Presidente brasileira compara situação à destituição de Lugo e defende manutenção da ordem democrática
VIÑA DEL MAR - A presidente Dilma Rousseff disse que a reunião da
União de Nações Sul-Americanas (Unasul) nesta quarta-feira, no Chile,
criará uma comissão para debater o complexo momento pelo qual passa a
Venezuela e ajudar a buscar a estabilidade para o país. Dilma destacou
que o Brasil é a favor da manutenção da ordem democrática na Venezuela e
comparou a situação no país com a destituição relâmpago do
ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, em 2012.
Dilma afirmou que
o fato de Maduro ter desistido de vir à posse da presidente eleita do
Chile, Michelle Bachelet, não interferirá na reunião da Unasul, que
acontece amanhã com chanceleres dos 12 países que compõem o bloco.
—
O que vai acontecer já estava previsto, até porque estamos em um
momento de posse, então os presidentes não vão se reunir. Mas os
presidentes mandaram os seus ministros de Relações Exteriores para fazer
uma reunião, criar uma comissão, que pode ser inclusive de
(representantes) todos os países da região, e fazer a interlocução pela
construção de um ambiente de acordo, consenso, estabilidade, lá na
Venezuela. O fato de não vir um ou outro presidente não vai interromper
esse processo — pontuou a presidente.
Ela comparou a situação na Venezuela com a destituição relâmpago do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, em 2012.
—
Sempre vamos procurar a manutenção da ordem democrática. Vocês vejam
que quando foi o caso do presidente Lugo houve um momento de stress,
hoje perfeitamente superado com a perfeita inclusão com o novo
presidente eleito democraticamente, (Horacio) Cartes, que inclusive
será, necessariamente pelo rodízio, o novo presidente do Mercosul - disse Dilma.
Segundo uma fonte do governo americano, o
vice-presidente do EUA, Joe Biden, aproveitou a visita ao Chile para a
posse de Bachelet para conversar com líderes latino-americanos sobre a
Venezuela. Nos contatos, Biden reforçou as declarações dadas ao diário chileno “El Mercurio”,
nas quais afirma que o governo de Maduro usa civis armados contra
manifestantes pacíficos e se vale de “teorias da conspiração” para
implicar os EUA nos protestos. As declarações do vice ao jornal levaram
Maduro a dizer que Biden agrediu a Venezuela.
Jornal O Globo
Um comentário:
E a saúde, a educação e a segurança do Brasil, quem socorre?
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