domingo, 17 de março de 2013

Feito de pau-rosa, violino do Titanic é encontrado após 101 anos do naufrágio

O pau-rosa é uma árvore da Amazônia, hoje ameaçada de extinção. A exploração da madeira resistente começou no século 17.


Foto: Reprodução/Henry Aldridge & Son/AFP
Foto: Reprodução/Henry Aldridge & Son/AFP
A pequena orquestra do Titanic entrou para a história, conhecida por ter tocado até o último momento possível durante o naufrágio do navio em abril de 1912. Parte dessa história ganhou um elemento também surpreendente: a preservação do violino do maestro do grupo, mesmo 101 anos após o acidente. O instrumento, hoje avaliado em pelo menos 100 mil euros, é feito de pau rosa – madeira de uma árvore da Amazônia.
De acordo com informações da France Presse, o violino foi encontrado em um sótão na Inglaterra. Foram necessários sete anos para certificar a origem do instrumento e a autenticá-lo como de Wallace Hartley, chefe da orquestra do Titanic. ”O violino foi encontrado em uma mala de couro, que estava presa a seu corpo”, contou à AFP Andrew Aldridge, da casa de leilões britânica Henry Aldridge & Son.
Personagem de Wallace Hartley no filme 'Titanic', de James Cameron. Foto: Reprodução
Personagem de Wallace Hartley no filme ‘Titanic’, de James Cameron. Foto: Reprodução
O violino, presente de Maria Robinson, noiva de Hartley, tinha uma pequena placa em prata escrita ‘Para Wallys, por ocasião de nosso noivado. Maria’, um elemento que permitiu autenticá-lo. Pouco tempo depois da tragédia, a mãe de Wallace Hartley disse à imprensa: “Eu sabia que ele morreria com seu violino. Ele era apaixonadamente ligado a este instrumento”. Após o resgate do instrumento, as autoridades canadenses o enviaram a Maria Robinson.
Os peritos que examinaram o instrumento também concluíram que os sedimentos e a ferrugem encontrados no violino eram compatíveis com uma imersão na água do mar. O corpo de Wallace Hartley passou dez dias na água. Ele era um dos oito membros da orquestra do Titanic, e uma das 1,5 mil pessoas que morreram quando o navio naufragou nas águas geladas do Atlântico Norte após colidir com um iceberg durante sua viagem inaugural, na madrugada do dia 14 para o 15 de abril 1912.
O violino ficará exposto a partir da Páscoa na prefeitura de Belfast, cidade onde o Titanic foi construído. À agência de notícias, Andrew Aldridge afirmou que está fora de questão colocar o instrumento em leilão por enquanto, e que a casa negocia com museus.

A madeira O Pau-Rosa é uma árvore de grande porte encontrada na Amazônia e que pode atingir até 30 metros de altura por 2 metros de diâmetro. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a distribuição original da espécie ocorreu no Equador, na Colômbia, na Guiana, na Guiana Francesa, no Peru, no Suriname e na Venezuela.
Especificamente no Brasil, a árvore é encontrada no Pará, Amapá e Amazonas. Atualmente, o pau-rosa é explorado exclusivamente no estado do Amazonas. Com nome científico Aniba rosaeodora Ducke, o pau-rosa é da família das lauráceas, parente dos louros e das canelas.
A extração da árvore Pau-rosa teve início no final do século 18, usada para a fabricação de móveis e barcos, classificada como muito resistente, inclusive ao ataque de insectos. Posteriormente, a exploração atendeu a extração de óleo, usado como essência na formulação de vários perfumes na Europa e nos Estados Unidos, entre eles o famoso Chanel N.º 5.

jornalismo@portalamazonia.com 

Amazonas comemora nova distribuição dos royalties

O Estado passará a receber R$ 223 milhões de dividendos do petróleo – arte: Divulgação
Com a publicação da Lei 12.734/2012 no Diário Oficial da União, o Estado passará a receber R$ 223 milhões de dividendos do petróleo

Após ter sido promulgada na ultima quinta-feira (14) pela presidente Dilma Rousseff, a Lei 12.734/2012 que determina a nova divisão dos royalties do petróleo entre os municípios e Estados brasileiros foi comemorada pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), que já prevê a mudança para o início de maio.

De acordo com o presidente da associação, Jair Souto, com a lei aprovada, a arrecadação do Amazonas com royalties de petróleo vai dar um salto superior a 500% ainda este ano, podendo passar de R$ 37 milhões (sendo R$ 6 milhões destinados ao Estado e R$ 31 milhões aos municípios) recolhidos por ano, conforme dados de 2011, para R$ 223,3 milhões (R$ 145 para o Estado e R$ 78,3 milhões).

Souto disse que a promulgação foi uma vitória após seis anos de discussão sobre a divisão do montante arrecadado com a atividade petrolífera.

“A redução da desigualdade foi o principal benefício. Trata-se de um capital que pode ajudar a resolver problemas dos municípios do interior do Amazonas. A responsabilidade dos municípios só aumenta, mas a distribuição de recursos não acompanha, ficando concentrada na União e nos Estados”, afirmou.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista, também avaliou a medida como benéfica para os 62 municípios do Amazonas, mas alertou sobre a boa gestão dos recursos que serão disponibilizados.

“A escolha dos setores que deverão receber os investimentos é muito importante. De nada adianta se os gestores dos municípios não fizerem uma boa aplicação dos recursos”, observou.
 
Jornal Em tempo -

E a cuia foi pras cucuias?

Substituição da cuia gera polêmica

Gerente de Marketing do Waku Sese, João Torres, já pensou até em voltar atrás na decisão de oferecer tacacá na tigela, devido a protestos de clientes
Gerente de Marketing do Waku Sese, João Torres, já pensou até em voltar atrás na decisão de oferecer tacacá na tigela, devido a protestos de clientes (Juca Queiroz)
Boca dormente, sensação de arrepio e calor. O que parecem sintomas de alguma patologia, trata-se na verdade das reações do corpo humano diante de uma outra febre: a apreciação do tacacá. Prato típico da Amazônia Brasileira, a iguaria é uma unanimidade entre a população e turistas que visitam a região.
Mas nem todo mundo engoliu quando o sofisticado restaurante Waku Sese, também conhecido pelo delicioso preparo desse prato, resolveu aderir a uma pequena, porém polêmica inovação: substituir a tradicional cuia por uma tigela de porcelana, segundo eles para aumentar a aceitação do prato e impedir que a deterioração rápida das cuias prejudicasse o gosto e a qualidade higiênica da refeição.

Rede Social
Tudo começou com uma postagem na rede social Facebook com uma foto da novidade. Mas o problema é que nem todo mundo curtiu. “Infelizmente gerou uma repercussão muito ruim”, admite o gerente de marketing do Waku Sese, João Torres. Ele ressalta, no entanto, que o restaurante apenas ofereceu uma opção a mais aos clientes (segundo ele, a cuia é rejeitada por algumas pessoas), sem deixar de oferecer a opção tradicional.
“Parte dos clientes gostaram e até pediram para levar a tigela”, diz ele, reconhecendo, no entanto, que a maior parte dos clientes continua pedindo o tacacá servido na cuia. “Teve cliente que até reclamou com a gente. Creio que serviu como experiência, e vimos que a cuia realmente é a mais aceita”, disse ele, que em respeito à vontade (ou seria revolta?) da maioria, já está até considerando voltar atrás na decisão.
Sopa
Quem também não se conformou com a notícia foi a proprietária da Tacacaria Parintins, Bruna Iannuzzi, que oferece a iguaria aos modos da ilha tupinambarana, isto é, mais doce e com cebolinha e outros ingredientes extras no tucupi. “Eu não consigo conceber o tacacá sem a cuia”, disse a empresária. “Tacacá sem cuia para mim é sopa”, provocou.
Ela diz ainda que quanto à questão higiênica, basta observar o prazo de validade das cuias, pois a tinta com que elas são pintadas realmente começa a soltar depois de um tempo. “Nós acondicionamos as cuias na geladeira e as utilizamos por apenas dois meses”, explica.

Outras mudanças
Mas não é a primeira vez que o tacacá é modificado de alguma forma por razões comerciais. O Tacacá Gelado, criado, ou segundo algumas versões recriado por um chef paraense, chegou a agradar por lá, mas também gerou polêmica de defensores da tradição tacacazeira.
Segundo historiadores como o paraense Aldrin Figueiredo, o tacacá originalmente era preparado pelos povos indígenas com peixe e não camarão. Para torná-lo um prato menos trivial, o camarão foi adicionado. Por isso, antigamente ele era servido mais em festas e em casas de família, embora a tradição conte que ele nunca teve hierarquia social.
Resta saber se as modificações vão criar novas opções de preparo, dando mais possibilidades de sabor para o prato, ou se vão descaracterizar a iguaria, perdendo os preceitos clássicos a que faz referência. E você, leitor, o que acha?  - (acritica / FELIPE DE PAULA)

Tacacá na xícara, essa é boa, agora gostaria de ver como ficaria tomar chimarrão no copo de vidro ou copo descartável. A idéia do desaculturamento, da dizimação dos hábitos típicos do nosso povo, desde a colonização portuguesa, sofre ataque dos forasteiros que querem inventar moda e impor a sua cultura sobre a nossa. O tacacá é um patrimônio imaterial da Amazônia, portanto não pode ser apropriado e descaracterizado a bel prazer de quem quer que seja, não pode ser modificado dentro da politica cultural dos modos de fazer e de pensar do nosso povo, a culinária assim como a língua, é fator identificador da cultura de um povo. Se dermos moleza para esse desrespeito a tradição local, estaremos abrindo mão da própria identidade de sermos amazonenses e sendo qualquer coisa, sem raiz, sem passado, sem memória, e sem apego cultural. Povo sem passado é povo sem memória, acaba perdendo seu espaço no contexto da sabedoria popular, se torna um povo H2O, inodoro, insipido, incolor e sem força cultural. (Frank Chaves - historiador)



José Melo e Mamoud prestigiam inauguração da Equador Log em Itacoatiara

Mamoud

No último dia 13 de março, o governador em exercício José Melo (PMDB), juntamente com o prefeito de Itacoatiara Mamoud Amed Filho (PSD), prestigiaram a inauguração do terminal da Equador Log na velha Serpa. O terminal de Itacoatiara vai dar suporte na logística de distribuição de combustível na região Norte e já está gerando cerca de 200 empregos diretos na cidade.

 
José Melo destacou a importância do terminal. “Esse empreendimento é extremamente estratégico para o futuro do nosso estado, porque Itacoatiara será, com toda certeza, nos próximos anos o grande porto da cidade de Manaus, o grande porto do Amazonas. Portanto, é um empreendimento que gera emprego e renda, e tira o nosso estado da possibilidade de um black-out de combustível”, destacou Melo, que ainda acrescentou: “Vocês da Equador Log têm coragem e conseguiram transformar um sonho ousado em realidade. Vocês estão mandando um recado para outros empresários virem, e mostrando que Itacoatiara é o lugar”.
Já para o prefeito Mamoud Amed Filho, a cidade está em festa com mais essa conquista. “Itacoatiara é abençoada em sua localização geográfica e esta é a razão de estarem vindo pra cá. Então nós agradecemos muito pelo empreendimento. 


Eu acredito que muitas coisas boas virão pra Itacoatiara gerando mais emprego e renda. Isso é bom para o município”. Disse o Prefeito, que também fez questão de ressaltar: “Eu quero repetir, não é o prefeito Mamoud que está trazendo, eu torço para vir. A Equador Log veio pra cá, porque geograficamente é importante e vai gerar uma riqueza muito grande. Nós agradecemos porque, através desse empreendimento, o nosso município vai ganhar credibilidade para demais empresas possam vir se instalar aqui, como já tem outras duas querendo vir pra Itacoatiara. Esperamos que venham não duas, mas 20, 200, se Deus quiser”, explicou Mamoud animado.
 
Blog da floresta

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