segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Manaus arrecada mais do que gasta, segundo IBGE

A informações estão baseadas em dados do PIB divulgado pelo IBGE
A informações estão baseadas em dados do PIB divulgado pelo IBGE
A maioria dos municípios brasileiros tem gastos públicos maiores do que o que sua economia gera de imposto sobre a produção, somando as arrecadações municipais, estaduais e federais. No total, apenas 417 (8%) cidades brasileiras geram mais dinheiro público do que gastos. Elas são as responsáveis pelo superávit usado nos outros 4.875 municípios que apresentam gastos maiores que o arrecadado em impostos.
Os números foram calculados pelo Estadão Dados com base na pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios de 2011, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de dezembro. Eles mostram um retrato revelador de como a produção e geração de riqueza é extremamente concentrada no Brasil: a arrecadação total de impostos sobre a produção é de R$ 612 bilhões por ano, enquanto os gastos calculados pelo IBGE chegam a R$ 576 bilhões. No entanto, apenas 7,8% das 5.292 cidades que constam no levantamento geram mais impostos desse tipo do que gastam. Todo o resto do Brasil é deficitário.
Nessa conta, de acordo com a metodologia do órgão, não entram apenas os gastos públicos das prefeituras, mas todos os gastos das três esferas do Executivo. Além disso, investimentos não contam como gasto público – são levados em consideração apenas as despesas de custeio, ou seja, pagamento de aposentados, transferências de renda, salário de servidores, gastos de manutenção de órgãos públicos, entre outros. Já os impostos são aqueles que incidem sobre a produção, como IPI e ISS, já que o levantamento foi feito com base na lógica da oferta.
A concentração é impressionante: apenas a cidade de São Paulo gerou R$ 62 bilhões a mais do que gastou naquele ano – quase um décimo de toda a arrecadação com impostos sobre a produção em 2011. Esse impacto é quase compensado pelo gasto com a máquina pública em Brasília. Como a capital federal concentra boa parte do funcionalismo federal, os gastos da administração pública lá superam a arrecadação com impostos em R$ 59 bilhões.
Superávit
Além de São Paulo e capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre, os municípios que mais concentram atividades geradoras de receita são cidades portuárias como Santos (SP), Itajaí (SC) e Paranaguá (PR); polos industriais como São José dos Campos (SP), Betim (MG) e Camaçari (BA); e locais com forte economia agrícola, como Uberlândia (MG) e Luís Eduardo Magalhães (BA). Além disso, há cidades de menor porte onde estão localizados grandes fontes de recolhimento de impostos, como Confins (MG), sede do aeroporto que serve a capital daquele Estado.
É possível entender o perfil dos municípios deficitários quando se analisa os dados por unidade da federação. Com exceção do Distrito Federal, oito Estados nordestinos estão entre os dez com maior defasagem entre arrecadação e gastos públicos. Os outros dois são Pará e Rondônia. “A estrutura econômica de municípios mais pobres do Norte e do Nordeste é muito dependente de gastos públicos. Por isso, na nossa metodologia, resolvemos separar essa variável, que na verdade compõe o PIB dos serviços”, explicou a responsável pela pesquisa do IBGE, Sheila Zani.

Agência Estado

domingo, 5 de janeiro de 2014

Nesta manhã de domingo morreu o cantor Nelson Ned

O cantor Nelson Ned d'Ávila Pinto, mais conhecido como Nelson Ned, morreu na manhã deste domingo (5) em Cotia, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Regional de Cotia, em que estava internado desde a tarde de sábado. Ele morreu em decorrência de "complicações clínicas". O horário do óbito não foi confirmado.
O corpo do cantor está sendo velado no cemitério Horto da Paz em Itapecerica da Serra, na grande São Paulo, e a cerimônia de cremação está agendada para as 21h.

Ouça o sucesso "Tudo Passará"

Ned foi internado em "estado grave", mas "estável", com uma "infecção respiratória aguda", pneumonia e problemas na bexiga. Com problemas financeiros e de saúde, o cantor vivia em uma casa de saúde na grande de São Paulo desde o dia 24 de dezembro.
"O pequeno gigante da canção", apelido que recebeu por seu 1m12 de altura, se consagrou na década de 60 como uma das vozes românticas mais famosas do Brasil. O sucesso internacional veio com a gravação de vários discos em espanhol.
Ídolo em países como Argentina, México e Colômbia, entre outros, Nelson Ned enfrentava problemas de saúde há vários anos, que se agravaram em 2003, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

Como consequência do AVC, o intérprete de "Tudo Passará" perdeu a visão de um olho e precisava se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas, além de enfrentar diabetes, hipertensão arterial e o diagnóstico de Mal de Alzheimer em fase inicial.

Ned se converteu nos anos 90 à religião evangélica e, desde então, interpretava com sucesso músicas gospel, também em português e espanhol.
Antes de se converter, o cantor tinha um vício em bebidas e em drogas, e chegava a beber até um litro de uísque por dia. A informação foi confirmada pela mulher do cantor, Maria Aparecida, durante uma participação no programa "A Tarde É Sua", em 2012. Na ocasião, Cida confirmou a história de que em uma das vezes em que estava bêbado, Ned atirou e acertou a sua clavícula, que quebrou.
Com 45 milhões de cópias de discos vendidos em todo o mundo, Ned foi o primeiro latino-americano a vender um milhão de discos no mercado dos Estados Unidos, onde se apresentou junto do espanhol Julio Iglesias e do americano Tony Bennett, lotando três vezes o mítico Carnegie Hall, em Nova York. Ainda na Big Apple, o cantor se apresentou no famoso Madison Square Garden.
 
* Com informações da agência Efe
Leia mais em: http://zip.net/brl0ZK

Levantamento do IDH amazonense, apresenta Itacoatiara em quinto lugar com o melhor desempenho

Municípios mais pobres do AM recebem menos verbas do governo
Os municípios do Amazonas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) são os que menos receberam recursos do governo federal, em 2013, de acordo com dados do Tesouro Nacional.
Atalaia do Norte tem o terceiro pior IDH do Brasil, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU).
Manaus - Os municípios mais pobres do Amazonas e que apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos são os que menos receberam recursos do governo federal, em 2013, de acordo com dados do Tesouro Nacional disponibilizado na internet. Os recursos do governo federal concentram, principalmente, o Fundo de Participação do Município (FPM) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Para a Organização das Nações Unidas, o IDH é o índice que avalia a qualidade de vida nos municípios ao analisar os fatores renda, educação e saúde.
O contraste dos repasses federais pode ser verificado quando comparados os municípios de Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de Manaus, e Parintins, a 368 quilômetros da capital.
Enquanto Atalaia do Norte, o terceiro pior IDH do Brasil, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), e com receita anual de R$ 27 milhões, recebeu, em 2013, R$ 14,5 milhões de transferências obrigatórias do governo federal, a cidade de Parintins, o segundo melhor IDH do Amazonas e receita de R$ 152 milhões em 2012, foi beneficiada com R$ 70 milhões.
Outro caso que chama atenção é a cidade de Itacoatiara. Em 2013, a ‘terra da pedra pintada’ - como é conhecida – concentrou R$ 65 milhões em transferências obrigatórias, apresenta o quinto melhor IDH do Estado e receita anual de R$ 116 milhões.
Com o nada honroso terceiro pior IDH do Estado, o município de Santa Isabel do Rio Negro recebeu, no mesmo ano, R$ 13 milhões em transferências do governo federal. Em 2012, as receitas do município totalizaram R$ 24 milhões.
Para o economista e professor universitário Francisco Mourão Júnior, o atual formato de distribuição das transferências e, em especial, do FPM, gera mais desigualdade.
“Poderia se basear no índice do IDH que envolve necessidade de mais saúde, educação, saneamento básico, enfim. Mas se baseiam na questão populacional, quando você compara se verificar a desigualdade. Itacoatiara, por exemplo, ganhará muito mais que um município pequeno. O correto seria fazer o desenvolvimento econômico destes municípios para acabar com esta dependência dos recursos”, frisou o economista.
Transferências Constitucionais
Em 2013, os 61 municípios do interior do Amazonas receberam R$ 1,464 bilhão em transferências constitucionais do governo federal. Entre os principais repasses feitos pelo governo federal aos municípios, estão o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).
A maior parte das transferências é referente ao Fundeb, responsável por 60% dos valores repassados, totalizando R$ 859 milhões.
O Fundeb é distribuído aos municípios brasileiros de acordo com número de matrícula da educação, baseado no censo escolar do ano anterior. Ele atende toda a educação básica, da creche ao Ensino Médio.
Em seguida, aparece o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com o maior volume de recursos destinados aos municípios do interior do Estado, R$ 602 milhões.
Para o presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), prefeito de Boca do Acre, Iran Lima (PSD), os repasses da União são importantes para os municípios, mas insuficientes para atender as necessidades das prefeituras.
“Este R$ 1 bilhão ainda fica muito longe do que os municípios precisam, no fim das contas só dá para pagar a folha de pagamento porque o Fundeb é um percentual retirado do FPM. Na realidade, em relação ao ano passado, praticamente não cresceu nada porque tudo aumenta. Este valor de recursos é insuficiente. Há uma luta para aumentar em 2% o valor do FPM porque um município fortalecido, com mais recursos, evita que a gente fique com o pires na mão, em Brasília”, avaliou o presidente da AAM.

Álisson Castro .  

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Especialistas apontam 2º turno nas eleições do Amazonas

Campanha contará com um maior número de candidatos que podem dificultar a trajetória de Eduardo Braga e José Melo

MANAUS - Com o troca-troca de partidos, sociólogos e cientistas sociais preveem uma situação atípica que deve mobilizar as grandes forças políticas na campanha eleitoral no Amazonas no ano da Copa do Mundo. O destaque é a acirrada guerra de interesses dos grupos nos bastidores divididos no apoio a Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (PROS), hoje as principais lideranças do Estado e virtuais candidatos à sucessão do atual governador Omar Aziz (PSD) em 2014.
Segundo sociólogos, a campanha de 2014 contará com um maior número de candidatos que podem dificultar a trajetória de Eduardo Braga e José Melo.Foto:Elza Fiúza/Agência BrasilSegundo sociólogos, a campanha de 2014 contará com um maior número de candidatos que podem dificultar a trajetória de Eduardo Braga e José Melo.Foto:Elza Fiúza/Agência Brasil



Posicionados atualmente em palanques diferentes, Braga e Melo, que neste ano aumentou a sua popularidade junto ao eleitorado amazonense turbinado pela boa performance de Omar (com 74% de aceitação) na última pesquisa do Ibope, podem deflagrar uma disputa efervescente e levar a decisão para um possível segundo turno. Se confirmada essa previsão, o embate entre o senador e o atual vice-governador configuraria um fato histórico na política amazonense em termos de eleições majoritárias no Amazonas.
“Nos últimos tempos, Melo cresceu muito e pode atrapalhar as pretensões de Braga, que hoje detém pelo menos 90% das intenções de voto e tem o apoio de Omar, e levar a disputa para um segundo turno. Ainda existe muito chão pela frente até o próximo ano e esse cenário favorável ao senador pode mudar consideravelmente”, diz o deputado estadual Arthur Bisneto, presidente estadual do PSDB, que descarta o lançamento de uma candidatura própria de seu partido nas eleições de 2014.
Dizendo-se amigo íntimo de Melo, mas sem confirmar por enquanto que apoiará o virtual candidato nas eleições do próximo ano, Bisneto diz que o vice-governador tem um perfil de 'líder nato' e reúne boas qualidades e condições suficientes para desbancar Braga e sair vitorioso nas eleições majoritárias. “É um homem muito educado, cumpre sempre pontualmente os horários de trabalho e trata a todos com muita educação. Diante das adversidades, age com muita diplomacia e é um hábil negociador”, afirma o deputado, numa referência ao senador do PMDB, que adquiriu a fama de ser um truculento no trato com as pessoas. “Melo é um candidato e tem tudo para surpreender durante a campanha eleitoral”, acrescenta o parlamentar.
Com o apoio de Omar a Braga, Melo teve que se desfiliar do PMDB para ser um virtual candidato ao governo pelo PROS este ano. Se permanecesse no antigo partido, continuaria sendo alijado de suas atuais pretensões porque nas bases peemedebistas ele não reúne capilaridade suficiente para enfrentar a preferência da cúpula da legenda pelo senador, que tem como vantagem ainda o fato de ser o líder do governo Dilma Rousseff no Senado Federal.
E, dificilmente, o atual ggovernador recuará da decisão, pois esse é o caminho para Omar chegar ao Senado em 2014, na visão do sociólogo Luiz Antônio Nascimento de Souza da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “A estratégica política dos dois (leia-se Braga e Omar) está muito bem definida. Eles se alternarão na dobradinha – Braga volta ao governo e Omar assume o Senado”, diz o sociólogo.
Ele prevê que a exprimeira- dama Sandra Braga, hoje suplente do marido no Senado, ficaria inicialmente no cargo após a desincompatibilização do líder peemedebista para disputar as eleições e, posteriormente, assumiria uma secretaria estadual com a eleição de Braga ao governo do Amazonas.
“Em termos de cenário político, vejo que os mesmos caciques que hoje governam o Amazonas continuarão no poder e apenas se revezarão nos cargos, a exemplo do que fizeram antigas lideranças estaduais, como Gilberto Mestrinho e Amazonino Mendes”, afirma. Ao contrário de Arthur Bisneto, o sociólogo diz que José Melo não tem capilaridade para enfrentar Braga que, segundo ele, é o virtual favorito para vencer as eleições. “Depois do pleito, o hoje vice-governador, derrotado, certamente voltará a ocupar uma secretaria de governo, de onde saiu e militou sempre”, prevê. 
Segundo sociólogos, a campanha de 2014 contará com um maior número de candidatos que podem dificultar a trajetória de Braga e Melo, apontados hoje como os dois maiores favoritos de chegar ao Palácio Rio Negro em 2014. Ressentido pelo fato de ter sido atropelado pelo senador Eduardo Braga no PMDB, o deputado estadual Chico Preto (PMN) é outro virtual candidato que pode surpreender durante a campanha eleitoral. Nos últimos três meses, a popularidade do parlamentar cresceu junto ao eleitorado amazonense, fato que, a exemplo de José Melo, pode turbinar também a sua candidatura ao governo.
Relegado de seu projeto de disputar o governo pelo PMDB no próximo ano, Chico Preto deixou recentemente o partido e voltou ao PMN criticando todo o grupo político liderado por Braga. “O palanque apodreceu e não tenho mais espaço no PMDB para disputar o governo estadual”, alfinetou ele, numa clara referência à cúpula peemedebista que decidiu pela candidatura do senador.
A deputada federal Rebecca Garcia (PP) é outra virtual candidata ao governo do Estado com boas chances de chegar ao Palácio Rio Negro. Depois de uma breve trajetória como secretária de Governo da gestão Omar Aziz, a parlamentar ganhou uma maior projeção no cenário político local, que a torna uma adversária forte e bem competitiva nas eleições, além da vantagem de reunir grandes volumes de recursos financeiros para bancar a campanha, como herdeira do Grupo Garcia, liderado pelo empresário Francisco Garcia (PP), hoje suplente da senadora Vanessa Graziottin (PCdoB).

PT, PSDB e PSB
O PT também não descarta o lançamento de uma candidatura própria nas eleições do próximo ano, segundo admitiu Valdemir Santana, presidente regional do partido. Como os petistas estão rachados no Amazonas, por ora ainda não se sabe quem deve ser o pretenso candidato da legenda, mas o deputado federal Francisco Praciano (PT) é outro nome forte que desponta para disputar o pleito em 2014 e pode ameaçar os principais adversários durante a campanha eleitoral.
Banido da gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB) por anunciar publicamente que disputaria o governo em 2014, Hissa Abrahão (PPS), considerado bom de voto e eloquência, também deve manter a sua candidatura, mesmo com a oposição do cacique pessedebista. “O Hissa é um bom nome, mas acho que ele se precipitou em anunciar que sairia candidato, pois não era o momento certo para essa decisão”, diz Arthur Bisneto, que não descarta um apoio dos tucanos ao virtual candidato no Amazonas, apesar da intransigência do pai, Arthur. Nos bastidores, está claro que o prefeito só não se candidatará em 2014 por achar uma ação precipitada que poderia afetar a sua popularidade junto aos eleitores. “O Arthur é muito vaidoso e, de nenhuma maneira, ele deixaria o Hissa disputar o governo. Ele quer estar sempre em evidência no cenário político”, diz o sociólogo Luiz Antônio.
Segundo o especialista, outro político quem não está morto e poderá ressuscitar do 'sarcófago eleitoral' é Amazonino Mendes. “O velho cacique só não tem mais dinheiro como os principais adversário de hoje, mas reúne cacife suficiente para angariar recursos junto a patrocinadores e surpreender de repente se lançando candidato em 2014”, acrescenta. 
Pelo lado do PSB, Serafim Corrêa sairá candidato ao governo no próximo ano e, por enquanto, o político não cogita nenhuma aliança do partido de apoio a sua candidatura. “Isso só vamos mesmo decidir a partir de meados de 2014, quando reuniremos todos os membros da legenda para definirmos a estratégia que será adotada durante a campanha eleitoral”, afirmou. 

Professor da Ufam tem projeto de biodefensivo agrícola natural aprovado pelo CNPq

Ideia busca combater praga que afeta açaizeiros e valor do projeto é de R$ 1 milhão e setenta mil reais. Segundo a Ufam, este é o maior plano que um professor do Departamento de Física já aprovou junto às agências de fomento

Projeto busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro
Projeto busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro (Divulgação/UFAM)
O professor Edgar Sanchez, do Departamento de Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), aprovou um projeto junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 1 milhão e setenta mil reais. Segundo a instituição, este é o maior projeto que um professor do Departamento de Física já aprovou junto às agências de fomento, com forte apelo regional.
O projeto, que tem por título “Biodefensivos Agrícolas Nanoestruturados Baseados no Carreamento de Óleos Essenciais de Espécies Amazônicas”, busca desenvolver um biodefensivo agrícola natural, utilizado no combate do pulgão-preto do açaizeiro, maior ameaça à planta. O processo busca aliar o emprego de óleos essenciais de espécies da flora amazônica e uma tecnologia inovadora que consiste em encapsular esse material no compartimento de uma membrana constituída por um polímero degradável.
“O controle da praga é difícil, e o mais utilizado ainda é a retirada manual do pulgão da planta, e atualmente não há disponibilidade de inseticidas de controle em campo”, informa o professor.
O professor Edgar Sanchez atuará como coordenador do projeto que resulta da parceria entre o Departamento de Física da Ufam, o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), o Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP), o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos da Amazônia (ENGRAM/UFAM) e a empresa NANOMED Inovação em Nanotecnologia.
A Ufam será a instituição executora do projeto, as demais instituições serão colaboradoras, ou seja, fornecerão alguns equipamentos auxiliares para o desenvolvimento da pesquisa. “Com o recurso, será implantado o Laboratório de Nanotecnologia em Produtos Naturais (NanoNat) no Departamento de Física da Universidade, além da implementação de quatro bolsas para pesquisadores”, revela o professor Sanchez.
Óleos
Na natureza, os óleos essenciais desempenham papéis importantes, tais como agentes antibacterianos, antivirais, antifúngicos, inseticidas, sedativo, anti-inflamatório, ação larvicida, repelente, dentre outras.

“A ideia de utilizar o óleo essencial de algumas espécies amazônicas, como a Licaria puchury-major (Puxuri), a Lippia grandis Schauer (Erva-do-Marajó) e a Piper hispidinervum (Pimenta Longa) para o desenvolvimento de um biodefensivo natural partiu daí”, disse o coordenador do projeto.
Estudos preliminares, inclusive um do próprio professor Sanchez, determinam a presença de 60% do componente safrol no óleo essencial do puxuri, um componente bastante conhecido pela sua ação inseticida. “Dessa forma, esta seleção de plantas dará um suporte importante na eficácia do biodefensivo”, declara o professor.

*Com informações da assessoria

Senac oferece mais de 1.500 vagas em cursos gratuitos para Manaus e interior

Os interessados devem correr porque o período de inscrições vai de 3 a 6 de janeiro. As inscrições serão feitas in loco nos respectivos municípios onde as vagas serão oferecidas

O Senac Amazonas está oferecendo 1.527 vagas em 27 cursos pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG) em cursos gratuitos que serão distribuídos em Manaus nos municípios de Tefé, Coari, Itacoatiara, Caapiranga, Novo Airão, Beruri e Anamã. As aulas iniciam ainda em janeiro.
Do total de vagas, 260 são para Manaus, 336 para o município de Tefé, 371 para Coari, 360 para Itacoatiara, 50 para Caapiranga, 40 para Novo Airão, 75 para Beruri e 35 para Anamã.
O período para inscrições inicia nesta sexta-feira (03) nos municípios de Coari, Itacoatiara, Caapiranga, Novo Airão, Beruri e Anamã. Em Manaus e em Tefé as inscrições podem ser feitas a partir de segunda-feira (06).
Os interessados devem procurar as sedes do Senac nos municípios para fazer a inscrição. Em Manaus os cursos serão oferecidos no Centro de Informática do Senac, na avenida Djalma Batista, Chapada. No caso de Caapiranga, as inscrições serão feitas na Secretaria Municipal de Assistência Social do município, assim como nos municípios de Beruri e Anamã. Em Novo Airão, as inscrições serão feitas na Escola Estadual Danilo de Mattos.

Cursos  
Serão oferecidos os cursos de Auxiliar de Recursos Humanos, Inglês Básico, Manicure e Pedicure, Maquiador, Monitor de Recreação, Montador e Reparador de Computador, Operador de Computador, Salgadeiro, Cabeleireiro, Recepcionista de Eventos, Auxiliar de Pessoal, Auxiliar de Cozinha, Porteiro e Vigia, Almoxarife, Organizador de Eventos, Depilador, Manicure e Pedicure, Operador de Caixa, Auxiliar Administrativo, Frentista, Agente de Informações Turísticas, Camareira em Meios de Hospedagem, Garçom, Recepcionista em Meios de Hospedagem, Supervisão de Governança, Inglês Aplicado aos Serviços Turísticos e Agente de Informações Turísticas.

Sobre o programa 
 O PSG é voltado para pessoas com renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos, que estão matriculadas ou são egressas da educação básica, são trabalhadores desempregados ou empregados e residam no município no qual o curso será oferecido.
Os editais com os cursos estão disponíveis no site do Senac, o www.am.senac.br. Mais informações nos telefones (92) 3216-5757 e 3216-5755.

*Com informações da assessoria

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

No Pará, safra da cidade que mais produz abacaxi no País vai aumentar 30%

Estimativa é passar de 350 mil para 450 mil toneladas de abacaxi na cidade de Floresta do Araguaia

BELÉM - A Floresta do Araguaia é o município que mais produz abacaxi no Brasil e pode aumentar em quase 30% a safra controlada neste ano, em relação ao ano de 2013. A estimativa é passar de 350 mil para 450 mil toneladas e expandir a área irrigada por microaspersão - tecnologia que permite produção contínua, sem condicionamento da época de chuvas. As previsões são do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
Foto:Juliano Ribeiro/Seagro-TOFoto:Juliano Ribeiro/Seagro-TO
A Emater acompanha cerca de 500 agricultores familiares envolvidos com a atividade naquele município do sudeste paraense. São mais de 3 mil hectares plantados sob indução floral, pelos produtores atendidos, e menos de 5% já são irrigados. “Em 2013 conseguimos, em parceria com o Banco do Brasil, aprovar seis projetos de financiamento de irrigação pela linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar", explicou técnico em agropecuária e chefe interino do escritório local da Emater, José Ednaldo Pereira. Com essa parceria cada produtor recebeu R$ 32 mil para adquirir e implantar o sistema e em 2014 pelo menos mais 30 devem ser beneficiados.
abacaxi de Floresta do Araguaia é da variedade pérola, considerada de polpa doce e suculenta, ideal para consumo in natura e tipo exportação. A maior parte da colheita segue para estados das regiões Sudeste e do Sul do País. A safra antes do tempo costuma abastecer as regiões próximas, Belém e uma indústria de sucos instalada no próprio município.

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ALBUM DE ITACOATIARA