sexta-feira, 13 de março de 2015

Terminal Rodoviário de Manaus pode ser construído em terreno próximo à ponte Rio Negro



Após anos de críticas devido ao serviço prestado que não agrada a maioria da população, o Terminal Rodoviário Huascar Angelim, no bairro de Flores, Zona Centro-Sul, pode ter um novo destino. Ao contrário da reforma, prometida diversas vezes pelo poder público, a nova sugestão prevê também a mudança definitiva do local para um dos terrenos na cabeceira da ponte Rio Negro, Zona Oeste.
A ideia será levada a uma audiência pública das comissões de transporte da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) e da Câmara Municipal de Manaus (CMM). A temática resurge após Manaus se candidatar a receber jogos da Olimpíada 2016.

Em 2014, quando a capital recebeu jogos da Copa do Mundo, o terminal passou por uma reforma que incluiu pintura e alguns ajustes 11 dias antes do início da competição na cidade e, mesmo assim, continuou sendo alvo de crítica dos usuários.

Velhos problemas
Para os usuários do transporte intermunicipal de Mancapuru, Iranduba e Novo Airão, caso o projeto se torne realidade, a viagem para a região metropolitana será um sacrifício a menos. O aposentado Edson de Moura, 77, é um dos moradores de Manacapuru que uma vez por semana vem a Manaus. Quando não utiliza a rodoviária ele prefere ficar nas proximidades da Ponte. “Entre ir para lá e ficar aqui na parada de ônibus, prefiro esperar aqui porque é quase a mesma dificuldade”, ressalta Edson.

Os problemas com a estrutura atual são muitos. Eles vão desde a falta de iluminação adequada até os problemas do banheiro. Não há um sistema de ventilação que consiga melhorar as condições do local e alguns dos usuários relatam até goteiras nos telhados. A sujeira do ambiente também incomoda quem precisa utilizar o local para embarque e desembarque.

O carpinteiro Raimundo Nonato de Oliveira, 63, disse se incomodar com a forma como os passageiros são tratados tanto na rodoviária quanto na área que existe hoje próximo à Ponte Rio negro. No local, há apenas uma parada de ônibus que, segundo ele, está sempre lotada. “Faço esse caminho todo dia e aqui está sempre lotado. A gente se espreme pra não ficar na rua”, lembra.

A opinião do ajudante farmacêutico Rodolfo Braga, 40, vai a favor de uma análise para que a mudança não prejudique outros viajantes que desembarcam em Manaus. “Tem gente que vem de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo que também não podem ser prejudicados”, lembrou.


Jornal acritica

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