segunda-feira, 30 de novembro de 2015

BELLE ÉPOQUE Os bangalôs da minha terra.


Imortal acadêmico Dr. Francisco Gomes, historiador Frank Chaves, jornalista, escritor e poeta Roberval Vieira, Eliezer de Farias Fernandes folclorista e poeta de cordel, seus livros brochuras e folhetos, falaram tudo ou quase tudo da nossa história fazem o povo feliz quero associar-me a esses bravos heróis da nossa literatura, tenho algumas coisinhas para lhes contar faz lembrar belle époque de Itacoatiara.
Nos meados do século XX surgiu o primeiro bangalô de estilo indiano em Itacoatiara, residência do clã Leozonildo Durval Barreto, atualmente palácio residencial da família Candido Barros nosso conhecido “candoca” projetado a simbolizar status aos seus proprietários.
O umbral das portas principais em forma de arco ornamentado com desenhos de alto relevo em destaques, pátio e piso forrado com lajotas e cobertura com telhas vermelhas todo corpo de bangalô pintado em cor branca formando maravilho bom gosto.
Flor símbolo da beleza feminina rosas brancas e cor de rosa, antúrio, copo de leite, centaurea, angélica são destaque, pelo fato de murcharem depressa também podem simbolizar a inconstância e efemeridades da vida cultivam lindo jardim terreiro da mansão.
Tardes de domingo, a clã dos Ausier se reuniam com amigos e parentes no calçadão do bangalô, confortáveis cadeiras estilo colonial compunham cenário no deliciar com chá e café servidos em louças porcelana, charme e elegância sem ninguém para abafar a paz reinante no ambiente.
No crepúsculo da tarde e ao cair da noite se banqueteavam ao som melodioso de afinado piano sincronizado com o repicar dos sinos da matriz preludiando os acordes da Ave Maria.
Mansão do Dr. Raimundo Silva juro por Deus, que nunca vi se me falassem, talvez não acreditasse, mas olha ali, está vendo? Bonito, não? Também acho. Tem gosto de infância, um pomar cheio de verdes coisas saudáveis, um pedacinho de eternidade que de tão bom parece inventado. O que parece miragem é realidade palácio residencial do Dr. Raimundo Silva, construído no inicio do século XXI, terreno próprio em área privilegiada faz frente para Rio Amazonas.
Bangalô em estilo eclético, réplica dos castelos do Vale do Loire, na França. Destacam-se na mansão portal de chalê, com cobertura cônica, portais e janelas em estilo colonial o telhado de fonte inclinação, aparenta de longe ser feito com ardósias os paramentos das paredes externas são tratados à bossagem. Frontões em arco interrompido e triangulares na platibanda, colunetas ombreando a entrada principal, portas almofadadas de madeira entalhada, vitrais, pisos de mármore no adro, são os detalhes externos de acabamento mais expressivos.
Com ampla garagem, magnífico pela arborização e jardins entrevistos através dos magníficos portões e gradis de ferro forjado. O muro que cerca a mansão é outro destaque, utilizou como tela para o artista plástico fazer em alto relevo paisagismo da flora e fauna da região amazônica, de sua torre castelar tem visão privilegiada, se postado no alpendre da mansão sob a brisa fresca que sobra sem cessar degustar de um alvorecer da aurora espetacular e, no cair da tarde o crepúsculo mais lindo do céu que o Criador criou para a criatura apreciar.
Mansão do casal Sirange Bosco Bezerra, criatura de bom gosto uma dentre as famosas da city, vida política ex-vereadora com assento na Câmara Municipal com três legislaturas duas vezes consecutivas presidente da CM. Residência parece com algumas das mais magníficas que fiquei conhecendo. Seu formato com designer de linhagem fidalga localizada no perímetro urbano da cidade inspirado nos castelos americanos, detalhes telhado vermelho, portão esculpido em madeira jacarandá em alto relevo ao se abrir desliza sobre trilhos automatizados, enobreceu o bairro pelo designer de linhagem especial desafia os urbanoites e paisagistas da cidade.
Não teve dificuldades de execução dos requintados detalhes de acabamento e pelo emprego de variada gama de materiais e peças de primeira qualidade, decoração interna e externa compatível aos padrões de luxo da época executadas por um grande mestre na arte de pintar dando status que merece por ser pessoa de influencia na sociedade.
Bangalô da família Álvaro Martins Correia de dois pavimentos, residência de um dos maiores empreendedores empresarial da época senhor Álvaro Correia diretor gerente da empresa Indústria e Comercio Martins Mello, na compra e venda de produtos regionais, com advento da Zona Franca o ciclo do extrativismo no Amazonas acabou em conseqüência encerrando suas atividades. O senhor Álvaro transferiu sua residência para Belém do Pará vindo a falecer comentam que a causa mortes foi a saudade.
Residência belo bangalô onde o pequeno Alvarito viveu sua criancice, adolescência, juventude e amadurecimento, “as flores do jardim murcharam todas” se deteriorando pelas intempéries do tempo desafiando um destemido filho de Deus adquiri-lo para sua imediata reforma antes que seus alicerces enfraqueçam aí é o fim o que não desejamos.


fonte: 
https://www.facebook.com/mariobenigno.mendes.9/posts/1849066065319733

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