quinta-feira, 5 de maio de 2011

BATALHA NAVAL DE ITACOATIARA



O escritor Anísio Jobim, relata com detalhes os fatos decorrentes da batalha Naval de Itacoatiara. Os revoltosos tenentistas chefiados pelo civil, comissionado no posto de
coronel, Alderico Pompo de Oliveira, pelo general Bertholdo Klinger, iniciaram uma
revolta desde a fortaleza de Óbidos e pretendiam tomar as cidades ribeirinhas e ocupar
Manaus, excelente ponto estratégico e de abastecimento.

Em 21 de agosto de 1932, chegava a notícia de que os navios “Andirá” e “Jaguaribe”
haviam sido tomados pelos rebeldes. Partindo de Óbidos em direção à Manaus, logo
chegaram a Parintins, cidade desguarnecida que não apresentou nenhuma resistência aos
revoltosos. A notícia da tomada de Parintins causou um abalo enorme na população de
Itacoatiara que já esperava o pior.

Os navios chegaram a região de Itacoatiara. Mandando um emissário a terra para um
entendimento com as forças legais, tiveram resposta de absoluta intransigência, pelo que
resolveram conceder um prazo de duas horas para que as famílias se retirarem daquela
cidade, quando então começariam os bombardeios. Antes de decorrido o prazo, chegaram
ao porto de Itacoatiara os navios legais “Baependi” e “Ingá”, que entraram imediatamente

No dia 24 de agosto de 1932, ao avistar as forças legais, os inimigos manobraram em
atitude de combate. Toques de cornetas estrugiram a bordo e a deflagração começou de
ambas as partes. Os canhões troavam e as metralhadoras crepitavam terríveis.

Os vapores legalistas avançavam. No meio da refrega o “Ingá” foi de proa em
cima do “Jaguaribe” em poucos minutos o “Jaguaribe” estava adernando e em seguida foi a
pique. O Andira” hostilizava impiedosamente os navios legais a tiros de fuzil e de
metralhadoras pesadas. Porém, um tiro certeiro de metralhadora destruiu a ponte de
comando do “Andirá”. O “Baependi” atirou-se então sobre ele, alcançando-o de popa e
partindo-o ao meio.

A feroz batalha naval de Itacoatiara chegou ao fim após breves quarenta minutos de luta
pesada. As tropas fiéis ao governo de Getúlio Vargas inscreveram, incontestavelmente, uma
página de bravura em defesa da ordem.

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