quarta-feira, 25 de março de 2020

A 101 anos, registro histórico do Governador do Amazonas Pedro Bacelar, lamenta mortes e mostra a população em agonia!

Dr. Pedro de Alcântara Bacellar, governador do Amazonas em 1919.


Cem anos antes do Coronavirus o mundo enfrentou uma pandemia, a gripe espanhola, que matou mais de 20 milhões de pessoas. Em Manaus o vírus chegou de navio. Morreram 858 pessoas. O governador do Amazonas, que era médico, fez os registros abaixo. 

De agosto de 1918 a junho de 1919, o mundo foi assolado pela gripe espanhola, em cujo rastro entre 20 e 40 milhões de pessoas morreram, duas a quatro vezes mais que na primeira guerra mundial. Ao Brasil, a epidemia veio de navio, aportando, primeiro, no Recife, em setembro. O Norte foi atingido um mês depois. Fortemente: em Belém, o número de casos fatais alcançou 575; em Manaus, 858 pessoas foram mortas pela doença. Uma tragédia de vastas proporções.

O Instituto Benjamin Constant foi um das últimos lugares atingidos pela gripe espanhola. Caíram doentes 143 alunas e sete irmãs religiosas, mas não houve vítimas fatais.

Era governador do Amazonas o médico Pedro de Alcântara Bacellar. Ele deixou à posteridade impactante relatório sobre os estragos causados pela doença. Eis um resumo do documento.

A 22 de outubro (de 1918), passou por Manaus o navio S. Salvador, vindo do Pará, do qual desembarcaram pessoas gripadas. Ainda de Belém, entrou, a 24, o Valparaíso, com 17 enfermos. Dada a existência de casos ambulatoriais, foram suspensos os ensaios no Teatro Amazonas e, nos dias seguintes, as diversões em outros lugares, tornando-se cada dia mais aflitiva nossa situação. Foram, então, prestados os primeiros socorros à população, em grande parte, desprovida de recursos e, na sua generalidade, tomada de pânico pela propagação assombrosa da doença.

Como uma rajada, a investida do mal varria a cidade. Deixou de ser feita a comemoração aos mortos; adiaram-se os cultos religiosos; à Santa Casa não foi mais possível admitir gripados. Instalaram-se postos sanitários da Cachoeirinha, Vila Municipal, São Raimundo e Vila Barroso. O número de doentes ia avultando diariamente. A 7 de novembro, o desenvolvimento da epidemia já era assustador. Desorganizaram-se os serviços; por toda parte, a desolação, o pavor e o luto.

A 13 de novembro, a Associação Comercial fez um apelo a todas as classes para o auxílio à população. Organizou-se um comitê que instalou postos na capital. Fecharam-se as casas comerciais, os veículos deixaram de circular, e houve dificuldade no transporte de cadáveres, sendo preciso que o governo contratasse caminhões para esse trabalho e providenciasse os enterramentos. Mas, os obreiros da cruzada iam caindo também, atacados do mal. A classe médica, abnegada e heroica, socorria os atingidos pelo flagelo, mesmo desfalcada de elementos que a epidemia prostrara.

Naquele mesmo mês, a gripe atingiria sua maior intensidade. Doloroso momento; doloroso e indescritível. O Estado forneceu, além das receitas aviadas nas farmácias da capital à população pobre, a distribuição domiciliar de dietas e medicamentos. Expandia-se, por esta forma, o trabalho já iniciado pela Diretoria do Serviço Sanitário. Além disso, as medidas de socorro foram estendidas ao Interior. Para todos os municípios foram remetidas ambulâncias, sendo postos auxílios monetários à disposição das intendências, para distribuição de dietas e medicamentos.

O estoque de medicamentos esgotou-se, nesse tempo, sendo, então, publicadas pelo governo informações sobre o aproveitamento de plantas de nossa flora no tratamento da influenza. Boletins contendo medidas preliminares para a cura da doença foram distribuídos pelo interior. Quase todo o funcionalismo público sofreu o ataque da pandemia.

Em 6 de dezembro, chegávamos à quinta semana angustiosa e de incomparáveis provações. Cessara, entretanto, desde o dia 3, o ruído terrificante e sinistro dos caminhões se dirigindo para o cemitério. A epidemia declinava, diminuía o terror. Em 31 de dezembro, a epidemia foi considerada extinta na cidade.

O trânsito direto de navios de Belém ao território do Acre, sem obediência às prescrições exigidas, veio, porém, mudar a face das nossas condições sanitárias. Assim, o hospital flutuante Santa Bárbara, que havia sido fechado em 10 de janeiro, teve de ser reaberto em 11 de fevereiro, em virtude da chegada de gripados procedentes do Acre. Em 15 de março, entretanto, o número de doentes nos hospitais flutuantes havia se reduzido sensivelmente. A 5 de abril, os serviços do último desses hospitais de emergência, funcionando no vapor Marapatá, deixaram de ser necessários.

Devido, ainda, à chegada de enfermos do interior do Estado e do território do Acre, reapareceram, depois, nesta capital, alguns casos e a 8 de março irrompeu a moléstia no Instituto Benjamin Constant, que permanecera imune até então. Foram atacadas 143 educandas e sete irmãs religiosas, não se verificando óbito algum. Em maio e junho, houve casos no interior e em Manaus, mas, neste momento (julho de 1919) parece extinta a gripe pandêmica, em todo o território do Estado, após o ciclo devastador de sua apavorante duração.


(Fonte: Mensagem lida perante a Assembleia Legislativa na abertura da primeira sessão ordinária da décima legislatura, pelo Exmo, Sr. Dr. Pedro de Alcântara Bacellar, governador do Estado, a 10 de julho de 1919. Disponível na internet em Center for Research Libraries / Brazilian Government Documents)

segunda-feira, 23 de março de 2020

Médicos aconselham homens a tirar barba para combater o coronavírus.

Barba em tempos de coronavírus
Barba em tempos de coronavírus - 

Epidemiologista alerta para os riscos de ostentar barba, volumosa ou por fazer, nesse período de pandemia

De acordo com estudo elaborado pelo Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, não é aconselhável que homens mantenham a barba durante a pandemia de Coronavírus. Os pelos, ao contrário do que muitos pensam, não ajudam a evitar a doença, mas sim aumentam o risco de infecção. Além de inutilizar o uso de máscaras por quem apresenta suspeita de contágio.
O epidemiologista Paulo Rossi Menezes reforçou, em entrevista ao programa "Combate ao Coronavírus" nesta quinta (19) a recomendação do órgão de prevenção de doenças norte-americano. "A barba e o bigode podem reter as gotículas e potencializar o risco de contaminação", observa. "O ideal é não cultivar barba e bigode neste período".

Os responsáveis pelo estudo do CDC esclarecem, ainda, que mesmo barbas aparadas reduzem a eficácia das máscaras que são recomendáveis para usar em caso de suspeita de contágio pela COVID 19. Os próprios pelos podem atravessar e perfurar o material das máscaras descartáveis e agarrar, em vez de filtrar, as partículas indesejáveis.

sábado, 21 de março de 2020

Governo do Estado do Amazonas, Prefeitura, Prelazia e Delegacia Interativa de Itacoatiara, baixam Decretos e Portaria de normas de atenção e prevenção ao coronavírus.




DELEGACIA INTERATIVA DE ITACOATIARA
 Avenida Eduardo Ribeiro, s/n – Jauary II - Fone: (92) 3521-2595 
Manaus – AM – CEP 69.104-128 - Gabinete do Delegado-Titular


PORTARIA Nº 001/2020-2ª DIP/GDT/PCAM.


LÁZARO SEBASTIÃO SANTIAGO MENDES NETO, Delegado de Polícia Civil, Titular da 2.ª Delegacia Interativa de Polícia de Itacoatiara-AM, no uso de suas atribuições legais, etc. CONSIDERANDO a declaração da Organização Mundial de Saúde, do dia 11.03.2020, que elevou o estado de contaminação à pandemia de COVID-19; 

CONSIDERANDO os princípios basilares da Constituição Federal, dentre os quais o da dignidade da pessoa humana, o do direito à vida e à saúde; 

CONSIDERANDO a Portaria nº 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que Declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus; 

CONSIDERANDO o Decreto nº 42.061, de 16 de março de 2020, que decretou a situação de emergência em todo o Estado do Amazonas, em razão da pandemia de COVID-19 (Coronavírus); 

CONSIDERANDO o Decreto nº 42.063, de 17 de março de 2020, que estabeleceu medidas complementares para o enfrentamento de emergência da saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus (COVID19, ampliado os seus efeitos os municípios que integram a Região Metropolitana de Manaus, Parintins; 

CONSIDERANDO o Decreto nº 42.085, de 18 de março de 2020, que dispõe sobre o funcionamento dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo no período de enfretamento da emergência de saúde pública de importância internacional em decorrente do novo Coronavírus (COVID-19); 

CONSIDERANDO que todos os Órgãos Públicos, a nível nacional estão regulamentando regime excepcional de trabalho durante a situação pandêmica em que nos encontramos, como a Portaria 44-2020 CNMP, Ato nº 15/2020 TRT 11ª Região, Recomendação nº 62/2020 CNJ; Recomendação nº 001/2020-GT-COVID-19, do Ministério Público do Estado do Amazonas; Portaria 02/2020 TJAM, e Portaria Normativa 003/2020-GDG/PC; 

CONSIDERANDO a Portaria Nº 454, de 20 de março de 2020, que declara, em todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária do coronavírus (covid-19), dessa feita a necessidade premente de envidar todos os esforços em reduzir a transmissibilidade e oportunizar manejo adequado dos casos leves na rede de atenção primária à saúde e dos casos graves na rede de urgência/emergência e hospitalar; 

CONSIDERANDO o Decreto nº 0867, de 20 de março de 2020, que que decretou a situação de emergência na saúde pública no Município de Itacoatiara, tendo em vista a declaração de emergência da saúde pública de importância internacional (ESPIN) decorrente da infecção humana pelo novo Coronavírus (COVID-19), e define medidas para enfrentamento da pandemia. DELEGACIA INTERATIVA DE ITACOATIARA Avenida Eduardo Ribeiro, s/n – Jauary II Fone: (92) 3521-2595 Manaus – AM – CEP 69.104-128 Gabinete do Delegado-Titular 

CONSIDERANDO que no Município de Itacoatiara, o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública Estadual, suspenderam o atendimento ao público; 

CONSIDERANDO a necessária redução de fluxo de pessoas nas dependências da Delegacia Interativa de Polícia de Itacoatiara, visando resguardar a saúde e integridade física de Policiais Civis, colaboradores e presos de justiça custodiados, bem como da população em geral; 

CONSIDERANDO que a cidade de Itacoatiara, possui um grande trânsito de pessoas de outros municípios, comunidades adjacentes, visto ser uma cidade portuária e com grande fluxo de operários trabalhando na implantação de obras de infraestrutura e outras. 

R E S O L V E: 

Art. 1º. Dispor sobre medidas preventivas para redução dos riscos de contaminação e contágio pelo novo Coronavírus (COVID-19), no âmbito da Delegacia Interativa de Itacoatiara. 

Art. 2º. Fica suspenso o atendimento presencial para registro de ocorrências na Delegacia de Itacoatiara pelo prazo inicial de 15 (quinze) dias, devendo ser informado à população, durante esse período acerca da necessidade de registro de Boletim de Ocorrência, por intermédio da Delegacia Interativa de Polícia, de casos não emergenciais, resguardando os atendimentos presenciais aos casos urgentes, a saber: 

I. Homicídios e remoção de cadáver; 
II. Crimes sexuais; 
III. Latrocínio; 
IV. Roubos e Furtos; 
V. Violência doméstica, inclusive nos casos em que necessitar de medida protetiva de urgência; 
VI. Lesão corporal, casos em que a vítima deverá ser imediatamente submetida ao exame de corpo de delito; 
VII. Acidente de trânsito com vítima (fatal ou lesionada); 
VIII. Nas hipóteses de lavratura de Auto de prisão em flagrante; 
IX. Outros casos a critério da Autoridade Policial, em que seja configurada a hipótese de emergência policial. 

Art. 3º. Ficam suspensas as audiências e procedimentos cartorários agendados, sendo que a remarcação desses procedimentos se dará ao final do período de vigência desta. 

Art. 4.º. Somente será permitido o ingresso de pessoas, à carceragem da Delegacia Interativa de Polícia de Itacoatiara, aquelas que forem apresentadas em flagrante delito ou por mandado de prisão. 

Art. 5º. Fica vedado o encarceramento de pessoas nesta Delegacia Interativa de Polícia, apresentadas em situações de atos infracionais praticados sem violência ou grave ameaça, e crimes cujo procedimento policial DELEGACIA INTERATIVA DE ITACOATIARA Avenida Eduardo Ribeiro, s/n – Jauary II Fone: (92) 3521-2595 Manaus – AM – CEP 69.104-128 Gabinete do Delegado-Titular correspondente se tratar de Termo Circunstanciado de Ocorrência (crimes de pena máxima prevista ser igual ou inferior a 2 anos). 

Art. 6º. Nas apresentações de pessoas, cujo procedimento correspondente seja a lavratura de Termo Circunstanciado de Ocorrência, deve de imediato, o autor ser oitivado e lavrado Termo de Compromisso e Comparecimento, sendo de pronto, posto em liberdade. 

Art. 7º. Os casos omissos serão sanados pelos respectivo Titular. 

Art. 8º. Os Investigadores e Escrivães que atuam em regime de expediente deverão cumprir seus horários em regime domiciliar no município de Itacoatiara bem como em constante sobreaviso, atendendo às solicitações da Autoridade Policial bem como apoio ao plantão sempre que houver necessidade. 

Art. 9º. A presente Portaria deverá ser enviada ao Poder Judiciário, Promotoria de Justiça, a Defensoria Pública e ao 2.º Batalhão de Polícia Militar de Itacoatiara-AM. 

CIENTIFIQUE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE. 

Dada e lavrada no Gabinete do Delegado Titular da 2.ª Delegacia Interativa de Polícia de Itacoatiara, Polícia Civil do Estado do Amazonas, em Itacoatiara/AM, aos vinte e um (21) de março do ano de dois mil e vinte (2020). 


LÁZARO SEBASTIÃO SANTIAGO MENDES NETO,
Delegado de Polícia Civil, Titular da 2.ª Delegacia
Interativa de Polícia de Itacoatiara-AM

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DECRETO N.º 42.099, DE 21 DE MARÇO DE 2020


DISPÕE sobre medidas complementares temporárias, para enfrentamento da emergência  de saúde pública de importância internacional, decorrente do novo coronavírus.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, no exercício da competência que lhe confere o artigo 54, IV e XI, da Constituição Estadual, e

CONSIDERANDO a edição do Decreto n.º 42.061, de 16 de março de 2020, que “DISPÕE sobre a decretação de situação de emergência na saúde pública do Estado do Amazonas, em razão da disseminação do novo coronavírus (2019-nCoV), e INSTITUI o Comitê Intersetorial de Enfrentamento e Combate ao COVID-19.”;

CONSIDERANDO a necessidade de adoção de novas medidas temporárias, por recomendação do Comitê Intersetorial de Enfrentamento e Combate ao COVID-19, a fim de evitar a circulação do vírus, no território do Estado do Amazonas;

CONSIDERANDO a necessidade de resguardar o interesse da coletividade, na prevenção e no contágio do Coronavírus,

D E C R E T A: 

Art. 1.º Fica suspenso, pelo prazo de 15 (quinze) dias, o atendimento ao público em geral de todos os restaurantes, bares, lanchonetes, praças de alimentação e similares.

§ 1.º Os estabelecimentos de que trata o caput deste artigo poderão funcionar exclusivamente para entrega em domicílio e como pontos de coleta.

§2. º A suspensão não se aplica a bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos que funcionem no interior de hotéis, pousadas e similares, desde que os serviços sejam prestados exclusivamente a hóspedes e que sejam observadas as recomendações da autoridade sanitária de distanciamento mínimo de 1,5m (um metro e meio) entre as mesas e de até 4 (quatro) cadeiras por mesa.

Art. 2.º Fica suspenso o funcionamento de todas as boates, casas de shows, casas de eventos e de recepções, salões de festas, inclusive privados, parques de diversão, circos e estabelecimentos similares.

Art. 3.º Fica suspenso o funcionamento de todas as igrejas, templos religiosos, lojas maçônicas e estabelecimentos similares.

Art. 4.º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, em Manaus, 21 de março 2020.


 WILSON MIRANDA LIMA
Governador do Estado do Amazonas

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PREFEITURA DE ITACOATIARA
Gabinete do Prefeito - GP

Oficio circular n° 010/2020 — GP / PMI
Itacoatiara, 20 de março de 2020.

Aos Ilustríssimos Senhores Secretários, Subsecretários, Diretores Presidentes e Adjuntos, participantes da estrutura Administrava, grupo de Assessoramento e Assistência Direta da Prefeitura Municipal de Itacoatiara.



Assunto: Orienta acerca das medidas preventivas para a redução dos riscos de contaminação com o novo corona vírus, causador da COVID-19, no âmbito da execução dos serviços de atendimento ao publico no Município de Itacoatiara.


Senhores (as),



Tendo em vista a Declaração de Pandemia de COVID-19 pela Organização Mundial da Saúde em 11 de marco de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo corona vírus (Sars­Cov-2); o Decreto Municipal no 867, de 20 de marco de 2020.



Os servidores maiores de 60 (sessenta) anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, que compõem grupo de risco de aumento de mortalidade por COVED-19, poderão optar pela realização de suas atividades funcionais via teletrabalho / home office, pelo período de 15 (quite) dias, a contar de 20 de marco de 2020, determina que:


1. O horário do expediente externo e do atendimento ao público esta suspenso para todas as unidades vinculadas a Prefeitura Municipal de Itacoatiara, em consonância com as orientações das autoridades estaduais e nacionais de Saúde Pública. Exceto para as Secretaria Municipais de Saúde, Infraestrutura e Assistência Social. 

2. - Para facilitar o acesso a população e não ter a obrigatoriedade de se locomover até as Secretarias Municipais, devera disponibilizar números para contato. 

3. - Fica autorizado o teletrabalho aos demais servidores, sem prejuízo remuneratório. 



4. - O atendimento ao publico será, remoto por meio de videoconferência, e-mail, telefone, aplicativo de mensagens, dentre outros. 



5. - Os servidores que tenham viajado para locais ou países com circulação viral desempenharão suas atividades via teletrabalho, durante 14 dias, contados do retorno. 


6. - Aqueles que apresentarem quaisquer dos quadros clínicos sugestivos de contaminação pelo COVID-19 não devem comparecer ao ambiente de trabalho e deverão seguir o protocolo dos órgãos públicos de saúde para verificação. Contato: (92) 99229-8526. As medidas previstas acima serão revistas sempre que necessário, caso haja regressão ou evolução da saúde pública. 

ANTONIO PEIXOTO DE OLIVEIRA 
Prefeito Municipal de Itacoatiara


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Resultado de imagem para brasã da prelazia de Itacoatiara
Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira
 “Estou no meio de vós, como aquele que serve (Lc.22,27b)”.
Bispo da Prelazia de Itacoatiara

DECRETO Nº 001/2020

DA EM PRIMEIRO LUGAR! 

Jesus afirma que veio para que tivéssemos vida e vida em abundância (cf. João 10, 10). A situação do Covid-19 (coronavírus) tem se agravado no mundo, no Brasil, em nosso Estado e em nossos municípios. As autoridades públicas na área da saúde têm incentivado o “isolamento social” momentâneo, como uma das formas mais eficaz de combate a expansão do vírus. A Igreja Católica e nossa Prelazia quer somar com as providências tomadas pelo Poder Público. 

Na Nota da Prelazia de 18 de março já determinamos uma série de medidas restritivas ao agrupamento de pessoas em nossas Paróquias e suas Comunidades, mas a situação vem se agravando em nossa região, com o aparecimento de casos, ainda poucos, graças a Deus, em alguns dos seis municípios que compõem a nossa Prelazia. 

Hoje, dia 20, a Prelazia de Itacoatiara foi convidada a fazer parte do Comitê de Operações de Emergência Municipal – COE – COVID-19. Para esta reunião, solicitei ao Padre Graciomar Gama, que nos representasse.  

Após esta reunião, o Município de Itacoatiara, decretou estado de emergência (Decreto 867) e determinou, dentre outras coisas, que as Igrejas suspendessem por 15 dias seus cultos e/ou celebrações.  

Conversando com o Padre Graciomar, vimos a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta urgente de nossa Igreja, para colaborarmos no processo de prevenção e de controle da expansão do vírus.  

Por isto, DECIDIMOS

1. Suspender de 21 de março até 03 de abril todas as celebrações em nossas treze (13) paróquias com suas Comunidades. Entende-se por celebrações: os sete (7) Sacramentos - Eucaristia, Batismo, Matrimônio, Crisma, Unção dos Enfermos, Ordem e Penitência.  

1.1 Suspender, também, no mesmo período as celebrações da Palavra, adorações a Jesus Eucarístico, a reza do terço e os grupos de oração nas treze (13) paróquias e suas Comunidades, organismos, pastorais, grupos e movimentos. 

2. Suspender as festas de padroeiros e padroeiras, transferindo-as para outra data quando esta turbulência, com a graça de Deus, já tiver passado. 

3. Recomendar aos padres que celebrem diariamente a missa sem o povo e façam um esforço para transmitir estas celebrações via redes sociais, tendo em vista a manutenção da fé de sua comunidade paroquial. 

Itacoatiara, 20 de março de 2020 

DOM JOSÉ IONILTON LISBOA DE OLIVEIRA, SDV
Bispo da Prelazia de Itacoatiara

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_________NOTAS EM BANNER_________


NOTA DA AMAZONAS ENERGIA



_______________VÍDEOS______________


Documentário informativo do Governo do Amazonas


Entrevista do Governador Wilson Lima, sobre o  
DECRETO N.º 42.099, DE 21 DE MARÇO DE 2020

Campanha dos artistas de Manaus, sobre o combate ao Coronavírus 


______LINKS COM VÍDEO E TEXTO______

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O que é coronavírus? (COVID-19)
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quarta-feira, 4 de março de 2020

A Lenda da Atlântida


Segundo a lenda, há muito tempo teria existido um grande continente, chamado Atlântida ou Atlantis.
Hipóteses sobre a localização geográfica de Atlântida
Situava-se no meio do oceano que recebeu o seu nome- o oceano Atlântico- em frente às Portas de Hércules de que nos fala a Mitologia Grega.
Essas portas erguiam-se no local onde hoje está o Estreito de Gibraltar, fechando por completo o Mar Mediterrânico.

Ilustração de Lloyd K. Townsend.
Atlântida teria sido um paraíso, uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Era composta de exóticas paisagens, com clima agradável e belas florestas, ao lado de extensas e férteis planícies. Os animais eram dóceis, porém fortes. E havia as cidades, grandes e pequenas. Os atlantes eram senhores de uma civilização muito avançada. Palácios e templos cobertos de ouro e outros metais preciosos destacavam-se numa paisagem onde o campo e a cidade conviviam em harmonia. Jardins, fontes, ginásios, estádios, estradas, aquedutos, pontes. Estavam por todo o lado e a disposição de todos. Desta abundância nasceram e prosperaram as artes e as ciências. Eram muitos os artistas, músicos e grandes sábios.
Mas não viviam completamente tranquilos, pois não estavam sozinhos no mundo. Em razão disso, apesar de cultivarem a paz e a harmonia nunca deixaram de praticar as artes da guerra, já que vários povos, movidos pela inveja, cobiçando a sua riqueza, tentavam conquistar o continente. As vitórias obtidas contra os invasores foram tão grandiosas que logo despertaram  o orgulho e a ambição de passar ao contra ataque. Já não pensavam em apenas defenderem-se, mas em  aumentar o território de Atlântida. Assim o poderoso exército Atlante preparou-se para a guerra e aos poucos foi conquistando grande parte do mundo conhecido, dominando vários povos e várias ilhas em seu redor, uma grande parte da Europa Atlântica e parte do Norte de África. Os seus corações até então puros foram endurecendo como as suas armas. Enquanto se perdia a inocência nascia o orgulho, a vaidade, o luxo desnecessário, a corrupção e o desrespeito para com os deuses. Poseidon convocou então os outros deuses para julgar os atlantes e decidiu aplicar-lhes um castigo exemplar. E como consequência vieram terríveis desastres naturais.

As terras da Atlântida estremeceram violentamente, o dia fez-se noite, e logo em seguida surgiu o fogo queimando as florestas e campos de cultivo. O mar inundou a terra de Atlântida com ondas gigantes, engolindo as aldeias e cidades. Em pouco tempo  Atlântida desaparecia para sempre.


fonte: https://www.sohistoria.com.br/fatos/

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Ó abre alas que ela quer passar! 16 curiosidades sobre a vida polêmica de Chiquinha Gonzaga

Chiquinha Gonzaga foi a primeira maestrina brasileira, e uma mulher a frente do seu tempo. 
Com um talento único para compôr e tocar piano, subverteu as convenções sociais de sua época tornando-se um dos nomes femininos mais respeitados da música brasileira. Neste artigo, selecionamos 16 curiosidades sobre a sua vida que abalou as estruturas da sociedade da época. 

1. Chiquinha era fruto da relação um nobre com a filha de uma escrava 

Pai e mãe de Chiquinha Gonzaga
José Basileu de Neves Gonzaga, pai de chiquinha, e Rosa Maria de Lima, mãe de chiquinha, segurando a maestrina com apenas um ano de idade
Nascida no Rio de Janeiro em 1847, quando país ainda era uma monarquia, seu pai era um militar ilustre do Império e a mãe a simples filha de uma mulher escravizada.
A sua família paterna demorou a aceitar a menina, mestiça, por preconceito com a origem da mãe. O pai, tardiamente, assumiu a educação da criança, que cresceu em um ambiente refinado, tendo acesso à aprendizagem da escrita, leitura, catolicismo, matemática, prendas tradicionais femininas, e... A música. 

2. Compôs sua primeira música aos 11 anos de idade 

Chiquinha, como era chamada, cresceu rodeada por música e aprendeu muito cedo a tocar piano. Sua primeira composição foi Canção dos Pastores, quando tinha apenas 11 de idade. Suas apresentações, no entanto, eram limitadas às salas das casas da família. 

3. Casou aos 16 anos, mas largou tudo pela música 

Capa de um livro de partituras de Chiquinha Gonzaga
Capa de um livro de partituras de Chiquinha Gonzaga
Como de costume na sociedade patriarcal em que vivia, quando completou 16 anos Chiquinha teve seu casamento arranjado pelo pai, com um promissor empresário. 
Jacinto Ribeiro do Amaral, seu marido, quase 10 anos mais velho, não gostava do fato do Chiquinha continuar dedicada ao piano. Depois de dois anos de casada e já com três filhos nos braços, Chiquinha decide separar-se, uma atitude inaceitável para a época. 

4. Chiquinha Gonzaga foi processada por abandono de lar e adultério 

Com 18 anos, cheia de vontade de viver de música, Chiquinha teve que enfrentar a fúria da sociedade carioca. Tendo abandonado o primeiro marido para viver de música e apaixonada por um novo homem, o engenheiro João Batista de Carvalho, foi levada ao Tribunal Eclesiástico em um processo por abandono de lar e adultério. 
Ficou com a guarda apenas do filho mais velho, João Gualberto, já que o ex-marido a proibiu de ficar com os outros dois: Maria do Patrocínio e Hilário. 

5. O início da fama para Chiquinha Gonzaga 

Chiquinha aos 18
Chiquinha aos 18 anos de idade
Com a reputação abalada e a ousadia de ultrapassar espaços femininos para compor e publicar suas músicas, de uma roda de choro na casa de um amigo surge a sua primeira composição famosa, chamada Atraente. Foi um sucesso imediato. 
A família encarou como uma provocação, e fazia questão de destruir as partituras da música que eram vendidas nas ruas pelos escravos. Atualmente, Atraente é considerada um clássico da música instrumental nacional. 

6. Chiquinha Gonzaga: uma compositora produtiva e nacionalista 

Foram anos lidando com a maldição familiar, condenações morais e sociais. Ainda assim, depois do primeiro sucesso, Chiquinha não parou mais.  
Compôs mais de 2 mil músicas em gêneros variados como: valsas, polcas, choros e serenatas, tangos, e outros. Uma curiosidade é que a maestrina gostava de dar nomes indígenas às suas composições: Tupã, Tupi, Aguará, Caobimpará, Ary, Aracê, Timbira, Tamoio e Tupiniquins são algumas de suas composições.  

7. Mais um divórcio para a conta: Chiquinha Gonzaga separa-se pela segunda vez 

Além de enfrentar as constantes desaprovações sociais pela sua vida pública e arcar com as consequência de ter renegado uma vida do lar, Chiquinha também sofreu no segundo casamento. Seu segundo esposo, João Batista, a traía constantemente e, mesmo tendo com ele uma filha, Alice, a artista decidiu se separar novamente. 
Mais uma vez, foi proibida de ter a guarda da criança, e continuou vivendo apenas com o seu primogênito. 

8. Obrigou a imprensa brasileira a usar o termo "maestrina"

Chiquinha Gonzaga em 1877, aos 30 anos de idade 
Chiquinha Gonzaga em 1877, aos 30 anos de idade 
Em 1885, aos 38 anos, já divorciada do segundo marido, Chiquinha havia conquistado respeito como artista na sociedade carioca. Estreou no teatro, criando a trilha para a opereta A Corte na Roça. Na ocasião, a imprensa nacional não sabia como tratá-la, pois não existia o feminino para a palavra maestro. Deu-se então a invenção do termo "maestrina". 

9. Chiquinha Gonzaga gostava de violão quando ninguém dava valor ao instrumento

Você consegue imaginar uma orquestra onde a estrela é o violão? Pois bem: esse instrumento, nada comum em concertos clássicos, foi elevado ao status de erudito por Chiquinha Gonzaga, que em 1889 regeu no Imperial Teatro São Pedro um recital de violões.
Na época, o instrumento não era considerado nobre e muito menos adequado para a ocasião, mas Chiquinha mais uma vez causou polêmica e inovou sua forma de apresentar. 

10. Chiquinha era a favor da causa anti-escravagista 

Uma revolução política acontecia no Brasil em meados de 1888, estava para ser assinada a abolição da escravatura e Chiquinha era militante a favor da libertação de pessoas escravizadas. Sendo ela própria de origens negras, sua atitude condizia com as suas origens.
Uma das curiosidades mais faladas de sua biografia é o fato de ter comprado a alforria de José Flauta, um escravo músico que queria como companheiro artístico. 

11. Chiquinha Gonzaga: a defensora pioneira da música popular brasileira 

Chiquinha aos 47 anos de idade
Chiquinha Gonzaga aos 47 anos, usando o broche contendo os primeiros compassos de sua valsa Valquíria, presenteado por colegas.
Chiquinha viveu em uma época em que a música nacional não era considerada arte. Os burgueses apreciavam composições europeias e torciam o nariz para qualquer expressão cultural que expressasse alguma brasilidade.
A maestrina, no entanto, fazia questão de ressaltar o aspecto nacional de suas composições, inclusive nos títulos, como já falamos acima. 

12. O tango Corta-jaca de Chiquinha vai parar no Salão Nobre do Palácio do Catete 

Era dia 26 de outubro de 1914 quando a primeira dama do Brasil à época, Dona Nair de Teffé, executou no violão um tango composto por Chiquinha Gonzaga. O episódio ficou conhecido como "alforria da música popular brasileira" pois nunca antes esse tipo de composição tinha entrado nas elegantes salas da Residência Presidencial.
O tango, intitulado Gaúcho, mas conhecido como Corta-jaca, ganhou uma letra e foi regravado por gerações e gerações. 

13. Adotou o próprio marido para evitar ser repreendida socialmente 

Foto de Chiquinha e João Batista
Foto de João Batista Fernandes Lage e Chiquinha Gonzaga tirada em 1925, ele aos 42 anos e ela então com 78 anos 
Depois de dois casamentos frustrados, Chiquinha apaixonou-se novamente aos 52 anos de idade. O alvo de seu amor, no entanto, era um jovem português de apenas 16 anos.
Para evitar mais um escândalo em sua vida, Chiquinha adotou informalmente João Batista Fernandes Lage como seu filho, e poucas pessoas sabiam que na verdade ele era seu amante. Viveram juntos por 36 anos, até a morte da maestrina.

14. Foi a primeira mulher a lutar por direitos autorais dos compositores

Chiquinha em 1921 ao lado de autores que trabalham no teatro 
Chiquinha em 1921 ao lado de autores que trabalham no teatro 
Já considerada uma autora de sucesso, muito popular no Brasil e reproduzida em todos os cantos do país, o trabalho de Chiquinha era constantemente explorado e abusado, especialmente no teatro
Então, a maestrina se envolveu em mais uma polêmica: criou a primeira sociedade protetora e arrecadadora de direitos autorais do país, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (Sbat). Até hoje é lembrada como uma a primeira pessoa no país a pensar nos direitos do compositor. 

15. Forrobodó: o maior sucesso teatral de Chiquinha e música que inaugurou a Rede Globo

Em 1912 Chiquinha Gonzaga estreava o que viria a ser o seu maior sucesso teatral, uma burleta chamada Forrobodó. A curiosidade é que, quando a Rede Globo estreou na TV, em abril de 1965, ele foi o primeiro musical apresentado no programa chamado "Mussicalíssima". 
Em 1999, a mesma Rede Globo exibiu uma minissérie com base na vida da artista. Foram 38 episódios com Regina Duarte e Gabriela Duarte no papel da maestrina. 

16. Ó abre alas: Chiquinha Gonzaga morre um dia antes do carnaval 

Chiquinha com 85 anos de idade
Uma das últimas fotos tiradas de Chiquinha Gonzaga, aos 85 anos, em 1932
Os versos conhecidos por praticamente todos os brasileiros foi composto por Chiquinha na virada do século, em 1899. Na época, ela não sabia que havia composto a primeira canção carnavalesca brasileira, mas hoje a música é consagrada como um hino do carnaval.  
Chiquinha faleceu aos 87 anos de idade, no dia 28 de fevereiro, bem no início do Carnaval de 1935. 


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