Terminal Rodoviário de Manaus pode ser construído em terreno próximo à ponte Rio Negro



Após anos de críticas devido ao serviço prestado que não agrada a maioria da população, o Terminal Rodoviário Huascar Angelim, no bairro de Flores, Zona Centro-Sul, pode ter um novo destino. Ao contrário da reforma, prometida diversas vezes pelo poder público, a nova sugestão prevê também a mudança definitiva do local para um dos terrenos na cabeceira da ponte Rio Negro, Zona Oeste.
A ideia será levada a uma audiência pública das comissões de transporte da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) e da Câmara Municipal de Manaus (CMM). A temática resurge após Manaus se candidatar a receber jogos da Olimpíada 2016.

Em 2014, quando a capital recebeu jogos da Copa do Mundo, o terminal passou por uma reforma que incluiu pintura e alguns ajustes 11 dias antes do início da competição na cidade e, mesmo assim, continuou sendo alvo de crítica dos usuários.

Velhos problemas
Para os usuários do transporte intermunicipal de Mancapuru, Iranduba e Novo Airão, caso o projeto se torne realidade, a viagem para a região metropolitana será um sacrifício a menos. O aposentado Edson de Moura, 77, é um dos moradores de Manacapuru que uma vez por semana vem a Manaus. Quando não utiliza a rodoviária ele prefere ficar nas proximidades da Ponte. “Entre ir para lá e ficar aqui na parada de ônibus, prefiro esperar aqui porque é quase a mesma dificuldade”, ressalta Edson.

Os problemas com a estrutura atual são muitos. Eles vão desde a falta de iluminação adequada até os problemas do banheiro. Não há um sistema de ventilação que consiga melhorar as condições do local e alguns dos usuários relatam até goteiras nos telhados. A sujeira do ambiente também incomoda quem precisa utilizar o local para embarque e desembarque.

O carpinteiro Raimundo Nonato de Oliveira, 63, disse se incomodar com a forma como os passageiros são tratados tanto na rodoviária quanto na área que existe hoje próximo à Ponte Rio negro. No local, há apenas uma parada de ônibus que, segundo ele, está sempre lotada. “Faço esse caminho todo dia e aqui está sempre lotado. A gente se espreme pra não ficar na rua”, lembra.

A opinião do ajudante farmacêutico Rodolfo Braga, 40, vai a favor de uma análise para que a mudança não prejudique outros viajantes que desembarcam em Manaus. “Tem gente que vem de Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo que também não podem ser prejudicados”, lembrou.


Jornal acritica

Senado acaba com coligação em eleições para deputados

Pela decisão, também ficam proibidas coligações para eleição de vereadores

Pela proposta, também não haverá mais substituição de parlamentar eleito por um suplente de outro partido  Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
Pela proposta, também não haverá mais substituição de parlamentar eleito por um suplente de outro partido  Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
O Senado aprovou nessa terça-feira (10), em primeiro turno, a Proposta de emenda à Constituição (PEC) 40, que acaba com as coligações eleitorais em eleições proporcionais. Elas valerão apenas para as eleições majoritárias. A PEC 40 é uma das que fazem parte da reforma política.  
 
Na prática, a PEC estabelece que os partidos só poderão se coligar nas eleições para cargos do Executivo – federal, estadual e municipal – e para o Senado. Dessa forma, ficam proibidas as coligações para as disputas à Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras de vereadores municipais.
  
Pela proposta, não será mais possível, por exemplo, que dois partidos que não alcançaram o número necessário de votos para atingir o coeficiente eleitoral se unam para eleger um candidato. Também não haverá mais substituição de parlamentar eleito por um suplente de outro partido.
  
A PEC foi aprovada em primeiro turno, mas somente o texto base, sem a análise das emendas apresentadas. Um calendário especial para a conclusão da votação de primeiro turno e para o segundo turno também foi aprovado pelos senadores. A expectativa é que a votação final aconteça na próxima semana, quebrando os interstícios das três sessões de discussão necessárias para sua votação.

Cúpula do Teatro Amazonas -1885

"Cúpula do Teatro Amazonas_1885 - Aspecto da cúpula do teatro que mostra a estrutura metálica ainda em construção e sendo pré-montada para teste na fábrica da "Compagnie Centrale de Construction" na cidade de Haine-Saint-Pierre, Bélgica, antes de ser enviada para Manaus. Há pouca informação e fotos sobre a gigante estrutura com construção iniciada a partir de 1885 e cuja logística montada para trazê-la até Manaus demandou e envolveu pessoas, navios, muitas carroças e decorreu mais de um ano. Destaques: Como é possível observar, a cúpula é uma peça inserida no projeto original com o objetivo de assinalar externamente a sala de espetáculos e não uma improvisação idealizada durante as obras, como argumentam alguns. O Teatro Amazonas é um projeto do Arquiteto português B. A. de Oliveira Braga membro do "Liceu de Engenharia de Lisboa" e teve as obras supervisionadas pelo Arquiteto italiano Celestial Sacardim. Fonte: Manaus Sorriso - Foto: Acervo da Compagnie Centrale de Construction, Haine-Saint-Pierre, Bélgica - Colorização digital eletrônica: Paulo Menezes"

Aspecto da cúpula do teatro que mostra a estrutura metálica ainda em construção e sendo pré-montada para teste na fábrica da "Compagnie Centrale de Construction" na cidade de Haine-Saint-Pierre, Bélgica, antes de ser enviada para Manaus. Há pouca informação e fotos sobre a gigante estrutura com construção iniciada a partir de 1885 e cuja logística montada para traz...ê-la até Manaus demandou e envolveu pessoas, navios, muitas carroças e decorreu mais de um ano. Destaques: Como é possível observar, a cúpula é uma peça inserida no projeto original com o objetivo de assinalar externamente a sala de espetáculos e não uma improvisação idealizada durante as obras, como argumentam alguns. O Teatro Amazonas é um projeto do Arquiteto português B. A. de Oliveira Braga membro do "Liceu de Engenharia de Lisboa" e teve as obras supervisionadas pelo Arquiteto italiano Celestial Sacardim. Fonte: Manaus Sorriso - Foto: Acervo da Compagnie Centrale de Construction, Haine-Saint-Pierre, Bélgica - Colorização digital eletrônica: Paulo Menezes.
 
 
foto de Manaus Sorriso.
 
 

Prioridade da ZFM é investir em rodovias e hidrovias com saídas para o Oceano Pacífico

Estudiosos propõem investir no projeto denominado 'nova logística dos novos modais no Estado' que contemplará projetos em todo o AM

O Amazonas sofre há décadas com problemas de logística que comprometem tanto a competitividade da Zona Franca de Manaus quanto o deslocamento na Amazônia.
A alternativa proposta por estudiosos é investir no projeto denominado “nova logística dos novos modais no Estado” que, se aprovado pelo governo, atuará com investimentos em todo o Amazonas. O projeto faz parte do “Plano de Desenvolvimento Estratégico do Amazonas”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan).
Segundo o coordenador geral do plano de desenvolvimento, Luiz Almir de Menezes Fonseca, o projeto propôs ações nas regiões norte, sul, leste e oeste do Estado. “Soluções existem e são simples, mas precisamos de decisão política para que as ações sejam iniciadas”, disse.
Na região sul, que contemplará Manaus, Cuiabá e Porto Velho, o projeto propõe investimentos em infraestrutura como construção de portos ao longo do rio Madeira. Esse rio é rota da produção de grãos, como soja, que vem do Mato Grosso com destino ao Sul, Leste e Centro Sul do País. Um dos portos seria construído no município de Itacoatiara e custaria, aproximadamente, R$ 2 bilhões.
“Essa é uma hidrovia importante para o desenvolvimento da região. Ela é rota da produção de soja que vem do Mato Grosso com destino aos portos de São Paulo. É preciso de gestão dessa hidrovia, dar segurança, infraestrutura com a construção de porto e uma parceira público privada para a gestão da hidrovia”, explicou o engenheiro e estudioso de logística, Carlos Araújo, que também participou da composição do plano de desenvolvimento.

Via leste terá investimentos na ligação fluvial entre Manaus e Macapá. Essa hidrovia é a rota de parte produtos do Polo Industrial de Manaus até Macapá. Em Santana, vai pelo corredor fluvial-marítimo em direção aos portos do Atlântico Norte e Sul. “A produção de milho e soja vem por essa rota. Os contêineres do distrito vão por ele, então é necessário investir nessa hidrovia. Se esse investimento for feito no rio Madeira, contemplará a hidrovia nos sentidos leste e sul do Estado”, disse Araújo.
No caso da via oeste, o projeto propõe a integração pelo Rio Amazonas e Maranõn até Puerto América, no Peru. Após isso, a rota segue via rodoviária até o porto Marítimo de Paita, no Peru. Segundo Machado, os insumos que vem da Ásia para a ZFM fariam esse trajeto, que é mais rápido. “Hoje essa rota é feita via Panamá, via oceano Atlântico e pelo Pacífico. Por essa nova rota, nós poderemos abastecer até a Ásia com os produtos da PIM, via Peru”, explicou Araújo.
Na Região Norte do Estado, existem duas alternativas. A primeira já liga Manaus a Boa Vista (Roraima), via BR-174, com destino final  Puerto de La Cruz, na Venezuela. A segunda possibilidade é chegar Georgetown, na Guiana, fronteira com Roraima, até o porto, que possibilitará o escoamento da produção do Amazonas para as Américas do Norte, do Sul, Central, além do Caribe.
“A solução existe e é viável. Mas para que isso seja feito é necessário vontade política de todos os envolvidos”, afirmou o coordenador geral do plano de desenvolvimento, Luiz Almir de Menezes Fonseca.
 
Viabilidade
O engenheiro e estudioso da logística no Amazonas Waltair Machado explicou que é fundamental para o desenvolvimento do Estado largos investimentos em logística. “É urgente levar desenvolvimento para toda a região amazônica, mas não se pode ficar rasgando a mata abrindo estradas. Esse desenvolvimento ou vai pelo rio ou de avião, não podemos ficar desmatando para abrir estradas. O que tem que se fazer é concluir as que já foram iniciadas”.
Outra grande discussão entre estudiosos e políticos é o quanto as obras custarão ao Estado e de que forma isso poderá afetar o meio ambiente. “É preciso ter investimentos pensando no que o todo vai ganhar e não no que trará de beneficio para cada setor. Ficamos muito tempo reféns de muitos ambientalistas e políticos que divergem sobre o impacto ambiental, mas que impacto ambiental é esse? É necessário investir, sim, mas de forma sustentável”, disse Machado.
Ele faz críticas ao que considera uma visão dogmática sobre a preservação ambiental da região. “Nós sempre esbarramos naquela visão preservacionista. Nós deixamos os ecologistas românticos assumirem o papel, ou seja, na nossa indecisão se a Amazônia é um fundo de quintal do Sul ou se a Amazônia de fato é uma região estratégica e com isso nós deixamos o tempo passar. Ficamos felizes com o modelo ZFM porque tem dado alguns frutos. Isso precisa mudar”, conclui o estudioso.

BR-080
Uma outra alternativa divergente para ligar o Amazonas ao restante do País é a rodovia federal BR-080, que ligaria o Amazonas, a partir de Autazes, até Altamira (PA), conectando ao Centro-oeste a partir da BR-163.
A ideia é defendida pelo doutor em Microeconomia e mestre em Desenvolvimento Regional, Ivens Brito de Araújo, que acredita que a conclusão da estrada custaria aproximadamente R$ 360 milhões, o tempo de viagem seria de três dias, enquanto que pela BR-319 será de sete dias, se um dia ela for concluída.
Segundo o Ivens, que coordenou entre 2005 e 2006, o estudo “melhor logística da Zona Franca de Manaus”, a BR-080 é a mais sensata, pois o montante investido para a conclusão é muito menor que o para a conclusão da BR-319, além de reduzir para três dias o tempo dia viagem, possibilitando até a redução de preços dos produtos que chegam e saem do Estado ao consumidor final.
“Em termos de lógica, a BR 319 é uma insanidade. A disparidade de tempo é muito grande. Para concluir a BR-080 faltam apenas 360 km, que custará pelo menos R$ 360 milhões, para se concluir a estrada, de Autazes, no Amazonas, para Itaituba no Pará. Agora, para concluir a BR-319 faltam mais de 900 km e será gasto mais de R$ 1 bilhão. O impacto ambiental será menor e os governantes não entendem isso. Não sei os motivos”, afirmou.
 
ACRITICA.COM

Consulta de opinão

ALBUM DE ITACOATIARA