Dia do Repórter - 16 de fevereiro





História
Em 1442, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a imprensa com uma nova técnica de impressão usando máquinas – antes a impressão era manual. A invenção foi fundamental para a criação dos jornais modernos e, consequentemente, o surgimento dos primeiros repórteres. Nas décadas seguintes as publicações aumentaram e a profissão do repórter ficou mais conhecida.
No Brasil, os primeiros jornais de caráter noticioso surgiram apenas no final do século IXX, como O Estado de São Paulo e o Jornal do Brasil. Antes, os jornais publicavam conteúdo oficial e opinativo. Com essa mudança de característica, a profissão do repórter ganhou destaque no início do século XX, quando os jornais passaram a dedicar espaço para as grandes reportagens. Essas são caracterizadas pelo aprofundamento investigativo da informação, pesquisa, contextualização, abordagem multiangular e narrativa diferenciada. 
O ITACOATIARA (1874), foi o primeiro Jornal do interior do Amazonas e o seu proprietário Capitão Felisardo Joaquim da Silva Moraes, fez as primeiras reportagens para constar nesse semanário noticioso na época da província do Amazonas.
Euclides da Cunha é considerado por alguns como o primeiro repórter do Brasil, devido à cobertura da Guerra de Canudos para O Estado de São Paulo, em 1896. Na época, o autor de Os Sertões entrevistou presos, pesquisou arquivos sobre os personagens da guerra, como Antônio Conselheiro, e narrou para o jornal o que acontecia no arraial.
Parabéns pelos relevantes serviços prestados a sociedade!

fonte: 
Por Adriano Lesme - Graduado em Jornalismo
Frank Chaves - Historiador

“LÁGRIMAS DE CROCODILO”, DE ONDE VEIO ISSO?

Origem da expressão “Lágrimas de Crocodilo”

Afinal, crocodilo chora? E por que seria?

frase, empregada para se referir a alguém que demonstra um choro fingido, tem registros desde o Egito antigo. Segundo escritos de Plínio, o Velho, do século 1, crocodilos que ficavam às margens do rio Nilo exibiam seus olhos lacrimejantes, dando a impressão de que choravam, para atrair e atacar as suas vítimas.

Séculos depois, o dramaturgo inglês William Shakespeare fez alusão ao termo em Otelo, de 1603: "Se com lágrimas de mulher fosse a terra fecundada, cada gota geraria um crocodilo".

Há, no entanto, uma explicação fisiológica para o choro do animal. Como as glândulas salivares e lacrimais ficam próximas, quando ele mastiga, a pressão sobre elas aumenta, fazendo com que as lágrimas escorram.

fonte: Camila Stähelin
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/etimologia-expressao-lagrimas-de-crocodilo.phtml

Você sabe porque o alfabeto tem essa ordem de A a Z?

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Quem decidiu a ordem das letras do alfabeto?

Os fenícios, mas não se sabe muito bem por quê. Provavelmente, as letras foram colocadas em seqüência aleatoriamente. O que se sabe é que o povo que habitou a região onde atualmente fica o Líbano, entre os anos 1400 e 1000 a.C., criou uma série de símbolos muito parecidos com os que usamos hoje, inspirados na escrita egípcia, cujas letras (ou ícones) representavam uma idéia. A grande inovação dos fenícios foi fazer cada símbolo equivaler a um som, relacionando o formato do símbolo a um objeto, um lugar ou um animal ao qual se expressavam usando determinado som (ou grunhido).

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Veja, por exemplo, como surgiu a letra A. A base para a criação dela foi o hieróglifo egípcio que representava “boi”, cujo formato lembrava a cabeça do animal. Os fenícios criaram um ícone bem parecido para representar o som da primeira sílaba de aleph (“boi”, em fenício). Portanto, sempre que aparecia esse som em uma palavra, o tal ícone era usado. 

Assim surgiu o alfabeto fenício, que serviu como base para a maioria dos alfabetos atuais, inclusive o nosso. Como? O fenício inspirou o grego, que por sua vez inspirou o etrusco, que, enfim, originou o romano (ou latino), que é esse que você está lendo. A ordem das letras não mudou, mas novos símbolos surgiram, mesmo depois da criação do alfabeto romano – que nasceu há cerca de 2 700 anos. A princípio, os romanos tinham 21 letras. O U cumpria a função de V, W e U mesmo, enquanto o I fazia a função de I e de J. E assim foi o nosso alfabeto até o século 16, quando o lógico francês Pierre Ramée criou as novas letras. 

A letra "a" (ou suas equivalentes) é a primeira letra em quase todos os alfabetos do mundo, com exceção do mongol, tibetano, etíope e outros menos conhecidos. Representa, entre os povos antigos, um grande poder místico e características mágicas, associadas ao número um. 

Foi a forma da cabeça do Boi que gerou a escrita do "aleph" no hebraico, do "alpha" no grego, do "a" no latim. 

A escrita do Egito antigo, o hieróglifo, é um sistema ideográfico, isto é, que representa idéias por meio de sinais que reproduzem objetos concretos. Usava o desenho de um par de chifres bovinos para designar a parte anterior ou o cume de qualquer coisa. O princípio do ano, ou o Ano Novo, era também representado por um par de chifres bovinos tendo um ramo nascendo entre eles. 

A representação hieroglífica do Touro (ka, áh) e de sua cabeça (àh) mantinha uma relação com o símbolo do falus (ka, bah, met, tai), que significa pênis, o touro, aquilo que é masculino, marido, entre outros significados. 

Nos períodos pré-dinástico e arcaico do Vale do Nilo, os bois participavam dos primeiros arados, sob a intervenção humana, nos primórdios da agricultura. Nesse tempo era costume decorar altares e templos com crânios de touros sacrificados, também o verbo "amar" (MER) era representado pela figura de um arado na forma de um "A" inclinado e "arar" por um homem utilizando esse instrumento. 

E ainda, numa época anterior, no Crescente Fértil, o instrumento primitivo usado para ceifar tinha a forma de uma mandíbula de touro. 

O ato de cultivar a terra, o ato de fazer amor, foram associados entre si e ao boi. 


Fontes:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-decidiu-a-ordem-das-letras-do-alfabeto/
1) "Mysteries of the Alphabet", Marc Alain- Quaknin.
2) "A Farra do Boi", do sacrifício do touro na antiguidade à farra do boi catarinense- Grupo de Estudos C. G. Jung, Coordenação Dra Nise da Silveira; Numen Editora/Espaço Cultural/1989.

“Boceta” ou “buceta”! Como se escreve, o que significa?

Abrindo a Boceta de Pandora: Pastorino e a Falácia Etimológica

A palavra correta é boceta, que os dicionários da língua portuguesa descrevem como: “caixinha”, “pequena caixa, geralmente de madeira, em que se guardavam pertences”; e, em sentido figurado, como “o órgão sexual feminino”.
O sentido original de boceta era apenas o de caixinhas (como as da foto ao lado). Antes de ganhar sua atual conotação, usava-se até mesmo na expressão “boceta de Pandora”, como sinônima de “caixa de Pandora”.

Desse sentido original de “boceta” surgiu o substantivo “boceteiro” (fabricante de caixinhas, ou vendedor de caixinhas), que por sua vez deu também o substantivo “boceteira“, com o sentido mais amplo de vendedora (“vendedora ambulante de miudezas”).


Na linguagem moderna informal, assim como boceta se usa cada vez mais apenas com o sentido de órgão sexual da mulher e cada vez menos com o sentido de caixa, o sentido original de “boceteiro” já praticamente desapareceu, tendo sido substituído, na linguagem informal, pelo sentido de “que ou aquele que gosta [muito] de boceta” – ou, em termos mais polidos, como preferiu o Priberam, como sinônimo de “mulherengo“.

Como a palavra original “boceta” é cada vez menos conhecida, muitos falantes da língua, acreditando tratar-se de neologismo, grafam “buceta” com “u” no lugar do “o“, tal como a ouvem.

A troca na escrita, porém, não se justifica: mesmo escrita “boceta”, a palavra já era, tanto em Portugal quanto no Brasil, pronunciada “bucêta” – num fenômeno completamente normal da língua portuguesa, na qual “cozinha” é comumente (e de forma lícita) pronunciada “cuzinha“; “costela”, como “custéla“, etc.


Caso você tenha nascido ontem, boceta no Brasil é um termo chulo que quer dizer vagina ou vulva. Trata-se de uma metáfora sobre um significado original: caixinha oval ou oblonga, principalmente uma utilizada para guardar fumo ou rapé. Machado de Assis ainda usava a palavra com esse sentido. Em Portugal até hoje é assim, tanto que dizem "boceta de Pandora" em vez de "caixa de Pandora". 

Agora as curiosidades: a palavra deriva do latim buxis (caixa) com diminutivo. Buxis também deu no inglês box e no francês boîte. Esse último veio a entrar no português como "boate". 


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fontes:
https://dicionarioegramatica.com.br
Gramática. Ortografia. Lexicologia. História da língua portuguesa. Suas variantes, evoluções, rumos e futuro.

http://pseudolinguista.blogspot.com/2014/04/como-e-que-se-escreve-buceta-ou-boceta.html

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ALBUM DE ITACOATIARA