quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Moysés Israel, o grande benfeitor de Itacoatiara, faz 5 anos de falecido.

 

Moysés Israel, era filho de Salomão Benarros Israel e de Carlota Benayon Israel, nasceu em Manaus, no dia 10 de fevereiro de 1924, e já aos 11 anos começou a trabalhar na firma I.B. Sabbá & Cia.Ltda, de propriedade de seu tio, Isaac Sabbá, tornando-se, ainda muito jovem, um dos sócios do Grupo Sabbá, o maior conglomerado de empresas em Manaus, cujo apogeu aconteceu nas décadas de 50 e 60

Se estivesse vivo, o grande benfeitor de Itacoatiara Moysés Israel, estaria fazendo hoje 97 anos: Projeto ZPE/Polo Moveleiro/Projeto Verde é vida/Projeto de urbanização do Bosque das Seringueiras do Santo Antônio e da praça da caixa d'água aproveitando resíduos florestais nos equipamentos urbanos e playgrounds/Projeto experimental de Biodiesel através do pião manso, Porto novo do Jauari/Bairro Tiradentes, Jardim Adriana, Lorena, Florestal/Conj. Poranga/Arborização da Rua José Tadros/Galeria de Artes Terezinha Peixoto/Doação das terras para implantação da UFAM/ UEA e CETAM/Articulação para implantação do SESI/SENAI/SESC/SENAC/SEBRAE entre outros.

Moyses Israel faleceu no dia 7 de julho de 2016 aos 92 anos na cidade de Manaus e está sepultado no cemitério israelita da capital, localizado no Cemitério São João Batista. Na campo santo inaugurado pelo ex-prefeito Isaac Peres.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

UFAM inaugura o primeiro bloco do Campus II do ICET, localizado na estrada AM-010, próximo a ponte do jacarezinho.

 

Unidade está localizada na Rodovia AM-010, quilômetro 260, no sentido Manaus/Itacoatiara e tem estrutura voltada a atender cerca de 400 estudantes, principalmente dos cursos de Engenharia Sanitária, Agronomia e pós-graduação

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) inaugurou, na manhã desta segunda-feira, 21, o primeiro bloco do Campus II do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet), unidade acadêmica da Ufam no município de Itacoatiara.

A nova estrutura segue o padrão arquitetônico dos demais prédios dos campi do interior e do setor Sul do campus - sede da Ufam. Possui três pavimentos, além do térreo, que abrigam oito salas de aula, laboratórios de ensino nas áreas de Engenharia Sanitária e Agronomia e laboratórios de pesquisa da pós-graduação, laboratório de informática, biblioteca, setor administrativo, sala de reunião, 30 salas de professores, subestação, estacionamento para 120 veículos e estação de tratamento de esgoto.

Com o prédio inaugurado, o Icet possui mais de 18 mil metros quadrados, somando todas as suas dependências, garantido à comunidade acadêmica uma estrutura necessária para desempenhar com excelência o ensino, pesquisa e extensão.

Retrospectiva da obra

A prefeita do Campus Universitário, arquiteta Carmem Sílvia Viana, relembrou a trajetória até a entrega da obra. “O projeto deste prédio foi feito, originalmente, em 2013. Ele também foi licitado em 2013. Teve as obras paralisadas em 2014, em virtude de a empresa vencedora da licitação para executar a obra ter falido. Em 2017, as obras foram retomadas já na gestão do professor Sylvio Puga, mas a empresa contratada não conseguiu executar e tivemos que fazer o distrato. Em 2019, licitamos novamente e, finalmente, conseguimos concluir a obra em 2020”, relatou a prefeita do Campus.

Irradiador de novos conhecimentos

Durante seu pronunciamento, o reitor, professor Sylvio Puga, ressaltou a Universidade como uma construção coletiva. “O engajamento da comunidade do Icet é importante para que a estrutura predial recém-inaugurada seja a irradiadora de novos conhecimentos, novas práticas, novas soluções e propicie também nossa autotransformação, enquanto docentes. Essa edificação é muito importante e fico muito feliz, porque quis o destino que eu estivesse aqui nesta inauguração, sendo que o primeiro diretor do então campus de Itacoatiara foi o meu tio, professor Francisco Puga”, destacou o gestor.

Agradecimentos

O diretor do Icet, professor Geone Maia Corrêa, agradeceu a colaboração de diversas autoridades e a presença de dona Isabel, viúva do docente Anilton de Souza Filho, o qual dá nome ao novo campus. “Vejo nesta solenidade muitas pessoas importantes por metro quadrado, como a dona Isabel, que está emocionada, em virtude da homenagem ao seu marido, que teve reconhecida sua trajetória aqui no Icet. Também desejo agradecer a presença da dona Ivanir, professora do município e Itacoatiara e mãe da aluna Gisele Busi, a qual dá nome ao nosso auditório. Também agradecer ao prefeito de Itacoatiara, Antônio Peixoto, e à Câmara Municipal de Itacoatiara, que, à época, fizeram uma articulação para doação dos 40 hectares nos quais se construíram esse novo prédio. Também quero homenagear o professor Raimundo Silva, presidente da Câmara Municipal à época da doação do terreno, considerando que esse campus sempre foi um desejo da sociedade itacoatiarense. Não posso esquecer o professor Cícero Mota, primeiro diretor do Icet, por ele ter sempre incentivado o crescimento do nosso Instituto”, citou o gestor, que também destacou a colaboração de outras autoridades, como o empreendedor Moysés Israel, doador do terreno do Campus I do Icet.

O diretor ressaltou ainda os atuais números do Icet: nove cursos de graduação na área de Ciências Exatas, um curso na área de Ciências Humanas, 2000 mil alunos, 700 egressos, 46 técnico-administrativos em educação e 121 professores.

Homenagem

A viúva do professor Anilton de Souza Filho (homenageado com o nome do campus) comentou que a homenagem da Ufam é muito importante para reconhecer toda a dedicação do esposo ao Icet. “Ele afirmava que o Icet era a segunda casa dele. Eu fico muito feliz com essa homenagem porque eu sei o quanto ele se dedicou. Só tenho a agradecer, primeiramente, a Deus e depois à Ufam”, declarou dona Isabel.



 
Esse terreno, se tratava de uma antiga olaria do ex-prefeito Chibly Abrahim, avô do atual prefeito eleito Mário Abrahim. O espaço foi adquirido pela Prefeitura no Governo do ex-prefeito Miron Fogaça, para ser construída as instalações da Escola Agrícola de Itacoatiara. E foi feito um convênio com o FNDE, que liberou o recurso para esse fim. A obra foi construída, tenho fotos dos prédios construídos e nunca utilizados, por questões puramente politicas, o lugar fico abandonado por mais de 10 anos! Coisas de Itacoatiara!. 

No final do mandato do Miron, ele inaugurou o prédio como o nome de Escola Agrícola Dr. Francisco Fiuza Lima, que foi um antigo engenheiro agrícola de nosso município, que prestou serviços relevantes a cidade. Ele foi vereador e presidente da câmara e responsável pelo projeto Federal fomento agrícola, que tinha sede em Itacoatiara, bem como, fez o primeiro projeto de criação de criação de peixes e quelônios no Lago de Serpa. Quando e fui representante da comunidade no CONSUNI da UFAM, cheguei a propor que na construção dessa nova unidade, colocassem o nome de Dr. Fiuza que ainda tem descendentes em Itacoatiara, isso está lá registado em ata. Foi o tempo que terminou meu mandato no CONSUNI e a obra avançou e resolveram colocar o nome do professor que morreu em um acidente, próximo desse local. Isso tudo faz parte da historia desse lugar.


Por Márcia Grana - Equipe Ascom Ufam, complementado por Frank Chaves

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTEVER! O PREFEITO ELEITO MÁRIO ABRAHIM, VAI A BRASÍLIA EM BUSCA DE TRAZER VÁRIOS BENEFICIOS PARA O MUNICÍPIO, DESTACANDO OS SERVIÇOS DE TOMOGRAFIA, MAMOGRAFIA E HEMODIÁLISE.

 

PREFEITO ELEITO MÁRIO ABRAHIM, ESTEVE NESTA TERÇA EM BRASÍLIA EM BUSCA DE VÁRIOS BENEFÍCIOS PARA O MUNICÍPIO. DESTACANDO SUA VISITA AO MINISTÉRIO DA SAÚDE, ACOMPANHADO DO DEPUTADO FEDERAL BOSCO SARAIVA, PROMOVENDO POLÍTICAS PÚBLICAS PARA TRAZER OS SERVIÇOS DE TOMOGRAFIA, MAMOGRAFIA E HEMODIÁLISE PARA A MELHORIA DO ATENDIMENTO A SÁUDE NO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA.




segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Conheça o prefeito mais transparente, visionário e probo da história de Itacoatiara.

Isaac José Peres - Prefeito de 14.02.1926 a 15.03.1930


Isaac José Peres, nasceu em 03 de março de 1876 em Tanger - Marrocos e faleceu no Rio de janeiro no dia 28 de outubro de 1945. Ao chegar no Brasil, se estabeleceu em Breves/PA, depois mudou-se para Itacoatiara, onde foi comerciante, abrindo a Casa Moysés, atuando com importação e exportação, em sociedade com Marcos Ezagui, localizada na rua Barão do Rio Branco. foi fundador da sinagoga israelita da cidade, presidente da Associação Comercial de Itacoatiara, foi vereador e depois prefeito, a época o cargo do gestor municipal tinha o nome de superintendente (atual prefeito) e intendente(vereador). Após o termino do seu mandato de prefeito, mudou-se para Manaus, onde ajudou a fundar a sinagoga israelita de Manaus e o cemitério judeu da capital, onde teve a infeliz situação, de inaugura-lo, enterrando seu filho, o advogado Leão Peres. Depois de um tempo, Peres mudou-se para o Rio de Janeiro, onde viveu até seu falecimento. Está sepultado no Cemitério São Francisco Xavier - Cajú/RJ, ala dos protestantes.

Peres deixou um grande legado de honradez e exemplo de administrador público. E algumas de suas obras, ainda resistem ao tempo e configuram a fantástica visão moderna de sua administração, como a construção do passeio público central da então Av. Conselheiro Ruy Barbosa, atual Av. Parque, que fez inspirado no Champs Eliser de Paris, muro de arrimo do porto da cidade; construção de escadas em concreto de acesso ao porto da cidade em locais diferentes e estratégicos da cidade para facilitar a mobilidade das pessoas do interior, que subiam barrancos acidentados; construiu a rampa de embarque e desembarque de mercadorias no porto da cidade; comprou um prédio para instalar a sede definitiva da Prefeitura, pois o prédio do paço municipal era alugado do Sr. Aquilino Barros; implementou o serviço de luz elétrica da cidade com uma usina a vapor, visto que o antigo sistema de iluminação era rústico dotado de lampiões a querosene, que precisava de um funcionário com a função de iluminador público, para ir todas as noites acender e depois apagar de poste em poste, em alguns postes de madeira que existiam no centro da cidade; reformou o antigo Mercado Público, caracterizando o primeiro restauro do patrimônio histórico da cidade; deu inicio as tratativas com o governador Efigênio Sales, para a construção da estrada Manaus a Itacoatiara; promoveu o serviço de arborização da cidade, idealizando bulevares, para sombreamento, mantendo o ambiente natural na cidade; construiu a ponte Stone no Jauari, que dava acesso a antiga fazenda do norte americano Jason Wilians Stone, que deu origem a essa rua; adquiriu uma carruagem fúnebre, pois até então, as pessoas carregavam as urnas de seus entes queridos de pés até o cemitério; reformou o código de posturas do município; equilibrou as contas publicas, ampliou o cemitério Divino Espírito Santo e construiu o cemitério israelita anexo a esse campo santo, construiu a capela e necrotério do mesmo cemitério ainda existente. E mesmo sendo judeu, ajudou a concluir as obras de construção da igreja Matriz N. Sra. do Rosário, que estava com a obra parada a anos e ainda comprou o terreno para a construção da capela de São Francisco; implantou o serviço de estatística municipal, que com maestria controlava todos os dados do município; Recebeu na Prefeitura o embaixador do Japão, estreitando as relações comerciais com esse país e Itacoatiara, envio produtos do setor primário, para participação na exposição internacional da borracha em Paris em 1927; manteve a cidade sempre limpa e bem iluminada  e o serviço sanitário em ordem, não ocorrendo nenhuma epidemia no seu governo, entre outras obras e ações de relevo, que o tornou, exemplo na administração pública dessa época. Era conhecido como um homem inteligente, elegante de fino trato, um verdadeiro Gentleman. Foi elogiado por sua profícua administração pela revista da Associação Comercial do Amazonas - ACA, por conta disso Itacoatiara, foi o primeiro município a fazer parte de uma edição especial da revista da ACA em 1929.

Prefeito Isaac Peres, no porto da cidade vistoriando a obra da escadaria feita em concreto armado,
que dava acesso do Rio Amazonas ao Mercado Municipal - 1928.

Vista frontal da escadaria pública, feita da administração de Peres, localizada na
margem do Rio Amazonas, bairro da Colônia, dando acesso ao antigo Mercado Municipal - 1928


Casa Moyses construída em 1889 - Na porta de branco o empresário Isaac Peres, ao seu lado o Sócio Marcos Ezagui, funcionários, operários e comerciantes da região - 1929

Interior da Casa Moysés dos sócios Peres e Ezagui - 1929

Antigo Paço da Superintendência e depois Prefeitura Municipal de Itacoatiara - 1929,
localizado na rua Quintino Bocaiúva - centro.

Primeira passarela da antiga Av. Ruy Barbosa, atual Avenida Parque,
construída na administração de Isaac Peres - 1929.
 

Imagem atual da Avenida Parque - 2008.






Apresentamos o relatório do administração do prefeito Isaac Peres, apresentado a então Intendência Municipal, atual Câmara Municipal de Itacoatiara, que foram inclusive encadernados em formato de livro prestando contas de seu governo, contendo detalhes de sua administração, com Receita e Despesas, fotografias das obras, decretos e balancete detalhado de todo recurso que passou pelo seu governo, com total transparência e isenção. Os anexos com os valores e movimentação financeira estão disponíveis para conferência. Um exemplo de transparência e probidade na administração pública, coisa incomum nos tempos atuais, onde os administradores públicos não costumam abrir suas contas para o conhecimento da população.

Apesar de ter recebido o Município em situação lamentável, quando Peres deixou a Prefeitura, não deixou nenhum saldo devedor para seu sucessor, deixou a cidade organizada, com a estrutura administrativa enxuta e moderna, com todas obras públicas conclusas e com as contas em dia. Figurando na história da administração municipal, como o grande benfeitor e pensador de Itacoatiara.

Peres foi um grande prefeito e um estadista reconhecido por toda sociedade amazonenses. Fez notável administração em um tempo difícil, sem tecnologia, sem FPM, ICM, FUNDEB, BOLSA FAMILIA, SUS, emenda parlamentar ou coisa desse patamar. Ele se virava só com a arrecadação Municipal e alguma ajuda esporádica do governo estadual. Era um prefeito empreendedor, muito criativo, organizado e fez uma administração exemplar. 

E nesse momento de transição de governo, eu não poderia deixar de aludir, sua brilhante passagem pela administração municipal, pois tantos tiveram tantas chances e vantagens, mas não souberam aproveitar as oportunidades, para chegarem aos pés de Peres, que foi um prefeito a frente de seu tempo. Em sua memória, o município tem uma rua pouco estruturada e uma escolinha de educação infantil acanhada no bairro do Jauari levando seu nome, pouco ante a gigante obra e legado que ele deixou, para a comunidade itacoatiarense!







Prefeito Isaac José Peres, no gabinete da Prefeitura de Itacoatiara - 1929



VIRTUDE, INTELIGÊNCIA E TRABALHO, foram aplicadas em letras douradas no seu epitáfio, tais adjetivos representam as qualidades de Peres, que foram gravadas sobre sua lápide, conforme manda a tradição judaica de construção da matsevá.


Túmulo de Isaac Peres, no Cemitério São Francisco/RJ - foto: Léo Peres - 2020


terça-feira, 27 de outubro de 2020

SEQUESTRO DE AVIÃO EM ITACOATIARA

Título da reportagem sobre o sequestro (jornal A Crítica, 13 novembro 1969)











Lembrando que no final de 1968 foi instituído o AI-5, estabelecendo duras diretrizes do Governo Militar.


No ano seguinte, aconteceram diversas manifestações contrárias. Uma delas, foi o sequestro de avião. Dois episódios aconteceram sob o céu amazonense, e, em ambos os casos, as aeronaves foram levadas para Cuba. Neste episódio, o segundo, o sequestrador ficou lá, e o avião retornou.
Compartilho do matutino A Crítica (13 novembro 1969) o relato do segundo desvio de aeronave. Nessa ocasião, o aeroporto de Itacoatiara, que tinha o privilégio de operar com avião de linha, entrou para a história. 

-- Quero ir para Cuba. Te vira!
A ordem em termos ríspidos partiu de um jovem de pouco mais de vinte e cinco anos de idade, que trajava calça de brim azul-marinho, camisa branca e com óculos de aro grossos de tartaruga e lentes claras. Ele queria que o comandante Alexandre soubesse que o YS-11 estava sendo sequestrado.

O turboélice da Cruzeiro do Sul deixou o aeroporto de Itacoatiara, às 13:15 horas de ontem, com destino a Santarém e Belém. Seis passageiros e seis tripulantes estavam no avião. Depois que o sequestrador fez a ameaça, a rota do voo mudou: a próxima escala seria Caiena, na Guiana Francesa.
O comandante da aeronave Alexandre de Casrilevitz, ligou as turbinas e as hélices às 12:18 horas. Logo em seguida, o avião subiu. Era o voo 254, com destino a Belém e escalas em Itacoatiara e Santarém. O resto da tripulação era composta do copiloto Marco Antonio de Castro Espírito Santo, rádio navegador Mário de Queiroz Ferreira e dos comissários Ademar Feuder, Floricéia de Queiroz Mendes e Tereza, todos residentes no Rio de Janeiro.
As 12:50 horas, o avião pousou no aeroporto de Itacoatiara, onde só dois passageiros ficaram: Mariano Mendes e Chibly Abrahim. Embarcou apenas um: Vitor Mário Troiano. Junto com ele, seguem João B. Oliveira, José Messias Souza e Vicente Adriano, que ficariam em Santarém. Para Belém, iam Roberto Campos e Iran Souza. Logo que levantou voo de Itacoatiara, o comandante entrou em contato com a torre de Santarém. Não demoraria a chegar.

DEPOIS, O SEQUESTRO
Capitão Figueiredo
(mesmo jornal)

A próxima escala seria Caiena. na Guiana Francesa, ponto mais próximo, em território estrangeiro na rota para Cuba. As coordenadas foram recebidas pelo rádio navegador. A partir daí, o sequestrador permitiu aos tripulantes que falassem normalmente com a torre de controle de Belém. Foi por isso que, tudo o que ocorreu a bordo do YS-11, chegou ao conhecimento das autoridades da Aeronáutica e do pessoal da Cruzeiro do Sul.

A maior preocupação das autoridades e gerência da empresa a que pertence a aeronave, era a da pouca autonomia de uso do aparelho. Ele é de fabricação japonesa e tem uma autonomia de voo de seis horas, e deixava muitas dúvidas sobre sua chegada a Caiena. Mas, a apreensão foi desfeita porque a capacidade total do tanque do aparelho havia sido abastecida em Manaus. A viagem de 950 quilometras, até Caiena, não oferecia nenhum perigo. O capitão Figueiredo, subcomandante do Destacamento da FAB, informou que, quando o avião foi sequestrado, o comandante Alexandre já havia solicitado permissão de pouso à torre de controle de Santarém.
Por volta das 17 horas o YS-11 aterrissou em Caiena, sendo feito o seu reabastecimento. Logo em seguida, a rota tinha como destino Trinidad, onde chegou por volta das 21:30 horas. Após o reabastecimento, mais 2 escalas: Porto Rico e Nassau.

NINGUÉM DESCE
O sequestrador deu ordens à tripulação, quando o YS-11 chegou ao aeroporto de Caiena, para que ninguém saísse do aparelho. Só a porta de emergência foi aberta para receber alimentação necessária até o fim da viagem exigida pelo sequestrador. Enquanto o avião estava sendo reabastecido, ninguém podia entrar ou sair do aparelho. Os alimentos foram trazidos até a porta da aeronave por um servente do aeroporto de Caiena.
Em menos de dois meses, é o segundo sequestro de aviões que a Cruzeiro do Sul sofre. O primeiro ainda está na lembrança de todos: o do Caravelle, que vinha de Belém.


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Docente do CESIT representa UEA no 12º Encontro Nacional de Educação Tecnológica


O professor do Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (CESIT), Luiz Sergio de Oliveira Barbosa, representou a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no 12º Encontro Nacional de Educação Tecnológica (ENETEC), na última quarta-feira (7). O docente apresentou a palestra intitulada 'Ferramentas Digitais no Ensino a Distância' e destacou a criação de Blogs nos Projetos de Extensão do CESIT, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), onde ressaltou a relevância da UEA como instituição educacional na Amazônia e as atividades realizadas no AVA/UEA.

Em função da pandemia, a edição 2020 aconteceu na forma de um Webinário com a temática 'O Papel das Tecnologias Educacionais em Tempo de Pandemia'. Por fim, o docente relatou sobre o Desenvolvimento de Projetos utilizando o Software de Autoria Visual Class e a Plataforma Virtual de Ensino Visual Class Net, bem como as diversas publicações de artigos em eventos nacionais e internacionais em razão do uso das ferramentas.

Na utilização do Visual Class e da Plataforma Virtual de Ensino Visual Class Net, houve destaque para o desenvolvimento de aulas com recursos multimídia, provas, simulados e sistemas de georreferenciamento, além da nova ferramenta para criação de cursos online para serem utilizados neste momento de pandemia. O professor é detentor de três títulos consecutivos nos anos de 2017, 2018 e 2019, em participação no ENETEC, na categoria Professor Multimídia.

O ENETEC 2020 contou com uma intensa participação online, chegando a ultrapassar 1.000 participantes e contou com um excelente quadro de palestrantes. Para visualizar as palestras dessa edição, acesse os links abaixo.

O professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto, foi um dos palestrantes convidados da 12º edição do Encontro Nacional de Educação Tecnológica (ENETEC). A exposição teve como tema os “Desafios da Alfabetização em tempos de COVID-19” e apresentou algumas ações do Instituto Alfa e Beto em função da pandemia.

Para ilustrar as iniciativas do Instituto, João Batista falou sobre o programa Alfa e Beto na TV, que estreia no dia 26, na Rede Vida. “Além das crianças que estão ou deveriam estar concluindo a alfabetização no final deste ano, o programa pode beneficiar também as crianças que estão na pré-escola ou as que estão em séries mais adiantadas, mas não foram alfabetizadas adequadamente”, explicou.

Com foco em Língua Portuguesa/Alfabetização e Matemática, o programa terá 95 episódios de 45 minutos de cada disciplina que serão transmitidos entre outubro e fevereiro. João Batista lembrou, ainda, que o Instituto Alfa e Beto possui ampla experiência no tema, e por isso aceitou o desafio de produzir o programa. “Trabalhamos há 20 anos no campo da alfabetização e possuímos um conjunto de materiais muito consistentes, como livros, softwares e cursos de EAD. O desafio será grande, mas temos as credenciais para realizá-lo com sucesso”.

Transmitido de forma virtual por meio do YouTube, o evento “O Papel das Tecnologias Educacionais em Tempo de Pandemia” contou também com a participação de Anderson Gomes (Titular da UFPE e Ex-Secretário de Educação de Pernambuco), Luiz Sérgio Barbosa (Universidade do Estado do Amazonas e Mestrando pela Must University da Flórida), Afonso Luciano (Coordenador de Tecnologia da Secretaria de Educação de Manacapuru) e José Eduardo Creste (Pró-Reitor Acadêmico da Unoeste).

Assista ao evento completo nesse link.


fonte:

http://www1.uea.edu.br/home.php?dest=noticia&notId=65591

https://www.alfaebeto.org.br/2020/10/09/enetec-joao-batista-oliveira-alfa-e-beto-na-tv/

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Quem assinou o Decreto de Independência do Brasil foi uma mulher! Coube a D. Pedro, só proclamar o ato!

Pintura de Georgina de Albuquerque, 1922.

Em 2 de setembro de 1822, Maria Leopoldina, então Princesa Regente Interina do Reino do Brasil e Chefe do Conselho de Estado, devido ausência de D. Pedro, assinou o decreto da Independência que declarava o Brasil separado de Portuga. Usando seus poderes de chefe interina do governo, Leopoldina reuniu-se com o Conselho de Estado, ocasião em que o documento foi assinado por todos os ministros. Com isso, a independência do Brasil estava oficialmente decidida. Após a assinatura do decreto, ela enviou uma carta a D. Pedro para que ele proclamasse a Independência do Brasil. A carta chegou às mãos do príncipe no dia 7 de setembro, quando ele se encontrava às margens do Ipiranga, retornando de São Paulo. “Quando, em 7 de setembro, o regente proclamou o célebre Grito do Ipiranga, a independência já estava realizada, faltando apenas oficializá-la com a clamação de D.Pedro como imperador constitucional do Brasil, o que ocorreria em 12 de outubro de 1822″.

Enquanto aguardava pelo retorno de D. Pedro, Leopoldina, governante interina de um Brasil já independente, idealizou a bandeira do país. Ela foi coroada imperatriz em 1 de dezembro de 1822, na cerimônia de coroação e sagração de D. Pedro I.
A primeira bandeira continha o brasão com as armas do império no centro, a segunda, foi modificada com a derrubada da Monarquia, pelo golpe de estado feito pelos republicanos, que modificaram os símbolos do centro do pavilhão nacional, pelo círculo azul, com o emblema republicano "ordem e progresso"!
A concepção machista da imprensa, dos historiadores e sociedade da época, deram pouco enfoque para o ato corajoso, proativo e heroico da primeira dama de nosso país. E essa pintura ficou por muitos anos esquecida. Só a pintura de Pedro Américo, que retratou o famoso grito do Ipiranga por D. Pedro, foi amplamente divulgada. Mas felizmente, a história não dorme e temos o prazer de trazer esses
fatos a tona!
A imagem mostra a imperatriz Leopoldina assinando a Declaração de Independência do Brasil, então Princesa Real-Regente do Reino do Brasil, presidindo a reunião do Conselho de Ministros em 2 de setembro de 1822. Pintura de Georgina de Albuquerque, 1922.


Bandeira do Império (1822-1889)

Com a independência, em surgem o fundo verde e o losango amarelo que estão aí até hoje. 

O amarelo representa a Casa de Habsburgo (Dona Leopoldina) e o verde representa a Casa de Bragança (Dom Pedro I).

Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil em 1º de dezembro de 1822.

"Havendo sido proclamada com a maior espontaneidade dos povos a Independência política do Brasil, e sua elevação à categoria de Império pela minha solene aclamação, sagração e coroação, como seu Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo: hei por bem ordenar que a Coroa Real que se acha sobreposta no escudo das armas estabelecido pelo meu imperial decreto de 18 de setembro do corrente ano, seja substituída pela Coroa Imperial, que lhe compete, a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído este rico e vasto Continente".

Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, a Bandeira do Império do Brasil era composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. 

Essa Bandeira assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

O autor da Bandeira do Império do Brasil, com a colaboração de José Bonifácio de Andrada e Silva, foi o notável pintor e desenhista francês Jean Baptiste Debret, que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831. 

Posteriormente, nos últimos anos do Segundo Império, Dom Pedro II, sem ato oficial, aumentou o número de estrelas para 20, em virtude de a Província Cisplatina ter sido desligada do Brasil (1829), e da criação das Províncias do Amazonas (1850) e do Paraná (1853).


Decreto de criação da atual Bandeira Nacional 

Considerando que as côres da nossa antiga bandeira recordam as luctas e as victorias gloriosas do exercito e da armada na defesa da patria;

Considerando, pois, que essas côres, independentemente da fórma de governo, symbolizam a perpetuidade e integridade da patria entre as outras nações;

DECRETA:

Art. 1º A bandeira adoptada pela Republica mantem a tradição das antigas côres nacionaes - verde e amarella - do seguinte modo: um losango amarello em campo verde, tendo no meio a esphera celeste azul, atravessada por uma zona branca, em sentido obliquo e descendente da esquerda para a direita, com a legenda - Ordem e Progresso - e ponteada por vinte e uma estrellas, entre as quaes as da constellação do Cruzeiro, dispostas da sua situação astronomica, quanto á distancia e o tamanho relativos, representando os vinte Estados da Republica e o Municipio Neutro; tudo segundo o modelo debuxado no annexo n. 1.

[…]

Sala das sessões do Governo Provisorio, 19 de novembro de 1889, 1º da Republica.



fonte:
(NEVES, 2002, p. 228). Fonte NEVES, Lúcia Bastos Pereira das. Emancipação política. In: VAIFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. DEL PRIORE, Marry. A carne e o sangue. A imperatriz D. Leopoldina, D. Pedro I e Domitila, a Marquesa de Santos. Rio de Janeiro: Rocco, 2012. SCHUMAHER, Shuma e BRAZIL, Érico Vital (org.). Dicionário mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

Consulta de opinão

ALBUM DE ITACOATIARA