quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Guerra de Humaitá: Índios enfrentam Dilma e mantém pedágio na Transamazônica

 Guerra de Humaitá: Índios enfrentam Dilma e mantém pedágio na Transamazônica
Bolsa-família e Fome Zero são oferecidos para resolver o conflito
De repente o rei ficou nu. Todo o descaso guardado veio à tona, toda a negligência com a questão indígena, com as comunidades ribeirinhas ficou escancarado aos olhos da opinião pública nacional e mundial. A suspeita de que foram os indígenas os responsáveis por três desaparecimentos funcionou como um rastilho de pólvora em uma região marcada pela ilegalidade, violência e, sobretudo, a completa omissão do Estado. É por isso que não resolveu a proposta de Dilma de dar o Bolsa-Família, o Fome Zero, e outras tramelas assistencialistas para conter a indignação dos índios. Tanto os tenharim como os jiahui vão manter a cobrança de pedágio ilegal na BR 230, na Transamazônia, no início de fevereiro mesmo. Eles confirmaram a decisão mesmo sob os apelos da comissão de paz enviada pela Presidente Dilma Rousseff à aldeia Marmelos, na reserva indígena, a 130 quilômetros de Humaitá, foco do conflito no sul do Amazonas.


Contrapartida recusada

A região está sob proteção de mais de 700 homens integrantes da força-tarefa federal e estadual. A comissão presidida pelo general Eduardo Villas Bôas, comandante militar da Amazônia do Exército, propôs as lideranças indígenas o fim da cobrança do pedágio ilegal a pedido da presidente Dilma Rousseff. Em contrapartida, o governo federal irá desenvolver ações de compensação financeira pelos danos causados aos índios pela construção da rodovia e implementará políticas públicas sociais e de sustentabilidade econômica na região envolvendo os ministérios da Justiça, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Meio Ambiente.


Justiça é convocada
Ivanildo Tenharim, 34, disse em entrevista ao portal Amazônia Real que os índios tenharim e jiahui não aceitaram a contrapartida da presidente Dilma Rousseff. Eles pediram pela segunda vez a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para negociar um acordo. “Não vamos revogar a cobrança de pedágio, que está mantida para o dia 1º. de fevereiro. O delegado da Polícia Federal já deixou um recado dizendo que vai prender o índio que fizer a cobrança. Nós vamos cobrar. A gente vai enfrentar e encarar esse problema de frente”, afirmou. Em entrevista ao portal Amazônia Real, o general Eduardo Villas Bôas disse que a mensagem enviada pela presidente Dilma Rousseff aos índios foi no sentido de determinar providências para o fim do pedágio. A reunião, que durou cerca de duas horas, começou às 15h30 (17h30 em Brasília), na aldeia Marmelos, e contou com a presença de representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República.


Força Nacional
Segundo o Dário Oficial desta segunda-feira, a Guarda Nacional ficará mais 90 dias em área de conflito no AM. O Grupo está em Humaitá desde dezembro, quando foram iniciadas buscas por desaparecidos em terras indígenas. Ação visa 'manter a integridade física das pessoas e do patrimônio da região', afirma Ministério da Justiça. O O Ministério da Justiça oficializou a ação da Força Nacional de Segurança Pública na região de Humaitá (AM). Os homens da Força Nacional permanecerão na área de conflito por 90 dias contados a partir de 13 de janeiro. De acordo com a decisão, as ações visam manter a integridade física das pessoas e do patrimônio na região. Segundo o Ministério da Justiça, a Força Nacional atua em apoio à Polícia Federal. Um grupo havia sido enviado à região em 27 de dezembro, quando foram iniciadas as buscas por três desaparecidos na região de Humaitá.


Acusação e revolta

Desde que o funcionário da Eletrobras Aldeney Salvador, o representante comercial Luciano Ferreira e o professor Stef de Souza desapareceram, no dia 16 de dezembro, o sul do Estado do Amazonas tem enfrentado uma série de revoltas contra os indígenas da região, acusados de sequestro e homicídio pela população não indígena. As três pessoas sumiram após passarem pela rodovia Transamazônica em um trecho que atravessa a reserva indígena tenharim. As investigações são lideradas pela PF em Rondônia. O superintendente Carlos Manoel Gaya da Costa saiu em férias ontem e o órgão não soube informar quem ficará responsável por supervisionar as operações no seu lugar.

Mortes e revelações

Desde o início dos conflitos violentos, a Funai exonerou um coordenador regional apontado como incentivador da tensão. Em um post no blog da Funai em que lamentava a morte de um cacique tenharim, Ivã Bocchini levantava dúvidas sobre a versão da polícia, segundo o qual o índio morreu em um acidente de carro. Moradores acreditam que o texto teria incitado os índios tenharim e causado os desaparecimentos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Amazonas enviou o presidente da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, Adelson Gonçalves, para a região de conflitos, para acompanhar os depoimentos dados pelos indígenas às autoridades. De acordo com a OAB-AM, os testemunhos estavam sendo tomados da população indígena sem a presença de um advogado.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do AM

União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do Amazonas - divulgação
União anuncia auxílio a índios e famílias de desaparecidos no Sul do Amazonas - divulgação
O governo federal assumiu os prejuízos das famílias dos três homens desaparecidos na rodovia BR-230 (Transamazônica), que liga os municípios de Humaitá e Apuí, distantes 590 e 453 quilômetros de Manaus.

A informação foi repassada em uma reunião realizada ontem (12) no 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, com a presença de todas as autoridades envolvidas na investigação do caso.

Na ocasião foi acertado o fim do pedágio cobrado pela etnia Tenharim, em cuja reserva aconteceu o desaparecimento, em troca de mais investimentos nas áreas de saúde e alimentação para aquela população.

Estiveram presentes na reunião o governador em exercício, José Melo, o comandante militar da Amazônia, general Vilas Boas, o comandante da 17ª Brigada de Infantaria, general Poty, o superintendente da Polícia Federal, Carlos Gaya, o prefeito do município de Humaitá, representantes do Ministério Público, da Fundação Nacional do Índio (Funai), vereadores e outras autoridades.
 
O principal assunto debatido na reunião foi a tensão vivida naquela região desde o desaparecimentos do representante comercial Luciano Ferreira Freire, do professor Stef Pinheiro de Souza e do funcionário da empresa Eletrobras Amazonas Energia do Distrito de Santo Antônio do Matupi, Aldeney Ribeiro Salvador.

Os três foram vistos pela última vez no dia 16 de dezembro do ano passado na rodovia BR-230.

A União vai assumir para si os prejuízos por se tratar de ocorrência em área federal. O delegado da Polícia Federal responsável pelas investigações, Alexandre Alves, informou que até o fim desta semana deve concluir o inquérito e realizar a prisão dos supostos envolvidos.
 
Tropas
A permanência da Força Nacional foi confirmada por tempo indeterminado, até que a paz retorne no município.

Foi anunciada a implantação de dois postos da Polícia Federal - um em Humaitá e outro no quilômetro 150 da BR-230 - e mais dois postos da Polícia Rodoviária Federal.

Para os próximos dias, está prevista a chegada de mais 200 homens do Exército brasileiro para colaborar nas buscas aos três homens. A partir desta segunda-feira (13), será definida uma assessoria especial que deve repassar informações diárias sobre quaisquer novidades do caso.
* Colaborou Chaguinha de Humaitá

Defensoria Pública volta a atuar no interior do AM e garante defesa custeada pelo Estado

Habitantes de 21 municípios do Amazonas passarão a ter, pela primeira vez, o direito à advocacia sem custos

Municípios que receberam os defensores públicos
Municípios que receberão os defensores públicos (Reprodução)
Pela primeira vez, os moradores de 31 municípios do Amazonas contarão com os serviços de defesa gratuita de, pelo menos, um defensor público. Após 25 anos de vigência da Constituição Federal, os habitantes destes municípios terão direito pleno a ampla defesa custeada pelo Estado, assim como prevê a maior legislação do País.
O artigo 5º da Constituição Federal garante que todo o cidadão tem direito a ampla defesa. O assunto é complementado no artigo 134º que instaura o Defensor Público como o agente designado a defender pessoas que não possuem condições de pagar um advogado particular.
Na prática, a legislação exige que o delegado de polícia seja obrigado a comunicar à Defensoria Pública, no prazo de 24 horas, sobre a prisão de qualquer pessoa. O direito ao serviço da defensoria garantiria principalmente à população mais pobre, o auxílio de um advogado no início do inquérito policial, momento onde geralmente é comum ocorrer erros que levam a injustiças.
No Amazonas, 60 defensores públicos serão distribuídos em 49 municípios até o fim deste ano, conforme estimativa da Defensoria Pública do Estado. Ao todo 52 defensores já foram designados a 40 cidades.
Segundo a assessoria da Defensoria Pública do Estado, as cidades foram escolhidas tendo como base a taxa do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e de acordo com a procura dos moradores pelos serviços da defensoria.
Figuram na lista das cidades que ainda aguardam a designação de um defensor: Canutama, Carauari, Eirunepé, Envira, Jutaí, Pauini, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira e Tapauá.
Em anos anteriores, os municípios de Autazes, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tefé, Urucará e Silves tiveram defensores públicos residentes. Destes, apenas Silves (a 200 quilômetros Manaus) ficou de fora da nova lista e permanecerá sem um representante da defensoria estadual.
 Atendimento
Na última semana, dois defensores retomaram a atuação do órgão no município de Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus).  Nayara de Lima Moreira, 27 anos, e Elias Cruz Lima Junior, 26 anos nasceram em Manaus e foram aprovados no último concurso da Defensoria Pública em 7º e 9º lugar, respectivamente.
Segundo dados disponibilizados pelo Mapa da Defensoria Pública do Brasil, apenas 45 milhões de brasileiros têm acesso aos serviços da Defensoria. O serviço é ausente em 72% das comarcas espalhadas pelo País.
‘Defensoria para Todos’ em votação
Os deputados federais deverão votar no início deste ano o Projeto de Emenda a Constituição nº 247 (PEC 247/13) que obriga a União, os Estados e o Distrito Federal a se organizarem e, em um prazo de oito anos, disponibilizar o serviço de advocacia gratuito a todos os brasileiros.
Segundo o projeto, que tramita na Câmara dos Deputados em caráter especial, os municípios com maiores índices de exclusão social e concentração populacional deverão ser os primeiros a serem atendidos.
A proposta prevê que nas comarcas onde atuam um juiz  exista pelo menos um defensor para atender e garantir a defesa da população.
A PEC aguarda apenas a deliberação do plenário da Casa Legislativa.
À espera da autonomia financeira
A Defensoria Pública do Amazonas terá autonomia financeira até o fim de 2014. A promessa foi dita em outubro do ano passado pelo governador Omar Aziz (PSD).
Segundo a proposta apresentada pelo governador, a Defensoria Pública receberia um porcentual fixo de repasse orçamentário, como já ocorre com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) e com a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). O valor ainda não foi definido.
Em dezembro, a Defensoria Pública da União divulgou nota afirmando que o Governo Federal não cumpriu o repasse previsto e que, com isso, o déficit de 710 profissionais que atenderiam a população.
Nayara de Lima Moreira Defensora Pública de Manacapuru
A primeira semana de trabalho da Defensoria em Manacapuru foi bastante satisfatória. Inauguramos o serviço na quarta-feira e desde então atendemos oito pessoas que precisavam de auxílio em varas criminais ou da família. Contamos com dois servidores, cedidos pela Prefeitura por meio de uma parceria fechada com a Defensoria, que estão sendo treinados em Manaus para melhor atender a população. O que deu para perceber é que a maioria das pessoas que procuram nossos serviços são muito carentes. Muitos nos procuraram em busca de informações porque não sabiam como agir ou quais são os direitos deles garantidos por lei.
 
Jornal acrítica

domingo, 12 de janeiro de 2014

Acompanhado do ex-governador Amazonino Mendes, o governador Omar Aziz visitou as obras da Arena, que estão 95% concluídas. Atualmente a principal frente de trabalho é a fixação das membranas da cobertura e fachada.

 

História com arte: por dentro do Paço Municipal

A série “Bem Viver Indica” apresentará lugares importantes para a cultura local e que são ótimas alternativas de passeio

O Paço da Liberdade funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, para visitação. A entrada é franca.
O Paço da Liberdade funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, para visitação. A entrada é franca. (J. Renato Queiroz )

Época de férias, de renovar energias, de curtir a criançada e, claro, “bater perna” por aí. Para ajudar os leitores de A CRÍTICA na árdua missão de selecionar um bom passeio cultural por Manaus, é lançada a série dominical “Bem Viver Indica”, que será composta por três reportagens neste mês nas quais os próprios repórteres serão visitantes de alguns espaços de suma importância para a cultura da cidade.
Na edição deste domingo (12), o local “desvendado” é o Paço Municipal, cuja denominação oficial é Paço da Liberdade, localizado no Centro Histórico. O prédio neoclássico do século 19, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), chama bastante atenção e aguça a curiosidade dos visitantes.
Ao subir os degraus de mármore e adentrar o prédio, o olhar se depara com a obra instigante Mater Dolorosa I, de autoria de Roberto Evangelista, premiado em diversões salões de arte do País e do mundo. A peça, composta em síntese por areia e carvão, transmite certa tristeza por ser uma representação simbólica da devastação e degradação das formas de vida existentes no ecossistema.
“Aqui, nós não estamos cultuando a morte. Não se trata disso, mas estamos mostrando que o Roberto está evidenciando uma profunda tristeza por todo o carvão para consumo de fogo em que essas civilizações, que estavam aqui, se transformaram”, explicou o artista visual Óscar Ramos, coordenador da Unidade Executora de Projetos (UEP) da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
“Nós achamos que causaria um grande impacto colocá-la (o carvão) nesse espaço. É um contraste muito forte, ao mesmo tempo em que estabelece um ponto de vista quanto aos objetivos deste museu”, ressaltou Ramos.
Para compreender mais claramente o trabalho de Evangelista, o público é direcionado à sala de videoarte – durante o percurso a visão pode contemplar alguns móveis antigos, também são reveladas informações adicionais sobre o prédio.
Já na sala, na exibição do registro audiovisual, o visitante olha como Evangelista se utiliza das águas do Rio Negro como suporte para sua arte abstrata, retratando o poder da natureza sobre o comportamento humano e contemplando a cultura indígena Amazônica, dando forma à obra Mater Dolorosa II.

Descobertas
Na restauração do Paço da Liberdade foi realizado um trabalho apurado e rigoroso por parte de Ana Lúcia Abrahim e pelo IPHAN. O setor que mostra peças arqueológicas encontradas durante a restauração é surpreendente.
“Durante a reforma foi encontrada uma camada mais primitiva, que representa os povos que viviam neste lugar, e outra que é da época dos portugueses”, explicou Ramos, guia deste passeio, ao olhar algumas dessas camadas (com algumas urnas) sob o vidro no chão. Na parte externa do prédio histórico, há ainda um laboratório de arqueologia.

Pinacoteca
Os amantes das artes plásticas ainda podem se deslumbrar com a Coleção Thiago de Mello, talvez o grande destaque dentre os materiais expostos. O poeta amazonense doou à Prefeitura 30 obras de seu acervo particular. Essas telas são presentes dos próprios criadores a Mello. “São de uma época em que a América Latina estava toda coberta por aquela nuvem negra da Ditadura Militar”, acrescentou o coordenador.
Ao lado da sala da coleção há a Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal, uma espécie de mostruário do que existe do acervo de pintura local, com trabalhos de artistas como Jair Jacqmont, Jandr Reis, Manaus Macaco, Rui Machado, entre outros, e também do que será a futura Pinacoteca Municipal, a ser instalada no edifício onde funcionou o Museu do Homem do Norte.

Visita
Ponto fundamental do passeio também é o Salão Nobre, onde fica a foto e os nomes de todos os prefeitos de Manaus. É uma verdadeira viagem pela história da cidade. Na Coleção Thiago de Mello, com peças do acervo pessoal do poeta, o visitante consegue ver a importância destas obras para o artista amazonense. E outro ponto importante é que, durante o passeio, o visitante percebe que  a história do Paço Municipal começou bem antes de sua construção

Grandes
A Coleção Thiago de Mello conta com peças de artistas como Roger Bru (Chile), Juan Miró (Catalunha), Rubens Gerchman (Rio de Janeiro), Rita Loureiro, Bernadete Andrade, Manduka – todos amazonenses –, entre outros. O Paço da Liberdade funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, para visitação. A entrada é franca.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Governo do Estado investe na construção de 38 novas obras escolares em 21 municípios do AM

As escolas serão entregues ainda em 2014
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está investindo na construção de 38 obras escolares em 21 municípios do Amazonas. Todas as referidas construções estão com os trabalhos iniciados e serão entregues no decorrer de 2014 objetivando a ampliação da oferta educacional na capital e em localidades do interior.  As obras já iniciadas, muitas das quais em estágio avançado, estão sendo realizadas nos municípios de Atalaia do Norte, Autazes, Benjamin Constant, Borba, Canutama, Carauari, Coari, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Itamarati, Japurá, Juruá, Jutaí, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Novo Aripuanã, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga.

Consulta de opinão

ALBUM DE ITACOATIARA