Manaus - As festas pré e pós-carnaval devem
aumentar a locação de banheiros químicos e incrementar o faturamento das
empresas em média em 70%. Apesar do aumento nos negócios, empresas
locais acreditam que o segmento não está preparado para atender a
exigência da Prefeitura que neste ano determinou a quantidade de um
banheiro para cada 50 foliões.
A gerente comercial da Toilets,
Silmária Portela, informou que a empresa tirou alguns contratos da
agenda devido às solicitações serem menores que o exigido pela
Prefeitura. “Eles querem colocar no contrato um número, mas querem um
número menor para a hora do serviço”, afirmou. Há 16 anos no ramo,
Silmária ressaltou que as locações aumentam até 80% durante as festas
carnavalescas.
A Toilets tem cerca de 250 banheiros para atender a
demanda. Silmária informou não saber como estão os pedidos para o
mercado como um todo, mas disse não acreditar que o contingente de
Manaus seja suficiente para atender a exigência da Prefeitura.
O
proprietário da Esgotec, Marlon Paez, espera um aumento de 70% no
faturamento e conta que as locações ficarão concentradas entre as
sextas-feiras e domingos, como ocorre todos os anos. Paez informou que
há cerca de dez empresas no ramo em Manaus e disse que a dificuldade vem
muitas vezes por parte dos organizadores de bandas que não contratam o
número suficiente de banheiros. “Eles trabalham forçado quando se fala
em banheiro químico. Fazem o possível para diminuir o custo”, disse. A
empresa chega a atender quatro bandas e blocos por dia durante o
carnaval.
O gerente comercial da Sanear, Marco Biscaro, também
afirmou que o aumento nos negócios chega a 70%. Bisparo reforçou que o
momento é atípico. “Atendemos geralmente um pedido mensal para eventos e
nessa época atendemos três por dia. Para cada pedido, são três a cinco
banheiros”, explicou. A Sanear tem 37 banheiros químicos.
As
empresas procuradas pelo PortalD24AM informaram cobrar preços de R$150 a
R$ 200 para uma diária de banheiro químico. Os estabelecimentos
destacaram que disponibilizam papel higiênico e produtos com essência
para evitar mau cheiro, além de dar a destinação dos dejetos.
Além
da comemoração por aumento nos negócios, os representantes do setor
destacam que falta fiscalização. “Tenho o caminhão que suga os dejetos e
descarta numa estação. Mas tem muita empresa que, para baratear e não
ficar com prejuízo, despeja em qualquer lugar”, afirmou Paez.
Para
o empresário, os órgãos competentes deveriam exigir da própria banda ou
bloco que apresentasse os documentos com autorização, comprovação de
quantidade de banheiros por participante e da destinação final que a
empresa responsável pela unidade química daria ao resíduo.
Bandas e blocos serão fiscalizados este ano
Para
o carnaval deste ano, o Departamento Municipal de Vigilância (DVisa)
informou que vai fiscalizar a disponibilização de banheiros nas bandas e
blocos de rua, com a exigência de um banheiro químico para cada 50
brincantes. Segundo o diretor do órgão, Jerferson Caldas, a determinação
levou em conta eventos realizados em outras cidades, como Porto Alegre e
Porto Velho.
“É uma questão de dimensionamento. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem especificação de que deve
existir uma bacia sanitária para cada 20 pessoas. O que fizemos foi
estimar um fluxo de população. O número veio nos dar uma base”, explicou
o diretor.
Até quinta-feira (17), o DVisa recebeu 65 pedidos de
autorização de bandas e blocos de carnaval. No mesmo período de 2012, os
pedidos chegaram a 80.
As bandas e blocos de carnaval que não
atenderam às exigências do departamento estarão sujeitos a penalidades
com apreensão de material e multa de até R$ 29 mil. “A banda que faz o
evento é a responsável. Ela que é será cobrada”, disse Caldas.fonte: Jornal Diario do Amazonas
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