envolvidos, ela traz em si rescaldo da nossa história das velhas oligarquias que tomaram de assalto à república velha e que depois de 30 alguns se fantasiaram de “modernos” investindo em patrimônios urbanos criando dialeticamente a classe operária brasileira seguida de um fenômeno urbano que até hoje os governantes não conseguiram definir políticas públicas que dessem respostas objetivas aos problemas das grandes cidades.
A narrativa histórica registra golpe pra cá e golpe pra lá. Mas, depois de 64, a Nação levanta-se pela luta da redemocratização. Neste embate vários companheiros se firmaram politicamente e outros tombaram acreditando que morreriam, mas, os filhos desta Pátria continuariam com determinação e coragem a luta social pela afirmação dos Direitos políticos e pela conquista da autodeterminação, que é a força de um povo livre e soberano.
A Constituinte e por fim a promulgação da Constituição Federal, a Constituição Cidadã, como bem qualificou o doutor Ulisses Guimarães, em 5 de outubro de 1988, foi e tem sido o nosso porto seguro. Dela aqueles que lutam politicamente pela liberdade, igualdade e Justiça Social não se distanciam, ao contrário fazem de tudo para cumprir os seus mandamentos, exigindo dos poderes constituintes e, em particular dos governantes, os meios necessários para honrá-la junto ao povo.
Nesta trajetória vários lobos com cara de cordeiro, usando dos instrumentos eleitorais tentaram ludibriar o nosso povo. No entanto, como a mentira tem pernas curtas certo dia a máscara cai e o povo começa a conhecer, a despertar e conceber que é hora de dar o troco, de voltar às ruas e reconquistar os espaços coletivos para afirmar de forma altiva a sua dignidade e cobrar dos eleitos a responsabilidade que fora depositada nas urnas.
A manifestação de domingo (15) por todo Brasil significa exatamente a retomada, a cobrança, o posicionamento contra a imoralidade política que o PT instalou no Brasil com os seus partidos aliados. Assim sendo, o grito das ruas com absoluta certeza será uníssono FORA DILMA, o que pode resultar em mudanças estruturais se o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal estiverem qualificados para operar este processo com a mesma autonomia e determinação que o povo tem tido frente à corrupção, a impunidade e os desmandos perpetrados pelo governo Dilma Rousseff que faz nesta hora o nosso povo sangrar de dor e de indignação a gritar FORA DILMA.
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