“Quando superamos as divergências políticas, somos mais fortes”, declarou o prefeito de Manaus,
Arthur Virgílio Neto, após a decisão da Comissão de Estudos Econômicos
do Senado que manteve a vantagem comparativa da Zona Franca de Manaus
com a alíquota diferenciada de 12% do ICMS para os produtos do Polo
Industrial de Manaus, no projeto de resolução 01/2013, que estabelece as
novas regras de ICMS para todo o País.
A Comissão rejeitou, por 16 votos
a 9, o destaque apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT/SP), que
igualava a alíquota do polo às praticadas nos estados do Norte, Nordeste
e Centro-Oeste. “A proposta do senador Eduardo Suplicy simplesmente acabaria com a perspectiva de se manter o Polo Industrial de Manaus”, disse o prefeito.
Arthur, que está em Brasília
desde segunda-feira, 06, com o governador Omar Aziz, parlamentares do
Amazonas no Congresso e técnicos do município, governo do Estado e
Suframa, em um trabalho de convencimento aos senadores da CAE, destacou a
união
em torno da defesa dos interesses do Estado e que “a bancada de
senadores agiu de maneira correta, entrosada e muito competente”, o que
foi essencial às negociações políticas.
“Houve uma adesão enorme de empresários,
trabalhadores, prefeito, governador. Está provado que se superarmos as
divergências políticas, que são coisas menores, conseguimos compensar a
dificuldade numérica que temos em relação a São Paulo. Conseguimos ser
mais fortes”, declarou.
O prefeito, no entanto, diz que não é o momento de baixar a guarda.
A previsão é que o texto de Resolução do
Senado (PRS) nº 01/2013, seja votado em plenário em 10 dias. “Devemos
continuar na luta. O que vimos aqui foram argumentos falaciosos de um
estado muito forte querendo se passar por fraco e nós nos contrapomos a
isso com a verdade”, disse o prefeito apresentado como exemplo os
números dos empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES).
“Em três anos foram R$ 321 bilhões de
subsídios a estados. São Paulo, sozinho, recebeu R$ 81 bilhões. O Amapá
recebeu R$ 300 milhões. Como vai ficar o Amapá daqui a 30 anos se isso
não for mudado? Eles tomaram uma lição de Brasil e tomara que aprendam”.
Segundo o prefeito, o Amazonas sempre vai ser solidário nas questões de
equalização do desenvolvimento regional. “E eles (estados do Sul e
Sudeste) não querem isso”, disse.
Encontro do Dilma - Na
sexta-feira, às 10h, Arthur Virgílio Neto será recebido pela presidente
Dilma, no Palácio do Planalto, ocasião em que conversará também sobre a
necessidade de manutenção da vantagem comparativa para a Zona Franca de
Manaus. O prefeito vai pedir empenho da presidente no convencimento da
bancada governista para votar favorável ao texto aprovado hoje na
Comissão de Assuntos Econômicos. O encontro deveria acontecer nesta
quinta-feira, 09, mas a presidente ligou para Arthur reagendando para
sexta.
O prefeito fica em Brasília nos dois
próximos dias mantendo uma agenda de reunião com ministros e preparando a
pauta de encontro com a presidente Dilma.
blog da floresta
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