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terça-feira, 18 de março de 2014
Artesãos se sentem prejudicados pela Amazonastur
Desde o início da
temporada de navios cruzeiros, os turistas que desembarcam no Porto de
Manaus são recepcionados pela Amazonastur e recebem um colar com um
Muiraquitã. Diz a lenda, que no coração da Amazônia existiram as
mulheres guerreiras protetoras do Eldorado, também conhecidas como
Icamiabas. Em noites de lua cheia elas confeccionavam o muiraquitã, um
pingente feito de argila ou de pedras preciosas retiradas do fundo de um
lago encantado. Ele tinha o formato de um sapinho colorido e era
pendurado num colar para ser presenteado aos seus pretendentes. Segundo o
mito, o índio que usava o talismã ganhava força e sorte. Até hoje, o
muiraquitã é considerado um amuleto.
Essa ação desagradou artesãos da cidade. Rosa dos Anjos, artista plástica e fundadora da ACEAM – Associação de Cultura do Estado do Amazonas,
falou com exclusividade ao Manauara sobre sua decepção, ela afirma que
já se comprometeu com os artesãos em reforçar a importância de os órgãos
governamentais trabalharem de forma integrada. “Enquanto a Setrab apoia
o artesanato amazonense, incentiva e capacita o artesão, e garante o
espaço para a comercialização, a Amazonastur distribui muiraquitãs
feitos com resina? É inacreditável! E como é que fica o projeto da
Amazonastur de artesanato sustentável? É sustentável não inserir o
artesão amazonense em suas ações e projetos? Eu pude ver, junto com
outros artesãos a forma como era feito o receptivo no porto de Manaus.
Uma simples tenda, uma caixa de isopor com garrafas de água e no chão.
Adianta ir para Lisboa levando cem pessoas para divulgar a cultura do
Amazonas para atrair turistas e depois receber os turistas dessa forma?
Deve haver alguma coisa muito errada. Estamos a menos de cem dias da
Copa do Mundo e até o momento não sabemos de que forma seremos inseridos
nos eventos. Será que os turistas irão continuar a receber muiraquitãs
de resina? Quero aproveitar para fazer um apelo ao Governador Omar e ao
Prefeito Artur para que olhem para os artesãos amazonenses como
parceiros para os grandes eventos”, declarou.
Vereador protocoliza projeto de ‘Respeito aos manauaras’ na CMM
A proposta surgiu depois de o vereador assistir um vídeo no canal do
Youtube, divulgado em Manaus pelo Portal do Holanda e gravado em um fast
food local, onde uma mulher ridiculariza, ofende e fala mal dos
cidadãos amazonenses.
“É um absurdo o preconceito com relação aos brasileiros residentes na
Região Norte do país. Visando coibir tais atitudes que demonstram de
forma clara o preconceito e a discriminação contra o povo de Manaus, que
é um povo, hospitaleiro e acolhedor, apresento este projeto de lei, por
ser matéria de grande relevância para a nossa gente e peço o apoio dos
vereadores para que o mesmo seja aprovado”, disse o vereador Luis Neto.
Segundo dados da internet, a própria TV retrata personagens destas
regiões sempre em condições de extrema necessidade, denotando um ar de
inferioridade e simplicidade com relação aos demais brasileiros.
“O que era expresso na TV materializou-se em um episódio fatídico no
último dia 13 em uma das lojas de fast food em Manaus. Uma senhora
insatisfeita com o atendimento recebido, discriminou a culinária
amazonense, desfazendo-se das comidas regionais e ainda chamou os
funcionários do local de “índios”, com o objetivo de ofendê-los, seguido
de palavras de baixo calão. Precisamos por um fim nisto e eu estou
disposto a lutar por isso”, contou o vereador Luis Neto.
No PL, entendem-se como atitudes discriminatórias em face dos
manauaras palavras agressivas contra a cultura amazônica, ameaças,
estereótipos pejorativos, induzir ou incitar a discriminação contra o
povo de Manaus, ofensas a respeito do vocabulário peculiar dos manauaras
e qualquer outra forma de xenofobia expressa.
Se condenado, o infrator poderá pegar uma multa de 20 UFMS, já no
caso do estabelecimento se condenado poderá ser multado em 50 UFMS, e se
houver reincidência o estabelecimento poderá ter seu alvará de
funcionamento cassado.
Portal do Holanda
segunda-feira, 17 de março de 2014
Estudo com formigas avalia recuperação da Mata Atlântica
Insetos são considerados biomarcadores da saúde de um ecossistema; análise em áreas anteriormente ocupadas por eucaliptos foi realizada por pesquisadores da UMC - Foto: Silvia Sayuri Suguituru
Uma forma de verificar a saúde de um ecossistema é avaliar a variedade de espécies que nele vivem. Pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) valeram-se dessa premissa ao quantificar espécies de formigas de serapilheira em uma região entre as Bacias Hidrográficas do Alto Tietê e do Rio Itatinga, na cidade de Mogi das Cruzes, na divisa com Bertioga (SP).
Serapilheira é uma camada que mistura fragmentos de folhas, galhos e outros materiais orgânicos em decomposição, que fica sobre o solo das matas, formando húmus. O material abriga um rico ecossistema, composto por uma grande variedade de artrópodes, fungos e bactérias. Muitas espécies de formigas que constroem ninhos no solo visitam a região da serapilheira para coletar alimentos.
Ao contrário de formigas generalistas – como é o caso da maioria encontrada em ambientes urbanos –, as que vivem na serapilheira são em geral mais especialistas. Na serapilheira de florestas sem a interferência do homem, ocorrem diversas interações ecológicas que possibilitam a existência de outros pequenos animais que servem de alimento para as formigas.
No caso do estudo “Estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em cultivo extensivo da Eucalyptus grandis dunnil Maiden, em áreas de Mata Atlântica”, coordenado por Maria Santina de Castro Morini, da UMC, as formigas de serapilheira foram usadas como um marcador biológico para verificar a capacidade de recuperação de áreas uma vez cobertas por Mata Atlântica nativa.
Na região escolhida para a análise foram pesquisados três tipos de ambientes: áreas em que a Mata Atlântica foi retirada para a plantação de eucaliptos, ainda em atividade; áreas em que o plantio foi desativado entre 28 e 30 anos atrás por pressões conservacionistas ou dificuldade de manejo; e unidades de conservação (UC) com mata nativa.
Nas áreas nunca desmatadas, foi possível encontrar, por metro quadrado, cerca de 25 espécies de formigas de serapilheira – do total de mais de 200 existentes. Nas florestas de eucaliptos, por outro lado, o número não passou de cinco por metro quadrado. “Essa diferença se dá por vários fatores, mas principalmente porque as folhas de eucalipto se decompõem mais lentamente e têm altos teores de tanino, que é tóxico para muitos organismos que servem de alimento para as formigas”, disse Morini, professora do curso de Ciências Biológicas da UMC.
Já em regiões onde a plantação foi desativada há cerca de 30 anos e a Mata Atlântica voltou a ocupar espaço, a média encontrada foi de 18 espécies por metro quadrado – sinal de que a mata foi capaz de se recuperar, assim como a fauna da região. A pesquisadora escolheu estudar regiões em que a plantação estava desativada havia cerca de 30 anos - ehavia várias delas -, permitindo a obtenção de dados mais seguros (por serem coletados em mais de uma área).
Para fazer a contagem, Morini trabalhou de julho de 2010 a julho de 2013 especialmente na região da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Seu grupo de pesquisadores demarcava áreas de um metro quadrado de serapilheira – fosse em área de plantação de eucalipto, mata nativa ou plantação abandonada – e levava o material para o laboratório, onde as formigas eram contadas. Para cada área estudada foram retiradas seis amostras, totalizando 120 amostras de serapilheira.
Morini trabalhou em sintonia com um grupo de pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) durante a realização dos projetos “Riqueza e diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao longo de um gradiente latitudinal de Mata Atlântica – a floresta pluvial do leste do Brasil” e “Biodiversity of Isoptera and Hymenoptera”, sob a coordenação dos professores Carlos Roberto Ferreira Brandão e Eliana Cancello. “Toda a metodologia que usei foi discutida para que os resultados pudessem ser comparados. Eu participava das reuniões para aprender o desenho amostral e as técnicas de coleta que seriam usadas no projeto deles e assim fazer no meu”, contou Morini.
Estudo sobre a microbiota
Em outro trabalho, intitulado “Diversidade de bactérias e de invertebrados e sua influência sobre a estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em áreas de Mata Atlântica”, realizado também entre 2010 e 2013, a pesquisadora avaliou a diversidade de bactérias e de invertebrados e sua influência sobre a estrutura das comunidades de formigas.
A Mata Atlântica na região do Alto Tietê é protegida em áreas de barragens, unidades de conservação (UCs) e propriedades particulares. A pesquisa foi feita em fragmentos dessas áreas buscando avaliar o número de fungos e bactérias das amostras.
As áreas de floresta protegidas pelos órgãos públicos responsáveis pelas barragens e em propriedades particulares que valorizam o conservacionismo têm diversidade similar às UCs – indicando, segundo a pesquisadora, a importância dos fragmentos das barragens e das propriedades particulares para a proteção da biodiversidade da Mata Atlântica. “Minha pesquisa mostra que não apenas as UCs são importantes para o Alto Tietê, mas também as demais áreas; é preciso criar incentivos para que elas não sejam desflorestadas”, diz Morini.
A microbiota, por meio da decomposição do material orgânico, possibilita a existência de outros invertebrados (acarinas e colêmbolos, por exemplo) que servem de alimento para as formigas. É de se esperar que onde há mais microrganismos também existam mais espécies de formigas. A comprovação da hipótese, no entanto, ainda precisa ser feita.
“Ainda não podemos afirmar nada sobre a associação da microbiota e a riqueza de formigas. Esperamos fechar em breve o modelo que foi proposto no projeto”, disse Morini à Agência FAPESP.
Os resultados das duas pesquisas coordenadas por Morini devem ser publicados até o fim deste ano. “Por enquanto, estamos preparando um manuscrito para a Biological Conservation”, disse Morini.
Resultados parciais já renderam publicações como: Undecomposed twigs in the leaf litter as nest-building resources for ants (Hymenoptera: Formicidae) in areas of the Atlantic Forest in the southeastern region of Brazil, de Morini e outros, que pode ser lido na Psyche;Characterization of ant communities (Hymenoptera: Formicidae) in twigs in the leaf litter of the Atlantic Rainforest and eucalyptus trees in the southeast region of Brazil, de Morini e outros, que também está disponível na Psyche; e Occurrence and natural history of Myrmelachista Roger (Formicidae: Formicinae) in the Atlantic Forest of southeastern Brazil, de Morini e outros, publicado na Revista Chilena de Historia Natural.
Imagens
Durante suas pesquisas, Morini fotografou em laboratório e catalogou 235 espécies de formigas que vivem no Alto Tietê, no âmbito do projeto “Coleção biológica da fauna de formigas do Alto Tietê: organização de um acervo fotográfico”.
O resultado poderá ser visto em um catálogo com previsão de publicação para abril de 2014. Além das fotos, haverá textos contextualizando o ambiente em que essas formigas vivem, escritos por vários colaboradores, como Ramon Luciano de Melo, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), e Jacques Delabie, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
A publicação abordará as coleções biológicas e a conservação da biodiversidade. O catálogo está sendo organizado por Morini; Silvia Sayuri Suguituru, também da UMC; Rodrigo Feitosa, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Rogério Rosa Silva, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi. “Quero mostrar para todos, não apenas para os estudiosos, que a formiga é bonita morfologicamente. Ela não é uma praga e ajuda a área de mata. Com essa conscientização, espero que a sociedade ajude a protegê-las também”, diz Morini.
Morini estuda as formigas de serapilheira há mais de uma década e parte das conclusões a que chegou por meio de outros projetos também está no livro Serra do Itapeti: aspectos históricos, sociais e naturalísticos (Canal 6 Editora), organizado por ela e por Vitor Fernandes Oliveira de Miranda, e lançado em 2012.
Os 1.500 exemplares da obra foram distribuídos gratuitamente a instituições de ensino do Alto Tietê e ONGs. Está disponível para download em www.canal6.com.br/site/download. O livro ajuda a fomentar novas discussões sobre o assunto. De acordo com a pesquisadora, os dados sobre biodiversidade que a obra traz estão sendo usados para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Itapeti, na região de Mogi das Cruzes.
Uma forma de verificar a saúde de um ecossistema é avaliar a variedade de espécies que nele vivem. Pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) valeram-se dessa premissa ao quantificar espécies de formigas de serapilheira em uma região entre as Bacias Hidrográficas do Alto Tietê e do Rio Itatinga, na cidade de Mogi das Cruzes, na divisa com Bertioga (SP).
Serapilheira é uma camada que mistura fragmentos de folhas, galhos e outros materiais orgânicos em decomposição, que fica sobre o solo das matas, formando húmus. O material abriga um rico ecossistema, composto por uma grande variedade de artrópodes, fungos e bactérias. Muitas espécies de formigas que constroem ninhos no solo visitam a região da serapilheira para coletar alimentos.
Ao contrário de formigas generalistas – como é o caso da maioria encontrada em ambientes urbanos –, as que vivem na serapilheira são em geral mais especialistas. Na serapilheira de florestas sem a interferência do homem, ocorrem diversas interações ecológicas que possibilitam a existência de outros pequenos animais que servem de alimento para as formigas.
No caso do estudo “Estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em cultivo extensivo da Eucalyptus grandis dunnil Maiden, em áreas de Mata Atlântica”, coordenado por Maria Santina de Castro Morini, da UMC, as formigas de serapilheira foram usadas como um marcador biológico para verificar a capacidade de recuperação de áreas uma vez cobertas por Mata Atlântica nativa.
Na região escolhida para a análise foram pesquisados três tipos de ambientes: áreas em que a Mata Atlântica foi retirada para a plantação de eucaliptos, ainda em atividade; áreas em que o plantio foi desativado entre 28 e 30 anos atrás por pressões conservacionistas ou dificuldade de manejo; e unidades de conservação (UC) com mata nativa.
Nas áreas nunca desmatadas, foi possível encontrar, por metro quadrado, cerca de 25 espécies de formigas de serapilheira – do total de mais de 200 existentes. Nas florestas de eucaliptos, por outro lado, o número não passou de cinco por metro quadrado. “Essa diferença se dá por vários fatores, mas principalmente porque as folhas de eucalipto se decompõem mais lentamente e têm altos teores de tanino, que é tóxico para muitos organismos que servem de alimento para as formigas”, disse Morini, professora do curso de Ciências Biológicas da UMC.
Já em regiões onde a plantação foi desativada há cerca de 30 anos e a Mata Atlântica voltou a ocupar espaço, a média encontrada foi de 18 espécies por metro quadrado – sinal de que a mata foi capaz de se recuperar, assim como a fauna da região. A pesquisadora escolheu estudar regiões em que a plantação estava desativada havia cerca de 30 anos - ehavia várias delas -, permitindo a obtenção de dados mais seguros (por serem coletados em mais de uma área).
Para fazer a contagem, Morini trabalhou de julho de 2010 a julho de 2013 especialmente na região da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Seu grupo de pesquisadores demarcava áreas de um metro quadrado de serapilheira – fosse em área de plantação de eucalipto, mata nativa ou plantação abandonada – e levava o material para o laboratório, onde as formigas eram contadas. Para cada área estudada foram retiradas seis amostras, totalizando 120 amostras de serapilheira.
Morini trabalhou em sintonia com um grupo de pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) durante a realização dos projetos “Riqueza e diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao longo de um gradiente latitudinal de Mata Atlântica – a floresta pluvial do leste do Brasil” e “Biodiversity of Isoptera and Hymenoptera”, sob a coordenação dos professores Carlos Roberto Ferreira Brandão e Eliana Cancello. “Toda a metodologia que usei foi discutida para que os resultados pudessem ser comparados. Eu participava das reuniões para aprender o desenho amostral e as técnicas de coleta que seriam usadas no projeto deles e assim fazer no meu”, contou Morini.
Estudo sobre a microbiota
Em outro trabalho, intitulado “Diversidade de bactérias e de invertebrados e sua influência sobre a estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em áreas de Mata Atlântica”, realizado também entre 2010 e 2013, a pesquisadora avaliou a diversidade de bactérias e de invertebrados e sua influência sobre a estrutura das comunidades de formigas.
A Mata Atlântica na região do Alto Tietê é protegida em áreas de barragens, unidades de conservação (UCs) e propriedades particulares. A pesquisa foi feita em fragmentos dessas áreas buscando avaliar o número de fungos e bactérias das amostras.
As áreas de floresta protegidas pelos órgãos públicos responsáveis pelas barragens e em propriedades particulares que valorizam o conservacionismo têm diversidade similar às UCs – indicando, segundo a pesquisadora, a importância dos fragmentos das barragens e das propriedades particulares para a proteção da biodiversidade da Mata Atlântica. “Minha pesquisa mostra que não apenas as UCs são importantes para o Alto Tietê, mas também as demais áreas; é preciso criar incentivos para que elas não sejam desflorestadas”, diz Morini.
A microbiota, por meio da decomposição do material orgânico, possibilita a existência de outros invertebrados (acarinas e colêmbolos, por exemplo) que servem de alimento para as formigas. É de se esperar que onde há mais microrganismos também existam mais espécies de formigas. A comprovação da hipótese, no entanto, ainda precisa ser feita.
“Ainda não podemos afirmar nada sobre a associação da microbiota e a riqueza de formigas. Esperamos fechar em breve o modelo que foi proposto no projeto”, disse Morini à Agência FAPESP.
Os resultados das duas pesquisas coordenadas por Morini devem ser publicados até o fim deste ano. “Por enquanto, estamos preparando um manuscrito para a Biological Conservation”, disse Morini.
Resultados parciais já renderam publicações como: Undecomposed twigs in the leaf litter as nest-building resources for ants (Hymenoptera: Formicidae) in areas of the Atlantic Forest in the southeastern region of Brazil, de Morini e outros, que pode ser lido na Psyche;Characterization of ant communities (Hymenoptera: Formicidae) in twigs in the leaf litter of the Atlantic Rainforest and eucalyptus trees in the southeast region of Brazil, de Morini e outros, que também está disponível na Psyche; e Occurrence and natural history of Myrmelachista Roger (Formicidae: Formicinae) in the Atlantic Forest of southeastern Brazil, de Morini e outros, publicado na Revista Chilena de Historia Natural.
Imagens
Durante suas pesquisas, Morini fotografou em laboratório e catalogou 235 espécies de formigas que vivem no Alto Tietê, no âmbito do projeto “Coleção biológica da fauna de formigas do Alto Tietê: organização de um acervo fotográfico”.
O resultado poderá ser visto em um catálogo com previsão de publicação para abril de 2014. Além das fotos, haverá textos contextualizando o ambiente em que essas formigas vivem, escritos por vários colaboradores, como Ramon Luciano de Melo, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), e Jacques Delabie, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
A publicação abordará as coleções biológicas e a conservação da biodiversidade. O catálogo está sendo organizado por Morini; Silvia Sayuri Suguituru, também da UMC; Rodrigo Feitosa, da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Rogério Rosa Silva, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi. “Quero mostrar para todos, não apenas para os estudiosos, que a formiga é bonita morfologicamente. Ela não é uma praga e ajuda a área de mata. Com essa conscientização, espero que a sociedade ajude a protegê-las também”, diz Morini.
Morini estuda as formigas de serapilheira há mais de uma década e parte das conclusões a que chegou por meio de outros projetos também está no livro Serra do Itapeti: aspectos históricos, sociais e naturalísticos (Canal 6 Editora), organizado por ela e por Vitor Fernandes Oliveira de Miranda, e lançado em 2012.
Os 1.500 exemplares da obra foram distribuídos gratuitamente a instituições de ensino do Alto Tietê e ONGs. Está disponível para download em www.canal6.com.br/site/download. O livro ajuda a fomentar novas discussões sobre o assunto. De acordo com a pesquisadora, os dados sobre biodiversidade que a obra traz estão sendo usados para a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Itapeti, na região de Mogi das Cruzes.
17/02/2014 - por Ivonete Lucirio I Agência FAPESP
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