sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

José Melo defende expansão da ZFM para região metropolitana e fim do contingenciamento de verbas da Suframa

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Na primeira reunião deste ano do setor empresarial do Amazonas, realizada na noite desta quinta-feira, 5 de fevereiro, o governador José Melo apresentou os principais tópicos do seu programa de governo e anunciou as  medidas que vai defender para o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus (PIM). Com a prorrogação da Zona Franca até 2073, Melo afirmou que há melhores condições para atração de novos investidores, mas disse que é preciso avançar em outros pleitos, como a expansão do modelo de incentivos fiscais para os municípios da Região Metropolitana e o fim do contingenciamento de recursos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
 
Organizada pela Federação das indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), o encontro reuniu empresários do PIM e dos setores do comércio, serviços, agricultura e turismo. Na ocasião, as entidades que representam as classes entregaram ao governador uma carta pedindo união política para resgatar a força da Suframa. Melo afirmou que está alinhado aos interesses do setor produtivo e prometeu encampar a luta dos empresários junto ao governo federal.
 
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“Reafirmo os compromissos da carta. O que está contido nela é o que o governo pensa para o Estado e o sentimento que o governo tem com relação ao que esperamos de tratamento pelo governo federal. Não dá mais para aceitar que se criem taxas de serviços da Suframa e que elas depois não sejam revertidas em serviços, e não voltem para o Estado”, declarou.
 
Para o presidente da Fieam, Antônio Silva, a prorrogação da Zona Franca não é passe de mágica para resolver problemas agudos do modelo. “Sem assegurar autonomia, infraestrutura de transporte não é possível. A Suframa foi atrofiada. Perdemos a autonomia para aplicar os recursos do setor produtivo e verbas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Não podemos ficar reféns do voluntarismo político da união”, relatou.
 
Segundo estimativa da Fieam, o contingenciamento acumulado de recursos é da ordem R$ 3 bilhões. As verbas, que hoje são retidas pelo governo federal e empregadas para compor o superávit primário do país, deveriam ser aplicadas em ações para desenvolver a infraestrutura e melhorar as condições sociais da região. José Melo disse confiar na sensibilidade da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, para lidar com as demandas do Amazonas. Disse que as pautas serão as primeiras que serão apresentadas à presidente.
 
Pauta ampla de propostas – Ao longo deste semestre, em iniciativa liderada pela Fieam e Governo do Amazonas, será construída uma pauta ampla com as propostas para expansão da economia do Estado para apresentação ao governo federal. Neste primeiro momento, a expectativa é resgatar a autonomia da Suframa, garantir respeito à exclusividade de concessão de benefício fiscal e superar as dificuldades com a aprovação dos Processos Produtivos Básicos (PPB), que orientam a fabricação e modernização nas fábricas e que são o item básico para rodar novos produtos.
 
“Não dá mais para aceitarmos conviver com a situação dos PPBs. Eles precisam ser reestabelecidos. A perspectiva de 50 anos, por si só, é muito bom, mas se avaliarmos que as inovações acontecem em muita velocidade, isso pode nos levar a uma Zona Franca de crescimento negativo. É preciso oferecer também segurança técnica”, disse o governador.
 
José Melo defendeu que os recursos de P&D da indústria sejam usados para impulsionar investimentos no setor de ciência e tecnologia e desenvolver o potencial econômico local. O governador destacou que o Governo do Estado vai investir pesado na piscicultura como forma de reduzir a dependência do modelo. A ativação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) é fundamental, disse o governador.
 
Na ocasião, José Melo adiantou aos empresários que determinou à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) estudar novas medidas para simplificação tributária e incentivo fiscal para o setor produtivo local. O governador afirmou, ainda, que defende a indicação de um quadro técnico, e não político, para assumir a direção da Suframa, atualmente sobre o comando de Gustavo Igrejas.


Blog da floresta - -

Gasoduto Urucu-Coari-Manaus desviou R$ 6,6 mi para partidos e funcionários da Petrobras

Planilha que detalha os percentuais desviados de cada obra da Petrobras mostra que partidos e empresas lucraram com propina em contratos do gasoduto, que foi construído na gestão do ex-governador e atual ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga

O gasoduto foi construído na gestão do ex-governador e atual ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (Euzivaldo Queiroz)
         
Planilha que detalha os percentuais desviados de cada obra da Petrobras mostram que empresas responsáveis pela construção do gasoduto Urucu-Coari–Manaus pagaram R$ 6,6 milhões em propina para partidos e funcionários da estatal.
Iniciada em 2006, a obra do gasoduto Urucu-Coari-Manaus foi orçada inicialmente em R$ 2,4 bilhões, mas, com aditivos, ao final chegou a R$ 4,5 bilhões.
Segundo a planilha entregue por Pedro José Barusco Filho, ex-gerente de engenharia da Petrobras, à força-tarefa da operação Lava Jato, 1% do contrato de R$ 666.785.900,00, celebrado com as empresas Andrade Gutierrez e Carioca, foi repassado para partidos políticos e funcionários da Petrobras.
O agente que atuou no pagamento de propina nesse contrato é identificado, segundo a planilha, como sendo o consultou Mário Goes, proprietário da empresa Rio Marines.
Outro contrato do gasoduto que segundo a planilha de Barusco teve valores repassados a partidos e funcionários da Petrobras foi o de responsabilidade do consórcio formado pelas empresas OAS e Etesco.
O contrato com a OAS/Etesco somava R$ 342.596.288. Um porcento desse valor teria sido repassado a partidos políticos que se beneficiaram do esquema.
A planilha de Barusco cita ainda o contrato com as empresas Camargo Correa e Skanska, no valor de R$ 427.889.969,69, também ligado à obra do gasoduto. Mas o documento não assinala se no referido contrato houve algum percentual desviado.
Em depoimento concedido em acordo de delação premiada, Barusco estima que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco.
Barusco afirma que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teve “participação” no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões. Ainda segundo ele, houve pagamentos até fevereiro do ano passado. O depoimento foi prestado no dia 20 de novembro último e veio à tona ontem.
Segundo Barusco, Vaccari participou pessoalmente de um acerto fechado entre funcionários da Petrobras e estaleiros nacionais e internacionais relativos a 21 contratos para construção de navios equipados com sondas, contratações que envolveram ao todo cerca de US$ 22 bilhões. “Essa combinação envolveu o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, o declarante (Barusco) e os agentes de cada um dos estaleiros, que deveria ser distribuído o percentual de 1%, posteriormente para 0,9%”, declarou Barusco.
 
Delator explica divisão de propina
Segundo o delator Pedro José Barusco Filho, desse 1% sobre o valor dos contratos, a divisão se dava da seguinte forma: “2/3 (dois terços) para João Vaccari; e 1/3 para 'Casa 1' e 'Casa 2'”. Barusco envolveu outros funcionários da Petrobras no esquema.
A “Casa 1”, segundo o ex-gerente, era o termo usado para “o pagamento de propina no Ômbito da Petrobras, especificamente para o diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves, o qual substituiu o declarante na gerência executiva da Área de Engenharia”.
A “Casa 2” referia-se “ao pagamento de propinas no Ômbito da Setebrasil, especificamente para o declarante, João Carlos de Medeiros Ferraz, presidente da empresa e, posteriormente, também houve a inclusão de Eduardo Musa, diretor de participações da empresa”.
 
 
Jornal acrítica - Manaus (AM), 06 de Fevereiro de 2015
REDAÇÃO E AGÊNCIAS

Maior parte da bancada do Amazonas apoia CPI da Petrobras

Cinco dos oito deputados federais do Amazonas assinaram o pedido de instalação da CPI que investigará escândalo da estatal

Nova legislatura (Rubilar Santos)
                                   
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar novamente as irregularidades ocorridas na Petrobras está oficialmente criada. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu em plenário o ato de criação a partir do requerimento com 184 assinaturas, 13 a mais do que o necessário (171).
 
Na última terça-feira, dia em que a oposição apresentou o pedido, somente quatro dos oito deputados federais do Amazonas haviam dado apoio à CPI: Arthur Bisneto (PSDB-AM), Hissa Abrahão (PPS-AM), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Silas Câmara (PSD-AM). Com a repercussão negativa da reportagem veiculada no portal online de A CRÍTICA, que recebeu quase 496 curtidas, 196 comentários e 146 compartilhamentos, somente a deputada federal Conceição Sampaio, que não tinha assinado a CPI, voltou atrás e ontem foi à diretoria geral da Mesa da Câmara e requereu a inclusão do nome dela entre os autores da Comissão Parlamentar de Inquérito. Mantiveram a postura de não apoiar a CPI os deputados Alfredo Nascimento (PR-AM), Átila Lins (PSD-AM) e Marcos Rotta (PMDB-AM).
 
“Não havia assinado o requerimento porque ele sequer chegou a mim. Provavelmente, os responsáveis por colher as assinaturas haviam conseguido o total de apoios. Não tenho nada contra investigação, pelo contrário, acho que tudo deve vir à tona, passar a limpo o que está errado. Por isso, vim à Diretoria Geral da Casa, com requerimento em mãos para pedir minha inclusão, que foi aceita pelo presidente”, declarou Conceição Sampaio. A parlamentar amazonense, que estreia no mandato federal, foi além. Pediu oficialmente ao líder do Partido Progressista (PP), Eduardo da Fonte, para integrar a CPI como membro titular da legenda.
 
O deputado Arthur Bisneto, um dos que ajudou o bloco de oposição a recolher assinaturas, comemorou a instalação da CPI da Petrobras. “Não foi difícil juntarmos as assinaturas necessárias e isso mostra que a investigação na empresa está acima das questões partidárias, além de governo e oposição. É preciso passar a Petrobras a limpo dessa roubalheira que o Governo do PT vem realizando e se a presidente Dilma tiver que responder por isso, a Câmara, como certeza, não vai se furtar ao seu papel”. Vice-líder da minoria/oposição, Bisneto não quis adiantar se vai ser membro titular da CPI. “Essa é uma decisão partidária”, disse o tucano.
 
Os partidos indicarão os integrantes na próxima semana e a comissão será instalada depois do Carnaval. A CPI terá 26 membros titulares e igual número de suplentes, mais um titular e um suplente atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas. A composição obedecerá à formação de blocos partidários e não a composição dos partidos isolados como queria o Partido dos Trabalhadores (PT).
 
Deputados justificam ausência
O deputado federal Átila Lins disse que não foi procurado para assinar a CPI da Petrobras, mas se viesse pedir o apoio, poria o nome sem qualquer problema. “Confesso que não sou afeito à CPIs, mas essa Petrobras deve ser instalada assim como a do BNDES. Lá, com certeza, deve ter mais maracutaia do que na empresa petroleira. Se aparecer essa CPI eu serei o primeiro assinar”, disse Átila.
 
O deputado Marcos Rotta disse não ter assinado a CPI da Petrobras e nenhuma outra que apareceu. “Nesse primeiro momento, que estou chegando e observando o funcionamento da Casa, preferi me acautelar e não apoiar nenhuma CPI”, disse Rotta.
 
Jornal Acritica - 06 de Fevereiro de 2015
ANTÔNIO PAULO

ADEFITA de Itacoatiara ganha restauro e ampliação de sua sede.




Governo do Amazonas, através da SDS, restaura prédio histórico, onde funciona a sede da ADEFITA - Associação dos Deficientes Físicos de Itacoatiara.

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