terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Academia Itacoatiarense de Letras sai na frente, na luta pela implantação da sede da Nova Universidade Federal do Médio e Baixo Amazonas em Itacoatiara

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Reunião do auditório do SENAC - 30 de janeiro de 2019
Registro fotográfico da entrega do ofício da AIL ao Reitor da UFAM Silvio Puga, manifestando a favor da implantação da sede da UFEMBAM em Itacoatiara.


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Participando da reunião do ICET/UFAM. Na foto: Reitor Silvio Puga e Prof. Hidelbrando - 31 de janeiro de 2019
Participando da roda de conversa no ICET/UFAM, logo após a reunião do SENAC, na qual me manifestei novamente em público, pela implantação da nova Universidade Federal do Médio e Baixo Amazonas, com sede em Itacoatiara.



Reunião no Clube de Cabos e Soldados, organizada pelo Dep. Federal Cap. Alberto - Dia 18 de fevereiro de 2019

























Presidente da Academia Itacoatiarense de Letras Frank Chaves, fazendo a entrega do ofício ao Deputado Cap. Alberto, pedindo apoio para que a sede da UFEMBAM seja em Itacoatiara


UFEMBAM ou apenas UFEMA - Universidade Federal do Médio Amazonas, mas a intenção é implantar a sede da nova Universidade Federal em Itacoatiara. E que não fique dependente de uma sede distante da realidade e das necessidades locais. Onde se possa criar novos cursos, mais investimentos no ensino, na pesquisa e na extensão e que esteja mais integrada e possa contribuir mais para o desenvolvimento de toda região! 


Clique aqui e assista o vídeo do meu pronunciamento

O vídeo registra a entrega do ofício e a minha justificativa do pleito para a implantação da sede da nova Universidade Federal em Itacoatiara.

A seguir, outras publicações e links do facebook, onde nos manifestamos e onde você pode observar e acompanhar as discussões do tema em questão




FIQUE POR DENTRO DA PROGRAMAÇÃO OFICIAL DO CARNAVAL ITACOATIARENSE/2019

Nenhuma descrição de foto disponível.

 Essa é a Programação da União dos Blocos Independentes de Itacoatiara. Que ocorrerá com maior incidência no centro, ao lado da Quadra de Esportes Herculano de Castro e Costa e em outros pontos da cidade, conforme programação acima

Nenhuma descrição de foto disponível.

Essa é a Programação da Liga Itacoatiarense de Blocos e Escolas de Samba - LIBES. Que ocorrerá no Centro de eventos Juracema Holanda de 02 a 03 de março de 2019.

Vale ressaltar que haverão ainda outros blocos independentes, que farão suas apresentações em algumas ruas da cidade. De 23/02 a 03/03/2019.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

IMPERADOR ROMANO NERO FOI VÍTIMA DE FAKE NEWS

Nero Cláudio César Augusto Germânico
Nero Cláudio César Augusto Germânico Foto:Wikimedia Commons

Segundo nova interpretação dos documentos antigos, Nero não era tão terrível quanto se acreditava


Nero, o último imperador Romano, que governou de 54 a 68 d.C. - tinha uma grande fama de mau. No entanto, segundo uma nova interpretação dos documentos escritos pelos filósofos romanos Publius Cornelius Tacitus, Gaius Suetonius Tranquillus e Cassius Dio, o imperador foi alvo de Fake Newse que, na verdade, ele não era tão terrível assim.

De acordo com a maioria dos relatos, o imperador chegou a matar sua própria mãe, esposa, irmão, e seus fieis guardas. Para os filósofos, não se sabe se isso realmente aconteceu. Há a possibilidade, inclusive, de o próprio Nero ter inventado esses fatos para passar uma imagem de mau.

Nero não era muito adorado pela classe média e alta. Mas antigos registros indicam que ele era odiado por todos, o que não era verdade. De acordo com o documentário Segredos dos Mortos: Os Arquivos Nero,lançado na última quarta-feira, 20 de fevereiro, pela PBS, o imperador era adorado por muita gente e pode ter sido alvo de escritos tendenciosos.

Tacitus escreveu culpando Nero pelo grande incêndio de Roma. A história diz que Nero tinha planos de uma construção não aprovada pelo Senado, e provocou o incêndio e para dar inicio a sua construção imediatamente. Só que sua construção não agradou muito a classe alta. Em entrevista à PBS, Eric Varner, professor da História da Arte na Universidade Emory, Atlanta, afirmou que "Nero teria sido visto como muito inadequado, aos olhos da elite romana". 

Além disso, Nero amava a arte, e sempre tentou aproximá-la ao universo romano. Segundo a historiadora Rebecca Benefiel, "se dependesse dele, ele provavelmente não teria escolhido ser imperador...Suas últimas palavras foram: 'Oh, um artista morre comigo', resumindo-se como um artista mais do que como líder militar."

Apesar de ser difícil de ser comprovada, essa nova releitura lança uma nova polêmica sobre a história do imperador romano.



Fonte: AH - Aventuras da História. Por: Mariana Ribas

sábado, 16 de fevereiro de 2019

5 historiadores que ajudam a compreender o Brasil

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Em um período de crises e incertezas, autores “clássicos” e contemporâneos podem oferecer caminhos para entender o país de hoje
Vinícius Mendes
Especial para o Jornal Opção
“Qual Brasil ficará quando essa crise acabar?”, questionou a escritora e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, em um evento realizado em março sobre resoluções de conflitos no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo.
Provavelmente, é o mesmo questionamento feito diariamente em salas de universidades, encontros em bares, reuniões empresariais, almoços familiares ou diálogos casuais do cotidiano, não apenas pelo período de incerteza que o Brasil vive como também pelo ineditismo da crise, que já dura cerca de três anos – desde a última eleição presidencial, em 2014.
Talvez a história possa ajudar a respondê-la. Não à toa, o interesse sobre o assunto fez com que diversas instituições de ensino ampliassem suas ofertas dentro do curso de história e oferecessem oficinas, debates e palestras sobre o assunto.
“Ler alguns autores que explicam as raízes brasileiras permite a compreensão até dos mecanismos que levam a períodos de crise como o atual”, afirma o pesquisador de curadoria do Instituto Tomie Ohtake, Theo Monteiro, com licenciatura em História pela USP.
Poucos escritores que se dedicaram a essa tarefa, no entanto, tiveram sucesso significativo, e os que conseguiram se tornaram referências básicas de compreensão do que foi o Brasil antes para ser o que é hoje. A seguir, listamos cinco historiadores que ajudam a compreender o país atual por meio do seu passado.
Sérgio Buarque de Holanda (1902 – 1982)
Apesar de ser conhecido por seu clássico Raízes do Brasil, seu primeiro livro publicado em 1936, o historiador, sociólogo e jornalista Sérgio Buarque de Holanda escreveu diversas outras obras fundamentais para compreender o país, como Cobra de Vidro, de 1944, Visão do Paraíso, de 1959 – que considerava seu melhor trabalho – e Do Império à República, de 1972. Nos anos 1940, ele também se dedicou a explorar a história de São Paulo, publicando Monções e Expansão Paulista em Fins do Século XVI e Princípio do Século XVII, obras importantes da historiografia do Estado.
Em Raízes do Brasil, Buarque busca explicações sobre as origens culturais e sociais dos brasileiros na história da colonização portuguesa. Para ele, ao contrário da conquista holandesa no Nordeste, que se baseava no investimento em meios tecnológicos para exploração da terra, Portugal não se preocupou em estabelecer um empreendimento no seu novo território, mas apenas mantê-lo de forma indisciplinada. Assim, estabeleceu um comportamento descompromissado que permaneceu durante o período colonial.
O conceito mais famoso do livro, porém, é o de homem cordial. Inspirado na obra do sociólogo alemão Max Weber, um dos escritores mais importantes da história da Sociologia, Sérgio Buarque demonstrou que, por uma série de aspectos históricos, os brasileiros não se ajustaram à impessoalidade do Estado moderno, baseado na burocracia e na racionalidade. Ao contrário, eles observam esses processos de forma pessoal, baseada mais na cordialidade. Assim, tudo é encarado com informalidade.
“A ideia do homem cordial é do homem que reage conforme seu coração, tanto para o bem como para o mal: é capaz de grandes efusões amorosas, mas também de inimizades violentas. O brasileiro ainda tem a inclinação de levar tudo para esse lado. É incapaz de obedecer uma hierarquia muito rígida, de disciplina rigorosa. Ele tende a travar contatos amistosos, encurtar distâncias”, analisou o cantor e compositor Chico Buarque, filho de Sérgio, no documentário Chico – Ou o país da delicadeza perdida, de 1990.
A ideia de cordialidade do brasileiro seria utilizada por muitos escritores contemporâneos para explicar questões como a corrupção na administração pública do país e o famoso “jeitinho brasileiro”, traço cultural estruturado na informalidade.
Boris Fausto (1930)
Ao contrário dos outros dois autores citados aqui, o paulistano Boris Fausto tem uma carreira acadêmica quase totalmente dedicada à História. Ainda que tenha se formado em Direito pela Universidade de São Paulo, em 1962, concluiu ainda nos anos 1960 a licenciatura em História pela mesma universidade, onde também se fez Mestre e Doutor estudando aspectos históricos do Brasil.
Membro da Academia Brasileira de Letras desde 2001, ele possui uma vasta obra historiográfica do país, em que se destacam História do Brasil, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro Didático, e Negócios e ócios: histórias da imigração, que também levou o Prêmio Jabuti de 1998 na categoria Melhor Livro de Ciências Humanas. Nele, Fausto conta a história da imigração da sua família – mãe turca e pai romeno – para São Paulo, situando em paralelo os ajustes que a sociedade brasileira precisou fazer para receber estrangeiros durante a primeira metade do século XX.
Ele também possui obras sobre os impactos da chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, para a sociedade brasileira como um todo, sobre a criminalidade em São Paulo entre o Império e a República Velha e sobre a democracia no país.
José Murilo de Carvalho (1939)
Apesar de sua formação em Sociologia e Ciência Política, o mineiro José Murilo de Carvalho adquiriu conotação no meio acadêmico por suas obras historiográficas a respeito do Brasil. Ainda que tenha começado a carreira escrevendo livros sobre períodos específicos do país, seus trabalhos mais importantes tratam das particularidades da formação da república e da democracia no país. Entre eles, se destacam Os bestializados, de 1987, um breve compilado chamado Cidadania no Brasil: O longo caminho, de 2001, muito utilizado em cursos universitários de Ciência Política e Sociologia, e Forças Armadas e Política no Brasil, de 2005.
Em Cidadania no Brasil, ele se amparou na obra do sociólogo britânico Thomas Marshall, que, observando a história da Inglaterra, desenvolveu uma linha de evolução da cidadania em três níveis de direitos oferecidos aos governados. Segundo Marshall, os primeiros direitos que a população inglesa recebeu foram os civis (ir e vir, se expressar), passando pelos políticos (votar) e chegando, enfim, aos sociais (educação, saúde).
Murilo, porém, percebeu que esse desenvolvimento não se deu da mesma forma no Brasil: também por uma série de aspectos políticos – como os fatos que envolveram o primeiro período Vargas (1930-1945) –, os brasileiros se apropriaram primeiro dos direitos sociais, exemplificado na criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Somente depois desse momento é que os brasileiros tiveram acesso aos direitos civis e, por fim, aos políticos, com a Constituição de 1988.
Em uma recente entrevista ao site El Papiamento, Murilo demonstrou pessimismo com a democracia brasileira. Para ele, a última constituição não foi capaz de eliminar as pressões originárias de uma sociedade muito desigual com um maior acesso à representação política. “Hoje, a briga é entre cidadãos comuns, amigos, colegas e parentes, o que pode deixar algumas cicatrizes”, analisou.
Historiadores contemporâneos
Para além dos historiadores “clássicos” do Brasil, que são referências para todos os estudantes de História e interessados em conhecer as bases da sociedade brasileira atual, diversos outros autores contemporâneos publicaram contribuições importantes para esse conhecimento. Dentre eles, estão Luiz Felipe de Alencastro, professor do curso de História do Brasil da Universidade de Sorbonne, em Paris, na França, e Laura de Mello e Souza, professora de História Moderna da Universidade de São Paulo desde 1983.
Alencastro publicou em 2000 o seu principal livro historiográfico, chamado O Trato dos Viventes, em que demonstra a existência de uma rede de circulação de navios negreiros funcionando na parte sul do Oceano Atlântico, abastecendo “mercados” no Brasil, no Rio da Prata e até na China. “Percebi que 95% dos navios que trouxeram africanos para o Brasil entre 1550 e 1850 saíram de portos brasileiros para outros lugares. Estamos falando, então, de uma rede no Atlântico Sul que é o elemento essencial, transcontinental, de formação do Brasil”, afirmou em entrevista à revista Estudos Históricos, da Fundação Getúlio Vargas, em 2015.
Laura, por sua vez, ganhou conotação com a publicação de O sol e a sombra, de 2006, cujo reconhecimento veio no ano seguinte com o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ciências Humanas. Nele, a escritora reflete sobre o que permitiu o controle de Portugal sobre o Atlântico Sul durante o século XVIII, em um momento que marcou uma nova concepção de império para a metrópole europeia.

fonte:
Vinícius Mendes
Especial para o Jornal Opção

Dia do Repórter - 16 de fevereiro





História
Em 1442, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a imprensa com uma nova técnica de impressão usando máquinas – antes a impressão era manual. A invenção foi fundamental para a criação dos jornais modernos e, consequentemente, o surgimento dos primeiros repórteres. Nas décadas seguintes as publicações aumentaram e a profissão do repórter ficou mais conhecida.
No Brasil, os primeiros jornais de caráter noticioso surgiram apenas no final do século IXX, como O Estado de São Paulo e o Jornal do Brasil. Antes, os jornais publicavam conteúdo oficial e opinativo. Com essa mudança de característica, a profissão do repórter ganhou destaque no início do século XX, quando os jornais passaram a dedicar espaço para as grandes reportagens. Essas são caracterizadas pelo aprofundamento investigativo da informação, pesquisa, contextualização, abordagem multiangular e narrativa diferenciada. 
O ITACOATIARA (1874), foi o primeiro Jornal do interior do Amazonas e o seu proprietário Capitão Felisardo Joaquim da Silva Moraes, fez as primeiras reportagens para constar nesse semanário noticioso na época da província do Amazonas.
Euclides da Cunha é considerado por alguns como o primeiro repórter do Brasil, devido à cobertura da Guerra de Canudos para O Estado de São Paulo, em 1896. Na época, o autor de Os Sertões entrevistou presos, pesquisou arquivos sobre os personagens da guerra, como Antônio Conselheiro, e narrou para o jornal o que acontecia no arraial.
Parabéns pelos relevantes serviços prestados a sociedade!

fonte: 
Por Adriano Lesme - Graduado em Jornalismo
Frank Chaves - Historiador

sábado, 9 de fevereiro de 2019

“LÁGRIMAS DE CROCODILO”, DE ONDE VEIO ISSO?

Origem da expressão “Lágrimas de Crocodilo”

Afinal, crocodilo chora? E por que seria?

frase, empregada para se referir a alguém que demonstra um choro fingido, tem registros desde o Egito antigo. Segundo escritos de Plínio, o Velho, do século 1, crocodilos que ficavam às margens do rio Nilo exibiam seus olhos lacrimejantes, dando a impressão de que choravam, para atrair e atacar as suas vítimas.

Séculos depois, o dramaturgo inglês William Shakespeare fez alusão ao termo em Otelo, de 1603: "Se com lágrimas de mulher fosse a terra fecundada, cada gota geraria um crocodilo".

Há, no entanto, uma explicação fisiológica para o choro do animal. Como as glândulas salivares e lacrimais ficam próximas, quando ele mastiga, a pressão sobre elas aumenta, fazendo com que as lágrimas escorram.

fonte: Camila Stähelin
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/etimologia-expressao-lagrimas-de-crocodilo.phtml

Você sabe porque o alfabeto tem essa ordem de A a Z?

alfabeto-site


Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?

Os fenícios, mas não se sabe muito bem por quê. Provavelmente, as letras foram colocadas em seqüência aleatoriamente. O que se sabe é que o povo que habitou a região onde atualmente fica o Líbano, entre os anos 1400 e 1000 a.C., criou uma série de símbolos muito parecidos com os que usamos hoje, inspirados na escrita egípcia, cujas letras (ou ícones) representavam uma idéia. A grande inovação dos fenícios foi fazer cada símbolo equivaler a um som, relacionando o formato do símbolo a um objeto, um lugar ou um animal ao qual se expressavam usando determinado som (ou grunhido).

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Veja, por exemplo, como surgiu a letra A. A base para a criação dela foi o hieróglifo egípcio que representava “boi”, cujo formato lembrava a cabeça do animal. Os fenícios criaram um ícone bem parecido para representar o som da primeira sílaba de aleph (“boi”, em fenício). Portanto, sempre que aparecia esse som em uma palavra, o tal ícone era usado. 

Assim surgiu o alfabeto fenício, que serviu como base para a maioria dos alfabetos atuais, inclusive o nosso. Como? O fenício inspirou o grego, que por sua vez inspirou o etrusco, que, enfim, originou o romano (ou latino), que é esse que você está lendo. A ordem das letras não mudou, mas novos símbolos surgiram, mesmo depois da criação do alfabeto romano – que nasceu há cerca de 2 700 anos. A princípio, os romanos tinham 21 letras. O U cumpria a função de V, W e U mesmo, enquanto o I fazia a função de I e de J. E assim foi o nosso alfabeto até o século 16, quando o lógico francês Pierre Ramée criou as novas letras. 

A letra "a" (ou suas equivalentes) é a primeira letra em quase todos os alfabetos do mundo, com exceção do mongol, tibetano, etíope e outros menos conhecidos. Representa, entre os povos antigos, um grande poder místico e características mágicas, associadas ao número um. 

Foi a forma da cabeça do Boi que gerou a escrita do "aleph" no hebraico, do "alpha" no grego, do "a" no latim. 

A escrita do Egito antigo, o hieróglifo, é um sistema ideográfico, isto é, que representa idéias por meio de sinais que reproduzem objetos concretos. Usava o desenho de um par de chifres bovinos para designar a parte anterior ou o cume de qualquer coisa. O princípio do ano, ou o Ano Novo, era também representado por um par de chifres bovinos tendo um ramo nascendo entre eles. 

A representação hieroglífica do Touro (ka, áh) e de sua cabeça (àh) mantinha uma relação com o símbolo do falus (ka, bah, met, tai), que significa pênis, o touro, aquilo que é masculino, marido, entre outros significados. 

Nos períodos pré-dinástico e arcaico do Vale do Nilo, os bois participavam dos primeiros arados, sob a intervenção humana, nos primórdios da agricultura. Nesse tempo era costume decorar altares e templos com crânios de touros sacrificados, também o verbo "amar" (MER) era representado pela figura de um arado na forma de um "A" inclinado e "arar" por um homem utilizando esse instrumento. 

E ainda, numa época anterior, no Crescente Fértil, o instrumento primitivo usado para ceifar tinha a forma de uma mandíbula de touro. 

O ato de cultivar a terra, o ato de fazer amor, foram associados entre si e ao boi. 


Fontes:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-decidiu-a-ordem-das-letras-do-alfabeto/
1) "Mysteries of the Alphabet", Marc Alain- Quaknin.
2) "A Farra do Boi", do sacrifício do touro na antiguidade à farra do boi catarinense- Grupo de Estudos C. G. Jung, Coordenação Dra Nise da Silveira; Numen Editora/Espaço Cultural/1989.

“Boceta” ou “buceta”! Como se escreve, o que significa?

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Boceta de rapé
A palavra correta é boceta, que os dicionários da língua portuguesa descrevem como: “caixinha”, “pequena caixa, geralmente de madeira, em que se guardavam pertences”; e, em sentido figurado, como “o órgão sexual feminino”.
O sentido original de boceta era apenas o de caixinhas (como as da foto ao lado). Antes de ganhar sua atual conotação, usava-se até mesmo na expressão “boceta de Pandora”, como sinônima de “caixa de Pandora”.

Desse sentido original de “boceta” surgiu o substantivo “boceteiro” (fabricante de caixinhas, ou vendedor de caixinhas), que por sua vez deu também o substantivo “boceteira“, com o sentido mais amplo de vendedora (“vendedora ambulante de miudezas”).


Na linguagem moderna informal, assim como boceta se usa cada vez mais apenas com o sentido de órgão sexual da mulher e cada vez menos com o sentido de caixa, o sentido original de “boceteiro” já praticamente desapareceu, tendo sido substituído, na linguagem informal, pelo sentido de “que ou aquele que gosta [muito] de boceta” – ou, em termos mais polidos, como preferiu o Priberam, como sinônimo de “mulherengo“.

Como a palavra original “boceta” é cada vez menos conhecida, muitos falantes da língua, acreditando tratar-se de neologismo, grafam “buceta” com “u” no lugar do “o“, tal como a ouvem.
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Boceta de rapé / tabaqueira
A troca na escrita, porém, não se justifica: mesmo escrita “boceta”, a palavra já era, tanto em Portugal quanto no Brasil, pronunciada “bucêta” – num fenômeno completamente normal da língua portuguesa, na qual “cozinha” é comumente (e de forma lícita) pronunciada “cuzinha“; “costela”, como “custéla“, etc.


Caso você tenha nascido ontem, boceta no Brasil é um termo chulo que quer dizer vagina ou vulva. Trata-se de uma metáfora sobre um significado original: caixinha oval ou oblonga, principalmente uma utilizada para guardar fumo ou rapé. Machado de Assis ainda usava a palavra com esse sentido. Em Portugal até hoje é assim, tanto que dizem "boceta de Pandora" em vez de "caixa de Pandora". 

Agora as curiosidades: a palavra deriva do latim buxis (caixa) com diminutivo. Buxis também deu no inglês box e no francês boîte. Esse último veio a entrar no português como "boate". 




fontes:
https://dicionarioegramatica.com.br
Gramática. Ortografia. Lexicologia. História da língua portuguesa. Suas variantes, evoluções, rumos e futuro.

http://pseudolinguista.blogspot.com/2014/04/como-e-que-se-escreve-buceta-ou-boceta.html

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ALBUM DE ITACOATIARA