História de Itacoatiara

Vila de Serpa - 1848

Os registros de povoamento na região datam de 1760, com a instalação da Missão de Abacaxis, localizada no rio do mesmo nome, afluente do Rio Madeira, que sofria com os constantes ataques dos índios Muras. Em razão disso, o povoado instalou-se em terra firme e as investiduras dos Muras eram menores. Com o notório progresso do povoado o Capitão-General-Governador da Amazônia, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, em visita ao local resolveu alavancar o lugar para categoria de Vila. Porém, os moradores já tinham previamente escolhido um novo lugar em razão da insalubridade e dos constantes ataques dos índios. Desta vez foi trocada a calha do Madeira pela margem esquerda do Rio Amazonas. Mais precisamente no Sítio denominado Itacoatiara.

Todavia, a mudança só foi efetivada em 19 de abril 1758. Mendonça Furtado após verificar o lugar, deixou o sítio Itacoatiara e partiu para Barcelos para empossar o coronel Joaquim de Mello e Póvoas como Governador da capitania de São José do Rio Negro. Em 1º de janeiro de 1759, aconteceu de fato e direito à instalação da Vila com denominação portuguesa de SERPA, que estaria sob a proteção de N. S. do Rosário de Serpa, cuja imagem foi trazida de Portugal para a Vila recém formada. Foi a 3ª Vila instalada do Amazonas. Pela estratégica posição geográfica, exercia considerável influência na região, ficando inclusive o Lugar da Barra, atual Manaus, sob sua dependência política. A Comarca de Serpa compreendia a aproximadamente metade da área do Estado.

Em 1840 Serpa foi duramente atingida pela revolução dos cabanos. E finalmente em 25 de abril de 1874, com base no projeto nº 283 de autoria do deputado Damaso de Souza Barriga, a antiga Vila de Serpa foi elevada a categoria de cidade, resgatando a origem indígena com a denominação ITACOATIARA, fazendo uma alusão as pedras encontras no Jauary (bairro da cidade que fica situado na margem do rio amazonas, onde se encontram várias pedras com inscrições em baixo relevo feitas pelos primitivos habitantes).

Em 24 de agosto de 1932, em frente a cidade aconteceu a célebre Batalha Naval,  envolvendo os navios Ingá e Baependí dos legalistas da Constitucionalista de São Paulo. Os navios Jaguaribe e Andirá estavam sob o comando dos rebeldes. Foram construídas trincheiras no litoral da cidade. O então prefeito Major Gonzaga Pinheiro e o Padre Pereira foram a bordo do navio dos revoltosos e taticamente negociaram a rendição da cidade. Na realidade estavam ganhando tempo no aguardo da chegado dos navios Ingá e Baependí para tirarem os moradores da Velha Serpa do sufoco. Os navios aliados investiram bravamente sobre os revoltosos, partindo o Jaguaribe e o Andirá ao meio, trazendo novamente a paz à cidade e o retorno dos moradores que se afugentaram para o Lago de Serpa e outros se embrenharam na selva e ficaram esperando o desenrolar da situação

Um comentário:

Anônimo disse...

Ilustre escritor itacoatiarense, parabenizo o seu escrito histórico e acrescento que o Padre Pereira, meu padrinho de batismo e compadre de meu pai, esteve nos momentos aflitivos dessa batalha dialogando com o bravo e valente cearense Estácio de Albuquerque Alencar(que já habitava a velha serpa há anos), estratégias para defender Itacoatiara, inclusive por ser o Dr. Estácio um colecionador de armas de fogo, que iam de fuzis com baioneta até espingardas de dois canos.Enquanto o Padre Pereira tentava ganhar tempo Dr. Estácio arrigimentava e armava volutarios para enfrentar a batalha.Peço vênia para destacar que com Estácio, estavam Aquilino Barros,o intelectual Vicente de Mendonça Junior conhecido como Vicentinho, sr. Serudo Martins, Floro de Mendonça Junior,Heli Paiva e Cristovão Hermida, Armindo Ausier, Murilo Holanda, Oscar Ramos, Raimundo Perales,o dono dos carros de luxo que no momento me foge o nome, o pai do Lourival e Ozete Mamed Sr.Mamed, Jose Simões, sr. Jorge pai do Dib, Miguel e Neder , cujo nome buscarei oportunamente, Ozorio Fonseca e Ozório Teixeira, sr. Palmeira do Jauari, Sebastião Vasconcelos Dias, Valfrido e Adamastor Figueiredo, S r. Montenegro do Correio dentre muitos outros.Assim se arrepiou Itacoatiara para enfrentar os invasores , todos trazendo consigo amigos e convidados.Houve uma verdadeira união das familias itcoatiarense de classe media alta que por exercerem lideranças na população trouxeram para as ruas muitos populares. Houve realmente uma evasão de pessoas para o Centenário lá para o lado das terras do velho Valfrido, para o lago de serpa,para o lado do Canaçari, mas foram mais crianças e mulheres. Os machos itacoatiarense foram as ruas e algumas mulheres também foram as ruas.Houve bravura do povo itacoatiarense que se prostaram nas trincheiras corajosamente para enfrentar os canhões dos navios com apenas fuzis, rifles e espingardas e espingardas.Dou essa contribuição porque quando ainda muito jovem editei um jornal em Itacoatiara denominado A VOZ DE ITACOATIARA, COM A PARTICIPAÇÃO de outros jovens, dentre os quais nominam Cleuter Mendonça, Fábio Mendonça,Fernando Medeiros de Oliveira,Franscisco Gomes, Kely Paiva, outros quw nominarei noutra feita,e, os jovens referidos e outros colheram esses dados com seus pais, professores e pessoas antigas para publicar na VOA DE ITACOATIARA. Como esses informes foram colhidos por jovens são os mesmos passíveis de erros até pesquisa em contrário.Isso é uma mexida na memoria, pois quando da batalha naval de Itacoatiara eu nem era nascido ainda,mas meu pai Estácio sempre me falava das coisas de Itacoatiara quando eu era Prefeito pois ^^ele como eu sempre cultivava a memoria do povo irmão itacoatiarense.
Fico por aqui pedindo desculpas antecipadas se algo for diferente do que os reporteres do Jornal a VOZ DE ITACOATIARA colheram.Esse Jornal a VOZ DE ITACOATIARA fez historia na nossa epoca. Galdino Alencar ex=Prefeito de Itacoatiara, itacoatiarense nato que ama a sua terra.

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