Ronilton Alves, que estudou no vale do Jequitinhonha, na empresa Conteúdo, em que trabalha hoje
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Ronilton Alves, 23, e Dalila Prates, 25, são amigos e estudaram juntos em uma escola pública em Felisburgo, cidade localizada em uma área pobre de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha. Depois da escola, Alves conseguiu uma bolsa para cursar publicidade em uma faculdade privada em São Paulo. Hoje, trabalha como analista de mídias sociais e atribui o bom começo na carreira ao ótimo desempenho que teve durante a vida escolar. "A base mais importante é a que vem da escola. Se te pedem para fazer uma redação e você não sabe regras gramaticais, não vai se sair bem", diz Alves. Dalila terminou a escola e começou uma faculdade privada no Rio de Janeiro, mas interrompeu o curso por falta de dinheiro. Tentou alguns concursos públicos sem sucesso. Hoje, está desempregada e acha que, se tivesse se dedicado mais na escola, estaria em melhor situação. "Se soubesse como seria difícil, eu teria dado mais valor ao ensino de português, de matemática", diz ela que, atualmente, faz um curso técnico de serviços públicos. Alves acha que seu sucesso na escola teve várias causas, como seu gosto pelo estudo, o incentivo recebido dos pais e o fato de ter frequentado uma boa escola, onde os professores incentivavam os alunos. Para Patrícia Mota Guedes, gerente de educação da Fundação Itaú Social, os educadores devem evitar o foco em aumentar a média da escola nos testes de proficiência e trabalhar pelo melhor desempenho de cada aluno. "É importante não investir só naqueles que vão bem. Todo ganho de aprendizagem para todos os alunos deve ser valorizado."
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