O
governador Omar Aziz apresentou nesta quinta-feira, 12 de julho, o
projeto da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas
(UEA). Projetada para ser construída no município de Iranduba, Região
Metropolitana de Manaus, a Cidade Universitária é um marco fundamental,
segundo Omar Aziz, na consolidação da instituição, que este ano está
completando dez anos de criação. O evento de lançamento foi no Teatro
Direcional no Manauara Shopping, onde a maquete do complexo ficará
exposta ao público.
Com
projeção de investimentos iniciais de R$ 300 milhões para
infraestrutura e construção dos espaços acadêmicos, a Cidade
Universitária reunirá todas as unidades da UEA da capital, fortalecendo a
integração entre os cursos, além de proporcionar avanços fundamentais
na gestão administrativa – de logística e de pessoal – com impactos
significativos na gestão financeira. O complexo também foi concebido
para ter estrutura urbana completa, com espaços residenciais,
comerciais, eixos viários, áreas de lazer e turismo, equipamentos
públicos, como terminal rodoviário, hospital, delegacia, corpo de
bombeiros, órgãos de serviços de cidadania, entre outros.
O
projeto inicial prevê um espaço de 13.000.000m2, com infraestrutura
totalmente planejada e perspectiva de se tornar, em breve, mais um
grande polo de desenvolvimento econômico, cultural e educacional do
Estado. A obra inicia com a construção da Reitoria e dos prédios de
Ciências da Saúde, Ciências Sociais e de Tecnologia, com previsão de
inauguração no primeiro semestre de 2014.
“Com
a Cidade Universitária vamos consolidar esse projeto vitorioso que foi a
criação da UEA, um patrimônio do povo amazonense”, disse o governador,
ao ressaltar que a obra completa da cidade universitária será para as
futuras gerações. “Muitas obras serão construídas nos próximos anos, na
área de infraestrutura, prédios, em logística, mas nada se compara ao
investimento feito na educação. Não há desenvolvimento sem
conhecimento”.
O
Campus da UEA vai comportar, ainda, um hospital-escola, com 200 leitos e
vila olímpica. Para abrigar os alunos do interior do Estado, será
construído o maior complexo de moradia para estudantes do Brasil, que oferecerá inicialmente duas mil vagas, além de restaurante universitário e Centros Acadêmicos de Convivência.
“Com
a ajuda do Governo, os universitários vão ter estudo, moradia e
alimentação gratuitos, para depois que se formarem poder voltar aos seus
municípios e suprir a carência do interior em diversas áreas do
conhecimento”, afirma o governador Omar Aziz. O projeto prevê ainda a
Vila Agrícola, que funcionará como um campus rural para os cursos de
Agronomia e Engenharia Florestal; um Centro Tecnológico cujo principal
objetivo é atrair instituições de pesquisa tecnológica, agências de
fomento, incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
Outro
ponto forte da Cidade Universitária será o segmento turístico, com
atrações voltadas para a educação socioambiental e ao lazer (parques
linear, temáticos e urbanos, zoológico, restaurantes). As áreas
reservadas para a implantação do setor hoteleiro e de um hotel resort
estão localizadas numa das regiões mais privilegiadas da Cidade
Universitária, com vista panorâmica para a floresta e o rio Negro.
Para
fomentar o intercâmbio internacional na graduação, pesquisa e extensão,
a Cidade Universitária do Amazonas contará com espaços voltados à
fixação de universidades e outras instituições científicas, culturais e
educacionais internacionais.
Sustentabilidade Ambiental
– O projeto da Cidade Universitária foi concebido obedecendo aos
preceitos da sustentabilidade ambiental. O Plano Diretor Urbano tem como
premissa o respeito às condições geográficas, meteorológicas,
topográficas, aliadas às questões sociais, econômicas e culturais do
lugar. Serão preservados parques florestais, igarapés e margens do rio.
Dentre
os itens sustentáveis, destacam-se a gestão de resíduos sólidos, a
eficiência energética e o reaproveitamento de água. Ao longo do
principal igarapé que corta a Cidade Universitária será implantado um
parque linear, de onde os visitantes poderão contemplar a flora e fauna
amazônica por meio de passarelas suspensas.
Emprego e Renda
– O Plano Diretor prevê áreas para a implantação de empreendimentos
habitacionais – condomínios horizontal e vertical – comerciais e de
serviços, desde o pequeno empreendimento a Shopping Center, Power Center
e Business Center, o que vai fomentar a geração de emprego e renda. Os
recursos provenientes da venda dos espaços deverão ser revertidos para a
própria Cidade Universitária. O complexo será um atrativo de turismo e
lazer do Amazonas e contará com hotéis, zoológico e um parque temático.
Na área cultural, serão construídos museus e teatros.
Consolidação da UEA
– Segundo o governador, o processo de consolidação da UEA não se limita
a construção da Cidade Universitária, cujas obras devem iniciar ainda
este ano. Passa ainda pelo processo de democratização, com a realização
das primeiras eleições diretas para direção de unidade ano passado;
pela valorização profissional, a partir da aprovação do Plano de Cargos,
Carreira e Remuneração (PCCR), sancionado também ano passado; e pela
realização a partir deste ano dos primeiros concursos públicos para
formação do quadro efetivo da instituição. Entre os avanços, destacam-se
ainda a implantação dos restaurantes universitários e o plano de
expansão para o interior, com a construção de núcleos em dez municípios,
além da modernização das instalações.
Com
os novos núcleos, a UEA passará a contar com 27 unidades em municípios
localizados em pontos estratégicos do Estado, formando uma rede de
atendimento com capacidade de atingir todo o território amazonense.
Desde que foi criada em 2002, mais de 50 mil alunos já foram
matriculados na universidade estadual, dos quais 26 mil foram graduados e
25 mil estão matriculados no momento. “Com a expansão, teremos maiores
condições de ampliar o número de vagas e criar novos cursos para atender
as demandas do mercado e principalmente as necessidades das populações
amazonenses”, destaca Omar Aziz
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