terça-feira, 9 de julho de 2013

ACADEMIA ITACOATIARENSE DE LETRAS GANHA SEDE PRÓPRIA


Futura sede da Academia Itacoatiarense de Letras

Presidente eleito Francisco Calheiros e Frank Chaves, diretor da Academia Itacoatiarense de Letras, em visita oficial a SEC, marcando audiência com o Secretário Robério Braga, com a diretoria da AIL.


Fundada em 2009, a Academia Itacoatiarense de Letras não para de colher bons resultados. O último foi a palavra do Governador Omaz Aziz, em encontro com os escritores e membros da AIL, que determinou à Secretaria de Estado da Cultura (SEC) restaurar um prédio de propriedade do Governo do Estado e ceder em regime de comodato para a sede da instituição. “O prédio está abandonado há mais de vinte anos. Pensava-se que fizesse parte do ativo do Amazonprev. Mas faz parte do patrimônio do Estado e está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Administração (Sead). O senhor Secretário de Cultura, que nos tem apoiado em todos os momentos,  já iniciou o trâmite legal para começar a reforma e em breve faremos a inauguração. Quem ganha é a sociedade de Itacoatiara, que terá uma instituição que vai estar a serviço da poesia e da arte”, afirma o professor e escritor Francisco Calheiros, que acaba de ser eleito presidente da instituição para o mandato que vai de julho de 2013 e julho de 2015.
A criação da Academia Itacoatiarense de Letras foi uma recomendação da Academia Amazonense de Letras, que enviou alguns de seus membros para a solenidade de instalação, com o objetivo de interiorizar os trabalhos desenvolvidos em Manaus. Para o historiador Frank Chaves, “a Academia  com sua sede própria ganha uma vida física, pois teremos um lugar para a nossa biblioteca, o Chá Cultural, palestras, oficinas de leitura e encontros com a sociedade”.
O deputado Cabo Maciel é um outro grande entusiasta do projeto e acompanha pessoalmente a cessão do prédio junto à Secretaria de Estado da Cultura.
     

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Protestos levam Brasil a novos rumos na forma de gerir os recursos públicos

Analistas ouvidos pelo PortalD24AM debatem os caminhos a que os movimentos estão levando o País. Eles foram unânimes em afirmar que, de agora em diante, a pressão será constante.
 Para os analistas ouvidos pelo PortalD24AM, com as manifestações, a população iniciou um processo de cobrança sobre as autoridades.

Manaus - Passada a onda mais intensa dos protestos no País, com registro de manifestações em 353 municípios brasileiros, analistas consultados pelo PortalD24AM apontam os rumos do Brasil, após as mobilizações. Eles foram unânimes em afirmar que está em curso uma mudança no modo de gerir os recursos públicos no Brasil.
O doutor em Sociologia e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Odenei de Souza Ribeiro, classificou as mobilizações como um ato da ‘sociedade do espetáculo’ promovido por uma insatisfação geral que foi externada por meio do ‘ativismo social’.
Segundo ele, até o início dos protestos, a população estava sendo induzida a consumir cada vez mais, mas em contrapartida, os governos não investiam em serviços básicos ou essenciais, como saúde e educação.
“Não adianta termos consumo se não pudermos usufruir de bom serviço de saúde, educação e transporte. Essa insatisfação foi associada ao ‘ativismo tecnológico’ nas redes sociais (internet). O compartilhamento das queixas e experiências resultou nas manifestações nas ruas”, ponderou.
Na avaliação dele, a pressão popular gerará a inibição do uso privado da ‘coisa’ e dos recursos públicos.
Na avaliação do doutor em Sociologia e professor da Ufam, Renan Freitas Pinto, só com o passar do tempo será possível identificar os reais resultados das manifestações. “Algumas medidas ou ações não podem ser feitas em um ‘passe de mágica’, mas os poderes têm de avaliar esses pedidos e estabelecer um calendário de respostas”, disse.
De acordo com ele, a partir das manifestações ocorridas desde junho, a população brasileira descobriu uma nova forma de pressionar o poder. Ele ponderou que os protestos foram motivados por descontentamentos, mas avaliou que, de agora em diante, a pressão popular será constante. “Na manifestação, o povo descobriu uma forma de pressionar os poderes constituintes e, agora, já formam um poder informal paralelo aos governos”, ponderou.
A doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Edilza Laray de Jesus, ponderou que as manifestações foram fundamentais para o reestabelecimento do processo democrático brasileiro. “É um equívoco pensarmos que a democracia é somente a representação. Ela é formada pela participação popular e deve ser construída a partir da relação com a sociedade”, disse.

Pauta generalizada
Os analistas avaliaram a pauta generalizada das manifestações. Segundo eles, a falta de um foco ou tema único não diminui a força dos protestos ou desqualifica os atos. “O processo é complexo e as questões reivindicadas já eram conhecidas, mas ninguém esperava essa atitude do povo”, disse Renan Freitas Pinto.
A doutora em Educação Edilza de Jesus afirmou que “o povo está ocupando o seu lugar” com as manifestações.
O sociólogo Odenei de Souza Ribeiro disse que o movimento não tem uma direção, mas aponta para uma mudança na política do Brasil. “A pauta é generalizada, mas uma coisa é certa: uma grande mudança está em curso”, disse.


sábado, 6 de julho de 2013

Governo pretende implantar novo parque industrial em cinco municípios do AM

O projeto, que está sendo estudado, deve ser implantado nos municípios de Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Itacoatiara

Deunião do Codam foi presidida pelo secretário de Planejamento do Estado, Aírton Claudino (ao microfone)
Deunião do Codam foi presidida pelo secretário de Planejamento do Estado, Aírton Claudino (ao microfone) (Divulgação )
Nesta quinta-feira (04), durante a 245ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), que aprovou investimentos industriais superiores a R$ 1 bilhão para o Amazonas, o Governo anunciou a intenção de implantar um parque industrial de modelo diferenciado nos municípios de Iranduba, Manacapuru, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Itacoatiara. O projeto é independente da extensão da Zona Franca para a Região Metropolitana de Manaus (RMM), que está em tramitação na Câmara dos Deputados desde o ano passado.
O estudo de viabilidade econômica está sendo elaborado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e foi apresentado pelo secretário-executivo da pasta, Appio Tolentino, que explicou o projeto para uma plateia de empresários e consultores econômicos que estavam  no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
A ideia é concentrar no interior a industrialização de matéria-prima regional como juta, malva para sacaria, madeira para mobiliário, óleos vegetais, biocosméticos, cerâmica e olaria, entre outros. Isso porque novas fábricas já encontram dificuldades para se instalarem em Manaus por conta da falta de terrenos.
Entre as condições propostas pela Seplan para colocar a ideia em prática estão a melhoria das vicinais e rodovias que interligam esses municípios até a capital; a possibilidade de incentivo na restituição do ICMS diferenciado; cessão de terrenos da União para a instalação das futuras fábricas interessas; infraestrutura para construção de galpões industriais; e qualificação de recursos humanos nesses municípios.
Appio Tolentino disse que a ideia está sendo construída há dois meses e já foi apresentada para as prefeituras dos municípios envolvidos. O próximo passo é sensibilizar o empresariado e demais atores envolvidos no processo. “Ainda não temos um modelo de negócio definido. Vai depender da potencialidade de cada local . Precisamos investir em uma engenharia tributária capaz de dar competitividade ao interior. Um estudo tributário estará pronto em dois meses e, então, vamos levá-lo governador avaliar”, explicou.
O prefeito de Iranduba, Xinaik Medeiros, vê o projeto com otimismo. “Iranduba produz hortifruti, tem olaria. Somos banhados por dois rios, temos uma rodovia, rede de energia de qualidade, o gasoduto passa por aqui. Acho que temos condições de receber um parque industrial”, ressaltou.
Por outro lado, o presidente da Afeam, Pedro Falabella, afirmou que a intenção de interiorizar o Amazonas é uma ideia antiga que nunca sai do papel. “Já presenciei algumas alternativas dessas sem sucesso”.

Perspectiva de 2,5 mil empregos
Os conselheiros do Codam aprovaram uma pauta de investimentos para o Polo Industrial de Manaus de R$ 1.312 bilhão com geração de 2.513 vagas no mercado de trabalho para os próximos três anos. Entre os destaques está a implantação da Daikin, multinacional japonesa líder na produção de condicionadores de ar no Japão e Estados Unidos; da Semp Toshiba Informática LTDA para fabricação de tablet, notebook e unidade de processamento digital; da Philips e Woox Eletronics também para produção de tablets; e da Philco Eletrônicos S.A. para produzir telefone celular.
Mas nem tudo é comemoração. Enquanto em 2012 foram aprovados 51 projetos até junho, este ano foram 41 projetos. A mão de obra projetada caiu 41% este ano, uma vez que em 2012 foram projetados 4.331 postos de trabalho e este ano 2.513. Os investimentos projetados também tiveram queda de 53%, passando de R$ 2.823,96 bilhões em junho de 2012 para R$ 1.312,97 agora.

Itacoatiara faz parte dessa idéia, vamos botar pra cima e colocar nossa cidade na rota do desenvolvimento! (Frank Chaves)

UM BOM DIA E UM BOM FINAL DE SEMANA A TODA COMUNIDADE ITACOATIARENSE, MANAUENSE, AMAZONENSE, EM FIM, A TODOS AMIGOS E A MIGAS DO FACE!


ITACOATIARA




Itacoatiara

Itacoatiara, minha cidade de menino criança. Faz tempo.
Muito tempo. Não te vejo, mas na lembrança estou aí, aí junto a ti.
Quem sabe se um dia aconchegaremos?! Estou separado de ti há dezenas de anos. Três mil quilômetros. Horizontalmente, onde o belo me cativa das saudades que tenho de ti. Mas um dia, quem sabe? Como menino criança, correndo atrás de papagaio e curica, tentando te alcançar para ti abraçar e matar minhas saudades que ficaram essencialmente em mim. Depois acontecerá o inevitável – meu retorno: abraçar-te-ei em ternuras ao chegar chegando de minha viagem horizontal. E humilde pedir perdão por minha ausência, mas se não me deres e não me abraçares com teu peito junto ao meu, ofegante, Itacoatiara, voltarei perambulando, trôpego e em prantos cantarei meu último verso: adeus, de teu filho que saiu saindo em prantos; mas depois sorriu sorrindo ao reencontrar os braços horizontais do horizonte.
*Manoel Cansanção Marinho nasceu em Itacoatiara em 18.04.1935. Em 1957 deixou a terra natal e passou por Manaus, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O texto acima integra o seu livro “Poemas e contos”, editado antes dele falecer em 1999. De São Paulo (novembro/2000), sua irmã  Wanda me remeteu um volume da obra com uma tocante mensagem lembrando a paixão da família por Itacoatiara.

Blog Francisco Gomes

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