Conjunto arquitetônico de casas no estilo colonial construídas no inicio do século XIX, localizadas no centro da histórico da cidade de Itacoatiara-AM. São cobertas de telhas francesas e apresentam platibanda para esconder o telhado. Pertencem aos herdeiros de Hilário Antunes.
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quinta-feira, 28 de maio de 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
O PRIMEIRO GOLPE POLÍTICO DO BRASIL
Você sabia que o PRIMEIRO GOLPE POLÍTICO do Brasil, se deu em 15 de Novembro de 1889, ocasionado pela Proclamação da República, por Deodoro da Fonseca, que era Ministro do Império, que foi motivado nos bastidores da corte, pelo grupo da bancada ruralista brasileira, que já dominava o parlamento naquela época, que atendendo aos interesses dos cafeicultores, que ficaram enfurecidos com a perda da mão de obra gratuita, vinda da mão de obra escrava. Cujo sistema escravista, foi quebrado, com a Proclamação da Lei Área no dia 13 de maio, a mais de um ano antes, pela princesa regente. Nesse fervilhar de interesses econômicos e políticos e nada humanitários, o grupo de aliados do Fonseca, contaram uma mentira histórica para o velho Marechal, sobre a nomeação para um cargo importante do império de um desafeto seu, que inclusive lhe havia tomado a namorada a tempos atrás! Assim, esse grupo de republicanos, conseguiu convencer Deodoro da Fonseca a Declarar a Proclamação da República, 7 meses após, a edição da Lei Aúrea por Izabel. Assim, aquele que era Ministro do exército da corte, deu o golpe e imitando o feito de D. Pedro I, Proclamou a República e se tornou o primeiro presidente do Brasil.
Só pra contextualizar: Vale ressaltar, que assim como D. Pedro I, nunca puxou uma espada em um cavalo na margem do Ipiranga pra gritar a independência do Brasil, Deodoro também nunca, subiu no seu cavalo para empunhar uma espada para proclamar a república! Esses dois cenários edílicos, foram criados pelo aparato de imprensa e propaganda do novo estado republicano, para eternizar os feitos dos heróis da pátria. Coisa que parece que atuamente, em pleno século XI, ainda tem gente nesse país que acredita que possa existir! E tudo isso se deu, por causa do feito de Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança. Por causa da determinação de Izabel e acabar com o regime escravocata, que sustentava as elites brasileiras da época, que a família imperial foi expulsa do país, na mesma noite da mudança do regime de governo. Foram despachados para Portugal, feito mercadoria vencida, onde ficaram exilados até a morte, sem nenhuma ajuda governamental do país que eles criaram. E como diz o ditado regional, foram expulsos, pelo novo governo republicano, literalmente, de mala e cuia! Visto que até a coroa imperial de ouro, cravejada de diamantes, que pertencia a família por herança e direito, eles deixaram no Rio de janeiro, que naquela época já era a capital do Brasil.
Assim se deu o sonho de liberdade, tão perseguida pelos africanos e seus descendentes nascidos no Brasil, bem como, por boa parte da elite intelectual branca e artistas, como Tiradentes e Chiquinha Gonzaga, entre outros, que tanto lutaram por isso! Especialmente os escravos e seus descendentes, que sofriam nas mãos dos capatazes das fazendas dos coronéis donos de engenhos e principalmente dos cafeicultores que colocaram Deodoro no Poder, só de birra com o ato de Izabel! Moral da história, os escravos ficaram livres, mas sem emprego, só depois de muito tempo, que foram se integrando no mercado de trabalho, se não fosse a Proclamação da famosa Lei Áurea. E a princesa Izabel perdeu a coroa, pois na linha sucessória, ela seria a nova imperatriz do Brasil, visto que Dom Pedro II, já estava velho e doente, tanto é que na corte e na sociedade brasileira da época, todos já sabiam da ascenção natural de Izabel ao trono imperial do Brasil e em menos de uma ano a princesa caiu. Assim se deu o verdadeiro e primeiro golpe político de nossa história! É nessa república que já nasceu torta, que nosso país se apega e se ver arrastado a anos, cheio de compadrios e trocas de interesses. E com as bênçãos da velha e histórica bancada ruralista, que fica quase imperceptível atuando nos bastidores do contexto político deste país, que se sustenta tipicamente da economia, capitaneada pelo agronegócio!
Dá para entender agora porque o 13 de maio é uma data tão esquecida pelas elites econômicas, políticas e até sociais desse país! Pois todos passaram pela lavagem cerebral, oriunda da campanha massiva, em prol do esquecimento dos feitos do império, para dar lugar a nova história Republicana. E assim vive o nosso país, tentando criar e substituir heróis nacionais e salvadores da pátria! Apagando fatos de uns, para dar lugar aos feitos de outros. E o povo, continua querendo se libertar dessa escravidão sem precedentes, que o aprisiona, nas senzalas mentais, acorrentados no atraso tecnológico, econômico, político, moral e social.
Ainda sobre a questão do império! Vale ressaltar que na casa dos Bragança, nunca houve escravos. D. Pedro I, D. Pedro II e Princesa Isabel eram abolicionistas, sempre foram contra o escravismo. Izabel era amiga de José do Patrocínio, que era negro, filho de um padre com ama escrava, que teve a chance de estudar, se formou na faculdade de Medicina em enfermagem e depois em jornalismo, conquistando respeito e se tornando membro da elite pensadora da época e lutador da causa abolicionista! Foi ele que fez a principal matéria de capa do jornal, publicado em 13 de maio, elogiando a princesa Isabel pela assinatura da Lei Áurea.
Como pudemos perceber, a monárquia brasileira era abolicionista e enfrentou problemas com os interesses do parlamento. E tiveram que tolerar a situação por muitas décadas, tudo pela tal governabilidade, que era sustentada pela elite cafeeira, que dominava o parlamento brasileiro naquela época, que colocavam seus filhos para estudar e fazer faculdade, para se transformarem em políticos, deputados, para defenderem os interesses da elite agrária de nosso país.
A liberdade dos escravos se deu pela extrema coragem de Izabel, que já vinha desagradando as elites com a assinatura da Lei do Ventre livre, que protegia os bebês das escravas, bem como apoio a lei Euzébio de Queiroz, que proibiu a vinda de escravos para o Brasil. E se notabilizou com a Lei Áurea, que vei a seguir, libertando os escravos em 13 de maio. Por isso, a paciência burguesa das elites cafeeiras, estourou e articularam o golpe na Monarquia, implantando a República, através do velho Deodoro da Fonseca, que era o homem de confiança do imperador D. Pedro II, que foi de fato o nosso governante mais culto e respeitado no mundo inteiro, que esse país já teve e ainda não conseguiu superar!
E como tudo aqui acaba em samba, finalizo com a canção do célebre Cazuza: "Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga, pra gente ficar assim! Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim!
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Sabia que hoje é o Dia Nacional da Mulher?
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Arquivo Nacional - Jerônima Mesquita foi uma das participantes da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (na fotografia, em 1930) |
A luta das brasileiras por direitos é antiga. Uma das principais reivindicações no século 19, por exemplo, era o sufrágio feminino: em 1891, o projeto de uma emenda constitucional que conferia o direito de voto às mulheres foi rejeitado. Segundo Débora Françolin, pesquisadora na área de democracia e desigualdades e mestranda em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), esse “primeiro passo” precedeu a organização do movimento sufragista brasileiro, que teve como uma de suas principais figuras a mineira Jerônima Mesquita, hoje homenageada com o Dia Nacional da Mulher.
Mas você sabia da existência desta data? Diferente do que acontece no Dia Internacional da Mulher, com a ampla popularidade do oito de março, o Dia Nacional da Mulher não é tão conhecido assim. Ele foi criado há 38 anos, quando o então presidente João Figueiredo sancionou a lei nº 6791/2018 e estabeleceu que a data deveria ser comemorada dia 30 de abril com o objetivo de “estimular a integração da mulher no processo de desenvolvimento”.
Mas você sabia da existência desta data? Diferente do que acontece no Dia Internacional da Mulher, com a ampla popularidade do oito de março, o Dia Nacional da Mulher não é tão conhecido assim. Ele foi criado há 38 anos, quando o então presidente João Figueiredo sancionou a lei nº 6791/2018 e estabeleceu que a data deveria ser comemorada dia 30 de abril com o objetivo de “estimular a integração da mulher no processo de desenvolvimento”.
A data, contudo, não foi uma escolha aleatória: ela é uma homenagem ao aniversário de Jerônima, nascida dia 30 de abril de 1880, que foi um dos grandes nomes da luta sufragista no Brasil.
Natural da cidade de Leopoldina, na Zona da Mata de Minas Gerais, a enfermeira era a filha mais velha de uma família aristocrática que, influenciada pelos trabalhos sociais de sua mãe, a Baronesa do Bonfim, trilhou um caminho semelhante.
Federação Brasileira para o Progresso Feminino
Após atuar como voluntária da Cruz Vermelha na França e Suíça durante a Primeira Guerra Mundial, Mesquita retornou ao Brasil e se engajou em projetos feministas junto de amigas como Bertha Lutz e Stella Guerra Duval. Em 1922, de acordo com Françolin, Lutz foi a responsável pela fundação da Federação Brasileira para o Progresso Feminino , “a qual defendia os direitos políticos femininos e a igualdade de gênero”, explica.
A mineira participava ativamente da Federação, que contava com o apoio da Baronesa do Bonfim e foi um dos principais movimentos feministas da época. A enfermeira também participou do Movimento Bandeirante brasileiro desde o princípio, em 1919, sendo a primeira comandante-chefe nacional.
“Era quase um escândalo um grupo de mulheres se uniformizar e se reunir para atuar em um Movimento"
Mesquita foi uma das que ajudou na criação da Fundação Pró-Matre, junto de Stella Guerra Duval. Além disso, atuou no movimento sufragista de 1932 e participou da fundação do Conselho Nacional das Mulheres do Brasil, em 1947.
Manifesto Feminista
Em 1934, junto de Bertha Lutz e Maria Eugênia Celso, lançou o Manifesto Feminista, também chamado de Declaração dos Direitos da Mulher. Leia o material na íntegra*:
“As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos pra o outro, e, conseqüentemente, para a Nação.
Em todos os países e tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social.
A autonomia constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social, legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral; as noções que obrigam ao pagamento de impostos e à obediência à lei os cidadãos do sexo feminino sem lhes conceder, como aos do sexo masculino, o direito de intervir na elaboração dessas leis e votação desses impostos, exercem uma tirania incompatível com os governos baseados na justiça. Sendo o voto o único meio legítimo de defender aqueles direitos, a vida e a liberdade proclamados inalienáveis pela Declaração da Independência das Democracias Americanas e hoje reconhecidas por todas as nações civilizadas da Terra, à mulher assiste o direito ao título de eleitor.”
*Texto retirado do artigo "Feminismo e literatura no Brasil" escrito por Constância Lima Duarte, Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP).
Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2018-04-30/dia-nacional-da-mulher.html
terça-feira, 21 de abril de 2020
Parabéns Brasília pelos seus 60 anos
Parabéns a nossa capital Federal, pelos seus 60 anos de fundação! Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro.
Agora já pensou, se fossem na corda de uns historiadores, que criam suas próprias teorias de datação de aniversário de cidade! Iam contar desde a chegada de Cabral na Bahia. E seria no dia 26 de abril, data primeira missa do Brasil, feita pelo padre Frei Henrique de Coimbra.
Assim, a capital Federal ia fazer mais de 500 anos e não os 60 anos, que estão oficialmente comemorando!
Agora já pensou, se fossem na corda de uns historiadores, que criam suas próprias teorias de datação de aniversário de cidade! Iam contar desde a chegada de Cabral na Bahia. E seria no dia 26 de abril, data primeira missa do Brasil, feita pelo padre Frei Henrique de Coimbra.
Assim, a capital Federal ia fazer mais de 500 anos e não os 60 anos, que estão oficialmente comemorando!
domingo, 19 de abril de 2020
Homenagem ao Dia do Índio e da Índia

Dia de 19 de abril é uma data especial para o nosso povo nativo! Pois eles continuam aqui e foram os primeiros a chegar e deixaram seus Registros nas pedras do Rio Amazonas e do Rio Urubu. Portanto, foram incontestavelmente, os verdadeiros fundadores de Itacoatiara. Os desenhos feitos nas rochas de arenito dos sítios arqueológicos, os objetos produzidos em cerâmica, encontrados soterrados a milhares de anos nesses lugares, são a certidão de batismo de nossa cidade, que na tradução tupi ou nheengatu tem o seguinte significado:
Itacoatiara é um vocábulo indígena que significa pedra pintada, pedra escrita. Procede do tupi itá: pedra; e coatiara: pintado, gravado, escrito, esculpido. E para homenagear esse dia, rendemo-nos a figura de nossas lindas mulheres nativas e guerreiras, que vem garantido a milênios e séculos, a preservação dos nossos traços característicos, costumes, ritos e tradições. A elas devemos nossa existência, linhagem, resistência, força cultural e principalmente o jeito itacoatiarense de ser.
Frank Chaves - Historiador
quarta-feira, 25 de março de 2020
A 101 anos, registro histórico do Governador do Amazonas Pedro Bacelar, lamenta mortes e mostra a população em agonia!
Cem anos antes do Coronavirus o mundo enfrentou uma pandemia, a gripe espanhola, que matou mais de 20 milhões de pessoas. Em Manaus o vírus chegou de navio. Morreram 858 pessoas. O governador do Amazonas, que era médico, fez os registros abaixo.
De agosto de 1918 a junho de 1919, o mundo foi assolado pela gripe espanhola, em cujo rastro entre 20 e 40 milhões de pessoas morreram, duas a quatro vezes mais que na primeira guerra mundial. Ao Brasil, a epidemia veio de navio, aportando, primeiro, no Recife, em setembro. O Norte foi atingido um mês depois. Fortemente: em Belém, o número de casos fatais alcançou 575; em Manaus, 858 pessoas foram mortas pela doença. Uma tragédia de vastas proporções.
O Instituto Benjamin Constant foi um das últimos lugares atingidos pela gripe espanhola. Caíram doentes 143 alunas e sete irmãs religiosas, mas não houve vítimas fatais.
Era governador do Amazonas o médico Pedro de Alcântara Bacellar. Ele deixou à posteridade impactante relatório sobre os estragos causados pela doença. Eis um resumo do documento.
A 22 de outubro (de 1918), passou por Manaus o navio S. Salvador, vindo do Pará, do qual desembarcaram pessoas gripadas. Ainda de Belém, entrou, a 24, o Valparaíso, com 17 enfermos. Dada a existência de casos ambulatoriais, foram suspensos os ensaios no Teatro Amazonas e, nos dias seguintes, as diversões em outros lugares, tornando-se cada dia mais aflitiva nossa situação. Foram, então, prestados os primeiros socorros à população, em grande parte, desprovida de recursos e, na sua generalidade, tomada de pânico pela propagação assombrosa da doença.
Como uma rajada, a investida do mal varria a cidade. Deixou de ser feita a comemoração aos mortos; adiaram-se os cultos religiosos; à Santa Casa não foi mais possível admitir gripados. Instalaram-se postos sanitários da Cachoeirinha, Vila Municipal, São Raimundo e Vila Barroso. O número de doentes ia avultando diariamente. A 7 de novembro, o desenvolvimento da epidemia já era assustador. Desorganizaram-se os serviços; por toda parte, a desolação, o pavor e o luto.
A 13 de novembro, a Associação Comercial fez um apelo a todas as classes para o auxílio à população. Organizou-se um comitê que instalou postos na capital. Fecharam-se as casas comerciais, os veículos deixaram de circular, e houve dificuldade no transporte de cadáveres, sendo preciso que o governo contratasse caminhões para esse trabalho e providenciasse os enterramentos. Mas, os obreiros da cruzada iam caindo também, atacados do mal. A classe médica, abnegada e heroica, socorria os atingidos pelo flagelo, mesmo desfalcada de elementos que a epidemia prostrara.
Naquele mesmo mês, a gripe atingiria sua maior intensidade. Doloroso momento; doloroso e indescritível. O Estado forneceu, além das receitas aviadas nas farmácias da capital à população pobre, a distribuição domiciliar de dietas e medicamentos. Expandia-se, por esta forma, o trabalho já iniciado pela Diretoria do Serviço Sanitário. Além disso, as medidas de socorro foram estendidas ao Interior. Para todos os municípios foram remetidas ambulâncias, sendo postos auxílios monetários à disposição das intendências, para distribuição de dietas e medicamentos.
O estoque de medicamentos esgotou-se, nesse tempo, sendo, então, publicadas pelo governo informações sobre o aproveitamento de plantas de nossa flora no tratamento da influenza. Boletins contendo medidas preliminares para a cura da doença foram distribuídos pelo interior. Quase todo o funcionalismo público sofreu o ataque da pandemia.
Em 6 de dezembro, chegávamos à quinta semana angustiosa e de incomparáveis provações. Cessara, entretanto, desde o dia 3, o ruído terrificante e sinistro dos caminhões se dirigindo para o cemitério. A epidemia declinava, diminuía o terror. Em 31 de dezembro, a epidemia foi considerada extinta na cidade.
O trânsito direto de navios de Belém ao território do Acre, sem obediência às prescrições exigidas, veio, porém, mudar a face das nossas condições sanitárias. Assim, o hospital flutuante Santa Bárbara, que havia sido fechado em 10 de janeiro, teve de ser reaberto em 11 de fevereiro, em virtude da chegada de gripados procedentes do Acre. Em 15 de março, entretanto, o número de doentes nos hospitais flutuantes havia se reduzido sensivelmente. A 5 de abril, os serviços do último desses hospitais de emergência, funcionando no vapor Marapatá, deixaram de ser necessários.
Devido, ainda, à chegada de enfermos do interior do Estado e do território do Acre, reapareceram, depois, nesta capital, alguns casos e a 8 de março irrompeu a moléstia no Instituto Benjamin Constant, que permanecera imune até então. Foram atacadas 143 educandas e sete irmãs religiosas, não se verificando óbito algum. Em maio e junho, houve casos no interior e em Manaus, mas, neste momento (julho de 1919) parece extinta a gripe pandêmica, em todo o território do Estado, após o ciclo devastador de sua apavorante duração.
(Fonte: Mensagem lida perante a Assembleia Legislativa na abertura da primeira sessão ordinária da décima legislatura, pelo Exmo, Sr. Dr. Pedro de Alcântara Bacellar, governador do Estado, a 10 de julho de 1919. Disponível na internet em Center for Research Libraries / Brazilian Government Documents)
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