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Boto Vermelho (Inpa -divulgação) |
Matança para servir de isca
“Esse golfinho endêmico da nossa região tem sido cruelmente abatido para ser usado como isca na pesca de um bagre, a piracatinga. Por isso, queremos estabelecer um processo que resulte na elaboração de ações efetivas para eliminar essa atividade cruel e insustentável na região”, ressalta a coordenadora do LMA e conselheira da Ampa, Vera da Silva.
Para discutir o assunto e propor soluções para o problema, o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), do Inpa, a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) realizarão um workshop em que os pesquisadores e interessados no tema farão análise da situação.
A WSPA trabalha na região amazônica desde 2002. Desenvolve t programa abrangente de Educação em Bem-Estar Animal, Controle Humanitário de Populações de Cães e Gatos e Vida Silvestre.
Saiba mais sobre o boto vermelho
Boto-Vermelho é o maior dos golfinhos de água doce do mundo. Os machos podem atingir até 2,5 m de comprimento e pesar 180 kg. As fêmeas atingem mais de 2,10 m e 100 kg de peso. Os filhotes nascem cinza, e tornam-se rosados com a idade. Machos adultos são mais rosados do que as fêmeas devido ao maior porte e pela intensa abrasão na pele causada por brigas intraespecificas. As nadadeiras peitorais são grandes e largas, e a nadadeira dorsal é longa e baixa.
O boto-vermelho é encontrado em todos os tipos de rios (água preta, branca e clara), nas bacias dos rios Amazonas, Orinoco e Beni/Mamoré. Alimenta-se principalmente de peixes e são geralmente solitários.
A principal causa de mortalidade é a captura acidental nas redes de pesca. Mortes intencionais por pescadores acontecem eventualmente devido ao comportamento da espécie em retirar peixes das redes, causando estragos aos petrechos de pesca.

A destruição e alteração do ambiente pelo aumento das populações humanas, a contaminação dos rios por agro-tóxicos e o uso de mercúrio nos garimpos para extração do ouro, também ameaçam este golfinho.
De acordo com as pesquisas do projeto AMPA, barragens e represas nos rios não somente reduzem a abundância e diversidade dos peixes que servem de alimento aos botos, como também isolam populações, ameaçando o fluxo genético da espécie.
fonte: Portal Amazônia
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