segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

19 municípios do interior serão beneficiados com entrega de títulos pelo Governo do Amazonas

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A política fundiária do Governo do Amazonas deverá beneficiar neste ano, por meio da Secretaria de Política Fundiária (SPF), 19 cidades do interior do Estado com a entrega de 5 mil títulos definitivos rurais. Outros 1 mil títulos urbanos também deverão ser entregues para a cidade de Novo Airão e aproximadamente 12 mil documentos vão atender famílias da capital amazonense.
As novidades foram anunciadas no último sábado, dia 24 de janeiro, pelo secretário estadual de Política Fundiária, Ivanhoé Mendes, que esteve reunido com moradores do bairro São Jorge, onde o Governo irá distribuir 1 mil títulos. “Após o Carnaval vamos percorrer várias cidades como Barreirinha, Maués, Itacoatiara, e outras. Só em Novo Airão vamos entregar mil títulos urbanos, a maior entrega de títulos de terra urbanos fora da cidade de Manaus”, destacou o secretário.
Ainda segundo Ivanhoé, a previsão é que a entrega dos títulos aos amazonenses do interior seja feita com a presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias.
O título definitivo do imóvel garante segurança jurídica sobre a posse da propriedade, além de possibilitar o acesso às inúmeras políticas públicas e de crédito em agências de fomento, como a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e o Basa, e também aos bancos privados. “Você vê famílias que estão há quase uma década morando numa casa, elas têm a posse da casa mas não são os legítimos proprietários. E a partir de agora, com o título, elas poderão registrar e ter segurança jurídica”, ressaltou Ivanhoé.


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domingo, 25 de janeiro de 2015

Percorrendo longos trajetos pela capital, carteiros comemoram o seu dia neste domingo (25)

Com uma rotina que inclui 15 quilômetros de caminhadas diárias, eles percorrem a cidade e ajudam a reduzir distâncias entre a correspondência e o destinatário. Dia do Carteiro é comemorado no dia 25 de janeiro
Há 12 anos entregando cartas, Fredson Freitas conta que caminha, em média,  15 km por dia, carregando uma carga de até 12kg. 

Há 12 anos entregando cartas, Fredson Freitas conta que caminha, em média, 15 km por dia, carregando uma carga de até 12kg. (Antônio Lima)
 
Não é por acaso que neste domingo é celebrado o dia carteiro: em 1663, nessa mesma data, foi instituído o primeiro correio-mor do Brasil. Desde então, esse profissional está nas ruas de todo o País entregando as correspondências e diminuindo as distâncias entre as pessoas.
A distância só não diminui para o próprio profissional, que anda em média 15 km por dia com uma carga de aproximadamente 8 kg, caso seja uma carteira, e 12 kg se for um carteiro.
 
Bem vindo
Segundo o carteiro Fredson Freitas da Silva, 37, que trabalha há 12 anos no mesmo distrito, no bairro Presidente Vargas (mais conhecido como Matinha), Zona Sul da capital, quando está com a farda, ele é bem-vindo em todos os locais da cidade e não tem a segurança ameaçada mesmo quando está em locais considerados mais perigosos pela polícia. “No trabalho vou em locais onde se sabe que existem usuários de drogas e pessoas envolvidas com tráfico, mas nada acontece comigo. As pessoas sabem que se fizerem mal aos carteiros, não receberão suas cartas”, afirma Fredson.
Ele também conta que, após trabalhar por todo esse tempo no mesmo distrito, já conhece os “clientes” pelo nome e viu muitas crianças do bairro tornarem-se praticamente adultos.“Sou amigo dos meus clientes e eles são meus amigos também. Sempre nos convidam (os carteiros) para um café, uma água... conversamos um pouco, mas tudo deve ser com um pouco de pressa”, afirma Fredson, justificando que ele tem hora para concluir as entregas.
 
Use a conta de água
Uma das dificuldades descritas por Fredson na hora de entregar as cartas é o endereço. “É que sempre a prefeitura muda o nome da rua, não sei por que isso acontece. Para mim, que já conheço bem o meu distrito, não é um problema, mas para um novato na área, sim”, explica o carteiro Fredson.
Ele também deixa uma dica valiosa para quem deseja receber sua correspondência sem erro. “Recomendo que as pessoas usem as contas de água na hora de fornecer o endereço para uma loja ou coisa assim. Como é fornecida pela prefeitura, os dados se mantém atualizados”.
Concorrência
De acordo com o experiente carteiro, o e-mail e outros novos recursos da comunicação não influenciaram no trabalho deles. “Não diminui nossa quantidade de trabalho porque as pessoas preferem receber a conta do que ter que imprimir, então continuamos trabalhando igual como quando eu comecei, com meus 25 anos”, garante Fredson.
 
Cachorros
As cicatrizes de Fredson não o deixam esquecer dos piores inimigos dos carteiros: os cachorros. “Já fui mordido umas três vezes, são ossos do ofício”, conclui.
 
 
Jornal acrítica - Manaus (AM), 25 de Janeiro de 2015
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sábado, 24 de janeiro de 2015

AMAZÔNIA E O CLIMA


AMAZÔNIA E O CLIMA.
O desabastecimento dos reservatórios de água no sudeste, nesses meses de verão acendeu a discussão sobre o clima, com alguns palpites totalmente fora do contexto científico. Para entender melhor o problema é preciso recorrer aos eventos da nossa história geológica e dizer que o clima se estabilizou por volta de 11 a 12 mil anos (Holoceno) permitindo, na Amazônia, a expansão das ilhas de alta biodiversidade (Teoria dos Refúgios) dando origem ao atual cenário florestal. Nesse período, entretanto, houve uma forte crise climática, (entre 5 e 6 mil anos atrás) decorrente do derretimento de geleiras, que elevou o nível do mar, represou o Amazonas e originou as várzeas atuais onde uma riquíssima biodiversidade é indissociável da manutenção do equilíbrio ecológico dos rios de água branca.

A INFLUÊNCIA HUMANA.
A Revolução Industrial iniciada no final dos anos de 1800 provocou grandes transformações nas características do planeta o que levou Paul Crutzen, Premio Nobel de Química de 1955, a sugerir o surgimento de uma nova era - Antropocena - (pós Holoceno) assentando sua teoria no fato das atividades humanas terem se tornado a principal força por trás das grandes mudanças na topografia e no clima do planeta.
Na Amazônia, as alterações humanas só vieram quase 100 anos depois da Revolução Industrial, quando a ditadura militar (1964) com a justificativa de manter a soberania sobre o território, optou por ocupar a região pela via da migração, usando inclusive um “slogan” que dizia “homens sem terra para terra sem homens”. Essa opção é o marco inicial da destruição da floresta e da biodiversidade que, juntas e sob o primado da energia solar, constituem o alicerce do clima regional.

O CLIMA NA AMAZÔNIA.
Um fator determinante do clima, portanto, é a radiação solar incidente que, em média, chega a 400 calorias por centímetro quadrado, por dia, das quais 73% são utilizadas na produção de vapor d’água através da evapotranspiração das florestas e da evaporação dos espelhos de água, 25-26% utilizadas para o aquecimento do ar e apenas 1–2 % para formação de matéria orgânica nova, através da fotossíntese.

O CICLO DA ÁGUA.
A precipitação pluviométrica média na bacia do rio Amazonas é de 2.400 milímetros por ano sendo que, na porção noroeste, na área conhecida como “cabeça de cachorro” - região fronteiriça entre Brasil, Colômbia, Venezuela - não ocorre estiagem e a chuva pode atingir até 3.500 mm/ano. Precipitações elevadas também ocorrem no litoral do Amapá em razão da influência das linhas de instabilidade que se formam ao longo da costa no período da tarde e que são levadas para o continente pelos ventos marinhos.
Esses ventos marinhos introduzem na atmosfera da Amazônia, cerca de 10.000.000.000.000 metros cúbicos de vapor d’água por ano, dos quais mais ou menos 4.000.000.000.000 saem pelos “rios voadores” para abastecer a formação de nuvens e chuvas no Pantanal, no Centro Oeste e no Sudeste. Ficam, portanto, na região, cerca de 6.000.000.000.000 metros cúbicos que são reciclados pela floresta e transformados em 15.400.000.000.000.000 metros cúbicos de chuva. Esse balanço hídrico do clima da Amazônia, só fecha porque os dados e conclusões científicas (eu sei e não eu acho) mostram que a floresta, através do processo de evapotranspiração, reintroduz a água na atmosfera dando origem a novas nuvens formadoras de novas chuvas que se precipitam sobre a floresta, com a mesma água chovendo de duas a três vezes. É difícil definir com precisão o que a destruição das florestas e da biodiversidade provocará no clima amazônico, porém simulações em computadores indicam que haverá chuvas torrenciais, assoreamento dos rios, erosão do solo, e significativas alterações climáticas regionais com consequências de maior ou menor intensidade sobre o resto do Brasil.
Evidentemente a questão é muito mais complexa do que cabe em uma coluna de jornal, mas ele serve como indicador da impossibilidade de entender o clima do Brasil, sem refletir sobre o ciclo da água na bacia amazônica, pois a quantidade de energia solar, o volume de água e a área da bacia têm dimensões inseridas em uma enorme ordem de grandeza.


Por Ozório Fonseca: Esse texto foi publicado na edição deste final de semana do Jornal do Comércio.

Sequestro de ônibus aterroriza passageiros que utilizam o transporte entre Manaus e Itacoatiara

O assalto seguido de sequestro aterrorizou a todos devido a forma violenta como ocorreu

Da Redação – Uma prática criminal comum no sul do pais agora parece assustar também em Manaus. O sequestro de ônibus. Na manhã da última quinta-feira (22), os usuários do ônibus da Eucatur que faz a Linha Itacoatiara-Manaus viveram essa triste situação. O clima de terror tomou conta de todos que estavam no veículo. Os assaltantes estavam munidos de forte armamento, ameaçaram a todos colocando em risco o bem mais precioso que um ser humano possua: a própria vida.
 
A tomada do ônibus ocorreu já em Manaus, em plena 11 horas da manhã, na Avenida Torquato Tapajós, na altura da comunidade Campos Sales. Os sequestradores e assaltantes se revezavam nas agressões aos passageiros e a tripulação roubando dinheiro, joias, roupas, além dos Celulares e dois Notebooks de duas professoras.
 
“Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças", disse Rosquildes
“Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças”, disse Rosquildes
 
Uma das vitimas foi o vereador Francisco Rosquildes (PT) que ficou bastante horrorizado com a situação. Ele ficou só com a roupa do corpo, literalmente, pois tudo foi levado. Foi por iniciativa dele que todas as vítimas foram até o 12º Distrito Integrado de Policia, onde registraram o ocorrido, formalizando um Boletim de Ocorrência. Rosquildes costuma fazer com frequência essa viagem, e esta estarrecido com o ocorrido. “Passamos por maus bocados, tivemos armas apontadas para nossas cabeças, uma experiência que não quero que ninguém sinta, e espero que a empresa possa ressarcir os prejuízos causados pelos sequestradores”, disse o parlamentar.
 
Um representante da Eucatur esteve conversando com os passageiros e disse que no espaço de 30 dias a empresa irá saber como atender ou reparar os prejuízos. (Texto e Fotos: Kennedy Lyra)

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