terça-feira, 10 de abril de 2012

Zona Franca de Manaus ganha entreposto em PE. Enquanto isso Itacoatiara que faz parte da "Região Metropolitana" fica a ver navios!

Dados do Ibope Inteligência apontam que, só este ano, o mercado consumidor vai crescer 24,1% no Nordeste.

Porto de Suape, em Pernambuco. Foto: Divulgação/Suape

O Diário Oficial da União desta segunda-feira (9) publicou um Protocolo, celebrado entre os governos do Amazonas e Pernambuco, que cria o primeiro entreposto da Zona Franca de Manaus (ZFM) no Nordeste. Localizado no município de Ipojuca (PE), na Região Metropolitana de Recife, o entreposto vai reduzir para, no máximo, dois dias, a distância entre os produtos amazonenses e os centros consumidores do Nordeste.
A medida suspende a incidência do ICMS nas operações de remessa dos produtos feitos no Polo Industrial de Manaus (PIM) para o entreposto em Ipojuca. O imposto só será cobrado na saída do entreposto, ou seja, no momento da venda definitiva do fabricante para o varejo ou atacado, funcionando assim como um armazém da ZFM. Caso não haja venda em 180 dias, o imposto será recolhido em favor do Amazonas, atualizado monetariamente, considerando a data da saída do seu estabelecimento.
“Dados do Ibope Inteligência apontam que, só este ano, o mercado consumidor vai crescer 24,1% no Nordeste. Assim, o entreposto de Ipojuca é estratégico para aumentar a competitividade das indústrias do PIM, dando maior agilidade no escoamento das mercadorias aqui produzidas”, comemorou o superintendente da Zona Franca de Manaus, Thomaz Nogueira. Atualmente, os produtos do PIM demoram cerca de duas semanas para chegar aos centros nordestinos.
Como o ICMS é recolhido para o Amazonas, a vantagem para o Estado que recebe um entreposto é o incremento das operações de armazenamento e transporte. No caso de Pernambuco, o entreposto consolida a posição do Estado – que já é destaque na região pelo porto de Suape (a 10 quilômetros de Ipojuca) –  como centro logístico do Nordeste. “Em um raio de 800 quilômetros, estamos no centro distribuição para sete capitais que somam oito portos internacionais, um porto fluvial e 34 milhões de pessoas que representam 90% do PIB do Nordeste”, explica Paulo Câmara.
Com a publicação do protocolo, o entreposto de Ipojuca passa a existir legalmente, mas para entrar em funcionamento efetivo ainda depende da escolha de uma empresa para operar o armazém geral. Esta última etapa deve ser feita pela Sefaz-AM por meio de licitação pública. A Zona Franca de Manaus conta com dois outros entrepostos: um em Resende (RJ) e outro em Uberlândia (MG).

fonte: Portal Amazônia 


Enquanto a ZFM estende seus incentivos para nordeste brasileiro, a cidade de Itacoatiara que fica ligada a capital por estrada, por via fluvial e aérea, fica a ver navios. Pelo fato de praticamente toda importação e exportação destinada a Manaus, passa diariamente na frente da cidade de Itacoatiara pelo Rio Amazonas em comboio de balsas e em navios e a nossa cidade que foi incluída na hipotética "região metropolitana de Manaus", não recebe nenhum incentivo fiscal. Não dá pra entender as políticas de desenvolvimento e da administração da Zona Franca de Manaus, nem tampouco do Governo do Estado. Que pregam a integração econômica e tecnológica do Estado do Amazonas, mas que só olham pro seu próprio umbigo. E quando resolvem lançar um olhar além do alcance da capital, estendem os olhares para o sul, centro-oeste e nordeste do país, onde a cada ano instalam escritórios e todo o aparato administrativo e principalmente os incentivos da ZFM para aquecer a economia e fortalecer os comerciantes de outras regiões de nosso país, em detrimento da letargia e da falta de apoio e de incentivo ao comercio do interior do Estado do Amazonas, principalmente dos empresários e comerciantes que estão estabelecidos nos municípios da Região Metropolitana, dentre os quais Itacoatiara faz parte. Por esses motivos que tenho vergonha de ser amazonense! (Frank Chaves)

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