A maioria dos patrimônios estão localizados no Centro da cidade, onde a história pode ser vivida a cada esquina
Um monumento é construído para homenagear figuras ilustres ou para marcar acontecimentos históricos, compondo os espaços públicos das cidades. Também são símbolos de patriotismo em toda parte do mundo. No entanto, muitos manauenses não sabem o significado dos monumentos históricos da capital e justificam que falta mais informação.
A maioria dos patrimônios estão localizados no Centro da cidade, onde a história pode ser vivida a cada esquina. Na praça do Congresso, duas pessoas foram questionadas sobre um dos monumentos instalados no local, mas nenhuma soube dizer quem foi Eduardo Ribeiro, um dos grandes governadores do Amazonas.
“Eu sei que é Eduardo Ribeiro porque tem o nome dele, mas não tem uma história explicando quem foi”, justificou o auxiliar de serviços gerais José Vieira Sampaio, 28.
Durante a gestão de Eduardo Ribeiro, que era ativamente republicano, mandou construir o Teatro Amazonas, Reservatório do Mocó, o Palácio da Justiça, a Ponte de Ferro da Sete de Setembro, entre outras edificações.
Na Praça da Saudade, o monumento do primeiro presidente da província do Amazonas, Tenreiro Aranha - inaugurado em 5 de setembro de 1907 - é constantemente alvo de vândalos. Em 2012, dois anos depois de ser revitalizado, o monumento foi pichado.
Mais zelo
A Prefeitura chegou a remover as pichações na ocasião, mas os vândalos voltaram e o monumento segue pichado. “Acho que falta conscientização. Se esses monumentos estão aí, é porque tem alguma representatividade histórica e a população e o poder público deveriam olhar com mais zelo para esses monumentos”, comentou o estoquista José Raimundo, 28.
O monumento que homenageia Aranha é uma peça em bronze, de aproximadamente dois metros de altura, com base em granito. Foi trazido da Itália e montado em 1907 na antiga Praça Tamandaré (hoje Praça Adalberto Vale, ou Praça Tenreiro Aranha). Foi transferido para a Praça da Saudade em 1932. É uma obra do final do período áureo da borracha.
Vandalismo é reprovado por visitante
A geógrafa Ana Caroline Nunes, 33, estava visitando o monumento da Abertura dos Portos às Nações Amigas, na Praça São Sebastião, diante do Teatro Amazonas. “Esses monumentos devem ser preservados, pois a história está contida neles. Infelizmente, hoje em dia vemos muitas cidades acabando com seus centros históricos”.
Para Ana, o significado dos monumentos deveriam ser melhor ensinados nas escolas, com aulas externas. “Também falta um resumo próximo aos monumentos, onde toda a história, localização, fossem explicados para quem estiver visitando”.
O monumento foi inaugurado em 1900 para comemorar a liberação dos portos do Rio Amazonas ao comércio exterior, em 1866.
Jornal Acritica
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