Omar Aziz e José Melo durante inauguração da fábrica de calcário |
O Amazonas tem
condições de abastecer o planeta nos itens estratégicos da produção do
agronegócio, disse o vice-governador durante a inauguração da primeira
planta fabril que vai beneficiar calcário dolomítico no Estado.
O vice-governador José Melo disse nesta sexta-feira (7) que, com a
inauguração da primeira indústria de beneficiamento de calcário
dolomítico, o Amazonas dá um grande passo para a criação do polo
mineral, que deverá significar em mais uma alternativa para o
desenvolvimento econômico da região.
Melo explicou que o produto extraído da mina Jatapu, localizada a
pouco mais de 680 quilômetros da capital, no município de Urucará, vai
beneficiar inicialmente pelo menos dez mil produtores rurais, uma vez
que chegará com valor mais acessível graças à redução em mais de 70% no
valor de mercado, garantida a partir da isenção do Imposto Sobre
Circulação de Mercadoria de Serviço (ICMS). Segundo o vice-governador, a
contrapartida oferecida pelo Estado também vai compensar os custos de
logística no transporte do calcário da mina até o município de
Manacapuru, onde se encontra a planta industrial que irá beneficiar e
distribuir o calcário agrícola.
“O Amazonas tem condições de abastecer o planeta nos itens
estratégicos da produção do agronegócio, os preciosos fertilizantes
tanto de origem vegetal como orgânico, para uma agricultura sustentável.
O calcário extraído do Jatapu será vendido ao preço de R$ 145 a
tonelada, bem abaixo dos R$ 455 pagos pelo produtor atualmente. Este é
um acontecimento emblemático. Daqui pra frente, é só trabalhar e afirmar
essa tardia vocação”, explicou. Polo de fertilizantes Melo fez questão
de frisar que a mina de calcário do Jatapu está diretamente relacionada
às políticas de incentivo para a geração de matrizes econômicas,
sugeridas pelo governador Omar Aziz.
A inauguração da fábrica de beneficiamento em Manacapuru,
concretizada no avanço da exploração ordenada de potássio na região,
segundo o vice-governador, tira do papel o projeto de fazer do Estado um
grande polo produtor de fertilizantes. “A Superintendência da Zona
Franca de Manaus (Suframa) já tem desenhado o projeto de um grande polo
gasoquímico, aproveitando o gás de Urucu, o potássio da foz do Rio
Madeira e fosfato do Sul da Amazônia, o que fecha a cadeia de
matérias-primas para o setor. Isso tudo mostra as vantagens de se
investir no Amazonas, um Estado que tem grande potencial econômico e
turístico”, asseverou.
O economista Álvaro Smont explica que o Amazonas tem realmente grande
capacidade de montar em curto espaço de tempo uma nova matriz
econômica, que substituiria parte da arrecadação perdida com a possível
escolha de setores industriais de migrar para outras regiões, longe da
Zona Franca de Manaus. Ele considera que a produção de fertilizantes,
conhecidos pelo nome técnico de NPK (sigla para nitrogênio, potássio e
fósforo), abre um leque de possibilidades de novos setores rentáveis
para o Estado.
“O nitrogênio é extraído do gás natural, que já chegou a Manaus, há
três anos, com a inauguração do gasoduto Coari-Manaus. Com a
interligação da cidade à Usina de Tucuruí, no Pará, deve haver sobra de
parte do gás que seria destinado às usinas térmicas. A exploração de
potássio está sendo retomada às margens do Madeira e o fósforo pode ser
achado em Estados vizinhos, como Mato Grosso, Tocantins e Pará, além de
Goiás, que já explora o mineral. Está tudo aí, à mão. Resta promover a
instalação da infraestrutura de desenvolvimento, porque demanda existe”,
disse Smont.
A planta da Calnorte, cuja sede fica na cidade de Caracaraí, em
Roraima, está localizada no quilômetro 55 da rodovia AM-070
(Manaus-Iranduba) e demandou investimentos de R$ 600 mil. Esta é a
primeira unidade no Amazonas e a quarta em toda a região Norte. A
fábrica vai processar até 250 toneladas por dia, mas tem capacidade para
até 400 toneladas diárias, oportunizando 25 empregos diretos em
Manacapuru. fonte: (Blog da Floresta - Publicado 8 de março de 2014 |
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